II Edição da Altaneira em Revista começa a ser desenhada neste domingo

Depois do lançamento da I Edição da Altaneira em Revista  no último dia 21 de fevereiro no auditório da Secretaria de Assistência Social, que resenhou os principais textos publicados durante os quatro anos na rede mundial de computadores do Blog de Altaneira, os próximos passos para a continuidade do projeto já tem data marcada para ocorrer.

Foto Compartilhada na página da Rede de Blogs de Altaneira.
O jurista Raimundo Saores Filho, do blog resenhado, criou na página Rede de Blogs de Altaneira, da rede social facebook, um evento que tem como finalidade apresentar, discutir e definir junto aos blogueiros colaboradores do projeto a pauta para o segundo exemplar da Altaneira em Revista.

Durante o evento do lançamento ficou acordado que João Ivan, ex-gestor desta municipalidade em quatro oportunidades, será o entrevistado nesta nova edição que ganhará textos dos principais blogs altaneirenses.


A reunião está marcada para ocorrer neste domingo, 09, no Rancho Madala, propriedade de dois dos anunciantes da revista (Copyarts), os professores Fabrício Ferraz e Heloisa Bitu a partir das 09h00 da manhã.

Bicadas no ninho do MP. É Serra x Alckmin?



Fausto Macedo, no Estadão, anuncia que o chefe do Ministério Público de São Paulo, Márcio Elias Rosa, desincompatibilizou-se do cargo para disputar a reeleição para Procurador Geral de Justiça do Estado, daqui a exato um mês.


Vai concorrer com Luiz Antônio Marrey, três vezes procurador e duas vezes secretário de José Serra, no Governo do Estado e na Prefeitura.



Marrey é considerado, por isso, o “candidato tucano”.


Mas a coisa é mais complexa.


Porque Alckmin deu “a maior força” a Elias Rosa, assinando na semana passada um acordo em que se compromete a dotar o MP de salas e outras estruturas no interior do Estado, onde o MP funciona em instalações cedidas de outros órgãos.


Não se sabe que fim Rosa deu ao pedido do promotor Marcelo Milani para abrir investigação sobre a participação de José Serra no escândalo de propinas da Alstom.


O jornal não informa, embora seja uma informação importante, ou não é?


Diz a insuspeita revista Época, em reportagem de Alberto Bombig:


Até dezembro do ano passado, tudo caminhava para uma eleição tranquila. Marrey dissera a seu grupo de promotores que não concorreria e apoiaria a reeleição de Rosa. Em janeiro, ele começou a mudar de ideia. “Decidi atender ao pleito de alguns colegas insatisfeitos com os rumos do MP”, afirma.


Nos bastidores da política paulista, é dado como certo que Marrey decidiu concorrer estimulado pelos ex-governadores José Serra e Alberto Goldman, ambos do PSDB, e pelo ex-prefeito da capital Gilberto Kassab (PSD). Marrey nega. O temor da oposição ao governo Alckmin é que, uma vez eleito, Marrey não demonstre empenho em levar adiante as investigações comandadas pela gestão Rosa, especialmente as denúncias de cartel em licitações e corrupção no sistema de trens e Metrô.


À Época, Marrey nega e diz que “não poupará ninguém”.


É quanto basta. Vou sair agora para almoçar com Papai Noel e o Saci Pererê.



Via Tijolaço
 

Anatel e a criminalização das rádios comunitárias



A FIFA e seus parceiros comerciais vêm conseguindo impor seus interesses​ ​ ao Brasil. A Lei Geral da Copa e a proposta de Lei Antiterrorismo são mostras de que o poder público tem sido subserviente ao poder econômico dessas corporações. Mais um caso flagrante disso é a recente carta que a Anatel enviou às associações de rádios comunitárias, na qual informa que vai aumentar a repressão por conta da "Copa​ ​do Mundo ​ ​FIFA".

