Grupos altaneirenses em redes sociais entram em estado de “Hipertrofia do Ladismo"


Foi-se o tempo em que tínhamos grupos nessa rede social em que vira e mexe o debate aparecia.

Foi-se o tempo em que os grupos geravam polêmicas saudáveis.

Imagem capturada dos grupos "Blogueiros de Altaneira" e "Altaneira-Ceará".

Foi-se o tempo em que os grupos eram espaços de discussões que gerava formação de opinião.

Foi-se o tempo em que tínhamos prazer em compartilhar artigos e até mesmo uma simples imagens nos grupos, pois tínhamos a certeza de que as publicações não passavam despercebidas.

Ah quão bom eram aqueles tempos... Aqueles do momento das criação dos grupos...

Hoje o que vemos é a rede social sendo depravada e os grupos se esfacelando.

O que vemos atualmente são pessoas se escondendo por trás de perfis falsos para denegrir a imagem de outros.

Os grupos se não houvesse um olhar atento dos administradores estaria sendo contaminado por essa avalanche perturbadora.

Porém, mesmo não sendo contaminado pelos perfis falsos, os grupos destinados ao bom e sadio debate (esse deve ser o objetivo de todo o espaço criado) estão entrando a cada dia no que chamamos de "Hipertrofia do Ladismo".

Expliquemos. Se for alguém ligado a "oposição" partidária local há logo curtidas e comentários (difícil, mas vez por outra....) de pessoas ligados ao grupo. Se o fato vier a se dá por alguém ligado a "situação" o mesmo ocorre.

Não há um discernimento do que que é realmente interessante curtir, comentar e compartilhar (não importando o lado - quando nem deveria está se utilizando esse termo mas o fato não nos permite que utilizemos outro).

Um simples olhar despretensioso para as enquetes nos grupos "Altaneira -Ceará", "Blogueiros de Altaneira" e "A Política de Altaneira" comprova-se o que ora tentamos afirmar.

Mas mesmo entrando em um estado de um CETICISMO profundo ligado a todas as esferas ainda devemos manter a esperança de que um dia haverá de termos grupos votados para a CIDADANIA.


Ao completar 5 anos do Estatuto da Iguadade Racial, entidades apontam que ele precisa ser reformulado



O Estatuto da Igualdade Racial completa ontem (20) cinco anos de existência sob avaliação generalizada de militantes do movimento negro de que é preciso reformar o documento. “O estatuto ainda está no campo do avanço simbólico. Estabeleceu importantes diretrizes e direitos sociais para o povo negro. Mas o fato de 'recomendar' e não 'determinar' ações e políticas públicas reduziu muito a incidência que ele poderia ter na realidade da população negra”, avaliou o professor e militante do Movimento Negro, Douglas Belchior.

Perseguição contra religião de matrizes africanas aumentou
nos últimos cinco anos, avaliam militantes.
O estatuto foi elaborado a partir de intensa mobilização do movimento negro, com apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, criada no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento apresenta diretrizes nas áreas de saúde, educação, cultura, trabalho, acesso à terra e liberdade religiosa, com o objetivo de alcançar a igualdade de oportunidades e direitos entre negros e brancos, bem como combater o racismo.

No entanto, cinco anos depois, nem mesmo o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, previsto no plano, foi criado.

De acordo com a IBGE, 52,9% da população brasileira é negra – contados os que se declararam como pretos ou pardos, em 2013, na Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios (Pnad). Porém, tal dado não se reflete em outros espaços. Nas eleições de 2014, 80% dos 513 deputados federais eleitos eram brancos. Na televisão, somente 15% dos atores em papéis de destaque são negros.

Ao mesmo tempo, os negros ainda são vítimas preferenciais da violência. “Infelizmente, no tempo de vigência do estatuto, esta é uma situação que só piorou”, ressaltou Belchior. Segundo o Mapa da Violência, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, em 2010. Do total, 74,6% eram negros. Em 2012, o mesmo mapa identificou 30 mil jovens assassinados. E 77% das vítimas eram negras. A proporção é de, pelo menos, três negros assassinados para cada branco.

