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“Você não está só”: canção coloca Lula ao lado de Gandhi, Mandela, Rosa Parks e Luther King


O presidente Lula e Nelson Mandela em 2008 em Maputo. (Foto: Ricardo Stuckert).

O músico e produtor brasileiro Daniel Téo, nascido em Chapecó-SC e radicado nos Estados Unidos há sete anos, compôs uma belíssima música para o ex-presidente Lula. O tema serviu como trilha sonora de um inspirador e emocionante vídeo –também produzido por Daniel e sua equipe– publicado justamente neste domingo, dia em que uma nova injustiça foi cometida contra o petista, que viu a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro rasgarem a Constituição para impedir o cumprimento de uma ordem judicial que determinava a sua libertação.

No melhor estilo das canções de protesto dos anos 1960, a letra, composta no dia da prisão de Lula, 7 de abril, coloca Lula ao lado de outras lideranças globais históricas e contemporâneas que sofreram injustiças, perseguições ou foram vítimas de violência, como Nelson Mandela, Dalai Lama, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Rosa Parks, Martin Luther King, John Lennon, Malala e Woody Guthrie, entre outros.

Vamos dar as mãos/ Vamos cantar na rua por: Tutu, Gandhi, Parks, King, Joseph, Douglas, Paine, Anthony. Por Lula, Lennon, Malala, Dalai Lama, Mandela, Simone, Guthrie!”, diz o refrão.

O artista conta que está buscando alguma forma de doar parte do que ganha com o seu trabalho –através do download de suas músicas nas plataformas de música digital e no youtube, por exemplo– para fortalecer a vigília permanente instalada em Curitiba em prol da liberdade de Lula. Outra opção seria apoiar o Instituto Lula, que tem enfrentado dificuldades para se manter por conta da perseguição judicial.

O músico Daniel Téo. (Foto: Annette Mcnamara/ Divulgação).

Daniel Téo estudou Engenharia pela PUC-RS –“mas fui o pior aluno de todos os tempos”, confessa–, se formou em Publicidade e toca profissionalmente desde os 18 anos. Suas influências são Bob Dylan (“em primeiro lugar”), Leonard Cohen, Gram Parsons, Hank Williams, The Byrds, Rolling Stones e os Beatles. No Brasil bebe na fonte de Tonico e Tinoco, Roberto Carlos, Tim Maia, Jorge Ben Jor, Gal Costa “e Mutantes, claro”. Seu trabalho está disponível tanto no Spotfy quanto no Deezer, as principais redes de música online. (Com informações do Socialista Morena).


Assista ao videoclipe de “You’re Not Alone”, em homenagem a Lula:

         

Lula não foi solto. Thompson Flores mantém Lula preso e pede retorno dos autos à Gebran Neto


(Foto: Reprodução/ Brasil 247).

O desembargador Rogerio Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, voltou a determinar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja solto neste domingo, e deu prazo até pouco depois das 17h para que a Polícia Federal cumpra a decisão e solte o ex-presidente.

Lula está preso em Curitiba desde abril para cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.

O despacho mais recente de Favreto vem depois de o relator do processo do tríplex na corte, João Pedro Gebran Neto, decidir que petista seguisse preso, por entender que Favreto, que está respondendo pelo plantão da corte, foi induzido ao erro ao deferir o pedido liminar feito por parlamentares do PT.

Favreto negou ter sido induzido ao erro e insistiu ter competência para determinar a libertação de Lula por estar no plantão da corte neste domingo e disse que não deve subordinação a outro colega, mas apenas aos tribunais superiores.

"Reitero o conteúdo das decisões anteriores, determinando o imediato cumprimento da medida de soltura no prazo máximo de uma hora, face já estar em posse da autoridade policial desde às 10h, bem como em contado com o delegado plantonista foi esclarecida a competência e vigência da decisão em curso. Assim, eventuais descumprimentos importarão em desobediência de ordem judicial, nos termos legais", escreveu Favreto em despacho das 16h12.

"Não há qualquer subordinação do signatário a outro colega, mas apenas das decisões às instâncias judiciais superiores, respeitada a convivência harmoniosa das divergências de compreensão e fundamentação das decisões, pois não estamos em regime político e nem judicial de exceção", acrescentou.

