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Manuela D’Ávila lança livro e fala sobre Fake News e Democracia durante evento em Juazeiro do Norte


Manuela D'Avila durante evento em Juazeiro do Norte.
(FOTO/Reprodução/ Página A Lua Continua/Facebook).

Fake News e Democracia foi o tema do evento com Manuela D’Ávila, realizada nesta quarta-feira, 08/05, no Ginásio da Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. A jornalista formada pela PUC-RS também lançou o seu livro “Revolução Laura”.

Manuela D´Ávila lançará livro durante palestra na UFCA, em Juazeiro do Norte


A participação da ex-deputada na UFCA foi confirmada na manhã desta terça-feira, 16, pelo Centro de Estudos e Pesquisa em Jornalismo da UFCA (CEPEJor), que promove o evento. (Foto: Reprodução).

A ex-candidata a Presidência da República Manuela D´Ávila estará na região do Cariri no próximo dia 8 de maio para palestrar sobre Fake News e machismo da internet e lançar seu novo livro "Revolução Laura", na Universidade Federal do Cariri (UFCA), em Juazeiro do Norte.

Haddad e Manuela esclarecem estratégia de PT e PCdoB para eleições de outubro


Manuela e Haddad defendem suas posições como algo inédito na política nacional: 'aqui, não existe um projeto pessoal'. (Foto: Ricardo Stuckert).


O coordenador de campanha do PT para o pleito presidencial de outubro, Fernando Haddad, concedeu entrevista coletiva hoje (7) ao lado da deputada estadual Manuela D’Ávila, do PCdoB. O objetivo foi esclarecer a formação da coalizão entre os partidos em um modelo incomum, com três figuras políticas envolvidas numa chapa.

O objetivo é assegurar o direito de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter seu registro acolhido no próximo dia 15, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, terá Haddad formalizado como vice. A coligação terá prazo até 17 de setembro, 20 dias antes do primeiro turno, para alterar o registro no TSE. Caso a disputa pela elegibilidade de Lula prossiga com boas perspectivas, Manuela substituirá Haddad na chapa.

Esse é o cenário desejado pelos partidos. Haddad chegou a dizer em entrevista mais cedo que seu desejo é ser ministro de Lula. Somente no caso de o ex-presidente vir a ser impedido, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro assumiria a candidatura, com Manuela de vice.

Fernando Haddad afirmou reiteradas vezes que Lula carrega condições legais para disputar o pleito e protestou contra a perseguição política contra o ex-presidente.

“É natural que, em um primeiro momento, até que se resolva toda a situação jurídica, fica o Haddad como vice e interlocutor do Lula enquanto eu faço campanha onde sempre estive: no papel de militante e lutadora social”, afirmou Manuela. Além de coordenador de programa de governo, Haddad é advogado de Lula.

Manuela e Haddad defenderam suas posições como algo inédito na política nacional. “Aqui, não existe um projeto pessoal. Existe a ideia de que precisamos resgatar o Brasil. Precisamos de todo o esforço coletivo contra o projeto que está em curso, que é repudiado pela população”, disse Haddad.

Sempre disse que adoraria ser a porta-voz do ‘dia do não fico’”, continuou Manuela. “Defendi desde o começo que a solução para o país passasse por Lula, Haddad e Ciro (Gomes do PDT) e não necessariamente por mim. O mais importante é vencer, e a ideia de que a unidade é muito importante.”

Desalojar Temer
A deputada do PCdoB também brincou dizendo que, no fim das contas, quem vai tirar o Temer do Palácio do Jaburu será ela. O emedebista, após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), optou por não se mudar para o Palácio do Planalto e permanecer na residência oficial dos vice-presidentes. “Quem vai ter o prazer de tirar o Temer de lá sou eu. Então é xô, Temer, o Jaburu é nosso, de quem acredita no Brasil”, afirmou.

Ambos consideram a superação do governo Temer ponto de partida para um novo projeto de desenvolvimento do país. “Para nós, sempre foi a primeira prioridade vencer as eleições. Vivemos como o povo brasileiro, e sabemos o impacto do empobrecimento, do desemprego, do aumento da violência e do abandono das universidades. Tudo o que esse test drive de neoliberalismo, que é o governo Temer, nos fez viver”, ressaltou Manuela.

Haddad defendeu estratégias do pré-programa de seu partido para reverter o cenário de crise que vive o país. “Queremos resgatar a soberania nacional, popular. Resgatar o desenvolvimento com inclusão e denunciar o que está acontecendo com o Lula sem medo de assumir posições”, afirmou ressaltar que os programas do PT e do PCdoB apresentam “99% de pontos em comum”.

Queremos desenvolvimento. Nos mirar em experiências internacionais. Oligopólios não fazem sentido em nenhum lugar do mundo. Nem em meios de comunicação e, muito menos, no setor bancário. Sem concorrência não tem democracia econômica e sem mídia plural não tem democracia política. Queremos mais crédito e não menos. Queremos mais vezes e não menos. Vivemos uma monocultura e não da para ser assim (…) As alavancas do desenvolvimento democrático são o crédito econômico e político. Informação fidedigna e crédito barato. Assim funciona no mundo inteiro”, disse o coordenador do programa Lula. (Com informações da RBA).

PCdoB oficializa candidatura de Manuela D’Ávila à presidência


(Foto: Richard Silva/PCdoB).

O nome de Manuela D’Ávila foi confirmado nesta quarta-feira (1), como candidata à presidência da República pelo partido, em convenção realizada em Brasília. Atualmente ela é deputada estadual no Rio Grande do Sul. Durante seu discurso, Manuela voltou a criticar a prisão do ex-presidente Lula e ratificou sua defesa `a unidade da esquerda. As informações são de Alessandra Modzeleski, do G1.

Manuela defendeu, novamente, a unidade da esquerda “até o último dia possível”. “Eu sou candidata porque nós acreditamos na necessidade de durante os próximos 60 dias não abaixarmos a bandeira da defesa da liberdade de Lula, preso injustamente por esse estado de exceção. Sou candidata porque acredito que a unidade da esquerda deve ser defendida até o último dia possível”, disse.

