Professora é espancada e fãs de Bolsonaro celebram


Um país no lixo. É isso o que aconteceu. Nos jogaram no lixo.

A professora Márcia Friggi, agredida por um aluno dentro da escola nesta segunda-feira, está sendo linchada por seguidores de Jair Bolsonaro.

Márcia Friggi. Foto: DCM.
Do DCM - “Não posso me calar diante das manifestações de ódio as quais estou sendo alvo. Não estou surpresa, infelizmente, nunca esperei atitude diferente dessas pessoas. Sou cidadã brasileira e, como todos, tenho liberdade de expressão”, lamentou, em sua página no Facebook.

Estou estarrecida. Certas pessoas estão escrevendo que eu merecia isso, por meu posicionamento político de esquerda, de feminista. Já atingiram o meu olho, mas não vão me calar. Na sala de aula é uma coisa, mas nas redes sociais tenho todo o direito de me expressar”, afirmou ela, que se desdobra em dois empregos, nas redes municipal e estadual.

Exerço uma das profissões mais dignas do mundo, com um salário miserável”.

Para os fascistas mantidos na dieta indigente e odienta de seu chefe, ela simplesmente teve o mereceu.

Olhei o Face dessa professora, é esquerdista, defende menor marginal e aplaudiu a mina que agrediu o Bolsonaro, apanhou foi pouco”, afirma um sujeito.


Ela ajudou a parir o monstro, agora embale. Eu sempre fui durona e tradicional e aluno marmanjo sempre me chamou de senhora”, disse, no Twitter, uma mulher que se identifica como professora.

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) compartilhou uma imagem mostrando o elogio da professora à jovem que atirou um ovo em seu pai Jair em Ribeirão Preto: “A falta de respeito e a violência são incentivadas dentro das salas de aula por alguns professores-militantes”, disse Flávio.

No Facebook, dezenas o apoiam. “Bem feito! Agora vê se aprende e para com tanta estupidez”, escreveu um deles.

Márcia Friggi não se intimida: “Estou cada vez mais convicta de que sempre lutei e continuarei lutando por um mundo melhor, livre do ódio, do racismo, do preconceito, do machismo, da misoginia, da homofobia, do fascismo”.

Eu já falei e repito: Charlottesville é aqui.


Em filme de Wagner Moura, Mano Brown, dos Racionais MCs, deve ser Marighella




Wagner Moura estreará em breve como diretor de um longa com um filme sobre Carlos Marighella, político e guerrilheiro durante a ditadura militar no Brasil. A obra será uma adaptação do livro “Marighella – O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo”, de Mário Magalhães, e deve ter como protagonista Mano Brown, líder dos Racionais MCs. As informações são do blog Gente Boa, do jornal O Globo, conforme noticiou o Portal Fórum.

A ligação do rapper com o guerrilheiro não vem de hoje. Brown é o autor da música “Mil faces de um home leal”, sobre Marighella, que se tornou um dos maiores sucessos atuais dos Racionais, e é tema de um de seus principais clipes. Mano Brown também foi um dos autores da trilha sonora do documentário sobre Marighella, dirigido pela sobrinha do guerrilheiro, Isa Ferraz.

       

Após ganhar o título Miss Brasil, negra sofre racismo: “tem cara de empregadinha”




Pode parecer um absurdo que, em 2017, ainda existam racistas, homofóbicos, transfóbicos ou nazistas – como visto, recentemente, em marcha pelos Estados Unidos. Mas eles existem. No último sábado, foi coroada a nova Miss Brasil, que é negra e nordestina. Monalysa Alcântara venceu o maior concurso de beleza nacional, desbancando outras 26 competidoras e agora representará o país no Miss Universo.


Da Revista Fórum - Porém, durante a competição, reações na internet revelavam o pior lado desses preconceitos citados anteriormente. No Twitter, uma usuária desferiu a seguinte postagem: 

 “Credoooo! A Miss Piauí tem cara de empregadinha, cara comum, não tem perfil de miss, não era pra tá aí”.

