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Luciano Huck, a Globo e a memória seletiva dos 'novos'políticos'


Passados alguns dias da repercussão da entrevista – interpretadas como fala de candidato, em “campanha eleitoral” antecipada – de Luciano Huck, no palco do programa do Faustão no domingo 7, o apresentador negou que irá se candidatar à Presidência da República em 2018. Não foi uma negativa categórica por meio de nota oficial à imprensa – apenas um comentário pelas redes sociais, mas sem efetivamente descartar sua candidatura. Disse ainda que continuará atuando em movimentos cívicos para “oxigenar a política brasileira com novas cabeças, novas ideias e, principalmente, novas práticas”.

Já a TV Globo levou três dias para informar em nota oficial, que cumpre a legislação eleitoral e que não apoia qualquer candidato nas eleições de 2018. A afirmação só veio após parlamentares do PT entrarem com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a emissora por abuso dos meios de comunicação e de poder econômico.

Quando questionada pela imprensa a emissora justificou que a participação de Luciano Huck e Angélica no Domingão do Faustão havia sido gravada antes de o apresentador afirmar que não concorreria à Presidência. Mas isso sem explicar por qual razão a entrevista só foi ao ar agora, “fora do tempo”, e nem por que o telespectador não foi avisado de que se tratava de uma gravação.

A argumentação não convenceu. Negações como essa são como a fumaça que confirma o fogo.

Se ainda restava alguma dúvida de que a aparição de Huck no programa tinha discurso de candidato, uma notinha de sexta-feira (12), da jornalista Daniela Lima, da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, deixou evidente a candidatura.

De acordo com a jornalista, "informação de que a entrevista de Luciano Huck ao “Domingão do Faustão” foi gravada em 11 de novembro esbarra em um dado. Durante a conversa, Fausto Silva diz que Huck 'deixou bem claro em comunicado enviado a todos os jornais que não seria candidato' a presidente."

O artigo em que o apresentador afirmou que não concorreria em 2018 foi publicado nos jornais no dia 27 de novembro. Portanto, o marketing político da Globo, no primeiro domingo do ano, foi quase dois meses depois de o apresentador anunciar que não seria candidato.

Além disso, a entrevista também ocorreu depois da divulgação de uma pesquisa Ipsos, no dia 23 de novembro, na qual Huck aparecia com e melhor avaliação de imagem junto ao eleitor.


Luciano Huck nunca abandonou o sonho de ser presidente da República.

Mesmo cobrando ética, Luciano Huck construiu casa em área
de preservação ambiental. (Foto: Raquel Cunha/ TV Globo).
No programa, o apresentador posou de bom moço, bom marido, o “novo”, o “não político”. Em relação à ideologia, Huck afirmou não ser de direita – e nem de esquerda.

Não é de hoje que o todo queridinho da Globo mostra pretensões políticas. Em 2007, durante o governo do presidente Lula, o apresentador que hoje se diz representar “o novo”, o “não político”, nem esquerda e nem direita, se engajou ferozmente na campanha para retirar R$ 40 bilhões (valores da época) por ano do orçamento do SUS, detonando a CPMF.

Fazendo a vez do pato amarelo, Huck se apresentou como mestre de cerimônia “voluntário” para um show gratuito promovido pela Fiesp – de Paulo Skaf – em São Paulo, contra a CPMF. Recheado de atrações famosas, a imprensa anunciava que os organizadores esperavam atrair um público de dois milhões de pessoas, mas só sete mil apareceram. Ao ser avisado sobre o público pífio, Luciano Huck cancelou sua participação na última hora, pouco antes de subir ao palco, alegando “problemas de agenda”.

Mesmo assim, a bancada demotucana (DEM e PSDB) no Senado, com ajuda do Psol, conseguiu detonar a CPMF e o empresário Luciano Huck ficou um pouco mais rico, ao manter em sua conta o dinheiro que pagava de CPMF e era usado para financiar a saúde pública.

Voltando ao programa do Faustão, ao discorrer sobre o atual cenário político, Huck falou sobre ética com declarações como “pequenas corrupções levam às grandes corrupções”.

Aparentemente, o apresentador não deve ter lembrado – ou terá tentado se aproveitar da tradicional "memória curta" do brasileiro – que em 2003, teve sua pousada em Fernando de Noronha (PE) interditada pelo Ibama, por ter sido construída em área de preservação ambiental.

