Eleições 2012: Mais de cinco mil eleitores vão as urnas neste domingo para eleger os novos vereadores e o prefeito em Altaneira

ALTANEIRA - IMAGEM: FABRÍCIO FERRAZ


Os eleitores de todo o Brasil irão às urnas neste domingo, sete (07), para escolherem os novos componentes dos legislativos municipais bem como também seus novos gestores.

No município de Altaneira, localizado na região do cariri, sul do Estado do Ceará, mais de cinco mil eleitores irão digitar nove teclas no processo de escolha dos nove nomes que irão compor o legislativo e o novo prefeito e vice – prefeito. Ao todo o município dispõe de cinco mil novecentos e dezoito eleitores (5. 918)  aptos a votar distribuídos em vinte  cinco seções (25) segundo o Tribunal Regional Eleitoral – TRE.

Dezoito concorrentes disputam nove vagas na Câmara. Deste número a situação aparece com dez nomes, a saber: Alice Gonçalves, Robercivânia, ambas do PSB, Francisca Maurício, Lélia de Oliveira, Flávio Correia e Deza Soares, todo pelo PCdoB, Edezyo Jalled, Antonio Nevoeiro, Raimundinho e Antonio Leite. Estes últimos concorrem pelo PRB.

Do lado oposicionista aparecem o Professor Adeilton (PP), Antonio Henrique e Francisco Ponciano pelo (PV), Professor Gilson (PSL), Genival Ponciano e Fátima Teixeira, ambos pelo PTB, Zuleide Ferreira e Celiete, ambas pelo PSDB.

Disputam o cargo de gestor pela oposição da coligação Melhor para Todos o Professor Joaquim Rufino (PTB) e Marques Dorivam (PSDB), candidatos a prefeito e vice, respectivamente. Delvamberto Soares e Dedé Pio que fazem parte da coligação Altaneira de Todos vão em busca da reeleição pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB.

Essa é a segunda vez em um ano que os altaneirense irão as urnas. Em outubro passado os munícipes passaram pelas eleições suplementares ocorrido devido à cassação dos gestores Antonio Dorival de Oliveira e Francisco Fenelon Pereira, prefeito e vice, por abuso do poder econômico. 

Ficha Limpa ameaça quase três mil candidatos nestas eleições



Até o fim desta sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu 6.535 recursos sobre registros de candidaturas para as eleições deste domingo, entre os quais 2.985 recursos relativos à Lei da Ficha Limpa. Segundo balanço da Corte, até agora 2.835 recursos já foram julgados com decisões favoráveis e contrárias aos candidatos.

Em relação aos 2.985 relativos à Lei da Ficha Limpa, 678 recursos já foram julgados, mas estão pendentes porque há recursos contra decisões, em sua grande maioria, dadas de forma individual pelo ministros (decisões monocráticas). Há outros 155 recursos da Lei da Ficha Limpa, que têm decisão definitiva do TSE.

O candidato que não conseguiu uma decisão definitiva em relação a seu registro de candidatura participa da eleição, mas só assumirá, se for eleito, depois de uma decisão definitiva da justiça em seu favor. Quando o registro é negado pelo TSE, o candidato pode receber os votos, mas eles não são computados. É preciso aguardar o julgamento final de seu caso. Quando o registro é garantido pelo TSE, mas ainda cabe recurso, os votos são computados, mas pode ser desconsiderados, se a decisão final não for favorável ao candidato. Normalmente, a decisão final do registro é dada pelo plenário do TSE. Mas há quem tente recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal, instância final de recurso.

O Tribunal ainda divulgou que 395 cidades vão receber auxilio de forças federais. Apenas na sessão de ontem do tribunal, os pedidos por forças armadas feitos por 127 cidades foram votados ontem. Outros ainda podem ser decididos hoje.






































Fonte: Notícias Yahoo

Leituras da Escravidão

Manolo Florentino


O historiador capixaba Manolo Florentino, docente do Instituto de História da UFRJ, é hoje uma das maiores referências em escravidão no Brasil. Sua obra mais famosa, “Arcaísmo como Projeto”, escrita em parceria com o historiador João Fragoso (UFRJ), se tornou leitura obrigatória entre estudantes de história e completa 20 anos em 2013. Na entrevista dada ao Café História, Florentino comenta sobre o sucesso do livro, mas vai muito além: fala de sua trajetória acadêmica, sobre suas mais recentes pesquisas e, claro, sobre o panorama dos estudos sobre escravidão no Brasil. Revela, por exemplo, que a historiografia brasileira sobre escravidão não gira apenas no que é produzido no “Eixo Rio-São Paulo”. Segundo o professor da UFRJ, “a novidade dos anos recentes tem sido o Norte e o centro Oeste”.
Manolo Florentino é especialista em escravidão no Brasil e na entrevista fala sobre a complexidade e a riqueza de interpretações que o tema oferece ao historiador.
Confira:
CAFÉ HISTÓRIA: Professor, o senhor cursou a graduação, o mestrado e o doutorado em um momento em que boa parte da intelectualidade, dos políticos e das pessoas em geral buscava repensar a experiência histórica brasileira (1977-1991). Escolher a escravidão como tema de especialização tem a ver com esse momento?

