Com
o advento da internet inúmeras ferramentas de comunicação despontaram. As mais
comuns e também as que mais tem tomado tempo de crianças, adolescentes, adultos
e até os mais experientes em idades são, sem dúvida, as redes sociais.
Há
aquelas que por ser mais simples e de maior envolvimento acabam por consumir
quase que o dia inteiro dos internautas, a saber: Facebook e WhatsApp. No
entanto, o que mais tem me chamado a atenção são os tipos de usuários
conectados nessas duas redes sociais. Elenco abaixo os mais comuns, não
necessariamente nessa ordem:
I - Corujão.
São aqueles que não vivem sem a conexão. Participam de todos os grupos. Seja
por ser adicionado ou por solicitar a participação. Leem de tudo. Mas não
emitem opinião sobre nenhum assunto e é raro as vezes que publicam algo;
II - Babão.
Esses são os mais fáceis de se identificar. Estão vinte e quatro horas
conectados. Não tem opinião própria e se mete a curtir, comentar e compartilhar
algo de seus assemelhados, sem se quer julgar as procedências do que se está
lendo;
III - Elitista
Neoconservador. Não se enganem. Há pessoas que pensam que esse tipo de
internauta inexista. Porém, são muito comuns e lhe damos diariamente com
eles/as. São os que se arvoram de um discursos “revolucionário” e de defensores
das minorias, mas suas ações e suas publicações colocam em xeque suas
convicções, sendo, portando, porta-vozes das classes dominantes;
IV - Elitista
não alfabetizado. O que tem de internauta sem o mínimo de conhecimento (não
falo de conhecimento relacionado a norma culta) na área não está no gibi. São
aqueles que conseguem agregar a falta de jogo de cintura com a mídia, os procedimentos
tecnológicos com a ausência de filtração da informações e acabam sendo um mero
reprodutor dos grandes veículos de comunicações (Globo, Folha de São Paulo,
Veja, Estadão.....) que não tem a mínima preocupação com os grupos às margens
do poder. São ainda os reprodutores de clichês. Sua informação e formação é,
portanto, midiatizada;
V - Ceticistas.
Esses estão cada vez mais em ascensão ante os caminhos que o país está
trilhando (fruto, inclusive de um processo histórico. Não se deve ser hipócrita
e muito menos despolitizados e acreditar que essa fase ruim é de agora). Por
terem tentado mudar algo e não ter conseguido estão nas redes apenas para desopilar
de uma rotina estressante;
VI - Politizados.
Já esse grupo, ao contrário do último estão em queda constante. Em primeiro
lugar, porque encontrar alguém com um nível de politização hoje é como procurar
uma agulha em um palheiro pelas condições em que formos formados. Em segundo,
porque os poucos que por aqui se encontraram passaram a integrar os ceticistas.
Os politizados são aqueles que ainda acreditam que é pelo caminho da informação
para gerar formação de opinião e da democratização da mídias que se pode
conseguir algo melhor para o pais. Esses preferem dar voz aos setores que
sempre foram e estão em condições desumanas. São ainda os que trilham caminhos
desconexos com a elite e com o conservadorismo.