Na decisão, Favreto também determinou que as manifestações do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso na primeira instância, sejam enviadas à corregedoria do TRF-4 e ao Conselho Nacional de Justiça para apuração de eventual falta funcional do magistrado. Mais cedo, Moro se negou a cumprir a primeira decisão de Favreto pata soltar Lula e, dizendo-se orientado pelo presidente do TRF-4, pediu manifestação de Gebran Neto, que posteriormente revogou a liminar concedida por Favreto. (Com informações do Reuters e Brasil 247).


'Não vamos descansar um só momento até que Lula esteja solto', diz presidenciável Guilherme Boulos


Guilherme Boulos disse ser preciso colocar limites, pois os fascistas não farão isso por conta própria.  (Foto: Mídia Ninja).

Na véspera de ir a Curitiba e depois a Portugal, denunciar no exterior as ilegalidades da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos voltou a defender a liberdade do petista e destacar as arbitrariedades de sua detenção.

Não podemos ter receio de dizer que Lula é um preso político”, afirmou, durante ato em homenagem a Nadir Kfouri e Marielle Franco, realizado nesta terça-feira (10), em São Paulo. Para ele, é evidente o objetivo político de excluir o ex-presidente do pleito eleitoral de outubro.

Nesta quinta-feira, o pré-candidato do Psol à presidência estará em Lisboa, ao lado do ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), também pré-candidata à presidência. A Fundação José Saramago (FJS) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) promovem, no Teatro Capitólio, um encontro para debater o futuro das lutas democráticas e em defesa da democracia brasileira.

Além dos convidados brasileiros, participarão do encontro Cristina Narbona (PSOE-Espanha), Pablo Iglesias (Podemos/Espanha), Catarina Martins (Bloco de Esquerda/Portugal) e Ana Catarina Mendes (PS/Portugal). A coordenação do debate ficará a cargo de Boaventura de Sousa Santos (CES) e Pilar Del Rio (FJS). O encontro será aberto ao público.

Sem limites

Quem serão os próximos? Se não botarmos limites, eles não se limitam por si próprios”, alertou Boulos. As divergências entre os partidos políticos do campo progressista, segundo ele, são uma “virtude e não problema”. Porém, afirmou que a gravidade do momento não pode impedir as forças de esquerda de estarem lado a lado para barrar a escalada fascista em curso no Brasil. “Temos que ter grandeza de apresentar um projeto de futuro, junto com o desafio de enfrentar os retrocessos.”

Enfático, Boulos disse que o momento não pode ser de acomodação. “Não vamos descansar um só momento sem honrar a consciência democrática de Nadir Kfouri. Não vamos descansar um só momento sem cobrar a justiça por Marielle. E não vamos descansar um só momento até que Lula esteja solto.”

O ato realizado no Tucarena, anfiteatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), teve como objetivo entregar o título de cidadã paulistana pós mortem para Nadir Kfouri, ex-reitora da universidade reconhecida por sua luta contra a ditadura. Planejado em 2017 pelo mandato da vereadora-suplente Isa Penna, e do vereador Toninho Vespoli, ambos do Psol, a homenagem a Nadir Kfouri transformou-se também num ato em memória da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada no último dia 14 de março.

Boulos disse imaginar se a geração da ex-reitora da PUC, que lutou contra a ditadura civil-militar e pela redemocratização, um dia pensou se 30 anos depois ainda haveria assassinato e prisão política no Brasil. “É como se fosse um passado que não passou. O passado precisa de memória e justiça, porque sem isso, os fantasmas sempre voltam.” Para o líder do MTST, é justamente a falta de memória e de justiça no país a licença que permite a Jair Bolsonaro (PSL-RJ) frequentemente elogiar torturadores como Carlos Alberto Brilhante Ulstra.

Olhando para Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, Boulos disse que não permitirá “a segunda morte” da vereadora carioca, se referindo às detrações e notícias falsas que tentam manchar e diminuir sua imagem. “As ideias de Marielle são à prova de bala. Vamos ter que estar à altura dessa responsabilidade histórica.” (Com informações da RBA).