Em relação ao nome do vice, ela destacou que deve esperar até a data limite para o registro da chapa. “O vice também estamos discutindo internamente, vamos esperar o limite”, disse.

Manuela foi questionada a respeito da chance de ser vice de uma chapa de esquerda ou do PT devido a sua defesa da “unidade da esquerda”. “A nossa candidatura, desde que foi colocada em 18 de novembro, sempre defendeu a unidade do nosso campo político, fizemos um conjunto de apelos público e ainda temos algum tempo. Se surgir alguma novidade nesse sentido, seguimos entusiastas”, ressaltou. (Com informações da Revista Fórum).


PT oferece vaga de vice-presidenta a Manuela D'Ávila


Manuela D'Ávilla durante vigília pró-Lula em Curitiba. (Foto: Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas).


Sob ameaça de ficar isolado na disputa presidencial, o PT acenou com a possibilidade de ter Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência, como vice. A hipótese foi discutida nesta quinta-feira, 19, em reunião entre as presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa com o PSB.

"Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem internamente e com outros partidos", disse Gleisi, ao fim da reunião. "Nós estamos conversando com o PSB e tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas prioridades são o PSB e o PCdoB", afirmou.

A presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. "Isso é algo que a gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem, mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo", disse Luciana.

Petistas saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos Estados e na estratégia para a disputa na Câmara.

Para dirigentes petistas, a decisão sobre a vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para esta sexta-feira, 20, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com o PSB.

Existem três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um "plano B" a Lula, como o ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi.

A presidente do partido disse que o nome pode ser anunciado ainda na convenção, marcada para 4 de agosto. "Podemos já indicar o nome de vice. Não tem problema nenhum. Inclusive se prosperarem nossas conversas com alianças, porque temos reiterado que gostaríamos de ter um vice na composição partidária, ter outros partidos na nossa aliança e contar com uma indicação destes partidos", afirmou.

Josué

Gleisi disse que está fora de discussão a possibilidade de o PT oferecer a vice ao empresário Josué Gomes da Silva (PR). "Essa discussão não está colocada no partido", afirmou. Nesta quinta, líderes do Centrão - que inclui o PR - fecharam apoio ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, e cobraram a indicação de Josué para a vice. (Com informações do O Povo/ Agência Estado).

Manuela D'Ávila pode virar vice de lula nesta quinta (19)


Manuela e Lula. (Foto: Reprodução/Brasil 247).


Dirigentes de dois dos principais partidos de esquerda do País, PT e PCdoB, terão um encontro decisivo nesta quinta-feira, que poderá dar um novo rumo à corrida presidencial, com a formalização da primeira aliança de peso em torno da candidatura Lula. "Somos aliados históricos, queremos muito o PCdoB e eles têm uma possibilidade real de indicar a vice", aponta um dirigente do PT.

Ontem, houve um encontro entre dirigentes do PCdoB e do PDT, de Ciro Gomes, em que não se chegou a um acordo. Depois disso, a própria Manuela afirmou que o campo progressista terá quatro candidaturas independentes em 2018: a dela, a de Lula (ou de seu eventual substituto), a de Ciro Gomes e a de Guilherme Boulos.

No entanto, PT e PCdoB estiveram juntos em todas as disputas presidenciais desde 1989 e são aliados históricos e é muito provável que a aliança se repita. Se Manuela não for vice, outra hipótese é a formação de uma frente única dos partidos de esquerda, no Rio Grande do Sul, para que ela seja candidata ao governo estadual, contra José Ivo Sartori, do PMDB. (Com informações do Brasil 247).



Seremos quatro na eleição, diz Manuela D´Ávila sobre candidaturas progressistas


Candidata do PCdoB na sede da Força: "Tempos de convergências entre os que defendem o Brasil e a valorização do trabalho". (Foto: Jaélcio Santana).

"Não somos adversários uns dos outros. Nosso adversário é o rentismo", afirmou nesta terça-feira (17) a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D´Ávila, durante evento na sede da Força Sindical, em São Paulo. Ela voltou a defender a unidade em torno do campo progressista, lembrando que há projetos em disputa. "Ao que tudo indica seremos quatro candidatos no primeiro turno", disse Manuela, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Guilherme Boulos (Psol) e Ciro Gomes (PDT) contra candidaturas de perfil "antinacional, entreguista, antipovo".

Segundo ela, são tempos de "convergência entre os que defendem o Brasil e a valorização do trabalho". E é preciso se unir para evitar um período de retrocesso ainda mais prolongado. Nesse sentido, emendou, "nossas diferenças são irrelevâncias diante dos projetos que se confrontarão".

Na saída do encontro com os sindicalistas, Manuela comentou que "o outro lado está com muito mais problemas", referindo-se ao campo conservador, com uma dezena de candidaturas que não mostram força até o momento. Sobre sua campanha, ela lembrou que o PCdoB fará sua convenção em 1º de agosto. "Serei candidata", afirmou.

Dirigente da Força e deputado federal pelo PSB da Bahia, Adalberto Souza Galvão, o Bebeto, também falou em buscar uma "convergência" entre candidaturas comprometidas com "a retomada e o aprofundamento" da democracia brasileira. "Não dá para a gente brincar, (é preciso) identificar claramente o nosso caminho."

Com a convenção marcada para 5 de agosto, o PSB ainda discute seu posicionamento, entre apoiar uma candidatura ou liberar os filiados. Segundo Bebeto, na bancada federal há uma tendência pró Ciro Gomes, que se revela também na maioria das seções estaduais. Mas é preciso também discutir as condições de um eventual apoio, lembrou o deputado. "Qual é o programa que vamos trabalhar? Esse é o primeiro desafio."

Durante a conversa com dirigentes da Força, Manuela afirmou que também foi possível conquistar medidas positivas no Parlamento. "O mesmo Congresso que aprovou o impeachment é do Minha Casa, Minha Vida, da política de valorização do salário mínimo", afirmou a ex-deputada federal e atual deputada estadual no Rio Grande do Sul. "O Congresso não é um aquário, o 28 de abril foi uma demonstração disso", acrescentou, citando a greve geral organizada pelas centrais sindicais no ano passado.