MANOLO FLORENTINO: Escolher graduar-me em História, sim, foi uma opção que certamente guardou alguma relação com a conjuntura política brasileira dos anos de chumbo. Naquela época, mais do que hoje, muitos dos jovens que elegiam estudar História ou outras ciências sociais faziam-no com a ingênua pretensão de adquirir instrumentos para melhor compreender o mundo – em particular o nosso país – e atuar. Eram tempos de maior engajamento, de maior “politização”, com enorme peso acadêmico das diversas vertentes do marxismo. Estava-se contra ou a favor e pronto, não precisava justificar. O ambiente era tão polarizado que, certa vez, reagindo de modo evidentemente pueril às noções de representação social dos então novos pós-modernistas, um de nossos mais famosos marxistas foi visto nos corredores de sua universidade dando socos na parede a gritar – “o real existe!, o real existe!”.

Mas se estudar história de algum modo resultou do clima cultural e político da época, eleger o escravismo como campo de especialização foi algo absolutamente fortuito. Me explico. No início dos anos 80 tive a chance de fazer mestrado no Colégio do México (Colmex), uma instituição de grande prestígio no âmbito acadêmico latino-americano. Recém-graduado, eu andava doido para sair do Brasil, não importando muito para onde nem para estudar o quê. Por então a Unesco buscava criar uma pós-graduação em Estudos Africanos em algum país da América Latina e o lugar óbvio deveria ser o Brasil. Creio que questões políticas levaram o projeto para o Colégio do México, e eu fui junto. Comecei a estudar a história social do tráfico atlântico de escravos de um ponto de vista africano, suas consequências econômicas, sociais etc. Anos depois, ao regressar ao Brasil, me dei conta de que a única maneira de utilizar o conhecimento acumulado em África era embrenhar-me pela escravidão brasileira. Em suma, adentrei a escravidão pela porta da África, uma África distante da cálida Mãe Preta que os mitos de origem insistiam em veicular, da qual os anos de estudo no exterior me ajudaram a esconjurar.

CAFÉ HISTÓRIA: Por muitos anos, o escravo apareceu em trabalhos de história apenas como uma peça no sistema colonial, alguém que se sujeitava a uma força muito maior que ele. Hoje, no entanto, sabemos que a realidade era bem diferente. O escravo fazia parte de uma rede bastante ampla, onde havia algum espaço para negociações. Mas o que exatamente isso quer dizer? A escravidão deve ser compreendida para além da violência e da coerção?

MANOLO FLORENTINO: Creio que a escravidão nos espanta porque atenta contra uma conquista muito recente da humanidade: os direitos do indivíduo. Talvez por isto uma parte de nossa historiografia opere em um registro abolicionista, como se ainda fosse necessário inventariar os horrores da escravidão para denunciá-los. Com isso se perde aquilo que, em minha opinião, representa um de seus aspectos mais intrigantes, que é o fato do escravismo se constituir uma ordem cultural extremamente estável e rica. Se lermos com atenção a Gilberto Freyre, observaremos que ser este um dos sentidos de sua observação segundo a qual a África civilizou o Brasil.

É claro que para a estabilidade do cativeiro colaboraram a violência e a coerção. Entretanto, a escravidão não era apenas uma relação de trabalho, mas também e principalmente uma relação de poder. Isso significa que sua reprodução se sustentava em grande medida na esfera política. Daí parecer-me tão importante aprofundar o estudo de instituições como a família escrava (um fator de ordem antropológica) e a incessante busca por parte dos escravos em obter algum controle sobre seu tempo de trabalho. Sobretudo em países como o Brasil, estratégias que levavam à formação de famílias e à adoção do trabalho por tarefas foram fundamentais para a acumulação de pecúlio e a obtenção da alforria. Aliás, observe-se que não temos ainda uma noção mais clara do peso demográfico das manumissões em nossa história, razão pela qual não sabemos se a população escravizada e liberta conhecia ou não índices positivos de reprodução natural, como ocorria em algumas áreas do sul dos Estados Unidos e em Barbados. Parece que isto também acontecia em Minas Gerais e no Espírito Santo. De todo modo, quanto mais descobrirmos regiões onde a população escrava e liberta obtinha saldos positivos de reprodução natural, mais nos afastaremos da demografia plantacionista devoradora de homens inventada por Joaquim Nabuco.

