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‘O bolsonarismo não é imbatível’, diz Guilherme Boulos

 

Boulos. (FOT)/ Mídia Ninja).

É possível haver alianças pontuais com a centro-direita no país em defesa da democracia? “Sim, não tem nem que olhar para o lado”, responde Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Mas acreditar em alguma aliança com essa centro-direita para se discutir um projeto de país não é razoável, ele alerta. “E te digo por quê: porque eles são sócios da agenda econômica. Todos eles são sócios desse projeto (retirada de direitos, privatizações, teto de gastos, autonomia do Banco Central…)”, observa Boulos. Então, como construir uma ampla aliança capaz de derrotar o bolsonarismo em 2022? “Nós temos que ser capazes de disputar a consciência popular, de despertar a esperança no povo.”

Mandetta não foi demitido por seus vícios, mas por suas virtudes, diz Guilherme Boulos


Guilherme Boulos. (FOTO/ Reprodução/ Folha de S. Paulo).


Guilherme Boulos, ativista político, candidato a presidência da república em 2018 pelo PSOL e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), usou suas redes sociais nesta tarde de quinta-feira, 16, para comentar a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde pelo presidente Jair Bolsoanro (sem partido).

Weintraub tem problema de lógica, moral e senso de ridículo, diz Boulos


Guilherme Boulos. (FOTO/ Felipe L. Gonçalves/ Brasil 247).

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticou Abraham Weintraub após o ministro da Educação afirmar que concursos públicos selecionam pessoas de esquerda.

Bolsonaro é a volta a um passado nunca superado, diz Boulos na estreia do “Painel Haddad”


        Em entrevista a Haddad, Boulos admite que parte da esquerda 
        não entende bem o que está acontecendo por ter se distanciado 
        da realidade da população. (FOTO/Reprodução/YouTube).


A impunidade quanto ao conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol representa a escalada do arbítrio no país, afirmou na noite desta segunda-feira (22) o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ex-candidato à Presidência pelo Psol . “Em qualquer parte do mundo, o ex-juiz e agora ministro da Justiça e Segurança Pública teria caído, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso, já teria sido libertado”, disse. “O grau de anomia no país é impressionante, é sinal da crise democrática”, completou.

“Bolsonaro é incapaz de formular 3 frases seguidas com nexo”, diz Boulos sobre medida que exclui filosofia e sociologia


Boulos usa Twiter para criticar medida do presidente Bolsonaro que decretou o fim dos investimentos federais nas faculdades de Filosofia e Sociologia. (FOTO/Reprodução/Twitter).

O Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ativista político, escritor e ex-presidenciável pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Guilherme Boulos, usou sua conta no Twitter para criticar a medida do presidente Jair Bolsonaro de decretar o fim dos investimentos federais nas faculdades de Filosofia e Sociologia.

Diante de Bolsonaro, movimentos sociais preparam a resistência


A liderança do MTST, mas, sobretudo, a campanha à presidência, elevou Guilherme Boulos a ícone da incipiente "resistência". (Foto: Reprodução/Facebook).

 O gigante acordou!” A gente viu no que deu. “Não vai ter Copa!” Teve. “Não vai ter golpe!” Teve. “Fora Temer!” Temer ficou. “Mexeu com Lula, mexeu comigo!” Mexeram com Lula. “Lula livre!” Lula preso. “Não passarão!” Passaram. “Ele não!” Ele sim. Para os deprimidos, desalentados, inertes, dragados pelo poço sem fundo da realidade brasileira, prescreve-se uma dose de Mujica, esse Rivotril da esquerda mundial.

Os únicos derrotados são os que cruzam os braços, os que se resignam à derrota”, disse o ex-presidente do Uruguai acerca da vitória do coiso domingo passado. “Não é o fim do mundo. Aprendemos com os erros e recomeçamos. Não devemos acreditar que quando vencemos tocamos os céus com as mãos e alcançamos um mundo maravilhoso, apenas subimos alguns degraus. É preciso ter humildade do ponto de vista estratégico. Não existe vitória definitiva, mas também não existe derrota definitiva.”

Remediados todos, é melhor Jair se acostumando: vai haver resistência, e ela se articula aqui e agora nos movimentos sociais, entre gestores de universidades, estudantes e até advogados empenhados em fazer do ofício uma barricada em defesa da democracia.

A liderança do MTST, mas, sobretudo, a campanha à Presidência, elevou Guilherme Boulos a ícone da incipiente “resistência”, termo que se impôs diante do discurso autoritário do presidente eleito, esquecido de desembarcar da campanha. Na terça-feira passada, lá estava Boulos sobre um caminhão de som em frente ao prédio do Masp, na Avenida Paulista, em protesto convocado pela Frente Povo Sem Medo e que atraiu uma aguerrida multidão.

Bolsonaro foi eleito presidente, mas não imperador”, falou ao microfone, naquela empolgante retórica que transita entre Lula e Silvio Santos, o pastor de igreja e o sindicalista da CUT. “Ele não pode passar por cima dos valores democráticos, da liberdade de manifestação e expressão. Precisa respeitar a oposição e os movimentos sociais. Por isso estaremos nas ruas, pelas liberdades democráticas e por nossos direitos.”