Para Belchior, apesar dos problemas, é preciso reconhecer que o estatuto foi a base para o estabelecimento da política de cotas raciais e de ações afirmativas em várias cidades. No entanto, mesmo este não foi um processo universal.

Isso só foi efetivo onde há governos e instituições comprometidos com o enfrentamento do racismo. No geral, temos dificuldade em ver efetivada uma lei com obrigações, como a (Lei federal 10.639, de 2003) que determinou o ensino de história da África nas escolas públicas. Muitos municípios não a cumprem e nada acontece. Imagine uma lei que não tem obrigações”, ponderou.

A política de cotas tem sido adotada em maior escala no serviço público federal e nas instituições federais de ensino superior. Mas a Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, ainda não aderiu ao sistema de cotas raciais. Outras sete universidades estaduais, das 38 existentes, também não adotam a medida.

Isso traz graves consequências à inserção dos negros nas universidades. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Anísio Teixeira (Inep), de todos os estudantes matriculados nas universidades públicas e particulares em âmbito nacional, apenas 3% eram pretos. Outros 12% declararam-se pardos.

Para o Frei David dos Santos, que coordena os cursinhos pré-vestibular para jovens na Educafro, a exclusão dos negros continua galopante no ensino superior. “Se avaliar concretamente o que o estatuto mudou no Brasil você cai de costas no chão. Não mudou quase nada. Não chega a 1% o número de professores universitários negros no Brasil. Fica mais grave quando observamos o número de alunos negros que recebe bolsas de estudo para doutorado: Não chega a 2%”, afirmou.

Para ele, é urgente uma reforma no estatuto, que devolva o poder transformador que o texto tinha antes de entrar no Congresso Nacional. “O estatuto era e é a compensação por 380 anos de escravidão negra no Brasil. Mas o texto final é quase totalmente sem compromisso, devido às mudanças realizadas na Câmara e no Senado”, criticou.

Segundo frei David, o texto do estatuto acabou por desautorizar ações que buscavam equiparar a presença dos negros em determinados espaços com a realidade social. O frei citou dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) que estavam em negociação entre o Ministério Público paulista com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a São Paulo Fashion Week, para garantir a inclusão de negros em proporção igualitária. “Ambos foram abandonados quando a lei foi aprovada porque não foi mantida a determinação, apenas se recomenda que haja equidade”, salientou.

Texto não basta

O estatuto tem recomendações específicas também em relação ao combate à intolerância religiosa e no acesso à terra, incluindo aqui políticas para garantia da manutenção e do desenvolvimento das comunidades quilombolas. No entanto, segundo representantes dessas populações, o texto é letra morta para ambas.

Segundo o estatuto, as comunidades quilombolas deviam receber incentivos específicos para a garantia do direito à saúde e à educação, reconhecimento da propriedade definitiva da terra, além de assistência técnica e linhas especiais de financiamento público, destinados à realização de suas atividades produtivas e de infraestrutura.

Os governos têm estado distantes de nós. Nada do que foi proposto acabou efetivado e poucas comunidades quilombolas podem dizer que tiveram alguma melhora nos últimos cinco anos”, afirmou o presidente de honra da Associação Quilombo Caçandoca, Antônio dos Santos.

Líder de uma comunidade onde vivem 700 descendentes quilombolas, Santos também defendeu que o estatuto precisa ser reformado urgentemente. “É preciso que se reconheça de verdade a dívida do Brasil com o povo negro. Não basta escrever um documento, é preciso implementar as políticas de saúde, educação e desenvolvimento. E sem desconstruir a cultura de cada população”, afirmou.

Situação semelhante à da população negra que vive e trabalha no campo. “O estatuto é um avanço, mas não chega na ponta, no cidadão comum. O negro rural continua invisível e sem acesso às políticas públicas para se desenvolver e viver com dignidade”, afirmou o secretário-geral da Federação da Agricultura Familiar (FAF-CUT), Elvio Mota. Para ele, o documento foi mutilado durante a tramitação no Congresso. “O estatuto tem corpo, braços e pernas, mas não tem cabeça”.