Outro um internauta escreveu no Facebook: “O que é a famigerada brasilidade? É ser negra?”. Quando a apelação parecia ter atingido todos os limites, um terceiro chegou a desejar a morte da vencedora, antes do Miss Universo, para que a segunda colocada ficasse com o posto de representante do Brasil.

Enquanto isso, a nova Miss Brasil seguia rumo ao topo e na fase de perguntas e respostas, a representante do Piauí mostrou a que veio. “Minha super estratégia será ser eu mesma: uma mulher nordestina, que passou por diversas coisas, muitas dores que fizeram ser quem eu sou hoje. Vou ser eu mesma. Não tem segredo”, afirmou, quando questionada sobre como representará a beleza brasileira internacionalmente.

Monalysa revelou ainda que, quando criança, não se reconhecia como negra. “Através da minha história, vou ajudar as mulheres negras a se acharem mais bonitas e mostrar que elas são capazes de seguirem seus próprios sonhos, assim como eu segui o meu”, disse.
  



‘A Idade Média é nossa’, por Mino Carta


Volta e meia, ao deplorar o caos em que precipitamos, ouço como resposta que o mundo inteiro está mal, muito mal. Há, de fato, uma crise mundial cuja razão conhecemos de cor e salteado. Nesta moldura, o Brasil tornou-se uma caricatura neoliberal, com a decisiva contribuição do ministro Meirelles, o homem de todas as estações.

Não me consta, entretanto, que em inúmeros países, a começar pelos europeus, medre a Idade Média, bem ao contrário do que ocorre na terra da casa-grande e da senzala, onde é possível um golpe perpetrado pelos três poderes da República, apoiados pela propaganda midiática e por contingentes da Polícia Federal.

No CartaCapital - É de se excluir categoricamente que nos países civilizados um presidente ilegítimo e corrupto permaneça no poder e que uma liderança como a de Lula seja condenada sem provas.

É inegável que diversas experiências mafiosas dão certo mundo afora e têm influência política, mas em lugar algum do mundo democrático lograram assumir o poder nacional. Aqui as quadrilhas chegaram lá com a bênção da casa-grande e agem como bem entendem para cuidar exclusivamente dos seus interesses. Mesmo assim permito-me supor que Totò Riina e Bernardo Provenzano agiriam com menos açodamento.

Sim, o mundo não atravessa uma quadra feliz, o Brasil, contudo, está infinitamente pior, único na sua desgraça se for possível compará-lo a países civilizados. Pergunto aos meus botões se a comparação é viável.

Respondem prontamente, não é. Este Brasil tem duas palavras para definir uma nação ainda inexistente, povo e povão, aquela refere-se a todos, como sustenta um caro amigo, a outra aponta a choldra, a malta, a plebe. E chamamos de classe média a porção minoritária da população, privilegiada, de pouco a demais, no confronto com o resto, largamente majoritário.

A civilização implica a presença de uma classe média muito ampla para englobar até mais de 70% dos cidadãos, politizados, lidos, em boa parte dispostos a sair às ruas para protestar contra a injustiça. Na terra da casa-grande, vai-se às ruas quando a Globo manda.

Na terra da casa-grande, 60 mil cidadãos são assassinados anualmente sem que o número espantoso tire o sono de quantos podem erguer muralhas em torno de suas vivendas e contratar seguranças e escoltas armadas.

A nata da sociedade nativa exibe frequentemente a mesma feroz ignorância dos aspirantes às suas benesses, o mesmo racismo e os mesmos preconceitos, e isso tudo explica o jogo fácil da propaganda midiática à falta de conhecimento e espírito crítico, ainda mais porque o ódio de classe sempre se revela no momento azado.