Há poucos meses, para andar nas ruas bastava a Guilherme Boulos a companhia de Batoré, amigo-assessor cooptado nas fileiras da Gaviões da Fiel, onde também militou, embora secretamente dedicado a criar uma dissidência. Hoje Boulos está obrigado a acompanhar-se de três seguranças profissionais, porque os tempos são outros.

Na quarta-feira, deputados chegaram a colocar na pauta de votação do Congresso projeto que faz de MST e MTST organizações terroristas, através da inclusão de ambos na Lei Antiterror, herança maldita do governo Dilma. Guilherme Boulos e João Pedro Stedile, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, passariam a versões moderadas de Bin Laden, podendo ser presos à revelia de uma Constituição que prevê a função social da terra e dos imóveis urbanos.

A criminalização do MST e do MTST é promessa de campanha de Bolsonaro, tão íntimo do livro da Constituição quanto deve ser do calhamaço a respeito de Churchill que estava sobre a mesa em sua primeira fala como presidente eleito – mais fácil que sirvam de aparadores de porta do que efetivamente de objetos de leitura.


"Partido Novo é o PSDB Personalité”, diz presidenciável Guilherme Boulos


Guilherme Boulos. (Foto: Reprodução/Revista Fórum).


Em seu perfil no Twitter, o candidato do Psol à Presidência da República, Guilherme Boulos, criticou as propostas do Partido Novo e de seu candidato, João Amoêdo.

Partido Novo é o PSDB Personalité. Posa de limpinho na política para manter o clube dos privilegiados na economia. Essa história a gente já conhece e não tem nada de nova”, escreveu Boulos em seu microblog.

O Partido Novo, cuja campanha promete uma postura diferente dos outros partidos, advoga mais privatizações e menos participação do Estado na economia. (Com informações da Revista Fórum).


O Brasil não muda sem atacar os privilégios, diz presidenciável Guilherme Boulos


Boulos: "Não tenho ambiguidades".

As negociações partidárias limitaram o número de candidaturas presidenciais do campo progressista. Com Lula preso, o PT sem representante nos debates e Ciro Gomes em busca do eleitorado centrista, resta a Guilherme Boulos, do PSOL, a missão de exercitar a crítica ao golpismo do Judiciário e a perseguição política ao ex-presidente, expor os presidenciáveis que apoiaram desde a primeira hora o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer (“os 50 tons de Temer”, de acordo com sua definição), e criticar de maneira mais contundente o sistema financeiro.

Boulos, não se pode negar, cumpre as tarefas com denodo. “Precisamos dialogar com os desiludidos e os insatisfeitos”, afirma. “Caso contrário, vamos empurrar o eleitorado para o colo do Bolsonaro.”





Guilherme Boulos e Manuela d'Ávila discutem desigualdades históricas




Para os progressistas, problemas sérios do país vem se agravando no país sob o governo Temer.
 (Foto: Reprodução/ Facebook).
Manuela d'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol), pré-candidatos à Presidência da República, tiveram uma semana voltada para debates com a juventude. Ambos seguiram agendas de campanha em universidades do país e levantaram, muitas vezes, pontos em comum. "Não existe como pensar em desenvolver nosso país sem pensar nas questões de gênero e raça", disse Manuela. "O povo pobre nesse país tem cor, tem raça", disse Boulos, na mesma linha.

Manuela classificou como o "grande desafio" do país o alinhamento para "pensar como estabelecer um pacto de superação da crise. Quais serão as saídas? Pensar nisso passa por um debate de desenvolvimento do país. E não podemos fazer isso sem enfrentar as desigualdades", disse, para uma plateia lotada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nessa quinta-feira (14). A pré-candidata do PCdoB focou seu discurso nas desigualdades de gênero.

"Temos que pensar que a maior parte das mulheres recebe 20% a a menos de salário do que os homens. Qual o impacto disso? Tirando a ideia de que somos iguais, que deve nortear a todos, qual o impacto real de o Brasil remunerar pior as mulheres, de não colocá-las de volta ao mercado de trabalho após o primeiro ano de nascimento do filho?", questionou.

Os candidatos do campo progressista mostraram dados extraídos de pesquisas. Manuela, por exemplo, utilizou dados do Mapa da Violência. "Para enfrentarmos esse tema, temos que saber que a política de segurança pública do Brasil é extremamente exitosa para proteger a vida de brancos. Em 2016, morreram 16 brancos para cada 100 mil habitantes e 42 negros. A morte de brancos vem diminuindo. Mulheres brancas morreram 8% a menos em dez anos e 16% a mais de negras. Então, qualquer debate de projeto de desenvolvimento passa pela questão da desigualdade que devemos superar."

