Mostrando postagens com marcador Mulheres Contra Bolsonaro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mulheres Contra Bolsonaro. Mostrar todas as postagens

Mulheres protestam contra governo Bolsonaro neste sábado e dão a largada para o 8 de março

 

Em Curitiba (PR), também foram registradas manifestações contra o presidente / Giorgia Prates.

 Bolsonaro nunca mais”. Esse foi o mote das manifestações que tomaram as ruas do país, neste sábado (4), pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato foi convocado por mulheres das entidades que compõem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, articulação que organizou seis manifestações ao longo do ano.  

Os atos foram registrados em diversos locais, como Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Pelotas (RS), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Campinas (SP), Ubatuba (SP), Santos (SP), Brasília (DF), Palmas (TO), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Florianópolis (SC), Chapecó (SC) e João Pessoa (PB).

Luka Franca, jornalista e integrante da coordenação estadual do Movimento Negro Unificado (MNU) de São Paulo, contou que, na capital paulista, cerca de quatro mil mulheres ocuparam a Avenida Paulista, na região central do município.

Muitas mulheres colocando na rua o que significa Bolsonaro no poder e o bolsonarismo na vida das mulheres. Nós hoje damos a largada para a construção do 8 de março dizendo que as mulheres nunca saíram das ruas e construindo o “Bolsonaro nunca mais” contra não só o presidente, mas todo o programa que ele significa”, afirma. 

Nunca podemos nos esquecer da importância das mulheres na política

Para Franca, a importância do ato está em “justamente mostrar que as mulheres nunca saíram das ruas, tiveram um protagonismo fundamental contra a reforma da previdência, contra a reforma trabalhista, contra o governo Temer, contra o racismo e contra o marco temporal nesse país”.

Do Rio Grande do Norte, Michela Calaça, do Movimento de Mulheres Camponesas, afirmou que em Natal e em Mossoró as manifestações foram expressivas. Em outros municípios menores, foram realizadas atividades culturais com o objetivo de expressar a mesma mensagem: Bolsonaro nunca mais.

Aqui em Mossoró [a manifestação] aconteceu pela manhã. Tiveram atividades culturais, teve mística, teve poesia e tiveram mulheres e homens na rua gritando e passando a mensagem de que a carestia não deixa a gente se alimentar bem, que é preciso combater a fome. Para um Brasil melhor, para o Brasil avançar, Bolsonaro nunca mais”, conta.

Para Bruna Camilo, militante da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e secretária geral do PT de Belo Horizonte (MG), a manifestação teve o intuito de dar visibilidade às indignações das mulheres e continuar as ações unitárias iniciadas em 2018 com os atos “Ele não”.  

Se não fossem as mulheres organizadas, Bolsonaro poderia ter tido uma vitória no primeiro turno. Nunca podemos nos esquecer da importância das mulheres na política, nos movimentos populares. Está chegando o último ano do governo federal, que teve uma gestão cheia de retrocessos, com mais mulheres mortas, violentadas e empobrecidas. E nosso ato vai ter esse tom de denúncia”, comenta.

Para Sônia Coelho, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) “é importante tirar o Bolsonaro, nem que seja um dia antes dele terminar o governo dele”. Para ela, “é impossível continuar convivendo com um governo que destrói vidas e direitos todos os dias”.

A representante do Levante Feminista Contra o Feminicídio, Rita Andrade, ressalta que o governo do presidente Jair Bolsonaro provocou um imenso desmonte nas políticas públicas que “vinham gerando avanços sociais significativos” para a população brasileira, e que a destruição desses instrumentos teve fortes impactos sobre as mulheres. 

A gente vai vendo que as mulheres negras, as mulheres periféricas, indígenas são ainda mais atingidas nesse cenário”, afirma Andrade. Nesse sentido, o ato deste sábado foi “mais uma forma da gente dizer em conjunto que tem que dar um basta para este governo, que não existe a menor possibilidade de seguir com esse governo nefasto, genocida, ecocida. Um governo que vem matando as mulheres, vem matando nossos filhos, a população negra, um governo que não cuida do povo brasileiro”.

_______________

Com informações do Brasil de Fato.

Mulheres convocam manifestação nacional “Bolsonaro nunca mais” para 4 de dezembro

 

A lista de locais e horário das cidades confirmadas será divulgada na página @forabolsonaronacional - (FOTO/Jorge Araujo).

 Bolsonaro nunca mais”: com esse mote, mais um chamado nacional é feito para a tomada das ruas pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Dessa vez a convocatória do ato, marcado para 4 de dezembro, é feita por mulheres das entidades que compõem a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, articulação que organizou seis manifestações ao longo do ano.

“O ataque que as mulheres têm sofrido no governo Bolsonaro é inegável”, diz o chamado para o ato, assinado por 29 organizações. Entre elas, estão a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro).

Assinam também a convocatória os setoriais de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB).

Inspirada na campanha #EleNão, que realizou massivos atos feministas contra Bolsonaro no período eleitoral em 2018, a mobilização atual realizou, como processo preparatório, uma plenária online no dia 23 de novembro. Houve a participação de 470 pessoas de diferentes partes do país.

De acordo com Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista e da MMM, entre as cidades com o ato já confirmado figuram, ao menos, Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP), Brasília (DF) e Palmas (TO). 

"É importante a gente tirar o Bolsonaro, nem que seja um dia antes dele terminar o governo dele”, afirma Sonia, para quem “é impossível continuar convivendo com um governo que destrói vidas e direitos todos os dias”.

_____________

Com informações do Brasil de Fato.

“Grupo contra Bolsonaro incomoda por causa de seu potencial”, diz antropóloga Rosana Pinheiro


Para antropóloga da Universidade Federal de Santa Maria, no Grupo no Facebook que reunia mais de 1 milhão de mulheres é fenômeno político extraordinário. (Foto: Arquivo Pessoal).

Após sofrer ataques neste fim de semana, o grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” foi retirado temporariamente do ar pelo Facebook. O grupo ganhou repercussão por reunir em poucos dias mais de 1 milhão de mulheres (além de milhares de outras solicitações aguardando aprovação) se opondo à candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência.

Administradoras do grupo afirmaram ao site Catraca Livre que o perfil de uma delas na rede social foi invadido na quinta-feira 13 e seus dados pessoais foram expostos. Outra administradora disse ter sido ameaçada via WhatsApp para que encerrasse o “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, recebendo inclusive uma mensagem com seus dados.

Neste domingo 16, a página está fora do ar. Segundo o jornal El País, o Facebook está trabalhando para “restaurar o grupo às administradoras”.

“O incômodo é porque sabem da potência, da possibilidade desse grupo. Dois milhões de mulheres organizadas, motivadas e discutindo são capazes de mobilizar suas mães, filhas, amigas. Imagina o impacto disso em um país com a quantidade de eleitores como o Brasil”, afirma a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e ex-professora da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

"Não nos quiseram nas redes, agora terão que nos aguentar na rua", completa.

Clique aqui e confira a entrevista da antropólogo à CartaCapital