Alexandre Silva, um dos 4 novos comunicadores no stúdio
da Rádio Comunitária Altaneira FM.
Todos sabemos que a Lei de Rádios Comunitárias (Lei 9612/98) foi criada para que elas não existam. Das mais de 4.600 rádios legalizadas no Brasil, 99% podem ser apontadas como infratoras​ ​por conta das armadilhas da lei (isso sem falar nas cerca de 10 mil que esperam há mais de dez anos pela legalização). Para exercerem o direito humano à comunicação, as rádios comunitárias são obrigadas a cair na ilegalidade, desde a operação em outra frequência, já que a ​referida lei as coloca fora da faixa de FM, até a veiculação de publicidade do pequeno comércio local, pois não possuem outra forma de sobrevivência.

Agora, a Anatel quer que as infrações acabem por conta da Copa do Mundo, sob a alegativa "de utilização intensa do espectro radioelétrico durante a realização de eventos de grande magnitude", conforme a carta destinada às rádios. De acordo com o texto, "Para o uso adequado do espectro de radiofrequência é impreterível o cumprimento​ ​das características técnicas autorizadas para o funcionamento de suas estações, além da ​ ​utilização de todos seus equipamentos com a devida certificação/homologação".

Como a Anatel sabe que essas condições não podem ser cumpridas pela maior parte das rádios do país, a carta deixa claro que a agência vai aumentar a perseguição a quem cumpre voluntariamente um papel fundamental para a sociedade: "Ademais, destacamos que no primeiro semestre de 2014 as fiscalizações serão​ ​reforçadas em todo o Brasil e como de praxe as entidades atuando em descordo com a ​ ​regulamentação em vigor por este órgão serão autuadas". Trata-se de uma criminalização anunciada.

Na Rio+20 foi diferente

A Agência Nacional de Telecomunicações e o Ministério das Comunicações provavelmente dirão que devem cumprir a lei e pronto. Só que sabemos que quando há interesse político, a história pode ser diferente. Durante a Rio+20, em 2012, a Anatel já ensaia​v​a ​ ​sua atuação para a Copa. Com novos equipamentos, funcionários chegaram à Rádio Cúpula dos Povos, que funcionava no Aterro do Flamengo.​ Neste caso, o automático ato de fechar uma emissora foi substituído pela alternativa mais sensata:​ ​contribuir para a prática do direito à comunicação.

Buscando a garantia da liberdade de expressão, Ministério das Comunicações e Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aturam e, em 24 horas, aquela rádio comunitária foi legalizada com a ajuda do poder público. Foram pelo menos dois os ganhos: a rádio passou a funcionar dentro da ​ ​legalidade e o direito humano não foi violado.

Anatel e Ministério devem auxiliar e não reprimir

Atender reivindicações é mais​ ​inteligente ​ do que reprimir. Já passou da hora de o Brasil ​regulamentar sua Comunicação do ponto de vista da democracia. Fechar uma rádio comunitária não resolve nada. No outro dia, mais outras rádios estarão funcionando, porque a população quer fazer sua própria mídia e não apenas consumir os conteúdos já existentes.

Ao contrário de criminalizar, a ação correta é entender​ ​a importância​ ​da comunicação comunitária (como fez Lula no último mês de seu mandato, ao chamar as rádios para reunião em que reconheceu sua importância para a democracia e prometeu que no governo Dilma iria cobrar a valorização do setor) e criar políticas públicas que garantam, dentre outras questões, mais​ ​frequências, financiamento​ ​público,​ ​mais​ ​potência e menos burocracia (que FHC, Lula e Dilma não fizeram), contribuindo para que​ ​esses meios possam ​cumprir​ ​seu papel de multiplicar as vozes que circulam pelos meios de comunicação.

Rádio comunitária não é caso de polícia. Rádio Comunitária é um direito humano!


A análise é de Arthur William, integrante do Conselho Diretor do Intervozes e foi publicado originalmente no Carta Capital

Da senzala para o cartão postal: minha carne não é do seu carnaval



Atualmente um fato específico causou grande polemica no que se refere à contribuição da mídia brasileira para manutenção e reforço da erotização da mulher negra, que foi o concurso para eleição da “Globeleza”, onde se inicia a “caça as mulatas” para representar a propaganda de uma das maiores festas do país, o carnaval. 

