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Bolsonaro recusou comprar vacina da Pfizer pela metade do preço vendido aos EUA e Reino Unido


Jair Bolsonaro. (FOTO/ Isac Nóbrega/ PR).

Além de retardar a decisão sobre a compra de vacinas, Jair Bolsonaro recusou comprar os imunizante a um custo cerca de 50% menor do que foi oferecido aos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

Quatro cabeças, nenhum governo: a história do Brasil em 2019


Quatro cabeças, nenhum governo: a história do Brasil em 2019. (Foto: Divulgação).


Era melhor que o dia não tivesse amanhecido, mas, sendo impossível, amanheceu. As ruas da capital encheram-se de camisas da CBF, tapados acorreram aos melhores postos, a atmosfera preencheu-se da festiva alegria dos internos de um manicômio enfim emancipados. A “inexorável marcha do tempo” fez despontar no horizonte o Rolls-Royce conversível modelo 1952. A despeito da história de que tenha sido presente da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, fora encomendado pela Presidência por Getúlio Vargas, ensina o biógrafo Lira Neto. Na posse de Collor, transportou o presidente eleito e o topete indomável de seu vice, Itamar Franco. Na de Fernando Henrique, no primeiro mandato, a careca de Marco Maciel ofereceu melhor aerodinâmica. Lula também deu carona ao vice, José de Alencar. Dilma mandou trocar a placa do carro, de “Presidente” para “Presidenta do Brasil”. Previdente, viajou com a filha Paula, livrando-se de ser arremessada na pista por Michel Temer, que se acomodou em um Cadillac logo atrás.

Por que você não deve votar em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Fórum fez uma lista de dez motivos, baseados em fatos reais, para que você possa enviar para o seu amigo que está pensando em votar no Bolsonaro. O diálogo e o convencimento são os temperos principais da democracia. Xingar só interessa a quem não tem argumento.

Homofobia

Jair Bolsonaro já deu inúmeras demonstrações de homofobia. Uma delas, em 2015, rendeu ao deputado a obrigatoriedade de pagar uma indenização de R$ 150 mil por danos morais ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD), criado pelo Ministério da Justiça. A ação foi ajuizada pelos grupos Diversidade Niterói, Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Arco-Íris de Conscientização.

Durante o programa CQC, na época exibido pela TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay, porque seus filhos tiveram uma “boa educação”, com um pai presente, e que não participaria de um desfile gay porque não promoveria “maus costumes”, pois acredita em Deus e na preservação da família. Em outra oportunidade, o deputado deu uma declaração dizendo que não contrataria um motorista gay para levar seu filho na escola. Outra frase reveladora do deputado: “Ter filho gay é falta de porrada”.

Golpe militar

Em 2014, o deputado federal ingressou com um pedido para realizar uma sessão de homenagem ao golpe militar de 1964. Porém, o presidente da Câmara dos Deputados da época, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), derrubou o pedido do parlamentar. A decisão foi tomada após uma discussão com os líderes dos partidos, que chegaram à conclusão de que tal homenagem iria causar desgaste à Casa.

Quando votou pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, ele justificou sua decisão favorável ao afastamento homenageando o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), que foi torturador de Dilma.

Misoginia

Bolsonaro ganhou destaque no tradicional jornal francês “Le Monde” em 2014, por conta de seu ataque à deputada Maria do Rosário (PT-RS). Durante uma discussão, ele disse que só não a estupraria porque ela “não merece”, o que lhe rendeu um processo. O “Le Monde” o chamou de “misógino, homofóbico, racista e atrevido”. É dele, também, a seguinte frase: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.



Parlamentar inoperante

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 16 de junho de 2015, por 433 votos a favor e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política, que previa que as urnas eletrônicas passassem a emitir um “recibo” para que os votos nas eleições pudessem ser conferidos pelos eleitores. A emenda foi de autoria de Bolsonaro. O detalhe é que foi a primeira vez, em 25 anos ininterruptos de legislatura, que ele conseguiu aprovar uma proposta no Congresso Nacional.

Direitos humanos

Em 2016, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Bolsonaro se mostrou contrário à atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) ligadas aos direitos humanos. “Eu cortaria todos os recursos para ONGs de direitos humanos. Esse pessoal vive da violência e vive dentro do governo. Nós arquivamos um projeto, que daqui a pouco será desarquivado, que é o Estatuto do Encarcerado. Se você lê aquilo, você pensa em ser bandido, porque o documento busca garantir diversas vantagens ao presidiário, tais como o direito de visitar familiares doentes e a uma cela individual”, disse ele.

Racismo

Bolsonaro também não esconde posturas racistas. Durante uma palestra no clube Hebraica, no Rio de Janeiro, em 2017, prometeu acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do Brasil, caso seja eleito. Em sua opinião, as reservas indígenas e quilombolas atrapalham a economia. “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí”, destacou. “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem pra procriador ele serve mais”, soltou.

