Blog Negro Nicolau supera expectativas e já está entre os portais mais acessados do Brasil


Mudamos o endereço na rede mundial de computadores, mas a qualidade nas informações e a preocupação para que esta seja utilizada como um instrumento de poder e transformação social, o blog Informações em Foco agora denominado de “Negro Nicolau” superou todas as expectativas e já se tornou a menos de um mês em um dos portais mais acessados do estado do Ceará e do Brasil.

A ideia de mudar o nome se deu em face de poder, através deste veículo de comunicação contribuir a partir das minhas ações de sentimento de pertencimento, para que outras pessoas se sentam representadas e empoderad@s por negr@s e negros e possam ainda se sentiram como tal, lutando para superar e eliminar um dos maiores canceres do Brasil – o preconceito e o racismo.

O fato é que o nosso blog sem se apegar ao modismo dos veículos de comunicação hospedados na internet e sem aderir ao elitismo barato e ao sensacionalismo, está desses cinco anos de atuação constante na rede mundial de computadores sempre A SERVIÇO DA CIDADANIA e, para tanto, sempre buscamos oportunizar os menos favorecidos, os que por algum motivo não tem voz através da comunicação. Esta (Comunicação) que consideramos uma das principais armas contra a homofobia, misoginia, racismo, conservadorismo, elitismo, enfim... contra as mais diversas formas que corroborem para perpetuar as desigualdades sociais. E é exatamente por pensar assim que além das nossas lutas diárias em vários espaços de poder, seja na escola ou na rádio, resolvemos há cinco anos colocar esse portal como mais uma das ferramentas nessa luta de classe onde estamos do lado dos oprimidos na busca permanente por fazer com que cada vez mais pessoas se sintam parte e se sintam principalmente empoderados/@s.

E está dando certo. Tanto que em apenas 6 (seis) dias já ultrapassamos os 141.000 (cento e quarenta e um mil) acessos. O que em média equivale a mais de 23.000 (vinte e três mil) acessos por dia. Merece registro ainda que em um único dia atingimos 36.046 acessos.

Porém a visibilidade e a credibilidade do NN só são possíveis porque temos você leitor, você leitora, colaboradores (as) como propagadores (as) dos nossos ideais.

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Um forte e fraterno abraço!!!

Gráfico com a visualização mensal (agosto) do blog Negro Nicolau.




Olimpíadas 2016: O aplauso é belo, a vaia foi linda


Não deu nada certo a cuidadosa blindagem com que os organizadores da Olimpíada tentaram proteger o presidente ilegítimo Michel Temer na abertura oficial dos Jogos, na noite desta sexta-feira 5.

As vaias que iam fatalmente acontecer... aconteceram. O usurpador estava visivelmente constrangido.
Publicado originalmente na Carta Capital

O zelo chegou ao requinte. O telão evitou imagens da triste figura e o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, agradeceu genericamente às “autoridades brasileiras”. Nenhum nome pronunciado.

A Folha de S.Paulo, sempre solícita na defesa de Temer e do golpe, tinha previamente tentado dizer que vaias, no Maracanã, são genéricas, não específicas. Ou seja, vaia-se por vaiar, não porque as Olimpíadas do Rio nascem à sombra de um governo sombrio.
O Maracanã aplaudiu perigosamente a delegação de Cuba, do Uruguai e da Palestina. Devia ter muito bolivariano infiltrado por lá.

A ovação à delegação dos atletas olímpicos refugiados reitera o tom de toda a abertura: solidariedade e boas intenções.

O espetáculo surpreendeu. Foi de uma beleza sutil, sem folclorização excessiva, na medida do bom gosto – tudo aquilo que se desconfia que o Brasil é incapaz de fazer. Aquela coisa do carnaval – um excesso de improvisação e voluntarismo que acaba dando certo.

Um comovente show produzido por artistas brasileiros com a participação de artistas brasileiros. Essa gente sempre acusada pela elite ignóbil e ignorante de ser parasita, de viver das migalhas das benesses oficiais, das leis de incentivo etc. Artistas capazes de espargir talento e produzir beleza.