Boulos, ao ser questionado sobre o tema pelo historiador Douglas Belchior, em encontro na PUC-São Paulo, segunda-feira (11), confirmou que "os dados são a mais profunda expressão" da desigualdade no Brasil. "Pensar em política racial não é algo à parte, isolado, é pensar no conjunto de políticas públicas do país. O cenário é complicado na educação e ainda mais dramático na segurança pública", argumentou. Belchior, por sua vez, disse que "mulheres negras têm sete vezes mais mortalidade materna do que brancas, 90% das crianças mortas no Brasil são negras. O índice de suicídios é maior entre negros e 76% dos usuários do SUS são negros. Para mim, isso explica o Brasil."

A resposta de Boulos foi em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como um sistema a ser aperfeiçoado. "As pessoas que desmoralizam o SUS e a ideologia que o desmoraliza é mentirosa", apontou. "O problema é o baixo investimento. Precisamos de uma política que pare de repassar verbas para planos de saúde privados. Um terço do que se investe no SUS se perde em arrecadação com renúncias fiscais de planos de saúde", criticou.

Para ambos, problemas sérios do país vêm se agravando no atual governo. "Temer, em dois anos, fez o Brasil andar 50 para trás. Uma reforma trabalhista que retira direitos históricos, que liquida o mínimo de garantia que se tinha para trabalhadores... A legislação era antiga, precisava reformar, mas modernizar é uma coisa, retirar direitos é outra. Nem a ditadura fez isso em 21 anos, não tocaram na CLT. Em dois anos, o Temer jogou na lata do lixo" disse o psolista, desta vez no auditório da Universidade de São Paulo (USP) São Carlos, na quarta-feira.

Já em outro encontro com estudantes, desta vez na Universidade de Campinas (Unicamp), ontem, Boulos disse que Temer "conseguiu iniciar o desmonte de pactos nacionais. Desmontar programas sociais e políticas públicas, ainda que limitadas, feitas durante os governos do PT. Desmontar o pacto cidadão, ainda que limitado, da Constituinte de 1988, que previa investimentos públicos em saúde, educação, que a Emenda Constitucional 95, fazendo uma 'desconstituinte'".

"Diante destes retrocessos em direitos, não pode haver projeto de esquerda, democrático, que pretenda governar para as maiorias sem que tenha como ponto zero a realização de um plebiscito para revogar as medidas desse governo ilegítimo de Michel Temer", defendeu.

Para Boulos, o momento é de ataque a direitos. "Não que tenhamos em algum momento uma democracia plena, perfeita. A democracia nunca atravessou os muros da periferia. Democracia política não existe sem democracia econômica e social. Mas o que tivemos e que tentam nos arrancar foi conquistado com lutas, com mobilização do povo. A ditadura não se acabou no país por que um comitê de generais resolveu terminar. A ditadura acabou porque centenas de milhares foram às ruas. Trabalhadores fizeram greves. Movimentos sociais cresceram e se organizaram", disse. "Quando estamos com medo, ficamos vulneráveis para quem grita e diz que vai dar arma para todos. O populismo da violência cresce em momentos como esse." (Com informações da RBA).

“Vou cumprir a Constituição e acabar com o monopólio das comunicações”, diz Boulos sobre a Globo


O editor  da Fórum, Renato Rovai, entrevistou o pré-candidato à presidência pelo PSOl, Guilherme Boulos.
(Foto: Reprodução/Facebook).

Em visita à Baixada Santista, o pré-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, cumpriu agenda extensa e, entre os compromissos, foi entrevistado pelo editor da revista Fórum, Renato Rovai. Boulos fez uma análise da conjuntura do país e revelou seus planos, caso vença a eleição. “Temos que quebrar o monopólio das comunicações, políticos não podem ter concessão de rádio e TV, como acontece hoje, com Collor, Sarney e Aécio, por exemplo. Vou cumprir a Constituição e acabar com o monopólio das comunicações”, afirmou, se referindo especialmente à Globo.

Boulos comentou a grande repercussão de sua entrevista no programa “Roda Viva”, exibido na segunda-feira (7), na TV Cultura: “Acho que dois motivos levaram a isso. Primeiro, os entrevistadores e telespectadores esperavam um sujeito vestido de vermelho, com uma foice na mão e gritando, mas encontraram uma pessoa disposta a debater de igual para igual. Queremos disputar um projeto de país, sendo uma alternativa para a esquerda, não somente para essa eleição, mas para a próxima geração. Queremos quebrar preconceitos. Segundo, a força das ideias progressistas, com valores e ética, que estão sendo esquecidos na política atual”.

Disse, ainda, que o novo assusta, mas tem potência. “Minha candidatura representa uma união entre um partido, que é o PSOL, e os movimentos sociais. Queremos colocar temas, com naturalidade, que não são normalmente abordados, como o aborto, o genocídio da juventude negra, questões ligadas aos LGBTs, entre outros”.