Tortura

O show de horrores protagonizado por Bolsonaro começou há muitos anos. Em entrevista ao programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, datada de 1999, Bolsonaro foi explícito: “Sou a favor da tortura. Através do voto, você não muda nada no país. Fazendo o trabalho que o regime militar não fez, matando uns 30 mil, começando com o (então presidente) FHC. Não deixar pra fora, não, matando. Se ‘vai’ morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocente”, declarou.

Auxílio-moradia

Mesmo tendo um imóvel em Brasília, Bolsonaro e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro, recebem dos cofres públicos R$ 6.167 por mês de auxílio-moradia. Ambos são deputados federais. O apartamento de dois quartos (69 m²), em nome do Bolsonaro pai, foi comprado no fim dos anos 90, quando ele já recebia o benefício público, mas ficou pronto no início de 2000.

O deputado recebe da Câmara o auxílio-moradia desde outubro de 1995, ininterruptamente. Seu filho Eduardo, desde fevereiro de 2015, quando tomou posse em seu primeiro mandato como deputado. Ao todo, pai e filho embolsaram, até dezembro de 2017, R$ 730 mil, já descontado o Imposto de Renda.

Amazônia

Em maio deste ano, Bolsonaro concedeu entrevista ao El País onde deixou bem claro que pode simplesmente vender a Amazônia para empresários internacionais, caso seja eleito presidente. “A Amazônia não é nossa. Aquilo é vital para o mundo. A Amazônia não é nossa e é com muita tristeza que eu digo isso, mas é uma realidade e temos como explorar em parcerias essa região”, ressaltou.

Denúncia

Em janeiro deste ano, a Folha de S.Paulo divulgou uma ampla reportagem, na qual revela o crescimento vertiginoso do patrimônio da família Bolsonaro. Segundo a matéria, quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior no Rio de Janeiro, valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual.

Hoje, ainda de acordo com a Folha, o presidenciável e seus três filhos, que também exercem mandato, são donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca. Os bens dos Bolsonaro incluem, também, carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, conforme consta na Justiça Eleitoral e em cartórios. (Com informações da Revista Fórum).

Partido de Bolsonaro, PSL se diz contra o autoritarismo e a violência

PSL defende 'social-liberalismo' contra 'autoritarismo' e rejeita violência contra liberdade individuais.
 (Foto: Alex Ferreira/ Ag. Câmara).


A violência se combate com energia ou mais violência”. A frase foi uma das muitas afirmações feitas pelo deputado federal Jair Bolsonaro no ato de filiação ao nanico Partido Social Liberal (PSL) na semana passada. Mas se o pré-candidato do PSL à Presidência da República é conhecido por falas polêmicas - e, por vezes, pelas tentativas de negá-las -, a declaração revela falta de conexão entre o parlamentar e os princípios teóricos de seu novo partido.

O PSL se afirma como agremiação defensora da liberdade individual contra o “autoritarismo, a imposição e a violência”. Já Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, exalta em diversos momentos a ditadura civil-militar (1964-1985) e figuras consideradas por ele como “heróis”.
O termo foi usado pelo presidenciável diversas vezes para exaltar o ex-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por crime de tortura quando chefiou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna (Doi-Codi) do 2º Exército, em São Paulo.

Na área econômica, o PSL se define em site como “social-liberalista”. É defensor da redução do papel do Estado na economia, a “cooperação social através do mercado” e de “trocas voluntárias entre os agentes privados”. Já no estatuto oficial, a legenda defende o Estado como "regulador" da economia.

Guinadas ideológicas

O presidente do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE), concorreu ao Palácio do Planalto em 2006, recebendo 0,06% dos votos válidos (62.064). Na época, defendeu valores similares aos de Bolsonaro, mas opostos ao estatuto que o PSL viria a registrar na Justiça Eleitoral em 2011.

O partido registrou quatro diferentes estatutos no TSE desde sua criação, em 1998. Nos três primeiros não havia menção aos direitos humanos. Isso permitiu a Bivar concorrer ao Planalto com uma agenda conservadora: pena de morte, instalação de “miniquartéis” em favelas para conter a violência e a criação do imposto único.

A partir de 2011, com a mudança do estatuto, o PSL se aproximou do campo da esquerda. Em 2014, a legenda apoiou Eduardo Campos (PSB) para a Presidência e, após a morte do socialista em acidente aéreo, se aliou a Aécio Neves (PSDB).

A dança de cadeiras ideológica revela o estilo de gestão do partido por Bivar, um empresário e ex-cartola do futebol cujas manobras no comando do nanico PSL são tomadas apenas por ele há 20 anos. É ele quem decide o destino de recursos do Fundo Partidário, que somou cerca de R$ 5,6 milhões em 2017.

O controle partidário, contudo, deve mudar. A chegada de Bolsonaro se baseou numa conversa para que o poder seja dividido dentro do PSL. Não à toa, em seu discurso de filiação, Bolsonaro disse que Bivar “ainda é presidente” da legenda.
Nem direita nem esquerda

Embora o PSL tenha se aproximado de setores da esquerda e Bolsonaro desponte como catalisador de votos de eleitores conservadores, o partido diz rejeitar a polarização que coloca seu presidenciável em segundo lugar nas pesquisas.