Pela lei da época, só moradores que possuíam autorização de ocupação de solo poderiam construir em Fernando de Noronha, declarada pela ONU Patrimônio Natural da Humanidade.

Mas isso não foi problema: Huck, deu um “jeitinho” e a Pousada Maravilha foi construída pelo apresentador juntamente com os empresários João Paulo Diniz, Pedro Paulo Diniz e Ed Sá, no terreno onde morou o ex-chefe do Parque Nacional Marinho, José Gaudêncio Filho, o dono formal do empreendimento. Em 2011, Huck e os sócios, venderam a pousada ao cientista político filiado ao PSDB, Antonio Lavareda.

Luciano Huck também falou no programa sobre combate à corrupção. Ao mesmo tempo cobrou mais ética. “Os brasileiros estão envergonhados da classe política”, disse. Isso tendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), criado o Decreto 41.921, que ficou conhecido como “Lei Luciano Huck”, para alterar a legislação sobre Áreas de Proteção Ambiental, e manter "protegida" uma mansão do apresentador numa reserva ambiental de Angra dos Reis (RJ), construída sobre rochas e um espelho d'água.

Faustão bem que poderia fazer novo convite a Luciano Huck e abrir o "Arquivo Confidencial" dele. (Com informações do Blog da Helena)


Do Carta Maior: O dinheiro limpo e o dinheiro sujo, segundo a Rede Globo


A revista Época, de propriedade da Rede Globo, na edição semanal que começou a circular dia 09 de janeiro de 2016, avacalha com a reportagem “Dilma garantiu empréstimo camarada do BNDES para Andrade Gutierrez em Moçambique”.

O texto é entremeado com recursos capciosos e insinuantes, para conferir um aspecto de trama novelesca à suposta “notícia”. A narrativa do que seria um ato administrativo da CAMEX, que é o órgão federal que cuida do comércio exterior, tem pitadas detetivescas e policialescas. Com esta técnica, a revista quer induzir o leitor a digerir ao natural a conclusão de que este “novo escândalo descoberto” tem os seus bandidos, e é óbvio que os bandidos só poderiam ser a Dilma e o PT. 



A leitura atenta da reportagem, entretanto, conduz à conclusão de que a revista Época comete fraude jornalística através da manipulação do fato. É fácil entender porque: 

1. o governo de Moçambique apresentou ao governo do Brasil, pelas vias diplomáticas, razões plausíveis para o não atendimento da condição imposta pelo BNDES, de abertura de conta bancária garantidora em algum país com baixo risco de inadimplência, para poder receber o empréstimo de 320 milhões de dólares para a contratação da Construtora Andrade Gutierrez, que venceu a licitação internacional para a construção da barragem de Moamba Maior; 

2. o governo de Moçambique deixou claro que, sem a flexibilização de parte do BNDES, o contrato da obra seria adjudicado com outra empresa de outro país que aceitasse as capacidades moçambicanas; 

3. a CAMEX reuniu seus integrantes para analisar e deliberar sobre a situação. Ante a ameaça concreta com que se defrontava, de perder ou de manter um negócio de US$ 320 milhões no comércio africano de serviços, a decisão foi pela equalização das normas brasileiras às mesmas exigibilidades adotadas pelos países concorrentes; 

4.  em função disso, o BNDES foi autorizado a assinar o contrato de financiamento com o governo de Moçambique e o consórcio liderado pela Construtora Andrade Gutierrez para a realização daquela obra de infra-estrutura. Ponto final.

A revista Época poderia ter ficado neste ponto, mas avançou o sinal. Com linguajar sinistro, deu a entender que o entendimento jurídico entre os governos do Brasil e de Moçambique se entrelaça com a corrupção investigada pela Operação Lava Jato.

Com este viés, a reportagem associou as contribuições da Andrade Gutierrez para a campanha de reeleição da presidente Dilma com a corrupção na Petrobrás. A reportagem sugere que as contribuições legais da construtora [que estão na prestação oficial de contas da campanha Dilma no TSE], poderiam ser “propinas”: R$ 10 milhões em 29/08/2014 e, entre 23/09 e 22/10/2014, mais R$ 10 milhões, num total de R$ 20 milhões.