No cenário de indigência moral, política, estética de um Brasil que perdeu o rumo, ainda bem que há momentos como este. O aplauso é belo; e a vaia foi linda.


As vaias que iam fatalmente acontecer... Aconteceram. O usurpador estava visivelmente constrangido. Foto; Beto Barata/PR.

Sobre o Blog Negro Nicolau (BNN)


Nicolau Neto, administrador e editor do Blog Negro Nicolau (BNN). (Foto: Lucélia Muniz).



O portal de comunicação Blog Negro Nicolau (BNN) vem dede o seu lançamento na rede mundial de computadores mantendo o compromisso de informar para formar opinião a partir de temas ligado a vários setores - como a cultura, educação, política, saúde, esporte, e a religiosidade e suas adjacências - discussão de gênero, relações étnico-raciais, empoderamento e diversidade – sempre com o intuito maior de propagar e incitar o exercício da cidadania no meio midiático.

Política, politicagem e a indignação seletiva



Certa vez na casa situada à “rua povo discutindo tudo”, o casal Dório e Febrôncia estava em um debate sobre política.

- Eu detesto política. Disse dona Febrôncia.

- Deixe de besteira. Respondeu indignado seu Dório. E no mesmo instante perguntou a ela - Você detesta se vestir? Detesta andar descalça? Detesta comer? Quer ver seus filhos passando fome?

- Não! Respondeu prontamente. E com um ar de quem não estava entendendo as provocações de seu esposo, disse: E porque tantas perguntas Dório?

- Como o porquê das perguntas. Ninguém deve odiar o que nos traz comida, roupas e calçados. Ninguém deve odiar de onde se pode trazer melhoria para nossa rua. Nenhuma pessoa deve dizer que não gosta do que pode tirar milhões de pessoas da miséria, Febrôncia.

- Eu sei de tudo isso Dório. Mas, não é a política que permite que esses benefícios aconteçam. Nenhum político está preocupado com o bem-estar do povo. Ao contrário, eles só se preocupam com o bolso deles e de suas famílias. Não adianta votar nesse ou naquele, nessa ou naquela candidata, porque todos são iguais. Olha, o melhor que a gente faz é trocar nosso voto por algum benefício. Sei lá.... um saco de cimento, cerâmica, telhas, tijolos... Sei lá... dinheiro, qualquer coisa. Se fizermos isso, perderemos menos. Afinal, quando ele ou ela chegar na câmara ou na prefeitura, não vão fazer nada em prol do povo mesmo. Disse com fervor a Dona Febrôncia.

- Não, mulher. Não deves pensar assim. Falou com uma voz suave o seu Dório. Quando age assim só irá contribuir para alimentar ainda mais um sistema perverso de corrupção. Você estará favorecendo a entrada no poder público de candidatos que, comprando votos, se sentirão na obrigação de não fazer nada para melhorar a sua cidade. Muitos já fazer isso porque gostam, imagina você ajudando...

- Isso é politicagem. Não gosto, disse ela. Aliás, detesto quando chega época de período eleitoral. Pessoas que nunca andaram em minha rua e agora só porque é candidato/a se acha no direito de bater em minha porta para pedir voto. Antes passava por mim e nem um bom dia dava. Se faltasse dez centavos para completar o dinheiro do quilo de açúcar não vendia e agora vem todo sorridente? Não, comigo não, afirmou ela.

 - Seu Dório, mesmo entendendo que nesse caso sua mulher tinha razão, falou – Você está certa, mas, olhe... Até mesmo na politicagem devemos prestar muita atenção. Ela tem muito a nos ensinar. Por ela, Febrôncia, nós podemos não votar em candidatos com esse currículo que você citou. Isso que você disse mostra que está antenada na política e na politicagem. Demostra ainda que tu estás indignada com o que ocorre em nossa cidade. É muito importante conhecer e investigar a história daquele e daquela candidata. Se procurarmos fazer isso com todos eles não iremos cometer o erro de, por exemplo, acreditar em todas as suas promessas e mentiras, pois saberemos que ele e ela quando estiveram no poder nada fizeram. Querem apenas voltar ao poder ou permanecer nele.