Ela defendeu medidas como uma reforma para tributar itens como lucros e dividendos, grandes fortunas e heranças, desonerando a produção e o consumo. Voltou a falar em referendo para revogar a lei da "reforma" trabalhista e reafirmou que é preciso pôr a redução da jornada "no centro da discussão". Além disso, temas como juros e câmbio não podem ser vistos como 'verdades bíblicas", precisam ser discutidos. "Nós não vamos distribuir riqueza no Brasil sem gerá-la", disse a pré-candidata. (Com informações da RBA).

Petição online exige que TV Cultura se retrate com pré-candidata à presidência Manuela D’Ávila


(Foto: Reprodução/ Facebook Manuela D'Ávila)

A pré-candidata à presidência pelo PCdoB foi alvo de inúmeras provocações machistas e interrupções durante sua entrevista no programa Roda Viva. Campanha, que já conta com mais de 5 mil assinaturas, pede ainda que a emissora conceda espaço para que Manuela D'Ávila exponha, de fato, suas propostas, sem ser interrompida. Saiba como assinar.

Internautas criaram, na tarde desta terça-feira (26), uma petição online no Avaaz exigindo que a TV Cultura se retrate com a pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila.

Na entrevista desta segunda-feira (25) ao ‘Roda Viva’, Manuela foi interrompida mais de 60 vezes pelos entrevistadores, que a provocavam com insinuações e falácias relacionadas à esquerda, ao comunismo e ao seu apoio a Lula. Até mesmo um coordenador da campanha de Jair Bolsonaro que sequer é jornalista, com ideias ultradireitistas, foi colocado na bancada para provocar a deputada estadual.

Repudiamos a postura desrespeitosa e machista com que a pré-candidata Manuela D’Ávila foi tratada no programa Roda Viva na TV Cultura. Exigimos que a emissora cumpra seu papel de veículo público de comunicação dando espaço para que a a pré-candidata exponha de fato suas propostas, marcando uma nova data para um debate real e qualificado, já que ficou impossível no programa exibido na segunda-feira 25, dado o número de interrupções feitas pelos entrevistadores convidados pelo canal e pelo mediador. A emissora deve também se retratar, pois a reprodução do machismo e do desrespeito a mulher foi propagada em rede nacional pública em uma sociedade com altíssimos índices de violência contra a mulher”, diz o texto da petição, que já conta com mais de 5 mil assinaturas. Para assinar, clique aqui.

Reações

A postura da bancada de entrevistadores do ‘Roda Viva’ diante de Manuela D’Ávila gerou uma série de críticas de internautas, políticos, jornalistas e personalidades. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, escreveu em nota que o que se viu no programa foi “um festival de horrores”.

A pré-candidata do PCdoB foi atacada de forma virulenta durante todo debate. Um desfile de machismo e misoginia da pior espécie, de causar repulsa em qualquer brasileira e brasileiro que esperava assistir a uma entrevista que discutisse os rumos do País”, diz a nota.
A ex-presidenta Dilma Rousseff também manifestou solidariedade a Manuela e repúdio ao programa através de nota: “As grosserias do ‘Roda Viva’ demonstram que a imprensa brasileira se tornou uma facção política e partidária. Manifesto minha integral solidariedade à deputada Manuela D’Ávila, alvo de ataques machistas e misóginos no ‘Roda Viva’. Convidada para falar sobre sua candidatura, Manuela foi hostilizada pelo âncora e pelos entrevistadores”, escreveu a petista. (Com informações da Revista Fórum).


No Roda Viva, Pré-candidata Manuela D’Ávila desmascara coordenador da campanha de Bolsonaro


Manuela D'Ávila no Roda Viva, da TV Cultura. (Foto: Reprodução/Facebook).

A deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a entrevistada do tradicional programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (25).

O primeiro bloco do programa foi marcado por provocações dos entrevistadores, que tentaram associar o fato de a pré-candidata ser do PCdoB a regimes totalitários equivocadamente chamados de “esquerda” ao redor do mundo.

Um dos entrevistadores que fez a provocação foi Frederico D’Ávila, diretor da Sociedade Rural Brasileira. Em sua pergunta, ele afirmou que o fascismo é “de esquerda”, já que a CLT foi baseada em uma lei de Benito Mussolini e que ela, assim como os demais candidatos de esquerda, defendem a legislação em detrimento da reforma trabalhista. A pré-candidata, respondendo à provocação, desmascarou Frederico, que é coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.

Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país sem democracia, de torturadores (…) Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de direita”, rebateu. O coordenador de campanha de Bolsonaro, por várias vezes, tentou interromper Manuela, que seguiu firme em sua resposta.

Em outro momento, quando tentaram provocá-la falando sobre um suposto apoio à Venezuela ou à Coreia do Norte, Manuela disparou: “Não acho justo com o Brasil com tantos problemas a gente usando o tempo para debater outros países”. (Com informações da Revista Fórum).


Guilherme Boulos e Manuela d'Ávila discutem desigualdades históricas




Para os progressistas, problemas sérios do país vem se agravando no país sob o governo Temer.
 (Foto: Reprodução/ Facebook).
Manuela d'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol), pré-candidatos à Presidência da República, tiveram uma semana voltada para debates com a juventude. Ambos seguiram agendas de campanha em universidades do país e levantaram, muitas vezes, pontos em comum. "Não existe como pensar em desenvolver nosso país sem pensar nas questões de gênero e raça", disse Manuela. "O povo pobre nesse país tem cor, tem raça", disse Boulos, na mesma linha.

Manuela classificou como o "grande desafio" do país o alinhamento para "pensar como estabelecer um pacto de superação da crise. Quais serão as saídas? Pensar nisso passa por um debate de desenvolvimento do país. E não podemos fazer isso sem enfrentar as desigualdades", disse, para uma plateia lotada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nessa quinta-feira (14). A pré-candidata do PCdoB focou seu discurso nas desigualdades de gênero.