Mota, que também é babalorixá na comunidade de terreiro Ylê Axé de Yansã, comentou ainda a situação vivida pelos religiosos de Candomblé e Umbanda, que, segundo ele, vivem o pior momento desde a redemocratização. “Casas de axé têm sido destruídas em todo o Brasil. Pessoas têm sido atacadas. E nada tem sido feito para impedir essa violência”, lamentou. Novamente, o estatuto tem uma seção dedicada especificamente à liberdade de cultos de matriz africana, mas nenhuma determinação sobre o que fazer. Apenas recomendações e garantias.

Mota faz coro aos que defendem a reformulação do Estatuto da Igualdade Racial. “A lei deve determinar, não pode pedir. E precisa ter muito claro os recursos para que sua aplicação possa ser efetivada. Precisamos de um estatuto corajoso, que contenha as bases para mudar as estruturas da sociedade brasileira, que hoje se alimenta do racismo”, concluiu.

Avaliação do governo

Por e-mail, a Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, avaliou que são positivos esses cinco anos de implementação do estatuto. “Acredito que o que não foi incluído não compromete a essência, a integridade do estatuto. Para tornar o estatuto mais efetivo precisamos seguir na regulamentação de pontos específicos, garantindo a intersetorialidade das políticas de promoção da igualdade racial e de combate ao racismo em todos os ministérios.”

A ministra afirmou que é compromisso da atual gestão implementar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. “Houve um tempo de maturação necessário, de estabelecer diálogo com os estados e municípios para colocar a ideia em prática, e hoje, temos quatro estados e 17 municípios no Sinapir. Diversos outros já estão com a documentação pronta aguardando a tramitação para fazerem parte”, afirmou, ressaltando que a ação não depende apenas da secretaria. “Os governos estaduais e municipais precisam ter um órgão de promoção da igualdade racial e um conselho (sociedade civil organizada)”.

Sobre uma possível reforma no estatuto, a ministra defendeu que o foco de sua gestão é em “regulamentar os instrumentos constantes do plano e em trabalhar para garantir o cumprimento dos direitos estabelecidos no estatuto”, reconhecendo que para aprovar a lei “foi necessário negociar alguns pontos”.

A ministra destacou ainda duas dificuldades no enfrentamento do racismo no Brasil. “Nosso racismo é peculiar porque há uma tentativa de negar que ele existe. Crimes raciais são justificados de forma a fazer de conta que não são crimes. Há ainda uma subnotificação muito grande dos crimes raciais. A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial tem registrado cada vez mais denúncias, à medida em que as pessoas tomam conhecimento da ferramenta”, argumentou Nilma.

EEM Patativa do Assaré, em Serra de Santana, é inaugurada neste domingo (19)


Apresentações artísticas marcam a inauguração da EEM Patativa do Assaré, em Serra de Santana. Foto: Prof. Danilo Martins.


Os jovens da comunidade rural Serra de Santana, em Assaré, localizado na região do cariri cearense, passaram a contar de forma oficializada neste domingo, 19 de julho, com mais oportunidades de estudo e também preparação para o mundo do trabalho com a implantação da Escola de Ensino Médio Patativa do Assaré.

A instituição de ensino foi construída com 2.074,72 metros quadrados e tem 12 salas de aula com capacidade para atender até 480 estudantes por turno (manhã, tarde e noite). No espaça há ainda biblioteca, laboratórios de Informática e de Ciências nas disciplinas de Química, Biologia, Física e Matemática e uma quadra poliesportiva. O grêmio estudantil contará com uma sala a sua disposição.

Governador Camilo ao lado do prefeito Samuel
e do Deputado Sineval Roque e de Idilvam.
Foto: Prof. Danilo Martins.
O Departamento de Arquitetura e Engenharia – DAE, órgão pertencente a Secretaria de Infraestrutura do Estado – Seinfra acompanhou todo o processo de construção dessa escola na área rural que possui a mesma estrutura das implantadas nas cidades.

Um dos grandes objetivos da construção dessa unidade de ensino foi ampliar a rede estadual de ensino no Interior, indo de encontro a melhoria do acesso, da permanência e do desempenho dos alunos. 