- Febrôncia, suspira e diz – Dório, desde quando tu entendes tanto desses assuntos, nunca te via discutir assim?

- Dório, sorri e responde – a vida nos ensina.

- Mas,  e se nessa história de investigar o passado do candidato, da candidata descobrimos que não tem em quem votar?, perguntou ela.

- Podemos anular o voto, disse ele. Essa é uma das formas que temos de manifestar nossa indignação com o estado de coisas que se arrasta de há tanto tempo. E quando você pensa e age assim, demonstra que se estás indignada e revoltada com muitos e não apenas com um ou dois candidatos só porque é desse ou daquele partido.

Mas se ao conhecer a história do candidato, da candidata, resolver votar nele ou nela, é preciso que saiba que sua função não acaba quando o resultado sai. É necessário saber cobrar trabalho daqueles em quem votamos. Porque são eles que irão nos representar para dirigir nossas cidades, nossos Estados e nosso país.

São os vereadores, prefeitos, deputados, senadores que ao serem eleitos com o nosso voto irão dirigir nossos destinos. São eles que, uma vez colocados no poder legislativo e executivo, aprovarão leis que podem prejudicar e deixarão de aprovar outras que poderiam nos beneficiar. São eles ainda que irão fazer leis em causa própria, completou seu Dório.

- Então, disse a esposa - a política influi em tudo na nossa vida. Precisamos redobrar as atenções, principalmente quando estiverem eleitos, afinal, lá estarão eles ganhando altos salários e, na grande maioria das vezes desviando recursos. Mas, lá estão também aqueles e aquelas que estão procurando governar com e para o povo.

Imagem puramente ilustrativa.





Conheça dez civilizações da África mais surpreendentes do que a Egípcia


A África é o berço da humanidade. Foi lá que evoluiu o homem moderno, que depois se espalhou pelo globo.

Centenas de pequenos reinos surgiram ao longo da história do continente, com alguns eventualmente se transformando em impérios poderosos. Estas vastas civilizações africanas cheias de riqueza e cultura são pouco conhecidas para a maioria de nós. Está na hora de mudar isso:
Publicado originalmente no Hype Science
10. Império de Axum

Enquanto uma revolução cristã estava ocorrendo na Europa, um poderoso reino surgiu no continente africano. Na atual Etiópia, o Império de Axum se tornou um dos maiores mercados do nordeste da África, com grande força naval.

Axum dominou a costa do Mar Vermelho até o século VII. Além de influenciar outras superpotências na África, Europa e Ásia, este império criou o Ge’ez, única língua escrita com um conjunto de sinais utilizados para representar fonemas original da África.

O império tinha uma multidão de visitantes estrangeiros. Um escritor persa saudou Axum como “uma das quatro maiores potências do mundo”. Ainda assim, pouco se sabe sobre esta impressionante civilização africana.

9. Império do Benin

No que é hoje a Nigéria, o Império do Benin começou quando o povo Edo cortou árvores na floresta tropical do Oeste Africano. Por volta de 1400, o pequeno povoado se desenvolveu em um poderoso reino.

Com um gosto incomum para bronze nos seus palácios deslumbrantes, Benin também utilizava cobre em suas obras de arte, estátuas e placas que descrevem cenas de batalha sangrentas. Quanto à negociação, Benin encontrou sua riqueza no comércio com reinos africanos do norte devido à sua localização próxima ao rio Níger. No extremo sul do império ficava o Oceano Atlântico, o que permitiu que seus navios trocassem mercadorias com outros povos, tais como pedras de coral, pimenta e pele de leopardo.