"Temos que pensar que a maior parte das mulheres recebe 20% a a menos de salário do que os homens. Qual o impacto disso? Tirando a ideia de que somos iguais, que deve nortear a todos, qual o impacto real de o Brasil remunerar pior as mulheres, de não colocá-las de volta ao mercado de trabalho após o primeiro ano de nascimento do filho?", questionou.

Os candidatos do campo progressista mostraram dados extraídos de pesquisas. Manuela, por exemplo, utilizou dados do Mapa da Violência. "Para enfrentarmos esse tema, temos que saber que a política de segurança pública do Brasil é extremamente exitosa para proteger a vida de brancos. Em 2016, morreram 16 brancos para cada 100 mil habitantes e 42 negros. A morte de brancos vem diminuindo. Mulheres brancas morreram 8% a menos em dez anos e 16% a mais de negras. Então, qualquer debate de projeto de desenvolvimento passa pela questão da desigualdade que devemos superar."

Boulos, ao ser questionado sobre o tema pelo historiador Douglas Belchior, em encontro na PUC-São Paulo, segunda-feira (11), confirmou que "os dados são a mais profunda expressão" da desigualdade no Brasil. "Pensar em política racial não é algo à parte, isolado, é pensar no conjunto de políticas públicas do país. O cenário é complicado na educação e ainda mais dramático na segurança pública", argumentou. Belchior, por sua vez, disse que "mulheres negras têm sete vezes mais mortalidade materna do que brancas, 90% das crianças mortas no Brasil são negras. O índice de suicídios é maior entre negros e 76% dos usuários do SUS são negros. Para mim, isso explica o Brasil."

A resposta de Boulos foi em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como um sistema a ser aperfeiçoado. "As pessoas que desmoralizam o SUS e a ideologia que o desmoraliza é mentirosa", apontou. "O problema é o baixo investimento. Precisamos de uma política que pare de repassar verbas para planos de saúde privados. Um terço do que se investe no SUS se perde em arrecadação com renúncias fiscais de planos de saúde", criticou.

Para ambos, problemas sérios do país vêm se agravando no atual governo. "Temer, em dois anos, fez o Brasil andar 50 para trás. Uma reforma trabalhista que retira direitos históricos, que liquida o mínimo de garantia que se tinha para trabalhadores... A legislação era antiga, precisava reformar, mas modernizar é uma coisa, retirar direitos é outra. Nem a ditadura fez isso em 21 anos, não tocaram na CLT. Em dois anos, o Temer jogou na lata do lixo" disse o psolista, desta vez no auditório da Universidade de São Paulo (USP) São Carlos, na quarta-feira.

Já em outro encontro com estudantes, desta vez na Universidade de Campinas (Unicamp), ontem, Boulos disse que Temer "conseguiu iniciar o desmonte de pactos nacionais. Desmontar programas sociais e políticas públicas, ainda que limitadas, feitas durante os governos do PT. Desmontar o pacto cidadão, ainda que limitado, da Constituinte de 1988, que previa investimentos públicos em saúde, educação, que a Emenda Constitucional 95, fazendo uma 'desconstituinte'".

"Diante destes retrocessos em direitos, não pode haver projeto de esquerda, democrático, que pretenda governar para as maiorias sem que tenha como ponto zero a realização de um plebiscito para revogar as medidas desse governo ilegítimo de Michel Temer", defendeu.

Para Boulos, o momento é de ataque a direitos. "Não que tenhamos em algum momento uma democracia plena, perfeita. A democracia nunca atravessou os muros da periferia. Democracia política não existe sem democracia econômica e social. Mas o que tivemos e que tentam nos arrancar foi conquistado com lutas, com mobilização do povo. A ditadura não se acabou no país por que um comitê de generais resolveu terminar. A ditadura acabou porque centenas de milhares foram às ruas. Trabalhadores fizeram greves. Movimentos sociais cresceram e se organizaram", disse. "Quando estamos com medo, ficamos vulneráveis para quem grita e diz que vai dar arma para todos. O populismo da violência cresce em momentos como esse." (Com informações da RBA).

PcdoB dá sinais que pode apoiar Ciro Gomes e lançar Manuela ao Governo do Rio Grande Sul


Manuela D'Ávila. (Foto: Maíra Coleho/ Agência O Dia).

O PCdoB já dá sinais de que pode abrir mão da pré-candidatura de Manuela D'Ávila à Presidência da República. A legenda avalia apoiar outro nome, como o do presidenciável Ciro Gomes (PDT), e lançar Manuela ao governo do Rio Grande do Sul.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), afirmou que o partido conversa e se identifica com Ciro, apesar de manter a pré-candidatura de Manuela, e que aceita reavaliar o quadro em plena campanha eleitoral se houver o risco de nenhum presidenciável de esquerda chegar ao segundo turno da eleição presidencial.

"Se, durante o curso da campanha eleitoral, ficar claro o risco de duas candidaturas conservadoras no segundo turno, inevitavelmente a esquerda vai ser obrigada a avaliar a revisão da tática e eventualmente se concentrar em torno de um nome", disse Orlando Silva, em coletiva de imprensa na capital paulista "Se houver o risco, seria insano se a esquerda não examinasse a hipótese de construção de uma unidade."

Há duas semanas, Ciro e Manuela se encontraram e conversaram sobre o cenário eleitoral. O presidenciável do PDT, disse o parlamentar, tem uma avaliação correta das situações econômica e política do Brasil. "Não temos nenhum motivo para retirar a candidatura da Manuela, mas vamos conversar bastante com o Ciro", declarou.

O deputado avalia que, com base no cenário atual, a campanha no primeiro turno ficará pulverizada em candidaturas próprias de PT, PDT, PCdoB e PSOL. Silva foi um dos deputados que visitaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba, na última terça-feira, 29. "Senti o presidente Lula embalado e o PT está muito embalado com a ideia de ter uma candidatura do PT", disse.

A estratégia atual do PCdoB, disse Silva, é lançar Manuela para garantir uma boa quantidade de votos à Câmara e ao Senado, superando a cláusula de desempenho. No segundo turno, garante, os partido de esquerda "vão se encontrar". (Com informações do O Dia).