CAFÉ HISTÓRIA: A mobilidade social parece ser um dos temas mais interessantes e desafiadores para os historiadores que se debruçam sobre ao tema da escravidão no Brasil. A miscigenação foi a principal estratégia de mobilidade ou podemos citar outras?

MANOLO FLORENTINO: Eu diria que a miscigenação racial, um dos traços característicos do Brasil escravista, somente pode ser decifrada por meio da mobilidade social. Sabemos terem sido altas as taxas anuais de alforrias, sobretudo nas cidades, com amplo predomínio de manumissões de mulheres escravizadas. Semelhante perfil pode ter várias razões, mas para mim uma das principais era a clareza por parte dos escravos de que os filhos herdavam o estatuto jurídico das mães. Ora, uma vez na civitas, com quem se encontrava essa imensa quantidade de mulheres que ascendiam socialmente por meio das alforrias? Com seus maridos escravizados, que ajudavam a libertar, com alforriados com os quais se casavam, e com homens brancos pobres provenientes de norte de Portugal e das ilhas atlânticas, cujo número superava o de mulheres portuguesas em uma proporção que não raro alcançava 9 por 1. O que nossos historiadores demógrafos têm demonstrado é que se tratava de homens desvalidos cuja ilusão de enriquecer (“fazer o Brasil”) e regressar a Portugal se esvaía em poucos anos. Acabavam, pois, por se estabelecer definitivamente na colônia e exercitavam um critério de escolha matrimonial que dista um pouco do que Gilberto Freyre chamava de “plasticidade” sexual do homem lusitano: primeiro buscavam casar com as poucas portuguesas existentes, depois com as mulheres brancas nascidas na colônia; esgotados estes mercados matrimoniais, buscavam as mestiças e negras, inclusive as mulheres forras. Logo, na base de nossa miscigenação estaria a pobreza pura e simples, que promovia o encontro entre as cativas que alcançavam a civitas e os homens pobres de origem lusitana. A miséria partejou o nosso famoso “pardo”.

CAFÉ HISTÓRIA: O livro “O Arcaísmo como Projeto”, escrito pelo senhor e pelo professor João Fragoso (UFRJ), tornou-se uma obra de referência na historiografia brasileira. Uma de suas maiores contribuições foi compreender a economia colonial brasileira a partir de sua própria elite, a partir de sua lógica e de suas dinâmicas. Como a relação escravo-senhor se inscreve nesta perspectiva historiográfica?

MANOLO FLORENTINO: “O Arcaísmo como Projeto” ainda hoje me surpreende, especialmente por sua vitalidade teórica. Um dos problemas que na época de seu lançamento eu e Fragoso tentávamos compreender era a imensa capacidade de reprodução da economia colonial, sobretudo em fases B (de retração) do mercado internacional. A escravidão aparecia então como uma das variáveis centrais, na medida em que, por reproduzir-se por meio do tráfico atlântico, permitia acesso a trabalho barato. O cerne da questão radica na separação promovida pela produção social do escravo na África entre o valor do cativo enquanto ser de cultura e seu preço de mercado, baixo pois em geral tratava-se de um prisioneiro de guerra. O baixo preço de mercado do escravo se transmitia em cadeia através do Atlântico e chegava às fazendas e cidades da América portuguesa. Combinado ao ínfimo valor social da terra e dos alimentos, o reduzido custo social do escravo representava uma variável fundamental para o contínuo crescimento da economia colonial, independentemente das fases de retração do mercado internacional.

CAFÉ HISTÓRIA: Como foi a repercussão do lançamento deste livro no âmbito acadêmico, sobretudo por parte dos historiadores que tiveram suas teses contrariadas?

MANOLO FLORENTINO: Visávamos contrapor um modelo consistente à teoria da dependência, dominante na historiografia brasileira desde os escritos de Caio Prado Júnior. A julgar pela recepção do público, não nos saímos muito mal, e “O Arcaísmo como Projeto” é até hoje estudado em nossas graduações e pós-graduações em história. Sei que gerou algumas reações raivosas no plano estritamente paroquial, mas em geral foi muito bem recebido entre os especialistas em história econômica.

CAFÉ HISTÓRIA: “O Arcaísmo como Projeto” é um trabalho de fôlego produzido em dupla. O trabalho de equipe, entretanto, não tem sido visto com tanta frequência entre nós historiadores. Vemos muitos livros organizados por dois ou mais pesquisadores, mas não são exatamente a mesma coisa. Na sua opinião, escrever com outras pessoas é mais difícil? Como se deu essa dinâmica com o professor João Fragoso?

MANOLO FLORENTINO: Duas cabeças pensam melhor que uma, desde que haja sintonia. De minha parte, sempre gostei de trabalhar em equipe, pois as discussões são bem mais ricas. Reconheço entretanto não ser esta uma tradição intelectual brasileira, embora seja algo bem comum em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, por exemplo.