A civilização chegou ao fim quando os britânicos invadiram a região, tomaram os recursos de Benin e queimaram o império até o chão.

8. Império do Gana

Na Gana antiga, assentada sobre uma imensa mina de ouro, havia um reino tão rico que até mesmo seus cães usavam colares feitos de metal precioso.

Com planejamento estratégico, líderes poderosos e uma abundância de recursos naturais, o Império do Gana tinha grande influência. Negociava com europeus e norte-africanos, importando livros, tecidos e cavalos em troca de ouro e marfim. Comerciantes árabes muitas vezes passavam meses tentando chegar ao reino para fazer negócios.

Se alguém fosse acusado de violar a lei no Gana, essa pessoa era forçada a beber uma mistura acre de madeira e água. Se vomitasse a mistura, era considerada inocente. Caso contrário, era considerada culpada e punida pelo rei.

Apesar de impedir muitas invasões, o império eventualmente entrou em colapso em 1240. Isolado do comércio e enfraquecido por seus rivais, Gana foi absorvido pelo crescimento do Império do Mali.

7. Império do Mali

O Império do Mali foi uma grande civilização africana que prosperou entre os séculos 13 e 16. Fundado por um homem chamado Sundiata Keita (também conhecido como Rei Leão), o império estava localizado na região do atual Oeste Africano.

Enquanto o Rei Leão foi um governante impressionante, o império floresceu mais sob o comando de Mansa Musa, que detém o título de homem mais rico da história. Sua fortuna era estimada em gritantes US$ 400 bilhões, um montante que envergonha até Bill Gates.

Musa criou Timbuktu, a capital do Mali, e principal centro de educação e cultura da África, permitindo que estudiosos de todo o continente aprendessem ali.

Como Benin, Mali foi bem-sucedida no comércio devido à sua localização junto ao rio Níger. No entanto, foi saqueado por invasores do Marrocos em 1593. Isso enfraqueceu o império, e Mali logo deixou de ser uma entidade política importante.

6. Cultura Nok

Os primeiros vestígios dessa misteriosa civilização foram descobertos em 1928 por um grupo de mineiros de estanho nigerianos. Conforme os arqueólogos descobriram fragmentos de cerâmica, pinturas e ferramentas, ficaram chocados ao perceber quão avançada esta cultura previamente desconhecida era.

Durante sua existência, de 900 aC até 200 dC, a cultura Nok criou um complexo sistema judicial séculos antes dos modernos serem inventados. Usando várias classes diferentes de tribunais, eles tratavam de assuntos como roubo, assassinato, adultério e disputas familiares.

O povo Nok também foi o primeiro fabricante de estátuas de terracota em tamanho real. Suas obras representavam pessoas com cabeças longas, olhos amendoados e lábios separados.

Os Nok também eram avançados no manuseio de metais, forjando pequenas facas, pontas de lança e braceletes.

No ano 200, a população diminuiu rapidamente, sem motivo aparente. Fome, dependência excessiva de recursos e mudanças climáticas foram propostas como explicações para seu desaparecimento.

5. Reino de Cuche

Relativamente desconhecido fora da África, o Reino de Cuche ficava localizado no atual Sudão. Esta civilização era muito semelhante ao Egito e governava como os faraós. Eles também mumificavam seus mortos, construíram pirâmides como cemitérios e adoravam vários deuses.

No entanto, havia várias diferenças importantes entre as duas culturas. Ferro havia se tornado um grande recurso para os cuches, enquanto os egípcios ainda estavam descobrindo as maravilhas deste metal. As mulheres também desempenhavam um papel muito maior na sociedade Cuche – rainhas muitas vezes sucediam os reis. Na verdade, uma das maiores pirâmides do reino foi construído para honrar uma governante mulher.

Cuche era famoso por seus arqueiros, muitas vezes representados nas obras de arte. Teoriza-se que o reino tenha enfraquecido após ser invadido pelo povo de Axum e, em seguida, tomado por uma nova sociedade chamada de Grupo-X ou cultura Ballana.