Pode parecer clichê, mas não acreditamos no eixo ‘direita vs [versus] esquerda’ como o mais elucidativo para definir uma posição política. Preferimos o eixo ‘liberdade vs [versus] autoritarismo’. E nesse eixo, sem dúvidas, estamos do lado da liberdade.”

O afirmação consta na sessão de perguntas e respostas publicada pelo partido em sua página oficial. O questionário é um suplemento de informações ao minguado estatuto de 27 páginas registrado pelo PSL em cartório no final de 2011.

Bivar criou o PSL em 1998 e preside o partido desde então.
(Foto: Reprodução/ Facebook).
Em apenas sete linhas do documento, que representou uma guinada em relação ao posicionamento de Bivar em 2006, o partido define seus fundamentos arrogando-se como “forte defensor dos direitos humanos”. Já o agora pré-candidato do PSL defendeu a saída do Brasil de tratados internacionais de direitos humanos. Logo depois, Bolsonaro disse que os direitos humanos são “esterco da vagabundagem”.

O restante do estatuto versa sobre temas da burocracia partidária. Entre eles, a regulamentação do repasse para o partido de 5% do salário bruto recebido por filiados eleitos para cargos públicos ou por filiados à legenda que ocupem cargos comissionados.

Cartolagem

A chegada de Bolsonaro ao PSL recoloca Bivar no cenário político com chances de melhorar seu próprio desempenho eleitoral. Dono de um patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de R$ 14,7 milhões em 2014, ele disputou uma vaga na Câmara dos Deputados. Não foi eleito. Mas é deputado federal como suplemente por Pernambuco.

Ex-presidente do Sport Recife, Bivar compõe a Bancada da Bola – como é conhecido o núcleo parlamentar ligados a times de futebol. Em 2001, ele foi um dos responsáveis por enterrar a Comissão Mista de Investigação (CPI) criada para investigar irregularidades envolvendo a parceria entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a multinacional de material esportivo Nike.

A CPI CBF/Nike apontou o novelo da rede internacional de propina a dirigentes esportivos que viria a ser revelada pelo Fifagate. A operação comandada pela Justiça dos Estados Unidos, desde 2015, levou à prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin.

A CPI terminou sem resultado e contou com uma encenação comandada por Bivar e o ex-presidente do Vasco Eurico Miranda, então deputado federal. Eles tentaram aprovar um relatório paralelo ao preparado pelo relator, mas não conseguiram.

A CPI comanda pelo ex-deputado Aldo Rebelo (PSB) terminou sem ser concluída. O relatório original da comissão teve sua publicação proibida Supremo Tribunal Federal (STF) e só veio a público em 2015. (Com informações de CartaCapital).


Jair Bolsonaro sugere metralhar a Rocinha para resolver conflito no local



O presidenciável Jair Bolsonaro resolveu dar sua receita para resolver a guerra da Rocinha, no Rio de Janeiro, em um grande evento dirigido a para empresários e investidores, promovido pelo BTG Pactual. As informações são do blog do Lauro Jardim, de O Globo.

Diante de uma plateia de mil executivos do mercado financeiro, Bolsonaro disse que mandaria um helicóptero derramar milhares de folhetos sobre a favela, avisando que daria um prazo de seis horas para os bandidos se entregarem. Terminado esse tempo, se eles continuassem escondidos, metralharia a Rocinha. Ao final da exposição, ele foi aplaudido pelo público. (Com informações de O Globo e da Revista Fórum).

Jair Bolsonaro. (Foto: Renato Araújo/ Agência Brasil).

O que leva alguém a votar em Bolsonaro & Cia., e o que isto significa?


Pelo menos, se o homem não se tornou mais sanguinário com a civilização, ficou com certeza sanguinário de modo pior, mais ignóbil que antes. Outrora, ele via justiça no massacre e destruía, de consciência tranquila, quem julgasse necessário; hoje, embora consideremos o derramamento de sangue uma ignomínia, assim mesmo ocupamo-nos com essa ignomínia, e mais ainda que outrora. O que é pior? Decidi vós mesmos. DOSTOIÉVSKI, Fiódor M. Memórias do subsolo.

Responder satisfatoriamente à indagação proposta pelo título não é uma tarefa simples, tampouco acarreta em uma visão otimista com relação à política profissional brasileira. Negligenciei propositalmente, por certo tempo, em escrever sobre um perfil tão nefasto, patético e risível como este, até mesmo por pensar que seria demasiada atenção dispensada a algo relativamente insignificante (como, acertadamente, foi o cômico movimento O sul é o meu país). Não que tenha ocorrido algum acréscimo significativo à visibilidade de Bolsonaro, mas o que se pretende abordar, ainda que seja desafiador, é a abstrusa subjetividade que leva alguém a cogitar, a eleger e/ou ser eleito com base em discursos como os de Jair Bolsonaro & Cia. Desta forma, quaisquer comentários, assim como a polêmica suscitada através deste texto, só serão plausíveis na medida em que forem assimiladas concepções aqui explanadas.