A inauguração contou com a presença de professores, alunos, demais membros dessa comunidade rural e de cidades vizinhas, além ter tido a presença de representantes da Décima Oitava Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 18, do Prefeito de Assaré, Samuel Freire, do Governador Camilo Santana, dos Secretários do Estado Maurício Holanda (Educação) e Dedé Teixeira (Desenvolvimento Agrário), do superintendente do Departamento de Arquitetura e Engenharia – DAE, Sílvio Gentil e do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, Idilvan Alencar. Marcaram presença ainda prefeitos, vereadores e secretários municipais e os deputados Domingos Neto e José Guimarães (federais) e Sineval Roque (estadual). 

O nome escolhido para esta instituição de ensino é uma homenagem a Antônio Gonçalves da Silva, conhecido popularmente por Patativa do Assaré. Ele nasceu  em Serra de Santana, em 1909 e ganhou reconhecimento mundialmente como poeta popular mostrando em  seu trabalho a vida do homem no sertão, através de uma linguagem simples e poética. 

Camilo, Samuel, Idilvam, Sineval Roque e demais membros na inauguração da escola. Foto; Prof. Danilo.
A nova EEM ficará sob a responsabilidade da Crede 18, sediada em Crato. A regional passa a contar com 30 escolas, das quais, 21 ofertam Ensino Médio, seis são de Educação Profissional, duas de Ensino Fundamental, além de um Centro de Educação de Jovens e Adultos - Ceja.

CPI da violência contra juventude negra é considerada um ‘marco histórico’



Militantes do movimento negro consideraram um “momento histórico” o reconhecimento pelo relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da violência contra essa população de que existe uma prática genocida institucionalizada contra a juventude negra e pobre brasileira. “A CPI colocou o dedo em uma ferida grande. O Brasil não quer encarar esse problema. O racismo institucionalizado é o grande causador da matança de jovens negros. Essa é a principal conclusão do trabalho”, avaliou o frei David dos Santos, coordenador da ONG Educafro.

Para o frei, a afirmação de que o preconceito racial está naturalizado nas instituições brasileiras é fundamental para que o enfrentamento desse crime possa avançar, tanto em políticas afirmativas quanto no combate à discriminação. “O racismo está presente no policial que executa um jovem negro. Nos meios de comunicação, que naturalizam a conotação negativa a tudo que se relaciona com os negros. Na formação universitária, que tem apenas 2% dos docentes negros”, ressaltou.

Violência contra juventude pobre e negra é histórica e
institucionalizada, aforma relatório da CPI.
Foto: Celso Pupo/FOLHAPRESS.
O relatório final da CPI aponta a segurança como área onde o racismo é mais evidente. “No que diz respeito ao levantamento das causas e razões da violência contra os jovens negros e pobres, pode ser levantado que a razão primordial do genocídio institucionalizado de jovens negros e pobres é o racismo que, historicamente, acompanhou nossa trajetória. Não se pode perder de vista que o aparato estatal encarregado da segurança pública pauta a sua conduta pela manutenção da ordem pública. E (...) o conceito de ordem pública repousa na manutenção da cultura e das regras sociais que historicamente alijaram os negros de uma posição de dignidade no concerto social”.

A defesa da CPI quanto a sete projetos de lei e as cinco emendas constitucionais – que tratam desde a elaboração de um plano nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens até a desmilitarização das polícias e o fim dos autos de resistência – também são significativas para conseguir avançar tais pautas no Congresso mais conservador dos últimos 50 anos, defende Frei David.

Temos consciência de que vai ser difícil, mas o movimento negro vai manter-se mobilizado. Foi com luta que conseguimos cotas e outras ações afirmativas”, afirmou.

Já o militante do Círculo Palmarino, Joselicio Júnior, conhecido como Juninho, considerou a CPI “um marco”, mas ressaltou que ela foi resultado da mobilização do movimento negro. “Esse relatório é um marco importante, sobretudo por dar visibilidade a algo que denunciamos há muitos anos: o racismo como prática de Estado e institucionalizado na sociedade brasileira”, afirmou.

Tendo acompanhado os trabalhos cotidianamente, Juninho lamentou as pressões que impediram um relatório ainda mais contundente. “Havia menções aos meios de comunicação, que desenvolvem uma cultura de medo e legitimam a violência contra a população pobre e negra. E também quanto a questões de gênero e diversidade sexual, que estavam no relatório preliminar. Mas a 'bancada da bala' e a 'bancada evangélica' pressionaram pela retirada desses itens”, relatou.