4. Império Songai

O Império Songai ocupava milhares de quilômetros em grande parte da África Ocidental. Com duração de quase 800 anos, foi considerado um dos maiores impérios do mundo nos séculos 15 a 16.

Tal como acontecia com outras civilizações africanas, Songai derivava a maior parte de sua riqueza a partir da negociação com outros povos, assegurada por seu exército de 200.000 pessoas posicionadas ao longo de suas províncias.

Milhares de culturas estavam sob seu controle, mantidas juntas pela burocracia de um governo centralizado. Uma nova moeda também foi criada, o que permitiu que as diversas culturas se misturassem e unissem.

O tamanho deste império foi sua queda, com o seu enorme território se provando muito difícil de controlar. Songai passou por uma guerra civil e, lá pelo final do século 16, o império outrora poderoso se fraturou em pequenos reinos.

3. Reino de Punt

Provavelmente localizado na atual Somália, o Reino de Punt foi considerado a “Atlantis” da África. Ao contrário da maioria das civilizações africanas, as pessoas desta “terra dos deuses” eram descritas como tendo tez vermelha escura e cabelos longos, e seus cidadãos viviam em cabanas de junco suspensas sobre palafitas acima da água.

O comércio entre Egito e Punt era comum, incluindo a primeira troca documentada de flora, quando a rainha Hatshepsut negociou árvores durante sua famosa expedição a Punt. Vários tipos de produtos eram trocados com Punt, de incenso a marfim a anões.

Embora a localização exata de Punt ainda seja debatida, o reino foi descrito como sendo exuberante e verde. Marinheiros supostamente podiam alcançá-lo viajando através do Mar Vermelho ou navegando o Nilo em pequenos barcos à vela.

Muitas pessoas acreditam que Punt tinha uma enorme influência sobre a cultura egípcia, da literatura à religião. Apesar disso, alguns historiadores questionam se Punt sequer existiu.

2. Império Zulu

A ascensão do Império Zulu não teria acontecido sem uma pulada de cerca. O início do reino foi estimulado por Shaka Zulu, filho ilegítimo do chefe Senzanganoka. Após ter evitado várias tentativas de assassinato e disputas familiares sangrentas, Shaka se tornou chefe dos Zulus.

Usando suas inovadoras táticas militares, Shaka deixou o império rico e famoso, além de torná-lo uma das civilizações africanas mais temidas durante o período colonial. Ele treinou seus guerreiros tão bem que acabou derrotando a invasão britânica.

Depois de um período de poder e violência, por volta de 1900, os Zulus foram absorvidos pela Colônia do Cabo. Hoje, partes do império formam o país moderno da África do Sul.

1. Civilização cartaginesa

Um assentamento fenício, a antiga cidade-estado de Cartago ficava localizada na atual Tunísia e cobria boa parte do Mediterrâneo. Sua colocação estratégica e abundância de comércio permitiram que fosse bastante rica.

A civilização cartaginesa era extremamente qualificada na elaboração de móveis, almofadas e colchões, e suas camas eram um luxo caro. Em um ponto da história, seus rivais romanos tentaram copiar seus designs sem sucesso.

Cartago também criou um intrincado sistema governamental, escreveu uma constituição e possuía uma extensa biblioteca. Infelizmente, a maioria de sua literatura foi destruída ou dada de presente aos reis da Numídia. Apenas um livro ainda existe – um manual sobre a técnica agrícola, traduzida para o grego.

Eventualmente, Cartago foi queimada e saqueada pela expansão do Império Romano. No entanto, a cidade-estado deixou uma marca indelével como um império comercial rico e uma força poderosa na África.

Axum

Benin

Gana

Mali

Cultura Nok

Cuche

Songai

Punt

Zulu
Cartaginesa



Governo federal vai fazer bancas para definir quem é negro


O governo federal decidiu que candidatos que se autodeclararem negros terão que ser submetidos a uma comissão para verificar a sua aparência a fim de evitar fraudes em concursos públicos que preveem cotas. O Ministério do Planejamento e Gestão publicou, nesta terça (2), instrução normativa nesse sentido.
Uma banca. Para dizer se uma pessoa é negra ou não.