Infelizmente, ainda é necessário ressaltar que este debate sequer devia existir, assim como este texto; afinal, é inconcebível que um regime político incipiente, como é o caso da democracia brasileira, tenha entre seus quadros político-partidários pessoas que representam um perigo letal às instituições, bem como para com os próprios cidadãos. Causa sincera comoção e admiração que discursos de ódio e intolerância ganhem tanta repercussão e, o que é pior, que sejam representados nas arenas políticas (tanto mais por alguém que defende atrocidades, tais como as cometidas ao longo de duas décadas de autoritarismo civil-militar). Não se trata apenas de Bolsonaro em si, mas de quem e o quê ele representa.

O cenário é tal que, mesmo no ambiente acadêmico-especializado da Ciência Política, e mais ainda no clássico pessimismo da visão culturalista, encontram-se facilmente terminologias técnicas adjetivadas de “crise”. Em termos práticos, o que chega ao cidadão comum, leigo e distante das esferas de poder, é que há uma macilenta crise generalizada, sendo esta responsável pela corrosão das instituições e da política brasileira; ou, pelo menos, é esta a premissa dos discursos propagados. É verídico que o índice de confiança institucional dos brasileiros tende a ser tanto pior quanto maior a proximidade com as arenas político-profissionais, cabendo uma das piores colocações (desconfiança) aos partidos políticos. Eis a gênese da “crise”: não há legitimação e representação, por um lado e, de outro, ausenta-se exponencialmente a confiança e a reciprocidade (as bases da democracia enquanto espelho da sociedade). Em outras palavras, o povo não se vê representado através dos partidos, assim como não crê na política profissional brasileira (e não sem motivos, é claro).

Este cenário de pouca confiança institucional (e também social) forma um campo fértil para semear discursos de crise. Por quê?

Pelo simples fato de apresentar um discurso que já está presente na subjetividade dos brasileiros – encontra ecos no “tradicionalmente concebido”. Por exemplo, é mais fácil aceitarmos que existe uma crise que justifique “explodir o Congresso”, do que aceitarmos que há sim como aprimorar a política profissional. Neste aspecto, ressalvadas as devidas proporções, o que é permitido compreender, através de uma possível comparação entre o “efeito Bolsonaro” e os regimes totalitários da década de 1930/1940? Fora a fertilidade que discursos de ódio, intolerância e crise generalizada possuem, ecoando no âmago de uma sociedade descontente e incrédula, também percebe-se a necessidade vital de, uma vez formulado o problema, apresentar a solução: o “mito” salvador pátria.

Este é um fator fundamental para a compreensão do sucesso, ao menos midiático, de candidatos como Jair Bolsonaro. Ele (e tantos outros, assim como seus assessores) sabe qual é o “ponto fraco” dos brasileiros – é por isso que adjunto a este abjeto jargão de “crise” (o problema), existe a vital necessidade de um líder “sério, honesto, firme” que conduza a nação ao El Dorado (a solução). Mas esta relação não se esgota aqui, pois assim como em todos os discursos extremistas, especialmente os movidos à amálgama de ignorância e ódio, é deveras essencial encontrar um culpado. Temos, então, a tríade “problema – culpado – solução” (cada uma destas terminologias poderia ser infinitamente preenchida com diversos nomes, mas isto exigiria tamanha criatividade e dispêndio desnecessário de laudas e tempo que, além ser um exercício à memória, poderá o leitor amigo entreter-se por longas horas).

O fator primordial consiste no fato de que a relação causa-efeito (problema/solução) pode ser assimilada por qualquer pessoa, independente da classe social, da idade ou do local, pois é fácil; afinal, todo problema exige uma solução. Permitamo-nos uma analogia: para compreender as longas horas de êxtase que uma criança obtém através de um simples brinquedo, deve-se pensar e agir do mesmo modo que ela; para compreender Bolsonaro e seus asseclas, deve-se focar tanto em suas limitadas capacidades quanto nas de seus representados, o que exige uma simplicidade de raciocínio extremamente infantil que, aliás, é bem caro ao cotidiano adulto. Ademais, o que significa este lúgubre comportamento de idolatrar Bolsonaro, representado por jargões como “este é o mito!”, “ele é o único honesto”, “messias”, dentre outras tantas verborragias anencéfalas? Significa analfabetismo político e falta de bom senso, além de milhares de anos de evolução humana jogados fora…

Mas onde se propagam estes discursos?

Propositalmente, são através das redes sociais e de aplicativos como o WhatsApp, no qual se conquista pela simplicidade e superficialidade da comunicação, ou, o que dá no mesmo, pela facilidade e agilidade necessárias à (in)compreensão da mensagem. São nestes locais que os discursos prontos, fechados e intolerantes se propagam com inenarrável facilidade. Dificilmente a caríssima (sim, o superlativo se justifica) construção do conhecimento pode ser resumida e verificável através de virtuais abstrações simplistas como as propagadas por este grupo (por exemplo: para alguns, uma piadinha boba; para outros, um preconceito velado). Refletir acuradamente é bem mais difícil do que agir espontaneamente, sem pensar, uma vez que isto exige investimento, tempo e rigor (deve ser por isto que o bom soldado, pregado por Bolsonaro & Cia., deve apenas obedecer, jamais contestar – eis o nonsense estereotipado).