CAFÉ HISTÓRIA: O senhor tem observado alguma tendência em trabalhos no campo da escravidão em trabalhos de pós-graduação? Talvez novos objetos ou abordagens?

MANOLO FLORENTINO: Se considerarmos, como já disse, que o caminho mais rico para se compreender a escravidão brasileira é encará-la como uma ordem cultural caracterizada por um enorme grau de estabilidade, é óbvio que a principal tarefa dos especialistas é romper com a polarização entre o cativeiro e a liberdade. Entre ambos os polos havia uma imensa gama de situações e combinações sociais possíveis. Por exemplo, estudando o caso do Paraná, a professora Cacilda Machado demonstrou que membros de uma linhagem de escravos podiam abandonar o cativeiro e duas ou três gerações depois seus descendentes regressavam à escravidão pela via do casamento com escravas. Eis uma perspectiva dinâmica de pesquisa, cujos resultados mostram claramente que a pobreza unia e direcionava inúmeros destinos pessoais. Outra linha de trabalho interessante tem sido desenvolvida por João José Reis, na Bahia, que busca acompanhar trajetórias de indivíduos alguma vez submetidos ao cativeiro. Seu livro sobre o liberto Domingos Sodré é um exemplo dos mais ricos de como a mobilidade social ascendente ocorria – o africano Domingos Sodré chegou ao Brasil escravo, conseguiu a alforria e morreu proprietário e cristão.

CAFÉ HISTÓRIA: Professor, Nos últimos anos, temos acompanhado um enorme debate público envolvendo as chamadas “ações afirmativas” no Brasil. Como o senhor enxerga esse tipo de política? Trata-se de um modelo importado? Alguns historiadores alertam que esse discurso gera um tipo de instrumentalização da história, sobretudo do tema da escravidão. O senhor concorda com essa crítica?

MANOLO FLORENTINO: Sem dúvida trata-se de um modelo de política pública importado mecanicamente, aspecto flagrante quando se compara a história das relações raciais nos Estados Unidos e no Brasil, onde os níveis de mobilidade social ascendente eram infinitamente maiores. Um exemplo de instrumentalização da história brasileira por parte dos adeptos das chamadas “ações afirmativas” é a própria noção de terras remanescentes de quilombos, cuja identificação está longe de ser fácil. Outro é o fato de que parcela expressiva de nossos pardos tem sido alocada ao grupo dos “negros”, quando na verdade derivam da mestiçagem entre brancos e indígenas – um tremendo etnocídio historiográfico, por certo.

CAFÉ HISTÓRIA: Em entrevista recente, o professor José Murilo de Carvalho (UFRJ) sublinhou que os principais trabalhos historiográficos sobre o Brasil continuam sendo feito a partir de um ponto de vista típico do “Eixo Rio-São Paulo”. E isso pode ser um problema. Podemos dizer que isso também ocorre nos trabalhos sobre escravidão? Se sim, por que isso acontece?

MANOLO FLORENTINO: Pode ser que isto ocorra em outros campos da historiografia, mas no que se refere à escravidão creio que a hegemonia do eixo Rio-São Paulo deva ser relativizada. Com a crescente disseminação dos cursos de pós-graduação, temos visto aparecerem excelentes trabalhos no sul do país, com destaque para o Rio Grande do Sul; no sudeste, os estudiosos da escravidão mineira e do Espírito Santo têm produzido teses e dissertações bem originais; o nordeste, em especial Bahia e Pernambuco, sempre foi um celeiro de boas pesquisas sobre cativeiro. A novidade dos anos recentes tem sido o Norte e o Centro Oeste, onde também aparecem trabalhos originais. Mas eu gostaria de ressaltar uma importante distinção teórica, estabelecida desde fins da década de 1960 pelo historiador Moses Finley, que ainda pode ser útil para quem estuda escravidão fora do eixo Rio-São Paulo e nordeste. De acordo a Finley, uma sociedade escravista é aquela em que a reprodução sociológica do lugar social da elite se dá mediante a renda acumulada com o trabalho escravo. Nos casos em que há escravos na população, mas a reprodução do lugar social da elite se dá por outros meios, teríamos apenas uma sociedade possuidora de escravos. Ou seja: escravista é toda sociedade em que a utilização do trabalho escravo serve para estabelecer s diferenciação entre os homens livres. Trata-se de uma perspectiva interessante, pois a natureza escravocrata de uma sociedade deixa de ser resultado da quantidade de cativos existentes ou, mesmo, da importância do setor da economia que eles ocupam, e passa a derivar de um movimento sociológico. Desconfio que entre os séculos XVI e XIX vastas áreas da América portuguesa configuravam regionalmente apenas sociedades possuidoras de escravos.

CAFÉ HISTÓRIA: Professor, muito obrigado por conversar com o Café História. Para finalizar nosso papo, uma curiosidade: o senhor está se dedicando a quais trabalhos atualmente?