Diferenças com Ciro são pequenas e união da esquerda é necessária, diz Manuela D'Ávila


Manuela defende a união de toda a esquerda. (Foto: Reprodução/Brasil 247).


A pré-candidata do PC do B à Presidência, Manuela D'Ávila, afirmou ao 247 que o governador do Maranhão, Flávio Dino, faz "um chamado à razão, ao diálogo" ao defender a candidatura de Ciro Gomes como nome de unificação da esquerda. A deputada estadual ponderou que o governador defendeu a unidade da esquerda "depois de uma semana na qual PT e Ciro se atacaram de forma desnecessária". Ela diz que as diferenças entre PC do B, PT, PSOL e o PDT de Ciro Gomes "são pequenas diante dos desafios do nosso país e de nosso campo."

Abaixo, comentário de Manuela D'Ávila:

"O mais importante da declaração do Flávio Dino é o chamado à razão, ao diálogo. Ele falou isso depois de uma semana na qual PT e Ciro se atacaram de forma desnecessária, digo isso fraternalmente. E diria mais: nossas diferenças são pequenas diante dos desafios do nosso país e de nosso campo. Estou aberta - e todos deveriam estar também - para a construção de uma saída que una o conjunto da esquerda. Eu e meu partido pensamos no Brasil em primeiro lugar, a luta pela unidade popular é a marca da nossa história de 96 anos. Eu estou me esforçando muito nesse sentido. Se não der certo, podem ter certeza, não terá sido por falta de iniciativa e boa vontade de nossa parte." (Com informações do Brasil 247).


‘O culpado desse ódio no Brasil chama-se Rede Globo de Televisão', diz Lula em encerramento de Caravana



No ato que encerrou a quarta etapa da Caravana de Lula pelo Brasil em Curitiba, a defesa da democracia e a condenação aos atos de agressão sofridos pela comitiva do ex-presidente deram a tônica de vários dos discursos feitos na noite desta quarta-feira (28).

"Nós não podemos jamais nos dividir naquilo que é central. O Brasil vive há dois anos sob um comando golpista. Sofremos um golpe que, além de antidemocrático, tem um sentido antinacional, ressaltou a pré-candidata à presidência da República Manuela d'Ávila (PCdoB). "É o golpe da entrega do Brasil, do pré-sal, do congelamento dos investimentos sociais. Que pensa a partir da judicialização da política, para que Lula não possa concorrer às eleições."

Para Manuela, defender a candidatura de Lula não é uma algo que deva ser feito apenas por "petistas e lulistas". "É tarefa para aqueles que defendem a democracia."

O pré-candidato do Psol à presidência, Guilherme Boulos, falou sobre o atentado sofrido pela comitiva do ex-presidente ontem, a caminho de Laranjeiras do Sul, no Paraná. "Não sabemos o nome do fulano que apertou o gatilho, mas quem apertou é quem está semeando esse ódio todo dia e temos que responsabilizar Jair Bolsonaro por isso. Bandido, criminoso, sem vergonha. Ele tem semeado essa onda fascista no país e temos que cobrar isso deles."

Boulos clamou pela unidade do campo progressista. "Na esquerda, temos diferenças de posição e pontos de vista. Mas nossa tradição não é a da intolerância e do pensamento único, isso é do outro lado, pontuou. "Essas diferenças não podem e não vão nos impedir de sentar à mesa para defender a democracia nesse país e enfrentar o fascismo. Por isso, já passou da hora de a gente sentar e formar uma frente democrática para enfrentar o fascismo entre os partidos e as candidaturas de esquerda por que o que está acontecendo nesse país é muito grave."

Em sua fala, o ex-presidente Lula também atribuiu à mídia tradicional parte da responsabilidade pelo clima de ódio que propiciou agressões como as sofridas pela sua Caravana na região sul. "A imprensa foi conivente com isso o tempo inteiro. Vocês sabem, o culpado desse ódio no Brasil, o estimulador desse ódio no Brasil chama-se Rede Globo de Televisão."

Ele ressaltou que parte da mídia chegou a relativizar as agressões sofridas pela Caravana, adotando outro posicionamento em seguida. "Alguns até tentaram defender os ataques à Caravana. Essa imprensa brasileira tem complexo de vira-latas e como a imprensa estrangeira condenou os fascistas, hoje todo mundo começou a mudar de opinião."

O ex-presidente voltou a reafirmar sua inocência em relação à condenação no caso do tríplex do Guarujá. "Não tenho nada contra a Lava Jato. Tenho contra a mentira. Digo todo dia: estou sendo vítima de uma mentira do jornal O Globo, da Polícia federal e de um inquérito mentiroso, do Ministério Público da Lava Jato que fez uma acusação mentirosa, e do Moro, que aceitou uma peça mentirosa e fez uma sentença mentirosa me condenando."

"Não sei qual a intenção deles de ficar dizendo que vão me prender. Eles acham que sou eu o problema deles. Eles não sabem que o Lula é apenas um ser humano feito de carne e osso, não sabem que já tem milhões de mulheres e homens que pensam como Lula. Nós somos uma ideia, e eles não conseguirão prender as ideias e sonhos", disse. (Com informações da RBA).

Pré-candidatos ressaltaram a unidade em defesa da democracia. (Foto: Ricardo Stuckert).


“É tempo de reinventar a política”, diz a pré-candidata Manuela D’Ávila (PCdoB)



Depois de uma longa trajetória, na qual predominou a já tradicional aliança com o PT para a eleição presidencial, o PCdoB decidiu lançar candidatura própria em 2018. A pré-candidata do partido ao Palácio do Planalto é a deputada estadual, pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila.

Aos 36 anos, Manuela acumula uma larga experiência na política. Iniciou como militante estudantil e dirigente da UNE, depois se elegeu a vereadora mais votada em Porto Alegre, foi também a deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul por dois mandatos. Liderou a bancada gaúcha em Brasília, foi líder do PCdoB na Câmara e presidente da Comissão de Direitos Humanos. Manuela foi eleita deputada estadual em 2014, no Rio Grande do Sul.