Não é por acaso que o reflexo deste cenário pode ser magistralmente resumido no adágio do Mestre Povo: “nunca se deve discutir com um idiota, pois o mesmo lhe rebaixará ao seu nível e lhe ‘vencerá’ por meio de sua idiotice”, afinal, ele está em seu terreno – no qual existem mitos, messias, salvadores-da-pátria e juízes que defendem um execrável auxílio-moradia, pois seu titânico salário ainda é insuficiente (não generalizemos, todavia, no abrandamento da questão, pois alguns asseclas mais revoltados vociferam “morte aos juízes!”) Este comportamento explica o porquê de uma simples frase/imagem ser capaz de condenar e suscitar ódio, por exemplo, ao Programa Bolsa Família; mas estranhamente também é a chave-interpretativa do porquê não conseguirmos resumir uma explicação que mostre, efetivamente, a importância desta política de Estado em uma simples frase/imagem. Não há como ser tão simplista e irracional, fora o fato de que este público é sempre irracionalmente seletivo: só veem aquilo que lhes soa aprazível e cômodo.

Visivelmente, grande parte do virtual eleitor de Bolsonaro é relativamente jovem, sendo que destes, muitos possuem voto ainda facultativo. Mas há, também, um perfil de eleitor socialmente reacionário e humanamente desumano, apoiador de medidas extremas, na qual a pior é a execução (idolatrada por esta ascosa turba). Este é o perfil de alguém que possui um ódio generalizado e não sabe em quem ou no quê dará vazão ao mesmo. Assim como a dor indica algo errado no corpo, servindo muitas vezes de alerta, este perfil sociopolítico também cumpre semelhante função social. Por isto que afirmo: Bolsonaro, em si mesmo, não é motivo de preocupação alguma; o que preocupa é quem e o quê ele representa. Existe apenas um Jair Bolsonaro, mas cidadãos com este mesmo perfil existem aos milhares – e são eles que compõem o verdadeiro motivo de consternação.

É bom ressaltar que o diálogo com o perfil acima descrito é pífio. No entanto, não podemos generalizar (pois se assim agíssemos, recairíamos em um colossal erro), mas em sua grande maioria, este eleitor é tão estulto quanto o seu representante eleito. Assim como todo profundo e obtuso ignorante, consciente de sua falta de conhecimento e poder argumentativo, este público utiliza-se, para defender o seu ponto de vista, de cômicas justificativas que recaem em ilusórias experiências, tais como “no meu tempo não era assim”, ou nostalgias não-vividas do estilo “meu pai disse que não era assim”, ou até mesmo fantasias virtuais como “salvemos o Brasil dos esquerdistas” ou dos “comunistas que comem criancinhas” (aliás, será que este perfil sabe o que é o comunismo? Será que leram o básico e complexo Manifesto do Partido Comunista? Certamente não). Como diálogo não há, e mesmo se houvesse não haveria muito a ser debatido, este eleitor/eleito tende, quando confrontado, a reagir violentamente (tanto fisicamente quanto simbolicamente), fechando-se em sua colossal arrogância – e nisto consiste toda a sua argumentação!

Quanto aos idiotas, os deixemos com Horácio Quiroga, que em A galinha degolada demonstrou o poder nocivo destes “inofensivos seres”; quanto ao seu papel político, empreguemos a expressão de Brecht: são “analfabetos políticos” (sem jamais esquecer que estes votam, e, votando ou não, servem como infalível massa de manobra). Aliás, é importante ressaltar esse ponto. Este eleitor/cidadão desinformado, com a característica picardia de homem hobbesiano em estado de natureza (ou selvagem), serve como um atuante político responsável pelo suporte de regimes extremistas, além de diversos autoritarismos e golpes de Estado.

No Brasil não é diferente, pois temos lá nossas tropicais insanidades, muitas vezes fomentadas conscientemente por uma viperina elite tupiniquim que lhes brinda com patos amarelos e lhes esvaziam as panelas, para delas se servirem como instrumentos para variadas sonatas e sinfonias (aliás, sejamos mais realistas, pois eles(as) gostam mesmo é de uma “vai malandra”, afinal, por mais moralistas que sejam, o predomínio do primitivo instinto sexual sempre fornece alguma exceção à monogamia).

Defender medidas enérgicas contra a criminalidade, por exemplo, é essencial, independentemente da ideologia política (mas não sejamos, todavia, deterministas míopes ou imediatistas, como é este público que exalta em sanguinária verborragia jargões do estilo “redução da maioridade penal” e “execução”). Neste quesito, é papel constitucional do Estado reinserir o cidadão, após pena cumprida, na sociedade. Mas sabe-se ser falho este processo, e é desta falha nas instituições que é retirado o âmago do discurso que forma diversas plataformas políticas; assim como leva alguém a votar em Bolsonaro. A violência, criminalidade, ineficiência, morosidade, descrença, pessimismo, crise generalizada, etc., são fatores chaves para compreender a ascensão de discursos de ódio. É por meio destes comportamentos, jamais propositivos, ou melhor, beneficamente propositivos, que tais afetados representantes “da moral e dos bons costumes” fazem o seu desesperado apelo à antiga “ordem” estabelecida. Mas como fazem isto? Por meio do apelo tradicional (vide, por exemplo, a agenda da bancada evangélica).