Questionado por Rovai sobre o fato de defender o legado do PT dentro do PSOL, Boulos disse: “O PT teve avanços sociais muito importantes, com a criação de programas sociais. Negar isso não ajuda. Ao mesmo tempo, tenho críticas, pois o partido não enfrentou o sistema político, mesmo quando Lula tinha 90% de aprovação. Com 90% de aprovação popular, você pode enfrentar o Congresso. E isso teve consequências práticas. Além disso, não discutiu a democratização das comunicações. Ao contrário, manteve as verbas de publicidade, inclusive para a Globo. Outra coisa: mesmo depois do golpe, o PT ainda faz aliança com o MDB em alguns estados. Apesar de tudo isso, diferença não é antagonismo. Não se pode ser conivente com injustiças. Para o Temer e o Aécio sobram provas e eles estão soltos. O Lula, sem provas, está preso. O caso é de defesa da democracia e isso é consensual no PSOL”.

Rovai perguntou também sobre reforma da Previdência. “Temos de começar rejeitando a proposta do Temer, que felizmente não foi aprovada, pois era contra a maioria do povo brasileiro. Não se pode fazer reforma baseada em cortar benefícios e estabelecer idade mínima para aposentadoria. Temos de mexer na previdência dos militares, que recebem os maiores privilégios, e também da cúpula do judiciário. Além disso, é preciso rever os salários acima do teto constitucional e a questão dos muitos auxílios. Também é necessário cobrar as dívidas das grandes empresas com a Previdência, que atinge R$ 446 bilhões”.

Em relação ao sistema político, Boulos afirmou que no Brasil está falido: “Defendo o aumento das formas de democracia popular direta, como plebiscitos e referendos, com sistema presidencialista, voto em lista fechada e financiamento exclusivamente público de campanha”.

Outro modelo que faliu, segundo Boulos, foi o de combate à violência. “É preciso desmilitarizar as polícias, pois da forma como está a sensação é de terror nas periferias. Outro aspecto fundamental é o controle de armas. O Exército deveria fiscalizar isso, em vez de matar jovens negros na intervenção do Rio de Janeiro”. Sobre Bolsonaro, resumiu: “Ele faz o populismo da violência”. (Com informações da Revista Fórum).

Boulos nadou de braçada e deu uma aula de coerência, cidadania e pensamento solidário e popular


Guilherme Boulos no Roda Viva. (Foto: Reprodução/ Youtube).

Acabou-se o programa Roda Viva. Minha opinião? Boulos nadou de braçada! Deu ao Brasil uma aula de coerência, cidadania e pensamento solidário e popular.

Fundamental crítica cristalina ao processo injusto e ilegal que levou Lula ao cárcere. Defendeu suas convicções, sem tornar a divergência um argumento de desqualificação da gestão petista.

Tocou em quatro pontos nevrálgicos da complexa questão política brasileira:

a) a necessidade da reforma política;

b) a necessidade da reforma urbana;

c) e eliminação das regalias do judiciário;

d) a necessidade de uma reforma tributária que retire os privilégios dos banqueiros e do capital rentista.

Foi claríssimo ao afirmar que não é contrário à atividade daqueles que mantêm micro, pequenas e médias empresas, geradores da maior parte dos empregos no Brasil.

Manifestou-se contra o modelo que beneficia megacorporações e as grandes instituições financeiras, promotoras da desigualdade.

Tratou com conhecimento da questão venezuelana e denunciou sem papas na língua o retrocesso promovido pelo governo golpista.

Mostrou a importância da representação de mulheres, negros, indígenas e LGBT nos processos decisórios e no avanço do rito civilizatório.

Comoveu ao defender, sobretudo, a empatia e a solidariedade, essas virtudes tão presentes no sonho jovial dos elevados de espírito.

Por fim, encantou ao declarar como seu ídolo o Doutor Sócrates, corinthianista como ele, corinthianista como nós.

Obrigado, Guilherme! Nesta noite, na cova dos leões, representou-nos com coragem e ternura.
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Artigo de Walter Falceta Jr, no GGN. Ele tem 54 anos, atua como jornalista desde 1983. É o atual presidente do Coletivo Democracia Corinthiana.

No Roda Viva, Boulos falou sobre desigualdade,segurança pública, racismo e principais pontos do seu programa


A serenidade no olhar de quem emplacou um Roda Viva. (Foto: Reprodução/ Mídia Ninja).

Na noite desta segunda-feira, um líder sem teto sentou no centro do mais tradicional programa de entrevistas políticas do país, o Roda Viva. Guilherme Boulos, pré candidato à presidência pelo PSOL, debateu por duas horas sobre os principais desafios do país, a crise econômica e política, ocupações urbanas, racismo e desigualdade social.

As principais questões giraram em torno das medidas econômicas destacadas pelo programa do líder sem teto, em que ele propõe a taxação de lucros e dividendos e, dessa forma, uma reforma tributária.

Economia

Não acho que um regime econômico em que 1% tem mais 60% pode ser um sistema considerado que deu certo. Temos que fazer uma profunda reforma tributária. Hoje o Brasil trabalha como um Robin Hood ao contrário, que tira dos mais pobres e dá para os super ricos”, afirmou o Boulos.

Sobre a condução econômica, desfiou críticas a Temer, assinalando que sua primeira medida, caso eleito, será um plebiscito para rever as reformas trabalhista e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.