A revista da Rede Globo foi preguiçosa e irresponsável. Ou agiu por genuína má-fé. Ela bem que poderia, ao menos, ter analisado as contas da campanha de Aécio Neves também no site do TSE  [aqui], na linha imediatamente abaixo daquela onde estão disponíveis as informações da presidente Dilma, de onde a Época extraiu os dados que alimentaram seus delírios para incriminar a campanha petista.

As contribuições da Andrade Gutierrez para o Aécio foram: R$ 2 milhões [em 01/08/2014]; R$ 4,2 mi [em 08/08]; R$ 2 mi [20/08]; R$ 4 mi [29/08]; R$ 9 mi [05/09]; R$ 1,1 mi [10/09]; R$ 300 mil [12/09]; R$ 800 mil [17/09]; R$ 200 mil [19/09]; R$ 100 mil [26/09]; R$ 1 mi [01/10]; R$ 700 mil [em 03/10]; e R$ 500 mil em 07/10/2014.

No total, a Andrade Gutierrez repassou R$ 25,9 milhões para a candidatura do Aécio; ou seja, R$ 5,9 milhões a mais que o valor repassado para a campanha da presidente Dilma.

Apesar dos dados oficiais, a Rede Globo constrói uma narrativa segundo a qual as doações de empresas para a campanha da Dilma têm origem suja, supostamente originárias da corrupção na Petrobrás; e, ao mesmo tempo, os repasses das mesmas empresas, feitos no mesmo período, saídas do mesmo caixa, e, ainda que em valores muito maiores para a campanha do Aécio, têm origem legal [sic]. Cândido assim!

O delírio da revista Época ganhou pernas nos demais veículos da família Marinho. O Jornal Nacional, também da Rede Globo, na edição de sábado empregou por preciosos minutos o mesmo viés tendencioso e parcial. O Jornal O Globo de domingo traz matéria sobre o assunto.

O objetivo desta “denúncia” não tem nada de nobre: recorta a realidade, seleciona fatos, lança suspeitas infundadas, desestabiliza a situação política e serve como um libelo para os interesses tucano-golpistas no TSE, teatro onde Gilmar Mendes se esbalda no julgamento revanchista das contas da campanha da Dilma.

Os critérios da família Marinho são curiosos. Para eles, dinheiro bom é o dinheiro da FIFA que sustenta o monopólio das transmissões de jogos de futebol; dinheiro limpo e honesto foi aquele conseguido com subserviência e cumplicidade na ditadura civil-militar para montar o império de comunicações; dinheiro bom é aquele das dívidas esquecidas e anuladas pelos governos amigos; é aquele dinheiro dos lucros obtidos com concessões vitalícias, ilegais e que nunca são licitadas e renovadas.

Depois de fracassos de audiência do JN e do BBB, agora é a vez do Esquenta que deve ser cancelado



Como já informamos algumas vezes aqui na Blasting News, o programa de Regina Casé é um dos maiores problemas da TV Globo na atualidade. A última novidade sobre o assunto é que o 'Esquenta' pode sair do ar.

Dessa vez, o caso foi destaque no site Notícias da TV. Em reportagem de Daniel Castro, a publicação fala dos problemas enfrentados pelo programa na maior cidade do país e como a emissora carioca tenta reverter a crise. Ao contrário de São Paulo, o 'Esquenta' vai muito bem no Rio de Janeiro. No entanto, para os patrocinadores vale a tabela de audiência paulistana.

Programa "Esquenta", da Rede Globo, vira fracasso de audiência.
A diferença de Ibope de Regina Casé no Rio de Janeiro e em São Paulo chega a beirar o absurdo, praticamente o dobro de índices. No último domingo, dia trinta e um de maio, por exemplo, a morena alcançou 17 pontos na cidade maravilhosa, tendo 35% de share. Já em São Paulo, os números foram bem diferentes, apenas 9,9. O 'Esquenta' costuma perder para a concorrência, que no horário transmite o 'Domingo Legal' no SBT e o 'Domingo Show' na TV Record.