Publicado originalmente no Blog do Sakamoto

A autodeclaração tem suas falhas, mas ainda não há nada melhor para que pessoas afirmem quem são ou a qual grupo pertencem. Qual legitimidade tem uma comissão constituída pelo poder vigente para dizer o contrário? Quem poderá atestar que uma pessoa não sofreu preconceito ou teve seus direitos limitados ao longo da vida por ser considerada negra em um país onde o racismo corre solto como o Brasil? Haverá uma escala de cor para ser usada como referência?

Isso bem lembra as medições de tamanho de crânio e de comprimento de nariz e comparações com cartelas com cores de olhos e de cabelos pelas quais passavam alunos na Alemanha hitlerista no intuito de verificar, através de uma pseudociência racial, quais grupos eram verdadeiramente arianos.

Isso abre o precedente, por exemplo, para que se institua bancadas a fim de definir se uma pessoa é indígena ou quilombola, grupos também previstos em ações afirmativas.


Nesse sentido, melhor seria se o governo brasileiro passasse a tatuar minorias em direitos desde seu nascimento para não gerar celeumas no futuro quanto à natureza de sua insignificância.


Conheça a ‘escravizada que virou rainha’ e rompeu padrões do século XVIII



A atriz Zezé Motta lembra como se fosse hoje o dia em que recebeu o telefonema que mudou sua vida. Do outro lado da linha, o produtor Jarbas Barbosa avisava que ela tinha sido escolhida para interpretar o papel-título do filme de Cacá Diegues, Xica da Silva (1976). "Boa tarde, Chica da Silva!", saudou Barbosa, brincalhão. "Quase desmaiei!", recorda a atriz, aos risos.
Publicado originalmente no Ceert

Quarenta anos depois, Zezé Motta volta a trabalhar em uma produção sobre a escrava mais famosa da história do Brasil. Dessa vez, ela irá dirigir o documentário A Rainha das Américas - A Verdadeira História de Chica da Silva, que pretende passar a limpo a trajetória de Francisca da Silva de Oliveira, que ganhou fama e fortuna ao conquistar o coração do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Sua morte completa 220 anos.

"Chica é daquelas personagens que a gente não sabe muito bem onde termina a história e começa a ficção. Em muitos registros, é tratada como prostituta. Mas, ela e João Fernandes viveram juntos 17 anos e tiveram 13 filhos. Sempre quiseram desqualificá-la, mas nunca conseguiram", diz a atriz.

O projeto do documentário inclui desde a exumação da ossada de Chica da Silva, sepultada na tumba nº 24 do cemitério da Igreja de São Francisco de Assis, em Diamantina (MG), até a reconstrução de seu rosto em 3D, tarefa que está a cargo do designer Cícero Moraes.

"Ainda não sabemos como ela morreu, mas já descobrimos que tinha por volta dos 60 anos e que sofria de reumatismo", adianta a roteirista Rosi Young. O projeto prevê, ainda, a construção de uma escultura em Diamantina (MG) e a criação de um holograma em tamanho real. "Se tudo der certo, a imagem de Chica será projetada durante o desfile de uma escola de samba em 2018", diz Rosi.

Uma Chica, muitas versões

O documentário A Rainha das Américas, que tem previsão de lançamento para 2017, é apenas um dos projetos que prometem recontar o mito da escrava que virou "rainha". Os outros são o romance Chica da Silva - Romance de Uma Vida, da jornalista Joyce Ribeiro, que já chegou às livrarias, e a biografia Xica da Silva - Cinderela Negra, da escritora Ana Miranda, que será lançada no segundo semestre.