A medievalidade do País sustenta-se na insensatez e na incapacidade orgânica dos privilegiados de respeitar o semelhante, e o prêmio é a monstruosa desigualdade. E se Lula é condenado a nove anos e seis meses de prisão, o mesmo número dos seus dedos (de caso pensado?), não falta quem se regozije sem perceber que absolutamente único é o comportamento dos inquisidores curitibanos, a contar com o beneplácito de uma Suprema Corte de fancaria, impunes ao cometerem um crime judiciário.

Não é por acaso que um juiz destacado da Mani Pulite, na qual Sergio Moro diz inspirar-se, Gherardo Colombo, afirmou depois de uma visita ao Brasil no ano passado: “Se nos portássemos como o juiz e os promotores curitibanos, nós é que acabaríamos na cadeia”.

Como se sabe, Moro e Deltan Dallagnol foram treinados nos Estados Unidos. Não é que faltem na terra de Tio Sam áreas de excelência, a despeito da CIA, do Pentágono e dos estrategistas do Departamento de Estado, recantos frequentados pelos nossos inquisidores.

Confesso que não me desagrada a decadência do império, tão prepotente, arrogante e hipócrita. E Donald Trump, com seu topete a favor do vento sobre o deserto da calva, me traz à memória um dos tardios imperadores romanos, na linha de Calígula, que nomeou senador seu cavalo Incitatus.

O império definha, mas o Brasil reedita a sua vocação de súdito. Mais uma das consequências do golpe de 2016, e nada é mais simbólico de um desastre esculpido por Michelangelo em dia de grande inspiração do que o pacote do homem de todas as estações.

Desde a reeleição de Dilma Rousseff, ao clangor dos panelaços e dos idiotas de camiseta canarinho, pretendeu-se que bastava derrubar a presidenta para sermos felizes. O pacote de Meirelles não poupa quem quer que seja, a começar pelos senhores da indústria em demolição. Pagam seu grotesco pato amarelo.

Mino Carta. Foto: Divulgação.

Professor altaneirense Bilica Demones conquista primeiro lugar na II Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará


Entre oito mil participantes, o professor altaneirense Erisvan Demones Tavares, conhecido popularmente por Bilica, se destacou durante a segunda edição da Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará realizada na manhã deste domingo, 20, em Fortaleza.

A ação é parte integrante das comemorações alusivas ao mês do estudante, denominado AoGosto do Aluno, idealizado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e envolveu alunos (as) e professores (as) da rede estadual de ensino que saíram às 6h30 da Avenida Beira Mar, com passagem pela Avenida da Abolição em um percurso de 5 km.

Entre os discentes, na categoria masculina, o vencedor foi o estudante Antônio Ribeiro Sales, que faz a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Luiz Girão, em Maranguape. O altaneirense Ravi Timóteo, estudante da Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda, chegou em segundo lugar.

Na categoria feminina, o primeiro lugar ficou com aluna da Escola Joaquim Magalhães, em Itapipoca. 

Professor Bilica Demones com o troféu de
1º lugar na II Corrida das Escolas Públicas
Estaduais do Ceará.
Foto: Naiara Fernandes.
Já entre os professores, na categoria masculina, o grande destaque ficou com o professor altaneirense Bilica Demones que há 7 anos leciona a disciplina de Educação Física na Escola de Ensino Fundamental e Médio Governador César Cals, no município de Quixadá, no Sertão Central.

Ao Blog Negro Nicolau, o professor falou sobre a força do esporte na vida das pessoas e o que representa essa conquista: 

Representar a categoria professor na Educação é uma missão árdua nos dias de hoje. Considero que essas ‘pequenas’ conquistas durante a nossa jornada renovam nossas forças e nos dá esperança para buscar cada vez mais oportunidades para nós e nossos alunos. Sem esquecer na força motriz do esporte, o qual representa, além de um dos elementos da minha atuação profissional, importante ferramenta de integração entre as pessoas, promovendo saúde e lazer, desde que bem orientado", realçou.

Bilica que estudou a vida toda em escolas públicas de Altaneira, também é professor universitário há dois anos no Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica).