Nos últimos 2 anos, o Brasil recuou 40 ou 50 anos com as medidas. Quando o técnico é o Temer, qualquer esforço é difícil para ganhar. A maior expressão disso é que o governo temer é o mais rejeitado da nossa história republicana”, disse.

A retomada do crescimento econômico, por outro lado, é um tema que esbarra no investimento econômico, travado pelo congelamento de gastos públicos. Reduzir investimentos, para Boulos, é o caminho inverso para o país voltar a crescer e produzir empregos.

Questionado sobre a política econômica no governo Dilma, ele criticou justamente o ajuste fiscal promovido pela petista em 2015, quando colocou Joaquim Levy no posto de Ministro da Fazenda.

Acho que é um debate que precisamos fazer, quando pessoas que vem do mercado financeiro, como Levy do Bradesco, e Henrique Meirelles, com um vasto currículo em instituições financeiras, assumem a economia do país”, questionou o presidencial psolista.

Segurança pública e racismo

O racismo estrutural é uma realidade no Brasil, que se traduz na sub representação de negros e negras no Congresso, nas vagas de lideranças de grandes empresas e, por outro lado, na sobre representação nas penitenciárias e no número de homicídios contra jovens negros.

Combater essa realidade, que se perpetua, é um desafio que, para Boulos, é central. Em sua opinião, o Brasil não superou a escravidão, questão fundamental nas desigualdades raciais.

Para nós, uma questão essencial é combater o genocídio da população negra. As pessoas estão morrendo, e quem morre tem raça, cor, endereço e idade. Precisamos de uma política de segurança pública que começa com a desmilitarização”, apontou o pré candidato.

Reforma agrária, demarcação de terras indígenas e quilombolas

O tema da reforma agrária e de um projeto de desenvolvimento que dialogue com as comunidades indígenas e quilombolas também foi destacado. Essas realidades, aparentemente distantes, se chocam quando olhamos para o agronegócio e sua expansão sobre matas e terras protegidas.

O líder sem teto reafirmou sua posição de que o estado brasileiro deve retomar a demarcação de terras indígenas e quilombolas, processo que caiu gradativamente nos últimos dez anos, chegando a zero no atual governo.

É preciso que haja desapropriação das terras em um país que 1% possui a maior parte da terra. Isso precisa ser enfrentado. Até porque, a maioria do alimento que chega na mesa de quem está nos assistindo, não vem do agronegócio, vem da agricultura familiar”, explicou.

Para tanto, Boulos atrelou a construção da sua chapa presidencial a uma série de movimentos sociais, principalmente à sua vice, Sônia Guajajara, líder da Articulação dos Povos Indígenas (APIB).

Sou o candidato à presidência mais jovem da história, e tenho ao meu lado a primeira indígena em 518 anos a ocupar o espaço de vice em uma chapa presidencial”, pontuou.

Ocupações

Sobre as ocupações, Boulos reforça que o que temos que nos perguntar é porque as pessoas estão ocupando prédios e morando em situações adversas ao invés de criminalizar os movimentos de moradia popular no país “É fácil criminalizar, chamar de vagabundo. O que leva as pessoas a ocupar não é escolha, é a falta de alternativa. É chegar no fim do mês e ter que decidir se paga o aluguel ou se bota comida na mesa. O descaso com a moradia é total. Hoje no Brasil temos 6 milhões e 300 mil famílias sem teto. Ao mesmo tempo existem 7 milhões de imóveis em situação irregular. O Poder público tinha que requalificar esses imóveis e destinar para moradia popular.”

Ainda na luta sobre moradia, Boulos mostra lucidez ao apontar que para esse enfrentamento é preciso solidariedade. Quando confrontado por não viver em uma ocupação e ser liderança de um dos maiores movimentos que buscam moradia digna no país, Guilherme afirma: “Não precisa ter passado fome para se solidarizar e lutar contra a fome no Brasil. Nós não vamos construir um novo Brasil sem esse ingrediente fundamental. O MTST foi a coisa que mais me encantou, foi ver como o movimento dá mais que uma casa, dá esperança para as pessoas.”

Ao ser questionado sobre a linha política de seu partido, o pré candidato afirma que fazer parte do Psol não significa apoiar um modelo de governo mas entender o socialismo como maneira de enxergar além dos privilégios e combatê-los para promover mudanças.

O Brasil precisa do seu próprio caminho. O que nós não acreditamos é que hoje no brasil seja possível governar para as maiorias sem combater privilégios. O que está posto hoje é que para que a gente possa avançar em direitos sociais para as maiorias ou em qualquer área social, temos que enfrentar privilégios. E ninguém abre mão de privilégios de boa vontade”. 
Defesa a Lula

Como ser candidato do PSOL e defender Lula? Se faz tanta defesa a Lula, porque não se filiou ao PT? Você é o herdeiro político de Lula? Questões como essa se somaram e trouxeram ao foco do debate a relação entre Boulos e o líder petista, que completou hoje (8) 30 dias de prisão.