"Chica tinha tudo para desistir, mas lutou até o fim pelos seus sonhos. Viveu um relacionamento inter-racial, zelou pela educação dos filhos e, depois da ida do marido para Portugal, administrou, sozinha, os negócios da família. É moderna até para os dias de hoje", opina Ribeiro.

O primeiro relato de Chica de que se tem notícia está no livro Memórias do Distrito Diamantino, de 1868. Foi seu autor, o advogado Joaquim Felício dos Santos, quem imortalizou a personagem como dona de um apetite sexual insaciável.

"Não possuía graça, não possuía beleza, não possuía espírito; enfim, não possuía atrativo algum que pudesse justificar uma forte paixão", descreveu o autor. Detalhe: ele jamais conheceu Chica ou se baseou em qualquer fonte histórica.

Quase um século depois, o médico Agripa Vasconcelos lançou Chica que Manda,em 1966. Se Joaquim Felício retratou Chica como lasciva e sedutora, Agripa reforçou o estereótipo da mulher sádica e cruel. Num trecho do livro, conta que Chica mandou cortar a boca de uma suposta amante do contratador.

Autor de Eles Formaram o Brasil, o historiador Fábio Pestana Ramos explica que a ex-cativa viveu segundo os rígidos padrões morais de sua época. Prova disso é o fato de ter sido sepultada no cemitério da Igreja de São Francisco de Assis - um privilégio concedido à elite branca.

"Houve muitas iguais a ela, que ascenderam socialmente graças ao concubinato, mas nenhuma outra teve união estável com figura tão poderosa nem deixou herdeiros que tiveram tanta importância na formação da elite brasileira. Por essas e outras razões, sempre foi alvo de preconceito", explica Fábio.

Fonte de inspiração

Ainda hoje, não se sabe ao certo quando nasceu Chica da Silva. Estima-se que tenha sido entre 1731 e 1735, no povoado de Milho Verde, perto do arraial do Tejuco, atual Diamantina. Filha de um português, Antônio Caetano de Sá, com uma africana, Maria da Costa, tornou-se escrava, ainda adolescente, do médico Manuel Pires Sardinha, com quem teve um filho, Simão, em 1751.

Comprada por João Fernandes no Natal de 1753, conquistou sua alforria pouco depois. Entre 1755 e 1770, teve 13 filhos - nove mulheres e quatro homens - todos com o contratador. João Fernandes morreu em 1779 e, 17 anos depois, Chica, mais exatamente no dia 16 de fevereiro de 1796.

Desde então, já inspirou poesia, filme, canção, novela e até enredo de escola de samba. Foi assistindo ao desfile do Salgueiro, em 1963, que Cacá Diegues teve a ideia de levar a história de Chica para o cinema.

"Construí meu filme como uma fábula política. O conde português simbolizava o imperialismo, o contratador, a burguesia; os moradores da cidade, a classe média; o inconfidente, os revolucionários, e a Xica, a alegoria vitoriosa e solar do povo", detalha o cineasta.

Muito antes de Cacá Diegues, Cecília Meirelles já prestava tributo à escrava-rainha no livro Romanceiro da Inconfidência, de 1953. "Ainda vai chegar o dia de nos virem perguntar: quem foi Chica da Silva que viveu neste lugar?", eternizou a poetisa. Anos depois, o escritor Walcyr Carrasco convidou a então estreante Taís Araújo para dar vida à protagonista da telenovela Xica da Silva, exibida entre 1996 e 1997 pela extinta TV Manchete.

Agora, chegou a vez de Ana Miranda dar sua versão para a história. Para ser o mais fiel possível à realidade, tomou como referência Chica da Silva e o Contratador dos Diamantes - O Outro Lado do Mito, da historiadora Júnia Ferreira Furtado, da UFMG.

Publicada em 2003, a mais completa biografia já escrita sobre Chica descreve a personagem como uma mãe de família dedicada, leal e religiosa.