Altaneirense Ravi Timóteo conquista 2º lugar na II Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará


Mais de 8 mil competidores (as), entre professores (as), alunos (as) e servidores (as) públicos participaram na manhã deste domingo, 20, na Avenida Beira Mar, em Fortaleza, da II Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará, segundo informações constadas no portal oficial do Governo do Estado.

O evento é parte integrante das comemorações alusivas ao mês do estudante, denominado AoGosto do Aluno, idealizado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Durante o período, uma série de atividades envolvendo cultura, lazer, esporte e preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vem ocorrendo. 

Ravi Timóteo e o Secretário Estadual de Educação,
Idilvan Alencar, durante premiação na II Corrida 
das Escolas Públicas. Foto: Seduc-CE.
Ainda segundo o referido portal, o governador Camilo Santana (PT), teria afirmado que a ideia do evento era de proporcionar aos alunos atividades extra sala de aula, que auxiliassem na compreensão da realidade pela vivência de novas experiências. Já o secretário de educação, Idilvan Alencar, lembrou que esta foi a primeira vez em que muitos dos jovens vieram à capital cearense. "A escola não oferece apenas conteúdo, mas, prepara para a vida. Espírito de colaboração e sociabilidade são aspectos importantes para a formação do ser humano", pontuou.

O vencedor da competição foi o estudante Antônio Ribeiro Sales, que faz a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Luiz Girão, em Maranguape. Antônio conseguiu realizar os 5 km de prova em pouco mais de 15 minutos.

O altaneirense Ravi Timóteo que vem conquistando excelentes resultados em todas as competições chegou em segundo lugar. A professora do Laboratório de Estudos Sobre a Informática (LEI), Lucélia Muniz, foi uma das primeiras a noticiar o ocorrido. Ravi é estudantes do Curso Técnico em Redes de Computadores da Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda e além da medalha ganhou inscrição para a Corrida Circuito das Estações Caixa – 2017 – Estação Primavera, em Recife-PE, com direito a um acompanhante, que deve ser seu professor de Educação Física, Jhon Wille.

A prova começou às 6h30 e percorreu a Avenida Beira Mar, com passagem pela Avenida da Abolição.

Cônsul acusado de assédio sexual e moral recebe nomeação de Michel Temer


O presidente Michel Temer (PMDB) nomeou nesta sexta-feira (18/8) Américo Dyott Fontenelle como cônsul-geral do Brasil em Ciudad del Este, no Paraguai. Fontenelle foi suspenso das atividades de embaixador em 2014 por suspeita de assédio moral, sexual, homofobia e desrespeito no exercício da função de cônsul-geral do Brasil em Sydney (Austrália).

Do Metrópole - Fontenelle tem um histórico de acusações. Em 2007, também foi investigado por assédio moral quando atuava no Canadá. O processo, no entanto, foi arquivado e o Itamaraty não puniu o funcionário.

Em 2013, funcionários que trabalharam com Fontenelle relataram o drama vivido. “Quando você é tão eficiente me dá vontade de te dar um beijo”, teria dito o cônsul a Claudia Pereira. Para outra colega, Viviane Jones, ele teria comentado que ficava imaginando o que estava debaixo da blusa dela e que ele caminhava se esfregando nas funcionárias.

Já Alberto Amarilho, funcionário de carreira do Itamaraty, relatou que Fontenelle atacava minorias com expressões como “velha escrota”, “negão”, “chinês filha da puta”.


A presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Suellen Paz, enxerga a nomeação como um ato legal. “Não há óbice para a nomeação, portanto esperamos que as relações se deem em bases profissionais, prezando pela cordialidade. O sindicato é vigilante a toda e qualquer situação de risco aos servidores e está pronto a tomar todas as medidas cabíveis para garantir um ambiente de trabalho saudável para todos”, disse à reportagem.

Foto/ Reprodução/ Metrópole.