Esta é a única vez onde a beleza da mulher negra, reduzida a região inferior traseira, ganha vez na televisão para anunciar o produto bom, bundudo e barato ofertado para o entretenimento dos foliões estrangeiros que movimentam a economia turística do país. No resto do ano, sabemos bem o espaço que a televisão brasileira nos reserva: a cozinha ou a prisão.

Nós, mulheres negras, lutamos com livros, unhas e dentes buscando escrever nossa história para além da relação sexual com seu senhor, buscando superar o titulo de “vadia” que nos tatuaram a pele e que nos apresenta como objeto legitimador da escravidão atenuada.

Convivemos cotidianamente com diversos tipos de violência associados a esta imagem mercantilizada do nosso corpo, patrocinada e propagada pela mídia brasileira. Esta violência é de ordem moral, uma vez que a nós difama e fere nossa honra e reputação; é física ao por em risco a integridade de nosso corpo, já que somos tidas como “disponíveis”; e também psicológica, por implicar diretamente na percepção que temos de nós mesmas e interferir no nosso comportamento afetivo e sexual que se ampara nessa cruel identidade hipersexualizada em que somos vistas e que muitas vezes acaba implicando no reflexo que vemos no espelho.

Tirem seus rótulos do meu corpo negro!


A análise é do Grupo de Mulheres Negras do Cariri Cearense e foi publicado originalmente no Pretas Simoa

Tucano traduz o “vamos assustar”: “é preciso materializar o mal-estar”



O senador tucano Aloisio Nunes Ferreira, hoje, no Estadão, diz o que falta para Aécio Neves “deslanchar”.





Então, tá: o jogo é assim.

A máquina de comunicação, com a ajuda providencial de um mix de “coxismo” e ultraesquerdismo, coloca os brasileiros numa situação de “mal-estar”.

A inflação não explodiu, mas vai explodir.

O desemprego caiu, mas vai aumentar.

A economia não parou de crescer, mas vamos ter recessão.

A Petrobras montou num mar de petróleo, mas vai falir.

A tarifa de luz baixou, mas vai faltar energia.

As nossas seculares carências em matéria de saúde, educação, transportes,já têm uma razão óbvia: é a Copa!

Não sei como não percebemos isso nos 514 anos de Brasil sem Copa!

Ah, não esquecendo que José Dirceu, Genoíno introduziram no país o uso de dinheiro de caixa-2, porque antes deles, imagine, ninguém tinha feito isso,  nem sequer nas milionárias transações da privatização.

E então, neste cenário de caos e degradação, quem surge para nos salvar?

Aécio Neves, o estadista que iluminará o caminho de um tempo novo!

O riso é inevitável.

Mas, exceto pelo “último ingrediente”, os demais componentes da “fórmula tucana” fazem parte da ração diária de “informação” que é dada ao povo brasileiro, reconheçamos.

Até porque é quase completo o silêncio do Governo sobre tudo o quanto se faz na mídia.

Parece que o comando político da administração acha que o povo se esclarecerá sozinho.

Talvez, se estivéssemos numa quadra econômica exuberante, mas não estamos.

E o povo não terá informação “usando o controle remoto para mudar de canal”.

Até porque não há outro canal para mudar.

Nem outro jornal para comprar.

Mal e porcamente um ou outro entrevistado – não os do Governo, que em geral, gaguejam e concedem – ou os blogs ditos “sujos”, destes que vivem pedindo colaboração dos leitores, porque são excluídos da programação de publicidade ou, no máximo, recebem algumas migalhas, fazem o contraponto à máquina de publicar desgraça que se tornou a mídia brasileira.

Polêmica, zero, ou quase zero, porque depende de Lula resolver falar ou de um dos raros momentos que Dilma o faz de forma mais contundente.

Estamos preocupados em “recuperar a confiança do mercado”.

E a da população?

Ela nunca falta, quando o governo age, como no Bolsa-Família, no Mais Médicos, no pré-sal, no Minha Casa, Minha Vida, no Pro-Uni…

É evidente que é preciso restaurar um clima de confiança na economia, mas isso não se fará apenas dizendo que o Brasil cumprirá as metas econômicas que o “mercado” exige, até porque em geral as cumpre e, para isso, não depende só de sua vontade.