Mesmo assim, o militante exaltou as propostas apresentadas pelos parlamentares. “Temos de considerar conservador o Congresso que temos hoje. Uma CPI com essa finalidade, reconhecendo o genocídio contra jovens negros; recomendando a desmilitarização e um controle externo mais efetivo das polícias, além da criação de um plano e um fundo nacional para combater essa situação, é um grande avanço”, ponderou.

O Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens proposto pela CPI deverá ser focado, sobretudo, na população negra e pobre. E conter uma abordagem dos problemas de segurança a partir do desenvolvimento de políticas públicas em todas as áreas: educação, cultura, profissionalização, saúde, lazer, assistência, acesso à Justiça, entre outras.

Essas medidas seriam financiadas através de um fundo criado especialmente para combater a violência por meio de ações de promoção da igualdade racial. Esse fundo já é objeto da PEC 2, de 2006, que tramita atualmente no Senado.

Os parlamentares também apresentaram um projeto de lei para regulamentar o uso da força pelas polícias e manifestaram apoio à aprovação do PL 4.471, de 2012, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que extingue os autos de resistência. Os autos são documentos elaborados pelas polícias em caso de resistência à prisão, contra a qual foi empregada força letal. Os movimentos de direitos humanos denunciam que esse recurso tem sido utilizado para encobrir execuções, já que as mortes não são investigadas ao serem registradas dessa forma.

Por fim, o relatório elaborado pela deputada federal Rosangela Gomes (PRB-RJ) e aprovado por unanimidade recomenda que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analise casos de chacinas e violações de direitos humanos denunciados à comissão durante as audiências realizadas. Entre os casos estão os chamados “Crimes de Maio”, quando pelo menos 505 pessoas foram mortas pelas polícias Militar e Civil paulistas, após os atentados cometidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), entre os dias 12 e 20 daquele mês, em 2006. Também menciona o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza, na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

A expectativa é que tais casos possam ser enquadrados no Incidente de Deslocamento de Competência, a chamada federalização. Esse procedimento é garantido pela Constituição Federal, em casos de violação de direitos humanos, em que fique demonstrada a incapacidade de conduzir o caso pelo Poder Judiciário, o Ministério Público e a polícia judiciária do estado onde o crime ocorreu.

Baixe 30 obras de Michel Foucault


Há trinta anos, morria filósofo-ativista que recusou papel de líder, mas estimulou a transgredir “verdades” fabricadas e eternizadas pelo poder”, escreve Bruno Lorenzatto no site “Outras Palavras” como parte integrante de sua dissertação de Mestrado intitulada “A Filosofia anti-humanista de Michel Foucault: Questões Sobre História e Liberdade” apresentada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em maio de 2012.

Lorenzatto inicia o texto citando uma das mais célebres frases de Foucault que incita a destruição de paradigmas ao ser um provocador de discursos contrários ao que se julga verdadeiros. “Mostrar às pessoas que elas são muito mais livres do que pensam, que elas tomam por verdadeiro, por evidentes, certos temas fabricados em um momento particular da história, e que essa pretensa evidência pode ser criticada e destruída.” Foulcalt, filósofo da modernidade contribui para uma nova forma de pensar nas mais variadas facetas da sociedade, corroborando para movimentos de contestação sócio-política.

Mas, até onde se pode pensar diferentemente? Para compreender essas e outras inquietações propagadas por ele, você pode fazer um passeio por cerca de 30 (trinta) obras deste filósofo, da “Arqueologia do Saber” a “La Naturaleza Humana” disponibilizadas em PDF no site do Ayrton Becalle.



Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Léa Garcia


O estado do Rio de Janeiro passaria a conhecer a partir da década de 30 do século passado, aos 11 de março de 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar que passou a ser conhecida no cenário atual simplesmente como Léa Garcia. Sua mãe faleceu quando ela tinha ainda 11 anos, passando a ficar sob os cuidados de sua vó materna.

Léa Garcia. Foto: Divulgação.
Foi a partir da relação trabalhista de sua avó que desempenhou ofícios na casa de uma rica e tradicional família que Léa pôde desfrutar de um bom estudo, vindo a aprender nos melhores colégios carioca e, aos 16 anos conheceu o Teatro Experimental do Negro. 