Questões como essa estão colocadas no cenário da esquerda, em que Boulos, um candidato que surgiu dos movimentos sociais, transita sem os mesmos compromissos dos políticos tradicionais.

É nesse sentido que, a defesa de Lula, não se fez, segundo Boulos, através do fisiologismo tradicional da política brasileira, mas em defesa da democracia brasileira, uma vez que para ele a prisão de Lula foi “casuística e injusta”. “Hoje faz um mês da prisão arbitrária do presidente Lula, enquanto Vemos o caso do Temer pedindo dinheiro para Cunha e seu braço direito correndo como mala de dinheiro e O Aécio Neves, que disse que mataria o próprio primo, está fazendo lei no Congresso Nacional”,

Sobre isso, para o líder sem teto a justiça é seletiva e mira pessoas mais pobres, em um processo de punitivismo. “Quem é seletivo na aplicação das leis não somos nós, é o estado brasileiro, que julga diferente branco e preto, gente que mora no centro e quem mora na periferia. Juiz não é Deus, nós podemos sim questionar. A população carcerária dobrou nos últimos 10 anos, a maioria pobres e negros, a metade sem julgamento

Como faz parte de um movimento popular, seria impossível que a candidatura de Guilherme Boulos não fosse pautada nas reformas políticas, devolvendo assim os direitos do povo, massacrados pelo governo Temer. “A sociedade tem que pautar a economia e não a economia pautar a sociedade”. Para isso, o pré candidato defende prioritariamente duas medidas: reforma tributária e reforma política, e na segunda, reafirma que o seu programa é pautado e construído na diversidade. (Com informações da Mídia Ninja).


“É preciso botar o PMDB na oposição” pela primeira vez em 30 anos, diz Guilherme Boulos à Kennedy Alencar


"É preciso botar o PMDB na oposição", diz Guilherme Boulos. (Foto: Wanezza Soares).


O pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, diz que defenderá na campanha o fim dos “privilégios do 1% que manda no Estado e na política brasileira há muito tempo”. Em entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”, ele afirma que será preciso “botar o PMDB na oposição” pela primeira vez em 30 anos.

Boulos rebate a crítica de que sua candidatura defende uma plataforma irrealista para vencer e impraticável de ser aplicada caso se eleja. “O presidencialismo de coalizão faliu. Esse modelo de governalidade faliu.

Segundo ele, o governo Temer “fez em dois anos o Brasil andar 50 anos para trás”. Há “setores do Judiciário agindo politicamente”, diz. Boulos vê “escalada de violência” com o assassinato da vereadora Marielle Franco e o atentado contra o acampamento pró-Lula em Curitiba.

Avalia que a direita está mais fragmentada do que a esquerda. “Todas elas [as candidaturas de direita e centro-direita] são Temer. Algumas são Temer declarado. Algumas são Temer disfarçado”.

A respeito do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida na madrugada de terça em São Paulo, Boulos afirma que a responsabilidade é do poder público, “que deveria ter oferecido uma alternativa às famílias”. Ele vê “omissão do poder público” na tragédia de terça.

Diz que é preciso apurar se o incêndio foi criminoso, pois já houve casos desse tipo em São Paulo. Afirma que o ex-prefeito João Doria deu declaração “leviana” ao comentar que parte daquela ocupação fora feita pelo crime organizado. De acordo com ele, uma pessoa não faz uma ocupação “porque quer, mas por completa falta de alternativa”. (Com informações do Blog do Kennedy Alencar).


Guilherme Boulos sempre foi uma voz lúcida e sabe fazer política a partir de baixo


Guilherme Boulos. (Foto: Divulgação/ Twitter).

Tenho dito sempre que as eleições de outubro não são a saída para a crise ou o caminho para a reversão do golpe. As classes dominantes brasileiras têm deixado claro que não vão se deter por algo tão pequeno quanto a expressão de uma vontade popular por meio do voto. Nenhuma mudança virá da decisão de um presidente eleito, por melhor que seja ele, se não houver capacidade de sustentá-la com mobilização social. A luta política tem que ser pensada para além das eleições ou do parlamento.

Isso não quer dizer que as eleições sejam irrelevantes.

O pleito marcado para outubro, caso ocorra conforme está sendo desenhado, possuirá baixíssima legitimidade. Uma eleição em que o candidato favorito é arbitrariamente excluído da disputa não é capaz de gerar um governante legítimo. Nem por isso, boicotar as eleições é uma opção. Se tivéssemos força para organizar um boicote significativo, certamente não estaríamos na situação em que nos encontramos. É melhor aproveitar a oportunidade que a disputa eleitoral dá para apresentar narrativas diferentes, gerar educação política, mobilizar e apontar caminhos para a organização popular.

O melhor candidato para cumprir este papel, no momento, é Guilherme Boulos.