MANOLO FLORENTINO: Tenho batalhado para traçar algumas características da comunidade de islamitas negros que se formou no Rio de Janeiro depois do levante Malê de 1835 na Bahia. É uma reconstituição difícil porque eles tendiam a manter certo sigilo sobre a sua identidade religiosa e, em 1904, de acordo a João do Rio, praticamente haviam desaparecido. Tomara que eu tenha sorte.


Fonte: Café História

No encerramento da campanha o Vereador e candidato a reeleição Deza reforça suas propostas

Deza (PCdoB), o 3º da direita para a esquerda. Foto: Micirlândia


Restando poucos dias para se conhecer os novos gestores municipais em todo o Brasil, a coligação ALTANEIRA DE TODOS formada pelas agremiações PSB, PT, PCdoB e PRB que apoia a reeleição de Delvamberto Soares e Dede Pio, ambos do Partido Socialista Brasileiro – PSB, candidatos a prefeito e vice, respectivamente, encerrou os trabalhos da campanha na noite de ontem (03), como um grande arrastão e um comício no calçadão, localizado no centro da cidade.

O evento teve início com uma concentração no ginásio poliesportivo a partir das 19:00, onde já se podia notar grande animosidade dos participantes que se efetivou em carreatas, algumas pessoas a pé, vindo a desembocar no calçadão.

Na oportunidade, discursaram o assessor jurídico da referida coligação e ex – gestor do município de Farias Brito, o Dr. José Maria, o candidato a prefeito de Assaré Samuel Freitas (PT), o Presidente do PMDB Adevaldo Arrais, todos frisando a importância de reeleger para prefeito de Altaneira o empresário Delvamberto Soares.

Dentre os candidatos ao parlamento municipal destaque para as palavras de Deza Soares (PCdoB) que tenta o seu quarto mandato. No ensejo ele ressaltou a sua intenção em continuar na Câmara e reforçou a sua trajetória política, onde se enquadra entre os parlamentares que mais apresentaram matérias, se tornando assim, o mais atuante, inclusive nesse último mandato.  Desta feita, Deza fez um breve levantamento de algumas propostas na qual irá fazer parte da sua luta nesse mandato 2013/2016, como por exemplo, ampliar o plano habitacional, na qual o mesmo tem matérias que faz referência a distribuição de forma criteriosa das casas e principalmente,  um dos maiores projetos, também de sua autoria, dizendo respeito a urbanização e revitalização da lagoa santa Tereza.

Para Deza esse último projeto fará com que se gera emprego e renda para os munícipes, além de colocar Altaneira na rota turística que é um dos principais pilares dessa nova administração. Encerrou o discurso agradecendo o apoio dos que estão fazendo a sua campanha crescer e fez menção ao seu plano de trabalho disponível nas redes sociais.

Acompanhe o plano de trabalho do Vereador Deza aqui 

O retorno dos filósofos comunistas



“O comunismo, como ideário antiestatizante das oportunidades realmente iguais para todos, é hoje a melhor hipótese, ideia e guia para os movimentos políticoslibertários antipoder”. O comentário é de Santiago Zabala, pesquisador e professor de filosofia da Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados ICREA[1], da Universidade de Barcelona em artigo publicado pelo sítio Outras Palavras, 30-07-2012.

Eis o artigo.
Ler Marx e escrever sobre Marx não faz de ninguém comunista, mas a evidência de que tantos importantes filósofos estão reavaliando as ideias de Marx com certeza significa alguma coisa. Depois da crise econômica global que começou no outono [nórdico] de 2008, voltaram a aparecer nas livrarias novas edições de textos de Marx, além de introduções, biografias e novas interpretações do mestre alemão.

Por mais que essa ressurreição [2] tenha sido provocada pelo derretimento financeiro global, para o qual não faltou a empenhada colaboração de governos democráticos na Europa e nos EUA, esse ressurgimento [3] de Marx entre os filósofos não é consequência nem simples nem óbvia, como creem alguns. Afinal, já no início dos anos 1990s, Jacques Derrida [4], importante filósofo francês, previu que o mundo procuraria Marx novamente. A previsão certeira apareceu na resposta que Derrida escreveu a uma autoproclamada “vitória neoliberal” e ao “fim da história” inventados por Francis Fukuyama.

Contra as previsões de Fukuyama, o movimento Occupy e a Primavera Árabe demonstraram que a história já caminha por novos tempos e vias, indiferente aos paradigmas econômicos e geopolíticos sob os quais vivemos. Vários importantes pensadores comunistas (Judith Balso, Bruno Bosteels, Susan Buck-Mors, Jodi Dean, Terry Eagleton, Jean-Luc Nancy, Jacques Rancière, dentre outros), dos quais Slavoj Zizek é o que mais aparece, já operam para ver e mostrar como esses novos tempos são descritos em termos comunistas, quer dizer, como alternativa radical.