Eis o porquê da viável e necessária parceira com instituições tradicionais, tais como as representações religiosas (geralmente reacionárias em termos sociais). Inclusive, este ponto é crucial, pois sabendo que os culpados são os “esquerdistas” (que em suas limitadas visões são homogêneos e unidos), é natural que concebam qualquer viés social como uma premissa “esquerdista” e, por isto, sem valor. Como resolver mais este paradoxal contratempo? Pode-se supor que, dentre as alternativas cogitadas por este público, esteja o desmantelamento do Estado, tornando-o mínimo e entregando-o à acumulação de capital financeiro (permanece, entretanto, a dubiedade: será que eles seriam capazes administrar esta selvageria proposta ou serviriam apenas como meros instrumentos de administração – os vulgos testas-de-ferro?).

Não podemos menosprezar o poder corrosivo que essas pessoas disseminam em meio à sociedade, pois basta analisar o exemplo dos Estados Unidos, Argentina e, também, o caso singular do Brasil e do Paraguai. A atual gestão política destes países demonstra que há, de fato, certo poder nos delírios destas pessoas, sendo que as mesmas são capazes de levar muitos oportunistas e/ou demagogos ao poder. Em outras palavras, elas são usadas, sem assim o saberem, por aqueles que verdadeiramente possuem capacidade de transformar este ódio generalizado em votos válidos, o que não é o caso de um simples Bolsonaro. Maquiavel dizia que deveríamos aprender com a História, e que esta é melhor professora. Então exercitemos: para quem diga que políticos ou governos são todos iguais (como é o caso dos eleitores de Bolsonaro), questiona-se: acaso não mudou nada, não importa se para melhor ou pior, entre a gestão de Rousseff e de Temer? É claro que mudou! Políticos não são todos iguais…

Aliás, suponhamos um exemplo hipotético deste comportamento irracional. Se Lula, o “culpado de todos os males” na versão dos asseclas de Bolsonaro & Cia., viesse a óbito neste exato momento, será que este ódio dissipar-se-ia? É bem provável que não. Nesse caso, este mesmo ódio seria somente transferido para outra pessoa, ou grupo de pessoas; afinal, ele é babilônico. Por falar nisto, soa bem interessante o fato de que sem uma liderança representativa da esquerda, Bolsonaro também entra em ostracismo, justamente por não ter a quem opor-se (ora, uma vez unidos culpado e problema em uma só pessoa, e esta é eliminada, também elimina-se a necessidade de uma solução). E, bem sabendo desta relação política, as alas verdadeiramente organizadas e com potencial eleitoral (PSDB e PMDB), garantem expressividade neste cenário.

O que significa, em uma visão racional e branda, votar em Bolsonaro?

Significa uma ânsia e um descontentamento desesperado, junto ao clamor por mudanças reais e efetivas. Até aqui, tudo bem, mas a questão é em quem é depositada esta fé, assim como nos meios utilizados para tal apoteose. Além da mais sincera comiseração que despertam, estas pessoas necessitam, desesperadamente, tomarem consciência do mal que fazem não apenas para si, mas para todos os brasileiros, ou melhor, para todos nós, humanos. Ser um cidadão consciente de seu potencial ou um mero “eleitor de Bolsonaro & Cia”, o que é melhor? Decidi vós mesmos. (Por Marconi Severo*, no Pragmatismo Político).

* Marconi Severo é Cientista Social & Político e colaborou para Pragmatismo Político.

Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/ Pragmatismo Político).

Jair Bolsonaro emprega servidora fantasma


O presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) usa verba da Câmara dos Deputados para empregar uma vizinha dele em um distrito a 50 km do centro de Angra Dos Reis (RJ).

A servidora trabalha em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio do deputado, na pequena Vila Histórica de Mambucaba.

Segundo moradores da região, Wal, como é conhecida, também presta serviços particulares na casa de Bolsonaro, mas tem como principal atividade um comércio, chamado "Wal Açaí".

Walderice Santos da Conceição, 49, figura desde 2003 como uma dos 14 funcionários do gabinete parlamentar de Bolsonaro, em Brasília, recebendo atualmente salário bruto de R$ 1.351,46.

Segundo moradores da região, o marido dela, Edenilson, presta serviços de caseiro para Bolsonaro.

O deputado federal mora na Barra Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e tem desde o final dos anos 90 uma casa de veraneio em Mambucaba.

A Folha falou com moradores da vila, que tem cerca de 1.200 habitantes, segundo a Prefeitura de Angra.

Foram colhidos quatro relatos gravados de moradores confirmando que o marido de Walderice é o caseiro do imóvel de veraneio de Bolsonaro.

As portas do estabelecimento "Wal Açaí", na mesma rua, foram fechadas às pressas nesta quinta-feira (11) assim que se espalhou a informação sobre a presença de repórteres na região.