"Nunca chegaremos a um consenso sobre figura tão complexa, misteriosa e inquietante. A imagem de Chica foi sendo interpretada à luz dos tempos e a minha Chica é a soma de todas essas interpretações. É um quebra-cabeça de medos, ânsias e sonhos", define a escritora.

Luz Mágica Produções/Divulgação. Image caption Zezé Mota como Chica da Silva em filme de Cacá Diegues, em 1976.

Consulta pública sobre “Escola sem partido” bate recorde e ultrapassa os 360 mil votos



No dia em que completa duas semanas, a consulta pública sobre o projeto de lei que institui o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação ultrapassou nesta segunda-feira as 360 mil votações no portal e-Cidadania, do Senado Federal. Até as 14h30, quase 368 mil pessoas haviam se manifestado contrárias ou favoráveis à proposta – que defende a "neutralidade do ensino" por meio da proibição de suposta "doutrinação ideológica" nas escolas. Desse total, a maioria, com uma diferença de cerca de 10 mil votos, era contrária ao projeto.
Publicado originalmente no Uol

A consulta bateu o recorde de votações na história do e-Cidadania -- a segunda proposta com mais participação, 183.597 manifestações, é a do projeto que propõe a reformulação da lei do Ato Médico.

A inspiração para o projeto de lei sobre o Escola sem Partido no Senado – a qual embasa outros quatro projetos do tipo, na Câmara dos Deputados, e além de sete Assembleias Legislativas e 12 Câmaras municipais – é a proposta idealizada em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, procurador paulista.

No Senado, o autor da matéria é o senador Magno Malta (PR-ES), que justifica ser "fato notório que professores e autores de materiais didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes à determinadas correntes políticas e ideológicas para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta moral – especialmente moral sexual – incompatíveis com os que lhes são ensinados por seus pais ou responsáveis."

Além de opinar sobre o projeto, os participantes da consulta também podem enviar comentários e sugestões de mudança de cada item previsto no texto, além de acompanhar a tramitação dele na Casa. O relator é o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

MPF diz que projeto sobre ESP é "inconstitucional"

No último dia 22, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do MPF (Ministério Público Federal), encaminhou ao Congresso Nacional uma nota técnica em que aponta a inconstitucionalidade do projeto de lei 867/2015, que inclui o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação nacional. O projeto de lei tramita na Câmara, com autoria do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), mas, segundo o MPF, a nota valerá também "para todas as proposições legislativas correlatas".

Na nota técnica, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, afirma que o projeto "nasce marcado pela inconstitucionalidade". A justificativa é que o artigo 205 da Constituição Federal traz como objetivo primeiro da educação o pleno desenvolvimento das pessoas e a sua capacitação para o exercício da cidadania. "Essa ordem de ideias não é fortuita. Ela se insere na virada paradigmática produzida pela Constituição de 1988, de que a atuação do Estado pauta-se por uma concepção plural da sociedade nacional. Apenas uma relação de igualdade permite a autonomia individual, e esta só é possível se se assegura a cada qual sustentar as suas muitas e diferentes concepções do sentido e da finalidade da vida", escreveu a procuradora.

Idealizador do ESP se diz "surpreso" com reação contrária

Em entrevista ao UOL, o procurador Miguel Nagib, idealizador do movimento Escola sem Partido, afirmou ficar surpreso com os posicionamentos contrários à iniciativa.


"Me pergunto: como alguém pode votar contra esse projeto? Quem é contra, reivindica os direitos que o programa nega ao professor – o de se aproveitar da presença obrigatória dos alunos em sala para promover seus próprios direitos, opiniões, preferencias ideológicas ou políticas. Em suma, o direito de fazer propaganda política dentro da sala de aula", disse, para completar: "Quem faz oposição são professores que não querem e não aceitam os limites colocados pelo programa -- defendem, portanto, o direito de praticar essas condutas. Não há outra posição lógica a essa visão. Mesmo discordando do programa, vejo que alguns professores não querem que seus alunos fiquem sabendo que essas obrigações existem – porque não querem que a sua autoridade seja confrontada."