O movimento acontece não só em conferências de repercussão planetária em Londres [5], Paris [6], Berlin [7] e New York [8] (com participação de milhares de professores, alunos e ativistas) mas também na edição de livros que se convertem em best-sellers globais como Império [9] de Toni Negri e Michael Hardt, A Hipótese Comunista [10] de Alain Badiou e Ecce Comu [11] de Gianni Vattimo, dentre outros. Embora nem todos esses filósofos apresentem-se como comunistas – não, com certeza, como o mesmo tipo de comunista –, a evidência de que o pensamento comunista está no centro de seu trabalho intelectual autoriza a perguntar por que há hoje tantos filósofos comunistas tão ativos.

A ressurgência do marxismo
Evidentemente, nessas conferências e nesses livros, o comunismo não é proposto como programa para partidos políticos, para que reproduzam regimes historicamente superados; é proposto como resposta existencial à atual catástrofe neoliberal global. A correlação entre existência e filosofia é constitutiva, não só da maioria das tradições filosóficas, mas também das tradições políticas, no que tenham a ver com a responsabilidade sobre o bem-estar existencial dos seres humanos. Afinal, a política não é apenas instrumento posto a serviço da vida burocrática diária dos governos. 

Mais importante do que isso, a política existe para oferecer guia confiável rumo a uma existência mais plena. Mas quando essa e outras obrigações da política deixam de ser cumpridas pelos políticos profissionais, os filósofos tendem a tornar-se mais existenciais, vale dizer, tendem a questionar a realidade e a propor alternativas.

Foi o que aconteceu no início do século 20, quando Oswald Spengler, Karl Popper e outros filósofos começaram a chamar a atenção para os perigos da racionalização cega de todos os campos da atividade humana e de uma industrialização sem limites em todo o planeta. Mas a política, em vez de resistir à industrialização do homem e da vida humana, limitou-se a seguir uma mesma lógica industrial. As consequências foram devastadoras, como todos já sabemos.

Hoje, as coisas não são essencialmente diferentes, se se consideram os efeitos igualmente calamitosos do neoliberalismo. Apesar do discurso triunfalista do neoliberalismo, a crise das finanças globais neoliberais do início do século 21 serviu para mostrar que nunca as diferenças de bem-estar material foram maiores ou mais claras que hoje: 25 milhões de pessoas passam a viver, a cada ano, em favelas urbanas; e a devastação dos recursos naturais do planeta já provoca efeitos assustadores em todo o mundo, tão devastadores que, em alguns casos, já não há remédio possível.

Por isso tudo, relatório recente do ministério da Defesa da Grã-Bretanha [12] previa, além de uma ressurgência de “ideologias anticapitalistas, possivelmente associadas movimentos religiosos, anarquistas ou nihilistas, também movimentos associados ao populismo; além do renascimento do marxismo”. Essa ressurgência do marxismo é consequência direta da aniquilação das condições de existência humana resultantes do capitalismo neoliberal como o conhecemos.

O que é “comunismo”?
Por mais que a palavra “comunista” tenha adquirido inumeráveis significados distintos, ao longo da história, na opinião pública atual ela significa uma relíquia do passado e é associada a um sistema político cujos componentes culturais, sociais e econômicos são todos controlados pelo estado.

Por mais que talvez seja o caso na China, Vietnã ou Coreia do Norte, para a maioria dos filósofos e pensadores contemporâneos esse significado é insuficiente, está superado, é efeito de propaganda maciça e, sobretudo, é diariamente desmentido pela evidência de que o mundo não estaria vivendo uma “ressurgência” do marxismo, se o comunismo marxista fosse apenas isso.

Como diz Zizek, o comunismo de estado não funcionou, não por fracasso do comunismo, mas por causa do fracasso das políticas antiestatizantes: porque não se conseguiu quebrar as limitações que o estado impôs ao comunismo, porque não se substituíram as formas de organização do estado por forma ‘diretas’ não representativas de auto-organização social.”

O comunismo, como ideário antiestatizante das oportunidades realmente iguais para todos, é hoje a melhor hipótese, ideia e guia para os movimentos políticos libertários antipoder, como os que nasceram dos protestos em Seattle (1999), Cochabamba (2000) e Barcelona (2011).

Por mais que esses movimentos lutem em nome de causas e valores específicos e diferentes entre si (contra a globalização econômica desigualitária, contra a privatização da água, contra políticas financeiras danosas), todos lutam contra o mesmo adversário: o sistema de distribuição não igualitária da propriedade, em democracias organizadas pelos princípios impositivos do capitalismo.

Como o demonstram a pobreza sempre crescente e o inchaço das favelas, este modelo deixou para trás todos os que não foram “bem-sucedidos” segundo suas regras, produzindo novos comunistas.