Em outros países há políticos jovens em posição de destaque. A prefeita de Roma, Virginia Raggi, foi eleita com 38; Macron, na França, foi eleito presidente com 39 anos; o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, assumiu a liderança do país com 43, mesma idade de Kennedy quando eleito presidente dos Estados Unidos”, ressalta. 
Em entrevista exclusiva à Fórum, a pré-candidata à Presidência da República fala sobre as eleições deste ano, o julgamento de Lula, entre outras ideias para o país.

Fórum – O PCdoB tradicionalmente se alia ao PT e não lança candidato próprio a presidente. O que levou à pré-candidatura do partido?

Manuela D’Ávila – Minha pré-candidatura tem objetivo de colaborar com a busca de soluções para a crise gravíssima que o Brasil enfrenta. Esta eleição é uma oportunidade para discutirmos um projeto de desenvolvimento que retome o crescimento econômico do país, promova a reindustrialização, garanta direitos sociais e individuais e assegure políticas públicas para as mulheres, a juventude, os negros, as periferias, enfim, para a população hoje empobrecida, aviltada em seus direitos e alijada das decisões governamentais. Teremos um programa para o Brasil se desenvolver como nação altiva e soberana no cenário internacional, longe da postura subserviente aos interesses políticos e econômicos de potências estrangeiras que prevalece atualmente. Queremos uma economia que produza riquezas para serem distribuídas ao conjunto da sociedade. É inadmissível que o 1% da elite brasileira representada por Temer e o capital financeiro destrua os 99% formados por mulheres, jovens, negros e outras parcelas que trabalham e produzem a riqueza do país. Essa é a razão da minha pré-candidatura. Entro na disputa com a expectativa de levar essas ideias à população e, consequentemente, merecer a confiança e o voto dos eleitores nesse projeto de reinvenção do Brasil. Se queremos a reinvenção do país, é tempo também de reinventar a política, de modo que as ideias transformadoras não fiquem sufocadas pela pouca exposição na TV e pelas velhas formas de marketing. Temos de utilizar instrumentos inovadores de diálogo que despertem nas pessoas a paixão pelo Brasil e reacendam o interesse pela participação política e social. Vivemos uma situação limite no Brasil e no mundo, uma enorme crise. Em situações assim, muitas vezes, o que é aparentemente improvável acontece.

Fórum – Você tinha deixado Brasília dizendo que queria voltar à sua terra. Como explica sua entrada na disputa que pode representar seu retorno a Brasília?

Manuela D’Ávila – De fato, voltei para o Rio Grande, onde fui eleita deputada estadual mais votada em 2014 e onde nasceu minha filha, que hoje está com dois anos e meio. Quando tomei aquela decisão, o Brasil vivia outra situação política, e nós participávamos da aliança que governava o país. Passados cinco anos, houve um golpe, o país piorou muito, os brasileiros, principalmente os mais pobres, as mulheres e a juventude, estão sofrendo terrivelmente com o desemprego, com a eliminação de direitos sociais, civis e trabalhistas, com o corte dos programas de combate à pobreza e com a falta de segurança. Eu estou na política há mais de 20 anos lutando para construir um outro Brasil, temos um projeto para o país superar esse momento trágico. Ao ser consultada pelo PCdoB, refleti que, no cenário atual, não há saída para o Rio Grande do Sul descolada de uma solução nacional para a crise. Por isso, decidi aceitar o desafio da disputa presidencial e estou empolgada com a possibilidade de levar à população uma mensagem de esperança.

Fórum – Quais os principais pontos de sua pré-candidatura?

Manuela D’Ávila – Um projeto nacional de desenvolvimento que combine crescimento econômico com justiça social, nível de investimento que favoreça o crescimento, queda dos juros de forma incisiva e taxa de câmbio que torne nossos produtos competitivos no mercado externo. Nossa proposta é recolocar a indústria como setor-chave, aproveitando as inúmeras oportunidades trazidas pela chamada indústria 4.0, com investimentos pesados em ciência, tecnologia e, especialmente, em inovação. Isso permitirá construir laços fortes entre universidades e empresas e incentivará o empreendedorismo. Os bancos públicos devem estar a serviço do desenvolvimento. Defendo também que a segurança pública seja assunto central do governo federal, em conjunto com governadores e prefeitos dos grandes centros urbanos. Defendo uma política nessa área que abarque a criação de um fundo nacional de segurança pública, reaparelhamento tecnológico e de gestão das polícias, adoção de piso salarial nacional para os policiais militares, constituição de uma autoridade nacional específica para esta gestão e implantação de uma ouvidoria pública para garantir legitimidade às polícias perante a coletividade. Essa política deve resultar de um debate com a sociedade civil e os especialistas.​​ Um pacto para o desenvolvimento e a paz. Também terei planos de atenção à população da terceira idade, melhoria do transporte público nas grandes cidades e a transformação do ensino infantil em um tema nacional, uma tarefa a ser encarada pelo Ministério da Educação. A minha campanha tem um olhar especial para as mulheres, especialmente para a relação das mulheres com o mercado de trabalho. Hoje, há uma situação inacreditavelmente injusta: por volta de 50% das mulheres que têm filhos não conseguem retornar e permanecer no emprego que tinham antes. A ausência de creches e escolas de educação infantil coloca as mulheres em desvantagem no mercado de trabalho, e transforma as avós em cuidadoras permanentes. Há pesquisas demonstrando que, em função de ter filhos, as mulheres são obrigadas a aceitarem salários muito menores até que o de outras mulheres. Vamos acabar com isso. Vou tratar a diferença salarial entre homens e mulheres como uma verdadeira chaga nacional, pretendo acabar com isso tomando medidas duras. São algumas das propostas que vamos debater na campanha.

Fórum – Falando em segurança pública, como avalia a intervenção federal no Rio de Janeiro?