Segundo informações constantes no portal Palmares, para assistir aos espetáculos teatrais, a jovem passou a negligenciar os estudos, o que lhe rendeu uma surra pública dada por seu próprio pai. Com isso, Léa fugiu de casa e passou a viver com Abdias Nascimento, fundador do Teatro, com quem teve dois filhos e adquiriu um espírito militante contra a discriminação racial e de gênero, característica que marcou sua trajetória artística.

Na década de 1950 estreou como atriz na peça “Rapsódia Negra”, o primeiro de dezenas de trabalhos nos palcos. O cinema surgiu na vida de Léa quase que simultaneamente ao teatro. Em 1959, estreou na telona no aclamado “Orfeu Negro”, filme que ganhou o Oscar de melhor obra estrangeira no ano seguinte, e lhe deu a segunda colocação no Festival de Cinema de Cannes. Ela foi a única brasileira escolhida pelo Guilford College dos Estados Unidos como uma das dez mulheres do século XX que mais contribuíram para a luta dos direitos humanos e civis.


Juazeiro do Norte sediará I Encontro de Saberes do Territórios Criativos Cariri


A Universidade Federal Fluminense em parceria com o Ministério da Cultura, através da Secretaria de Políticas Culturais, realiza na região do Cariri, na cidade de Juazeiro do Norte, o 1º Encontro de Saberes do Projeto Territórios Criativos Cariri no período de 30 de julho a 1 de agosto do ano em curso.


O Encontro é uma amostra do que pretende o projeto Prospecção e Capacitação em Territórios Criativos em nossa região, onde o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, Os Mestres e Brincantes da tradição, a Lira Nordestina e o Centro de Cultura Popular Mestre Noza, serão os focos de ações que possibilitarão sua visibilidade e potencialização de suas qualidades.

Trabalhando com os mestres e artistas em suas mais diversas tipologias e manifestações, crianças, jovens e adultos terão contato com a arte e a cultura da região adentrando na linguagem da xilogravura, escultura em barro e madeira, literatura de cordel e principalmente na história da construção da cultura e artes caririenses, além de salvaguardar os saberes e fazeres de nossa gente.

O 1º Encontro de Saberes do Projeto Territórios Criativos Cariri marca o início das ações de construção de conhecimento colaborativo do projeto Prospecção e Capacitação em Territórios Criativos da UFF em terras caririenses.

IDSS em Nova Olinda abre inscrições preparatórias para o ENEM a partir desta segunda (20)


A edição do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem de 2015 bateu todos os recordes de participantes que vinha sendo registrada desde o ano 2008. Conforme já divulgado pelo próprio Ministério da Educação - MEC, quase 8,5 milhões de estudantes se inscreveram para as provas que serão aplicadas nos dias 24 e 25 do mês de outubro.

Nestes três meses que ainda restam, é fundamental intensificar os estudos visando ficar por dentro e dominar o máximo de assunto contextualizado possível. E é por pensar assim que o Instituto do Desenvolvimento Socioambiental Sustentável – IDSS, órgão responsável pela organização e manutenção do curso pré-vestibular Organização Popular pela Educação – Opção, no município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, estará com inscrições abertas a partir desta segunda-feira, 20 de julho, objetivando formar turma preparatória do ENEM. 

Lista de aprovados no vestibular da URCA
no processo seletivo 2015.2. Crédito: IDSS.
Os interessados devem se direcionar a Rua São Francisco, nº 28, no centro de Nova Olinda a partir das 09 horas da manhã. A taxa de inscrição é equivalente a R$ 25,00.

Note-se que o conteúdo do Enem 2015 será o mesmo de edições passadas, sendo compostas por 180 questões de múltipla escolha, segregadas igualmente em quatro áreas de conhecimento, além de uma redação de caráter dissertativo-argumentativo. No dia 24 serão aplicadas as provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. No dia 25 será a vez de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; e Matemática e suas Tecnologias.

No primeiro semestre o Opção enfocou somente temas e questões de edições anteriores da Universidade Regional do Cariri – URCA, obtendo como resultado 11 aprovações.