Comunismo e democracia
Em resumo, enquanto Negri e Hardt [13] buscam no “comum” (quer dizer, nos modos pelos quais a propriedade pública imaterial pode ser propriedade dos muitos), e Badiou busca nas insurreições (em ações como a da Comuna de Paris) [14], a possibilidade de se alcançarem “formas de auto-organização” não estatais, quer dizer, a possibilidade de formas comunistas, Vattimo (e eu) [15] sugerimos que todos examinemos os novos líderes democraticamente eleitos na Venezuela, Bolívia e outros países latino-americanos. [16]

Se esses líderes conseguiram chegar ao governo e começar a construir políticas comunistas sem insurreições violentas, não foi por terem chegado ao mundo político armados por fortes conteúdos teóricos ou programáticos; mas por suas fraquezas.

Diferente da agenda pregada pelo “socialismo científico”, o comunismo “fraco” (também chamado “hermenêutico” [17]) abraçou não só a causa ecológica [18] do de-crescimento, mas também a causa da decentralização do sistema burocrático estatal, de modo a permitir que se constituam conselhos independentes locais, que estimulam o envolvimento das comunidades.

Que ninguém se surpreenda se muitos outros filósofos, atraídos para o comunismo pelas ações e políticas de destruição da vida do neoliberalismo, também vislumbrarem a alternativa [19] que se constrói na América Latina. Especialmente, porque as nações latino-americanas demonstraram que os comunistas podem ter acesso ao poder também pelas vias formais da democracia.

Notas:
[1] http://www.icrea.cat/Web/Links.aspx
[2] http://50.56.48.50/article/new-communism-resurrecting-utopian-delusion
[3] http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/oct/08/communism-university-workplace-occupations?INTCMP=ILCNETTXT3487
[4] www. routledge. com/ books/ details/ 9780415389570/
[5] http://www.guardian.co.uk/uk/2009/mar/12/philosophy
[6] http://marxau21.blogspot.com.es/2009/12/puissances-du-communisme.html
[7] http://www.volksbuehne-berlin.de/praxis/en/idee_des_kommunismus__philosophie _und_kunst/?id_datum=2533
[8] http://www.versobooks.com/blogs/706
[9] Império, 2005, Rio de Janeiro: Ed. Record, 501 p.
[10] A hipótese comunista, 2012, São Paulo: Boitempo Editorial, 152 p.
[11] http://www.fazieditore.it/Libro.aspx?id=572
[12] http://thenewalexandrialibrary.com/trends.html
[13] http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/feb/03/communism-capitalism-socialism-property
[14] http://www.lacan.com/baddiscipline.html
[15] http://www.cup.columbia.edu/book/978-0-231-15802-2/hermeneutic-communism
[16] http://southoftheborderdoc.com/
[17] Hermenêutico: adj. Relativo à interpretação dos textos, do sentido das palavras. (…) 3) Rubrica: semiologia. Teoria, ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Obs.: cf. semiologia  4) Rubrica: termo jurídico. Conjunto de regras e princípios us. na interpretação do texto legal (…). Etimologia: gr. herméneutikê (sc. tékhné) ‘arte de interpretar’ < herméneutikós,ê,ón ’relativo a interpretação, próprio para fazer compreender’ [NTs, com verbete do Dicionário Houaiss, emhttp://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=hermen%EAutica&cod=101764]
[18] http://therightsofnature.org/bolivia-experience/
[19] http://www.thenation.com/article/muscling-latin-america
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511955-o-retorno-dos-filosofos-comunistas

Fonte: almocodashoras


Coligação Altaneira de Todos finalizará campanha a reeleição de Delvamberto com Arrastão e Comício

FOTO RETIRADA DO PERFIL DE CAMPANHA DA COLIGAÇÃO


Restando poucos dias para se conhecer os novos gestores municipais em todo o Brasil, a coligação ALTANEIRA DE TODOS formada pelas agremiações PSB, PT, PCdoB e PRB que apoia a reeleição de Delvamberto Soares e Dede Pio, ambos do Partido Socialista Brasileiro – PSB, candidatos a prefeito e vice, respectivamente, encerrará a campanha nesta quarta – feira (03).

De acordo com a coordenação de campanha do 40 e no seu perfil na rede social facebook, o ato que finalizará os trabalhos antes das eleições será feito a partir de um grande arrastão com concentração no ginásio poliesportivo, desembocando no calçadão, no centro da cidade, onde os concorrentes as nove vagas no legislativo municipal, os candidatos ao executivo e demais lideranças políticas discursarão.

A concentração está prevista para as 18:00 e até o encerramento desta postagem não foi confirmado nenhum Deputado, Senador ou até mesmo a presença do Governador do Estado. Toda via, tudo indica que alguma personalidade que ocupa cargos públicos a nível estadual comparecerá, uma vez que no primeiro ato público realizado pela coligação o atual prefeito e candidato a reeleição Delvamberto Soares afirmou tal levantamento.