É preciso restaurar o clima de confiança na economia naqueles que são a sua maior fonte: o povão.

Não foi assim que Lula “peitou” o tsunami de 2008/2009? Não foi fazendo a imensa força do povo mover a economia num contraciclo à crise mundial?

Ah, mas não tínhamos uma inflação no nível da de hoje…

Pois, senhores e senhores, a inflação de 2008 ia pelo mesmo caminho de alta e, se não fosse a queda abrupta de novembro e dezembro certamente teria estourado o teto da meta, de 6,5%, depois de ficar dois anos abaixo dos 4,5% que os economistas conservadores creem ser o ponto de equilíbrio. Ainda assim, fechou 2008 em 5,9%, o mesmo de 2013.

Como diriam os jornais, hoje: uma alta de 32,5% sobre os 4,45% de 2007 e quase 100% sobre os 3,14% de 2006!

Porque a batalha por corações e mentes que marca uma eleição, se não está boa para quem, na oposição, não é capaz de “materializar o mal-estar”, também não está boa para quem, do lado do governo, precisa do contrário, que é de encher de espírito e objetivos as nossas conquistas e, com o apoio do país que sonhe e deseja o bem estar que eles sempre nos negaram, tenha forças para enfrentar as dificuldades.

Mas fora da caixinha mental onde nos tentam nos prender, com seus economistas de lápis vermelho sobre as orelhas e políticos que dizem que o Brasil não pode dar certo sozinho, mas deve se agarrar ao capital salvador do mundo.

Nesta caixinha, nunca houve surpresas: dela o Brasil sempre saiu fraco e submisso, com um mal-estar que se materializa sem políticos.

Que está no rosto de na vida sofrida de milhões de nossos irmãos, que são uma incômoda imaterialidade para nossas elites.

A análise é de Fernando Brito e foi publicado originalmente no Blog Tijolaço

Serra plantou ódio e o Brasil colhe preconceito



A campanha conservadora movida pelos tucanos, a misturar religião e política, trouxe à tona o lodo que estava guardado no fundo da represa. A lama surgiu na forma de ódio e preconceito. Muita gente gosta de afirmar: no Brasil não há ódio entre irmãos, há tolerância religiosa. Serra jogou isso fora. A turma que o apoiava infestou a internet com calúnias. E, agora, passada a eleição, o twitter e outras redes sociais são tomadas por manifestações odiosas.

E nós devemos estar preparados, porque Serra fez dessas feras da direita a nova militância tucana. Jogou no lixo a história de Montoro e Covas. Serra cavou a trincheira na direita. E o Brasil agora colhe o resultado da campanha odiosa feita por Serra.

Desde domingo, muita gente já fez as contas e mostrou: Dilma ganharia de Serra com ou sem os votos do Nordeste. Não dei destaque a isso porque acho que é – de certa forma – uma rendição ao pensamento conservador. Em vez de dizer que Dilma ganhou “mesmo sem o Nordeste”, deveríamos dizer: ganhou – também – por causa dos nordestinos. E qual o problema?

E deveríamos lembrar: Dilma ganhou também com o voto de quase 60% dos mineiros e dos moradores do Estado do Rio.E ganhou com quase metade dos votos de paulistas e gaúchos.

Parte da imprensa – que, como Serra,  não aceita a derrota e tenta desqualificar a vitoriosa -  insiste no mapinha ”Estados vermelhos no Norte/Nordeste x Estados azuis no Sul/Sudeste”. O interessante é ver - aqui - a votação por municípios, e  não por Estados: há imensas manchas vermelhas nesse Sul/Sudeste que alguns gostariam de ver todo azulzinho.

No Sul e no Sudeste há muita gente que diz: “não ao ódio”. Se essa turma de mauricinhos idiotas quiser brincar de separatismo, vai ter que enfrentar não apenas o bravo povo nordestino. Vai ter que enfrentar gente do Sul e Sudeste que não aceita dividir o Brasil.

Serra do bem tentou lançar o Brasil no abismo. Não conseguiu. Mas deu combustível para esses idiotas. Caberá a nós enfrentá-los. Com a lei e a força dos argumentos.

Via Escrevinhador