Celso Portiolli neste domingo venceu mais uma vez Regina Casé. Seu dominical alcançou 10,2 pontos no trecho de horário ocupado pelo 'Esquenta' na Globo, algo intolerável pela emissora, que quer ser líder em todos os trechos da programação. De acordo com o jornalista Daniel Castro, o canal pediu que uma equipe de criação tente salvar o programa. Para isso, estão sendo criados quadros e devem ser convidadas atrações que tenham a cara paulista. Até quem não acompanha muito o show de Regina Casé sabe que sempre encontrará por lá samba e pagode, dois ritmos referência no Rio de Janeiro.

A apresentadora polêmica do dominical tem apostado nas últimas semanas em convidados amados pelos jovens paulistas, como a atriz Sophia Abrahão. Casé tentou ainda liderar no Ibope com Caio Castro em seu palco, mas não conseguiu. O ator de 'I Love Paraisópolis' até cantou alguns sambas, mais uma vez um tipo de música que o público de São Paulo não é lá tão fã assim.

Segundo o Notícias da TV, já existe a possibilidade do 'Esquenta' ser trocado no ano que vem pelo reality infantil 'The Voice Kids'. A Globo ainda nega, mas a cada domingo fica evidente que o programa de Regina Casé não deve ter vida longa na emissora.

Rede Globo encurtará “Babilônia” em virtude de fracasso de público



Inicialmente prevista para estrear em 28 de setembro, o folhetim de João Emanuel Carneiro deverá iniciar um mês antes. Nos bastidores da Globo, já se comenta que a estreia de “A Regra do Jogo” será no dia 31 de agosto. É o que informa o jornalista José Armando Vannucci.

Elenco de Babilônia. Foto: Divulgação.
A estratégia irá obrigar a equipe de produção comandada pela diretora Amora Mautner a trabalhar em ritmo acelerado para atingir a marca ideal de frente de capítulos gravados e editados.

A palavra “antecipação” tem sido cuidadosamente evitada nos interiores da emissora, até porque não se quer transparecer um encurtamento de “Babilônia”. A Globo também não confirma oficialmente a nova data de estreia.

Mesmo que não consiga tirar o título de pior audiência da história do horário das nove, de “Babilônia”, a rede da família Marinho tem pressa porque a novela tem derrubado a média diária da emissora, e por causa de seus baixos índices anunciantes estariam pedindo descontos.

A trama irá marcar a volta de João Emanuel Carneiro a faixa das 21h dois anos após “Avenida Brasil”, último grande sucesso do horário.

O elenco de “A Regra do Jogo” conta com nomes como, Tony Ramos, Alexandre Nero, Giovanna Antonelli, Cauã Reymond, Carolina Dieckmann, Bruna Linzmeyer, Fernanda Souza, entre outros.

Professor de Sociologia dá aula de política na e para a Rede Globo



O professor Vitor Amorim de Angelo, da Universidade de Vila Velha, tem mestrado e doutorado em Ciências Sociais e Políticas com passagem pelo Centre d’Histoire do Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo).

Professor Vitor. Imagem capturada do vídeo exibido de forma
inicial no Blog da Maria Frô. 
É também pesquisador do Institut des Sciences Sociales du Politique da Université de Paris Ouest-Nanterre La Défense. Apesar desse currículo, expressa-se com muita clareza (uma raridade para acadêmicos brasileiros). Pensa bem e articula bem.

Vitor fez uma participação num telejornal da Globo que foi fruto, provavelmente, de um erro da produção. O fato é que ele não deverá voltar tão cedo. A não ser que mude de ideia.

O vídeo foi postado no blog da Maria Frô. No Bom Dia ES, foi convidado a comentar a manifestação do dia 15 de março e, no bojo disso, a corrupção. Ao invés de concordar com as teses do apresentador — o clássico: PT inventou a roubalheira, os protestos eram apartidários etc —, Vítor ofereceu alguns instantes de sobriedade, perspectiva e imparcialidade.

                           

Esse problema não ataca apenas o executivo. Não é só na política, mas na sociedade. A corrupção está disseminada. Não significa diminuir a culpa de ninguém. Apenas tratar um problema complexo da maneira como ele deve ser tratado. Ao colocar a culpa só no executivo, nós terminamos mascarando a questão”.

Opa. Alguém falando em complexidade?

Num determinado momento, o entrevistador aborda a entrevista dos ministros Cardozo e Rossetto após as manifestações. Rossetto afirmou que quem participou foram as pessoas que não votaram em Dilma. “Miriam Leitão disse que não é bem por aí. O senhor concorda com a Miriam ou com o ministro?”