Manuela D’Ávila – O PCdoB votou contra o decreto na Câmara dos Deputados e no Senado. A crise no Estado do Rio de Janeiro, especialmente dramática na segurança pública, é um problema que diz respeito a todo o país, e o Brasil precisa ser parceiro do estado na construção de saídas. Mas a intervenção não soluciona, até porque a atividade precípua das Forças Armadas não é fazer policiamento, e sim garantir a defesa nacional. O governo federal vem fazendo uso indiscriminado, indesejável e perigoso das Forças Armadas em ações de segurança pública. Infelizmente, o drama vivido no Rio não é exceção. Há outros estados nos quais a crise econômica, agravada pela política de recuperação fiscal praticada pela União federal, o desemprego e outras medidas desastrosas do governo Temer, tem levado a situações também muito difíceis, que podem piorar. Governos neoliberais são culpados pela crise, porque abandonam investimentos públicos (basta ver que a PEC 95 congela investimentos por vinte anos), fazem cortes orçamentários e eliminam políticas de crescimento econômico, o que reduz a arrecadação. Isso leva à falência dos estados. Bem lembrou meu amigo Orlando Silva, novo líder da bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, o Brasil é governado por um presidente desmoralizado, sem legitimidade, afundado em corrupção e que fez cortes nos recursos destinados à justiça, cidadania e segurança a partir de 2016. Aí, aproveitando-se do colapso da segurança pública no Rio, aparece com uma medida demagógica para iludir a população com o uso político-eleitoral das Forças Armadas. O decreto de intervenção não veio precedido de planejamento de medidas e indicação de orçamento para efetivar o combate ao crime organizado. ‘É um salto sem rede no escuro’, disse Orlando. E eu reitero o que comentei ali acima: é necessário um Plano Nacional de Segurança Pública, com novas perspectivas para combater a violência, que causa impacto em muitas outras áreas. Na educação, por exemplo, de acordo com o Observatório das Favelas, os números de 2016 provocam atraso de um ano na vida escolar das crianças (vida escolar de 14 anos). Se repetirem os dados de 2017, o impacto será de dois anos e meio. É muito grave. Friso também que a atual política de combate às drogas é uma tragédia, fomentadora de encarceramento em massa, violência policial, racismo, formação de facções… Pedro Abramovay, que foi secretário nacional de Justiça, diz que, na prática, a guerra às drogas estabeleceu o critério de que “branco é usuário, negro é traficante”, e isso passou a reger a atuação dos órgãos incumbidos de aplicar a lei. Como resultado, mais de 60 mil pessoas morrem por ano de forma violenta no país, sendo 40 mil jovens – quase todos negros e pobres – vitimados nessa guerra. Isso é inconcebível. É preciso uma política que preserve a vida e combata o crime organizado.

Fórum – Quais serão as diretrizes econômicas de um eventual governo do PCdoB?

Manuela D’Ávila – O Estado deve ter papel central na condução da política econômica, ser o indutor do desenvolvimento econômico-social e agir com mão firme na proteção dos interesses e das riquezas nacionais. É preciso que o país exerça uma gestão dos preços macroeconômicos tendo como centro o desenvolvimento, como ensina o professor Bresser Pereira. Hoje, essa gestão obedece a objetivos fiscalistas que servem, principalmente, aos bancos e aos grandes especuladores. Isso, infelizmente, não mudou de forma substantiva nos 13 anos de governo democrático e popular. Faltou firmeza para, nas horas de dificuldade, não ceder ao mercado. O Brasil esteve, da Revolução de 1930 até 1980, entre os países que mais cresceram no mundo. A partir da década de 1980 perdemos o bonde, entramos em uma situação na qual pequenos avanços no crescimento são logo anulados por retrocessos. A chamada “Ásia dinâmica”, especialmente a China, mas também países como a Coreia do Sul, Indonésia e Cingapura, mostram o caminho: é preciso um projeto nacional que tenha a industrialização no centro. O setor financeiro tem a sua importância em um projeto como esse, mas trata-se de um lugar subordinado. O setor de serviços só tende a ganhar com o desenvolvimento e a reindustrialização. Estudos demonstram que o crescimento da renda média nas sociedades industriais se espalha pelo conjunto do tecido social. E devemos valorizar o setor de serviços complexos.

Fórum – Em sua avaliação como devem ser tratadas questões como aborto, homofobia e outros temas de difícil diálogo com parcelas mais conservadoras e religiosas da sociedade?

Manuela D’Ávila – O aborto é um problema de saúde pública que não pode ser escamoteado. É necessário mudar o viés desse debate que diz respeito a milhões de mulheres no Brasil, e a decisão da mulher deve ser preponderante. De acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) de 2016, que conta com informações do relatório Mundial da “Human Rights Watch”, no Brasil houve mais de 400 mil abortos clandestinos em 2015, a maior parte feita por mulheres e meninas negras, pardas e indígenas, pobres e com baixa escolaridade, que, além de sujeitas a serem criminalizadas, enfrentam riscos de sequelas e de morte. Há quem entenda que os números possam ser maiores, mas o fato é que a mulher é quem sofre as consequências, e a sociedade não pode fechar os olhos para esse drama social. O Brasil é tido por especialistas como o país onde há mais assassinatos de pessoas LGBT no mundo. Que triste ostentar esse tipo de ranking. Homofobia, transfobia e lgbtfobia são flagelos que precisam ser combatidos de forma firme e interdisciplinar, em todos os ambientes da vida. O melhor caminho é pela educação e pela escola, assim como é necessário haver políticas públicas multifacetadas e, principalmente, o fim da impunidade para quem comete crime.

Fórum – Por ser a candidata mais jovem, acredita que terá o apoio de um eleitorado também jovem e não tão ligado aos personagens mais conhecidos da política nacional?

Manuela D’Ávila – Tenho uma história ligada à juventude, não só por ter sido líder estudantil, mas porque, durante minha atividade parlamentar, tive iniciativas em favor dos direitos da infância e da juventude. Lembro, por exemplo, que fui relatora do Estatuto da Juventude na Câmara dos Deputados, ocasião em que mantive diálogo com muitos representantes da juventude brasileira. No estatuto, que é a carta de direitos para jovens entre 15 e 29 anos, incluímos a concessão de meia-entrada em eventos culturais e esportivos. Também fui autora da Lei do Estágio e relatora do projeto do Vale-Cultura. Minha atuação nos assuntos ligados à internet também me aproxima da juventude conectada. Isso fortalece meu vínculo com essa gigantesca parcela da população. Outra parcela que sempre busco representar em minha atividade política são as mulheres. Sou candidata para defender o espaço das mulheres na política e a necessidade de sermos protagonistas da construção de saídas para o país. Quero mostrar que as mulheres podem e devem ter lugar de destaque na política e em todos os ambientes de poder.