MUDANÇA DE CARGOS

Os registros oficiais da Câmara dos Deputados mostram que a secretária parlamentar de Bolsonaro passou nesses 15 anos por uma intensa mudança de cargos no gabinete, foram mais de 30.

Em 2011 e 2012 ela alcançou alguns dos melhores cargos –são 25 gradações–, chegando ao topo, SP-25, no segundo semestre de 2012. A função, com salário que pode chegar a R$ 14,3 mil, é normalmente reservada a chefes de gabinete.

A reportagem da Folha esteve em Mambucaba na manhã desta quinta-feira para procurar a funcionária de Bolsonaro.

No caminho para a casa de Walderice, a reportagem a viu saindo da casa do deputado. Ela foi chamada, mas pediu "um minutinho" e entrou de volta no local.

Minutos depois, um outro vizinho de Bolsonaro abriu a porta convidando a Folha para entrar. "Venham conhecer o homem". O presidenciável apareceu em seguida, com um outro auxiliar, que estava com o celular gravando a situação.

Quem estava com as chaves era justamente o marido de Wal.

"Tem jabuticaba aí, Edenilson?", perguntou o presidenciável.

De acordo com depoimentos colhidos pela Folha, o marido da funcionária de Bolsonaro pintou a casa de veraneio recentemente.

OUTRO LADO

O deputado nega que tenha utilizado dinheiro da Câmara para pagamentos de serviços da casa e que Walderice seja uma funcionária fantasma.

Perguntado sobre qual seria o trabalho desempenhado por ela, Bolsonaro respondeu: "Ela reporta a mim ou ao meu chefe de gabinete qualquer problema na região".

"Não tem uma vida constante nisso. É o tempo todo na rua? Não. Ela lê jornais, acompanha o que acontece".

A reportagem pediu ao presidenciável algum exemplo de serviços parlamentares prestados pela funcionária.

"Peraí, ela fala com o chefe de gabinete", se limitou a dizer.

"Como é que eu vou saber? Se eu mantiver um contato diário com meus 15 funcionários, eu não trabalho".

Bolsonaro foi questionado sobre as diversas movimentações salariais que fez para Walderice ao longo dos quase 15 anos de trabalho prestado.

"O que de vez em quando acontece: um funcionário é demitido. Aquela verba que "sobra" então a gente destina para um [outro] funcionário, por pouquíssimo tempo. Tem uma verba fixa para pagar funcionários. Ganha tão pouco, por que não posso dar uma ajuda por dois, três meses?. Em vez de pagar R$ 1.300, paga R$ 1.500 ou R$ 2.000".

Sobre o marido, Bolsonaro negou que ele seja caseiro da casa, mas afirmou que Edenilson o ajuda na casa, inclusive dando comida para os cachorros.

"Não vai querer mover uma ação trabalhista porque ele vem duas ou três vezes por semana aqui."

Em um vídeo publicado no Facebook nesta quinta, Bolsonaro diz que sua casa em Angra "é onde, segundo a Folha de S.Paulo, eu tenho uma mansão". A reportagem da Folha escreveu que o deputado declarou um terreno na região em 1998. Incluiu o imóvel na relação do total de 13 da família Bolsonaro, sem chamá-lo de "mansão".

Bolsonaro afirma ainda que os repórteres do jornal estiveram no local para conferir a "mansão". A reportagem visitou a região com o objetivo de confirmar se a funcionária do seu gabinete realmente vive e trabalha na mesma rua da residência do deputado. (Com informações da Folha de S. Paulo).


Mulheres fecham às pressas loja de açai da secretária parlamentar de Bolsonaro, na vila de Mambucaba.
(Foto: Folhapress).


Quem conhece Jair Bolsonaro? Ele ganhou título de cidadão cratense


Na noite desta terça-feira, 21, o poder legislativo do município de Crato, na região metropolitana do cariri cearense, aprovou Projeto de Resolução Nº 2011002/2017 de autoria do vereador Roberto Pereira Anastácio, com assento na casa pelo Podemos, que concede título de cidadania ao Deputado Federal Jair Bolsonaro (PSC – RJ).

O texto foi aprovado por sete vereadores. Dois se posicionaram contra e um se absteve. Dos 18 parlamentares, oito não compareceram à sessão. Segundo o autor da resolução, a concessão do título atendeu a um pedido de policiais miliares que se sentem representados pelo parlamentar carioca que em mais de duas décadas no congresso nacional não tem nenhuma ação que beneficiou a classe ou a qualquer outra.