A luta pela liberdade do presidente Lula e por seu direito de se candidatar é prioridade para todos os democratas. Trata-se de combater o Estado de exceção e a criminalização da esquerda. Isso não obriga, no entanto, a aderir ao projeto político que Lula encarna. A experiência do PT no governo teve méritos inegáveis: é preciso muita arrogância ou insensibilidade para não ver a importância da retirada de milhões de pessoas da miséria. Mas também teve limites profundos, por sua recusa a qualquer enfrentamento com os dominantes. Se a prudência podia justificar esse comportamento no início, cabe perguntar por que não se trabalhou no sentido de gerar as condições de dar mais passos adiante.

O golpe de 2016 mostrou como a desmobilização, que foi parte essencial do pacto lulista, cobra um preço alto quando a direita endurece suas posições. Mostrou que a ausência de enfrentamento não supera as contradições, apenas adia a hora em que elas emergem. E mostrou também que, mesmo que se quisesse reeditar o pacto, as condições para tal estão esgotadas. É preciso de um projeto novo para a esquerda brasileira.

Guilherme Boulos não é a encarnação deste projeto, até porque o projeto não está pronto. Mas encarna a disposição de construí-lo, de forma aberta e em diálogo com os movimentos sociais. Sempre foi uma voz lúcida no debate político no Brasil, tem firmeza de posições sem cair no dogmatismo e sabe fazer política a partir de baixo, sem reduzi-la ao jogo eleitoral. Sua companheira de chapa, Sônia Guajajara, também com trajetória de liderança popular, acrescenta a preocupação central com o meio ambiente, item em que o registro da experiência petista é particularmente fraco, numa chave claramente (para não se confundir com alguma Marina Silva) ecossocialista.

Para além dos votos que obtenham e do fortalecimento da bancada do PSOL no Congresso, é importante que as vozes de Boulos e Guajajara se façam ouvir na campanha eleitoral, qualificando o debate e contribuindo para uma luta que, eles sabem, vai muito além de outubro. (Por Luis Felipe Miguel, professor da UnB, no DCM).

'O mundo precisa saber que Lula é um preso politico', diz Guilherme Boulos em Lisboa


"A luta democrática não tem fronteiras", disse pré-candidato do Psol na capital portuguesa. (Foto: Reprodução).


Em discurso realizado em Lisboa, o pré-candidato pelo Psol à Presidência da República Guilherme Boulos afirmou que é preciso urgentemente construir uma campanha internacional para “quebrar o silêncio da mídia brasileira” sobre  a escalada de violência e graves retrocessos democráticos no Brasil. “O mundo precisa saber que Lula é um preso politico. Tamo junto, porque a luta democrática não tem fronteiras”, disse Boulos no debate O Futuro das Lutas Democráticas: Em defesa da democracia brasileira, organizado pela Fundação Saramago e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Segundo ele, o primeiro desafio a se enfrentar na crise é “construirmos uma ampla frente democrática brasileira e internacional pra resguardar a democracia”.

Um dos coordenadores do debate, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos falou do desmantelamento da democracia brasileira. “Estamos a viver tempos que Antonio Gramsci caracterizou como tempos monstruosos. Quem podia imaginar que a vibrante democracia brasileira estaria a ser desmantelada da forma violenta como está. Que o presidente mais brilhante da história do Brasil, que deixou a Presidência com mais elevada taxa de aceitação, estivesse hoje preso em uma masmorra e ainda por cima ilegalmente?”

Ele lembrou o a violência “da lei e da rua” que vitimou a vereadora Marielle Franco, do Psol, assassinada no dia 14 de março no Rio de Janeiro. “Marielle presente!”, bradou Boaventura.

Em fala emocionante, a deputada Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, afirmou: “O que está a acontecer no Brasil (é a escolha entre) justiça e democracia ou fascismo. Quem pensa que não tem a ver conosco, está muito enganado. A prisão de Lula é mais um passo neste golpe terrível, grotesco, e é por isso tão importante dizer: Lula livre!”.

Segundo Catarina, “quem ficar calado é cumplice do fascismo”. “Solidariedade, democracia, liberdades democráticas, é desta matéria que somos feitos”, concluiu.

O ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro Tarso Genro também reforçou o caráter do encarceramento do ex-presidente dizendo que ele “é um preso politico”. Sua prisão foi “engendrada para tirar da disputa eleitoral aquele que é o maior líder da história recente do Brasil”. Segundo Tarso, esse “é um costume da elite oligárquica, atrasada, reacionária do Brasil”. Ele citou os exemplos dos ex-presidentes Getúlio Vargas, João Goulart e Juscelino Kubitschek como vítimas dessa mesma oligarquia no passado.

Tiros e ódio

Boulos disse que o Brasil passa pela crise democrática mais grave desde o período da ditadura (1964-1985) no país. “Ela se expressa com uma escalada de violência política, com tiros, intolerância, ódio sendo destilado no lugar do debate político, que teve como principal expressão o assassinato brutal e covarde da Marielle.”

À plateia que lotou o Teatro Capitólio, na capital portuguesa, Boulos falou sobre a judicialização da politica que hoje toma conta do Brasil, com perseguições a Lula e lideranças de esquerda por parte de juízes e tribunais. “A maior expressão dessa judicialização é a prisão do ex-presidente Lula, que ocorre sem qualquer prova”, acrescentou.