O acadêmico concordou com o ministro, infelizmente, acrescentando alguns dados: eram eleitores de Aécio e de Marina, segundo uma pesquisa. Complementou: “A democracia, é bom lembrar, é um regime de confiança, não de adesão. Portanto, não é uma opção aderir ou não ao resultado. Você faz parte desse sistema político no qual ela é presidente. O inverso também é verdadeiro: você venceu, mas não pode deixar de governar para aqueles que não te elegeram”.

O jornalista centrou fogo no escândalo da Petrobras. Compassivo, Vitor voltaria ao seu ponto. “O que estou tentando dizer é que, num olhar um pouco mais refinado, a gente não pode reduzir a corrupção apenas ao PT”.

Vitor Amorim é sóbrio e ajuda a entender o momento político sem respostas óbvias e sem babar na gravata. Virtudes que o farão, provavelmente, nunca mais aparecer novamente para comentar qualquer coisa na Globo e congêneres. Pode ter sido ingênuo. Tendo a achar que foi corajoso.


É muito mais fácil convocar alguém como Marco Antonio Villa. Com historiadores como Villa, não há a menor chance de erro, não há espaço para a dúvida ou a reflexão. Villa é um mestre da simplificação rasteira. Onde há complexidade, ele traz uma explicação de bolso vagabunda. Desde a Babilônia, o culpado pelas tragédias da humanidade é o mesmo de sempre. Villa facilita o serviço de banalizar o mundo e entregar uma rapadura odiosa para a plateia, que a engole sem mastigar.

Jornal Nacional, da Rede Globo, sofre queda considerável na audiência




Queda acentuada na audiência do Jornal Nacional é motivo de preocupação dentro da Rede Globo. Quadro indica que
maior telejornal do Brasil perde cada vez mais influência sobre a população brasileira. (Foto: Reprodução/TV).
Desde 2000 quando dava cerca de 39,2 pontos de média anual, o “JN” já perdeu ao menos 33% de seus telespectadores. Ou seja, um em cada três brasileiros deixou de assistir ao principal telejornal da Globo. A tabela abaixo mostra que a queda está se acentuando nos últimos dois anos.

Em 2011, a média do “JN” era de 32 pontos, caiu para 28,2 pontos no ano passado e a média parcial de 2013 já bate 26,3 pontos, a menor média histórica.

Gráfico com números da audiência do Jornal Nacional desde 2000.  IA = Índice de Audiência. SH = SHARE.
(Imagem Uol). 

O curioso é que o total de TVs ligadas não sofreu grande variação desde 2000. Ou seja, isso mostra um sinal inequívoco que o espectador continua com a TV ligada, mas está buscando outras atrações, seja o “Jornal da Record” ou as novelinhas do SBT, ou vai para a TV paga ou joga games ou ainda deixa a TV ligada em outro canal e fica conectado nas redes sociais.


Via Uol/Pragmatismo Político

Rede Globo será investigada por sonegação: Afirma Ministério Público




A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou hoje (16) que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação envolvendo a Rede Globo. O procedimento foi iniciado na segunda-feira (15), com a distribuição do caso para um procurador responsável.

Manifestantes protestaram durante a semana contra sonega
ção bilionária da Rede Globo
A apuração foi solicitada na última sexta-feira (12) por 17 entidades da sociedade organizada, entre elas, o Centro de Estudo das Mídias Alternativas Barão de Itararé, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Eles alegam que o Ministério Público deve agir porque há indícios de lesão a bens federais.

De acordo com o grupo, as apurações tornaram-se necessárias devido a divulgação recente de documentos, até então sigilosos, sobre multa de mais de R$ 600 milhões à Rede Globo pela tentativa de sonegar impostos relativos à exibição da Copa do Mundo de 2002. Ainda segundo o grupo, também há suspeita de lavagem de dinheiro, de crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União e de estelionato.

Com a abertura de procedimento preliminar, o Ministério Público tem prazo de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo, para apurar as informações. Se houver indícios suficientes de crime, é aberto inquérito. Caso negativo, o procedimento é arquivado. A Procuradoria do DF ainda poderá encaminhar os documentos para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa.