Fórum – Em caso de vitória, o que faria de diferente em relação às gestões do PT?

Manuela D’Ávila – Os governos dos presidentes Lula e Dilma significaram um enorme avanço em termos de inclusão social, combate à pobreza, elevação do poder aquisitivo, inserção no mercado de consumo, programas para a juventude, legislações e outras medidas de proteção às mulheres, relevância do Brasil no cenário mundial, entre muitas iniciativas que mudaram a vida de milhões de brasileiros e resgataram a dignidade do país. Mas não conseguiram recolocar o país em um rumo de desenvolvimento sustentável, em função de uma política econômica zigue-zague que, diante das dificuldades, cedia aos interesses da banca e do capital financeiro. Faltou convicção e resiliência para manter um rumo desenvolvimentista. Ambos os governos foram brilhantes em abrir as portas da universidade e do ensino técnico para milhões de pessoas que não teriam essa chance de outro modo. Mas não tomaram medidas mais duras para combater a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, por exemplo. Outra questão que foi subestimada é a segurança pública. Por não ser obrigação constitucional do presidente da República tratar da segurança, deixamos de ter uma política nacional nessa área e não levamos adiante o esforço para a implantação do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). O próximo presidente precisa compreender que só haverá desenvolvimento com paz. O povo brasileiro merece viver em paz.

Fórum – Com a condenação de Lula em segunda instância, como você acha possível que ele ainda consiga concorrer este ano?

Manuela D’Ávila – Penso que cabe ao povo fazer, nas urnas, o julgamento político do ex-presidente Lula, e considero que será mais um profundo golpe na democracia se ele for impedido de se candidatar. Destruir Lula, como quer a maior parte de elite brasileira, fala muito sobre quem é a classe dominante do país. Este ódio resultará em prejuízo para todos, inclusive para a elite. Ninguém governa um país fraturado, e a tentativa de destruir Lula resultará em uma dessas fraturas difíceis de curar.
Fórum – O que acha da sentença do juiz Sergio Moro, do julgamento no TRF-4 e da condução do processo contra Lula?

Manuela D’Ávila – Conforme falei antes, acho que foi feito um julgamento político, e julgamento político só deveria ser feito pela população e, mais especificamente, pelos eleitores, por meio do voto na urna.

Fórum – Não existe a menor possibilidade de abandonar a sua candidatura para fazer uma aliança com o PT, como vice, por exemplo, em nome de uma Frente Progressista, tão propalada pelo campo mais à esquerda?

Manuela D’Ávila – São vários pré-candidatos representando as ideias progressistas (Ciro Gomes, Lula, eu, o Boulos, o PSB que está discutindo nome). Tenho certeza de que no segundo turno todos esses candidatos, junto com os partidos, instituições, entidades, movimentos e pessoas progressistas, estaremos unidos em torno da candidatura que expressar um futuro melhor para o Brasil.

Fórum – Como enxerga ser viável a formalização de uma Frente Progressista, envolvendo, talvez, PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB, por exemplo?

Manuela D’Ávila – O PCdoB defende a formação de uma ampla frente programática para além dos partidos e para além das eleições, com objetivo de discutir os rumos do país. A crise é tão grave que requer união de muitas forças e a soma de muitos esforços para encontrar soluções. Em parte, a formulação de um programa com esse objetivo já está em curso, por meio das fundações vinculadas ao PCdoB, PSB, PDT, PT e PSOL, que elaboraram um documento com pontos em comum que servirão de plataforma para os candidatos progressistas e poderá ser a base da união em um segundo turno. Esse manifesto será lançado em 15 de março, no Fórum Social Mundial, em Salvador, com a presença dos pré-candidatos dessas legendas.

Fórum – Como analisa o crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas? Isso demonstra a força da extrema direita?

Manuela D’Ávila – É o candidato que converte em ódio o medo legítimo que a maioria da população tem diante da crise econômica, do desemprego, do desespero por não saber se haverá dinheiro para dar comida aos filhos. Mas o medo e o ódio não são propostas para sair da crise. O Brasil é maior que isso, e com o bom senso das pessoas nós faremos um debate sobre essas ideias retrógradas e as derrotaremos nas urnas. A solução para a crise precisa ser democrática, solidária, humanista e desenvolvimentista.

Fórum – E o nome de Luciano Huck, seria uma tentativa de buscar o novo ou apenas a falta de uma opção mais popular dentro do universo centro-direita?

Manuela D’Ávila – Existe um enredo já conhecido, no caso o programa liberal, à procura de um personagem/candidato que o torne palatável perante os eleitores. É o chamado Estado mínimo, para os pobres, claro, porque para os ricos sempre vale o Estado máximo. Mas acho que a população já está vacinada contra esse pensamento nefasto que tem em Temer o seu maior praticante. O eleitorado saberá enxergar o Temer que há por trás de qualquer um desses que se apresentam como “novos” políticos ou “não políticos”.

Fórum – Uma de suas ideias é a realização de referendos para tratar da reforma trabalhista e outros temas polêmicos. Como seria?

Manuela D’Ávila – As reformas que pretendo submeter a referendos revogatórios foram impostas por um governo golpista, que traiu duplamente o país: ao fazer o impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma e ao rasgar o programa de governo escolhido nas urnas em 2014. Como as reformas foram feitas pelo presidente ilegítimo – e vão no caminho contrário ao que a população havia decidido em 2014 –, nós queremos que o povo opine sobre o que fazer.

(Com informações da Revista Fórum).

Manuela D'Ávila, pré-candidata à presidência da república pelo PCdoB. (Foto: Reprodução/ Revista Fórum).