Segundo o ativista, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o sistema se caracteriza pelo “antagonismo”, que encarcera Lula sem provas, mas ignora o presidente Michel Temer, “com provas, malas e gravações”, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), “que ameaçou até de morte um suposto delator” e continua no Senado. “Se (Sérgio) Moro quisesse fazer politica, que fosse ser candidato à presidência da República e encarasse um debate democrático com o povo brasileiro.”

Boulos contou ainda ao público sobre momentos que passou com Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. “O que Moro e os juízes que encenaram essa farsa queriam era destruí-lo psicológica e politicamente. E Lula, poucas horas antes de ser preso, mostrou que estava em plena forma.”

"A única coisa que reclamo é o Moro não esperar um dia a mais para eu ver o jogo do Corinthians", disse Lula, segundo Boulos. “O que ele queria era uma foto, indo pelo mundo afora, com Lula preso ao lado de policiais. Mas o que conseguiu foi uma foto do Lula carregado por milhares de pessoas saindo do Sindicato dos Metalúrgicos.”

Nesta quinta-feira, o egípcio Mohamed El-Baradei, Prêmio Nobel da Paz em 2005, em nome da Agência Internacional de Agência Atômica, aderiu à campanha para que Lula receba o Prêmio Nobel da Paz em 2018. A campanha foi iniciada pelo argentino Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz em 1980. Até o início da noite de hoje, havia mais de 215 mil adesões. (Com informações da RBA).



'Não vamos descansar um só momento até que Lula esteja solto', diz presidenciável Guilherme Boulos


Guilherme Boulos disse ser preciso colocar limites, pois os fascistas não farão isso por conta própria.  (Foto: Mídia Ninja).

Na véspera de ir a Curitiba e depois a Portugal, denunciar no exterior as ilegalidades da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos voltou a defender a liberdade do petista e destacar as arbitrariedades de sua detenção.

Não podemos ter receio de dizer que Lula é um preso político”, afirmou, durante ato em homenagem a Nadir Kfouri e Marielle Franco, realizado nesta terça-feira (10), em São Paulo. Para ele, é evidente o objetivo político de excluir o ex-presidente do pleito eleitoral de outubro.

Nesta quinta-feira, o pré-candidato do Psol à presidência estará em Lisboa, ao lado do ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), também pré-candidata à presidência. A Fundação José Saramago (FJS) e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) promovem, no Teatro Capitólio, um encontro para debater o futuro das lutas democráticas e em defesa da democracia brasileira.

Além dos convidados brasileiros, participarão do encontro Cristina Narbona (PSOE-Espanha), Pablo Iglesias (Podemos/Espanha), Catarina Martins (Bloco de Esquerda/Portugal) e Ana Catarina Mendes (PS/Portugal). A coordenação do debate ficará a cargo de Boaventura de Sousa Santos (CES) e Pilar Del Rio (FJS). O encontro será aberto ao público.

Sem limites

Quem serão os próximos? Se não botarmos limites, eles não se limitam por si próprios”, alertou Boulos. As divergências entre os partidos políticos do campo progressista, segundo ele, são uma “virtude e não problema”. Porém, afirmou que a gravidade do momento não pode impedir as forças de esquerda de estarem lado a lado para barrar a escalada fascista em curso no Brasil. “Temos que ter grandeza de apresentar um projeto de futuro, junto com o desafio de enfrentar os retrocessos.”

Enfático, Boulos disse que o momento não pode ser de acomodação. “Não vamos descansar um só momento sem honrar a consciência democrática de Nadir Kfouri. Não vamos descansar um só momento sem cobrar a justiça por Marielle. E não vamos descansar um só momento até que Lula esteja solto.”

O ato realizado no Tucarena, anfiteatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), teve como objetivo entregar o título de cidadã paulistana pós mortem para Nadir Kfouri, ex-reitora da universidade reconhecida por sua luta contra a ditadura. Planejado em 2017 pelo mandato da vereadora-suplente Isa Penna, e do vereador Toninho Vespoli, ambos do Psol, a homenagem a Nadir Kfouri transformou-se também num ato em memória da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada no último dia 14 de março.

Boulos disse imaginar se a geração da ex-reitora da PUC, que lutou contra a ditadura civil-militar e pela redemocratização, um dia pensou se 30 anos depois ainda haveria assassinato e prisão política no Brasil. “É como se fosse um passado que não passou. O passado precisa de memória e justiça, porque sem isso, os fantasmas sempre voltam.” Para o líder do MTST, é justamente a falta de memória e de justiça no país a licença que permite a Jair Bolsonaro (PSL-RJ) frequentemente elogiar torturadores como Carlos Alberto Brilhante Ulstra.

Olhando para Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, Boulos disse que não permitirá “a segunda morte” da vereadora carioca, se referindo às detrações e notícias falsas que tentam manchar e diminuir sua imagem. “As ideias de Marielle são à prova de bala. Vamos ter que estar à altura dessa responsabilidade histórica.” (Com informações da RBA).