Vale salientar que esse processo eleitoral tem sido um dos mais tranquilos dos últimos tempos, se comparados às últimas eleições onde os diversos comícios na sede e na zona rural davam certa animosidade e efervescência nas campanhas.  Este ano as duas coligações juntas não chegaram a realizar até o momento quatro comícios.

A coligação MELHOR PARA TODOS (PTB, PP, PV, DEM e PSDB) que apresenta o professor Joaquim Rufino (PTB) e Marques Dorivam (PSDB) como candidatos a prefeito e vice, respectivamente, encerra a campanha hoje à noite (02/10) com um comício.

Eleições Municipais: Não vote apenas por votar e muito menos escolha qualquer um




Dia 7 de outubro de 2012 haverá o 1º turno de eleições municipais no Brasil. Cientes de que devemos dedicar as nossas energias no fortalecimento da política de empoderamento da luta dos pobres, precisamos também durante o processo eleitoral, momento decisivo, contribuir para que os melhores – se não, os menos piores - candidatos sejam eleitos.

Considerando que o marketing político e a propaganda ensurdecedora criam uma cortina de fumaça sobre a realidade cegando muita gente, vamos tecer algumas reflexões, abaixo, com o intuito de ajudar a discernir em quem devemos votar e para quê.

É hora de pensar e votar consciente, pois voto não tem preço, tem conseqüências! "Somos seres políticos”, já dizia Aristóteles. Ingenuidade dizer: "Sou apolítico. Não gosto de política. Sou neutro.” Todos nós fazemos Política o tempo todo. Política é como respiração. Sem respiração, morremos. Política refere-se ao exercício de alguma forma de poder, como nos ensina Bertold Brecht em "O Analfabeto Político”. A política, como vocação, é a mais nobre das atividades; como profissão, a mais vil.

Urge resgatar a história do candidato. "Diga-me com quem andas...”. Quem o financia? Fujam das candidaturas ricas, as que têm as maiores campanhas. Fujam dos candidatos que pagam cabos eleitorais. Esses fazem política como negócio. Investem na campanha para lucrar depois com as benesses que ganharão do poder público.

Importante observar quais as ações do/a candidato/a no passado e no presente. Urge olhar as ações dos partidos também. O/a candidato/a é candidato/a porque quis ou aceitou se candidatar por insistência do povo organizado? Se o candidato/a tem sede de poder, se teve a iniciativa de se candidatar, fuja dele/a.

Na sociedade neoliberal os interesses privados são "camuflados em princípios políticos, porque os investimentos privados dependem de uma proteção governamental.” É injusto votar em quem governa para a classe dominante, beneficiando uma minoria, e pisando na maioria do povo, nos pobres.

É imprescindível não apenas votar, mas acompanhar, de forma coletiva, as ações governamentais e os mandatos eletivos. São relevantes as iniciativas populares, os referendos, os plebiscitos, a participação popular e a solicitação de audiências públicas para o debate de temas relevantes. Enfim, exercer também a democracia direta.


"Nunca se esqueça de que apenas os peixes mortos nadam a favor da correnteza", alerta Malcolm Muggeridge. Enfim, votar em quem está comprometido, de fato, com a luta de libertação dos pobres. Eleger pessoas que de fato representem a luta do povo oprimido.







































Com informações do Portal Vermelho

Seu legado ficará Eric Hobsbawm: Morre um dos maiores marxista da história

ERIC HOBSBAWM


O historiador britânico Eric Hobsbawm morreu nesta segunda-feira (1º/10) aos 95 anos, informou sua família, relata o "Guardian".

Hobsbawm, um marxista ao longo da vida, cujo trabalho influenciou gerações de historiadores e políticos, morreu aos 95 anos nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (1º/10) no Royal Free Hospital, em Londres, após uma longa doença, disse sua filha Julia.

Hobsbawm nasceu em uma família judaica em Alexandria, no Egito, em 1917, e cresceu em Viena e Berlim, mudou-se para Londres com sua família em 1933, ano em que Hitler subiu ao poder na Alemanha.

Ele estudou em Marylebone e no Kings College, em Cambridge, e tornou-se professor na Universidade de Birkbeck, em 1947, onde fez carreira e se tornou seu presidente da universidade. Ele se tornou um membro da Academia Britânica em 1978.

Ele foi membro do Partido Comunistya e um dos maiores intelectuais marxistas do século 20. Historiador, escreveu 'A Era das Revoluções', 'A Era do Capital', ‘A Era dos Impérios’, ‘A Era dos Extremos’ e organizou uma ‘História do Marxismo’. Escreveu também uma ‘História Social do Jazz’, entre outras obras.





































Com informações do Portal Vermelho