Bolsonaro entrou na política partidária em 1980 no Rio de Janeiro e desde então coleciona uma série de frases questionáveis não só pelas contradições, já que se autoproclama um cristão atuante, mas pela agressividade. Para quem não o conhece ou finge não conhecer, listo algumas de suas ideias abaixo:

1. “O erro da ditadura foi torturar e não matar.” (Jair Bolsonaro, em discussão com manifestantes)

2. “Pinochet devia ter matado mais gente.” (Bolsonaro sobre a ditadura chilena de Augusto Pinochet. Disponível na revista Veja, edição 1575, de 2 de Dezembro de 1998 – Página 39)

3. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.” (Jair Bolsonaro em entrevista sobre homossexualidade na revista Playboy)

4. “Não te estupro porque você não merece.” (Jair Messias Bolsonaro, para a deputada federal Maria do Rosário)

5. “Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados” (Bolsonaro para Preta Gil, sobre o que faria se seus filhos se relacionassem com uma mulher negra ou com homossexuais)

6. “A PM devia ter matado 1.000 e não 111 presos.” (Bolsonaro, sobre o Massacre do Carandiru)

7. “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.” (Afirmação de Jair Bolsonaro após caçoar de FHC sobre este segurar uma bandeira com as cores do arco-íris)

8. “Você é uma idiota. Você é uma analfabeta. Está censurada!”. (Declaração irritada de Jair Bolsonaro ao ser entrevistado pela repórter Manuela Borges, da Rede TV. A jornalista decidiu processar o deputado após os ataques)

9. “Parlamentar não deve andar de ônibus”. (Declaração publicada pelo jornal O Dia em 2013)

10. “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” (Bolsonaro justificou a frase: “quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”).

Fotomontagem: Blog Negro Nicolau.




Jair Bolsonaro chama colunista Mirian Leitão de Porca


O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) demonstrou que tem pavio curto antes mesmo da campanha eleitoral começar. Nesta terça, a colunista de Economia do jornal O Globo, Míriam Leitão, disse que o deputado do PSC "não sabe o básico sobre economia e nem um transplante seria capaz de salvar Bolsonaro".

A crítica da jornalista do Globo foi suficiente para despertar a ira do deputado fluminense: "Míriam Leitão diz que Bolsonaro não sabe nada sobre economia. Esta faz juz ao sobrenome!", disse ele, ao fazer trocadilho com o sobrenome da colunista.

Bolsonaro não perdeu a oportunidade de mencionar e defender a ditadura militar: "Miriam Leitão, a marxista de ontem, continua a mesma. Se eu chegar lá vai querer lamber minhas botas, como fez com todos que chegaram ao Poder. Seu lugar é no chiqueiro da História", escreveu o parlamentar do PSC. (Com informações do 247).

(Foto: Reprodução/ 247).

A melhor definição de Jair Bolsonaro circula na internet


Em entrevista concedida à jornalista Mariana Godoy, na RedeTV!, Jair Bolsonaro acabou virando piada ao evidenciar seu despreparo em assuntos econômicos e viralizou nas redes sociais. 

Agora, circula na internet o que tem sido classificado por muita gente como a melhor definição sobre Bolsonaro. E ela vem de Mário Sérgio Vaz, trazido à tona por Állef Diego, conforme reprodução do Brasil 247

"Sobre o Bolsonaro: 

'Ele não entende de economia, não entende de educação, não entende de saúde pública, não entende de história do Brasil, ele não entende de segurança pública, mas ele entende que uma grande parcela da população também não entende, e por isso se aproveita do medo, da desorientação, da indignação e do conservadorismo das pessoas pra prometer tudo que elas querem ouvir'.
- Mario Sérgio Vaz"



(Foto: Reprodução/ Brasil 247).





Jair Bolsonaro se estrepa ao responder sobre economia e bomba nas redes



Em entrevista concedida à jornalista Mariana Godoy, na RedeTV!, Bolsonaro é questionado sobre assuntos econômicos, só fala besteiras e bomba nas redes, além de ter suas respostas contestadas pela apresentadora.

No trecho em questão, Godoy entrega a Bolsonaro uma pergunta feita por um telespectador a respeito do “Tripé macroeconômico”. O pré-candidato responde à pergunta indiretamente e desconversa dizendo que quem vai falar por ele sobre economia é o seu possível ministro da Fazenda.

Mariana então pergunta se ele já está montando uma equipe e se já está “pensando em alguns nomes”. Logo em seguida, o deputado responde: “O que o pessoal exige de mim de entendimento em economia, então teria que exigir o conhecimento em medicina: eu vou indicar o ministro da Saúde. Tem que ter um entendimento em questão de Forças Armadas: vou indicar o ministro da Defesa. O entendimento na questão da agropecuária: vou indicar o ministro da Agricultura. Então é um exagero nessa parte aí. Você pode ver, dos cinco presidentes militares, qual deles era formado em economia? Nenhum. E trouxeram o Brasil da 49ª para a 8ª economia do mundo”.

Nesse momento, a apresentadora confronta a resposta de Bolsonaro a respeito dos números que ele dá sobre a economia no período do regime militar: “Oi? Não, eles deixaram o Brasil com muita inflação, fizeram a dívida externa do tamanho que ficou…”.

O deputado então dá uma resposta falando sobre e inflação e emenda com outro assunto, comentando a infraestrutura construída nos anos do regime.

O vídeo com o trecho que possui mais compartilhamentos no Twitter foi divulgado pelo vereador do Rio de Janeiro, David Miranda (PSOL), adversário político de Bolsonaro. (Com informações da Revista Fórum).

Jair Bolsonaro concede entrevista a Mariana Godoy. (Foto: Reprodução/Revista Fórum).