Na semana passada, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro divulgou nota informando que acompanhava o caso desde 2005 e que não pediu abertura de inquérito policial por impeditivos legais relativos à restituição de valores fiscais. “Quanto aos demais tipos criminais aventados na mídia, o MPF entende que o enquadramento não seria aplicável por ausência de indícios”. O órgão também confirmou que documentos do caso foram extraviados por uma servidora da Receita Federal, que já foi processada e condenada pela Justiça.

Em nota, a Rede Globo disse que já não tem qualquer dívida em aberto com a Receita e que apenas optou, na época, por “uma forma menos onerosa e mais adequada no momento para realizar o negócio, como é facultado pela legislação brasileira a qualquer contribuinte”. A empresa informou que, após ser derrotada nos recursos apresentados à Receita, decidiu aderir ao Programa de Recuperação Fiscal da Receita Federal e fazer os pagamentos.

A empresa ainda destacou que desconhecia os fatos relativos a desvios de documentos no processo fiscal, pois não figurava como parte no processo. Segundo a Globo, os documentos perdidos foram restituídos com a colaboração da própria empresa, que desconhece os motivos que levaram a servidora a agir dessa forma.

Via Pragmatismo Político/Agência Brasil

Democratização da Mídia: Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo



O protesto deve ser realizado na próxima quarta-feira(3)
A ideia é aproveitar a efervescência política para pautar a
democratização da mídia
Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (25) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente, cerca de 100 participantes, decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).

A insatisfação popular em relação à mídia foi marcante nas recentes manifestações populares em São Paulo. Jornalistas de vários veículos de comunicação, em especial da Globo, foram hostilizados durante os protestos. No caso mais grave, um carro da rede Record, adaptado para ser usado como estúdio, foi incendiado.

Na plenária de ontem, o professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado, avaliou que os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a própria Globo, por meio de editoriais, incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao incentivar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do MPL – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20.

Os movimentos sociais, no entanto, ainda buscam uma agenda de pautas concretas para atender a diversas demandas, que incluem a democratização das concessões públicas de rádio e TV, liberdade de expressão e acesso irrestrito à internet.

“Devíamos beber da experiência do MPL (Movimento Passe Livre) aqui em São Paulo, que além de ter uma meta geral, o passe livre, conseguiu mover a conjuntura claramente R$ 0,20 para a esquerda”, exemplificou Pedro Ekman, coordenador do Coletivo Intervozes. “A gente tem que achar os 20 centavos da comunicação. Achar uma pauta concreta que obrigue o governo federal a tomar uma decisão à esquerda e não mais uma decisão de conciliação com o poder midiático que sempre moveu o poder nesse país”, defendeu.

“A questão é urgente. Todos os avanços democráticos estão sendo brecadas pelo poder da mídia, que tem feito todos os esforços para impedir as reformas progressistas e para impor uma agenda conservadora, de retrocesso e perda de direitos”, afirmou Igor Felipe, da coordenação de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A avaliação é que apesar de outras conquistas sociais, não houve avanços na questão da democratização da mídia. “Nós temos dez anos de um processo que resolveu não enfrentar essa pauta. Nós temos um ministro que é advogado das empresas de comunicação do ponto de vista do enfrentamento do debate público”, disse Ekman, referindo-se a Paulo Bernardo, da Comunicação.

Bernardo é criticado por ter, entre outras coisas, se posicionado contra mecanismos de controle social da mídia. “Eu não tenho dúvida que tudo isso passa pela saída dele. Fora, Paulo Bernardo!”, enfatizou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do programa Praças Digitais da prefeitura de São Paulo.

Amadeu acusa o ministro de estar “fazendo o jogo das operadoras que querem controlar a Internet” e trabalhar para impedir a aprovação do atual texto do Marco Civil do setor. “Temos uma tarefa. Lutar sim, para junto dessa linha da reforma política colocar a democratização”, afirmou.

Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, enfatizou a importância da campanha de coleta de assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação.

O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. “Vamos levá-lo para as ruas e recolher 1,6 milhão de assinaturas. Esse projeto não vem de quem tem de fazer – o governo brasileiro e o Congresso –, mas virá da mão do povo”, disse.


Via Brasil de Fato/Viomundo/Rede Brasil Atual