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Alexandre Garcia, da Globo, culpa Lula e Dilma pela greve e vira piada


(Foto: Reprodução/Brasil 247).

O jornalista Alexandre Garcia, comentarista da Globo, entrou para os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta segunda-feira, 28, por ter afirmando que a culpa da greve dos caminhoneiros era dos ex-presidentes Lula e Dilma, pelos incentivos dados na compra de caminhões. A informação é do Brasil 247.



Uma análise da greve dos caminhoneiros e caminhoneiras, por Cristiano Dourado


Greve dos caminhoneiros. (Foto: Reprodução).


Estamos no sexto dia do movimento que parou o país e pegou muita gente de surpresa. A confusão e a dificuldade de compreensão do movimento tanto pela direita quanto pela esquerda salta aos olhos. Para setores da esquerda trata se de um locaute. Uma paralisação dos patrões. Outros dizem que seria um plano malévolo para provocar uma intervenção militar.

A direita midiática que inicialmente apoiou com entusiasmo o movimento agora foca nos danos causados pela paralisação.

A depender da fonte, de 30 a 40 por cento da frota de caminhões é composta por autônomos, aqueles que são proprietários do próprio caminhão. Enquanto que de 60 a 70 por cento da frota é composta por caminhões de empresas transportadoras.

Se o movimento foi idealizado pelas empresas com apoio dos autônomos ou se foram os autonômos que organizaram a paralisação e as transportadoras estão se aproveitando para impor suas pautas especificas isto é secundário para se buscar compreender o sucesso do movimento e o apoio popular que alcançou.

A paralisação tem como causa primeira a política de preços dos combustíveis da petrobrás inaugurada após o golpe de Estado qye derrubou Dilma Roussef. Pedro Parente do PSDB assumiu a Petrobrás e decidiu que os preços dos combustiveis flutuaria livremente sem qualquer controle.

Desde então o diesel aumentou mais de 40 por cento. A gasolina e o gás de cozinha cerca de 60 por cento.

Este aumento praticamente zerou a remuneração dos autonomos e reduziu drasticamente a margem de lucro das transportadoras. O impacto do aumento diário no preço dos combustíveis levou a participação maciça dos autônomos o que ficou evidente quando o desgoverno anunciou acordo para por fim a paralisação e o acordo praticamente não teve efeito.

Então, o motivo econômico da greve é claro.
Mas os motoristas não estão reivindicando pela gasolina? Bom cada um reivindica em sua categoria por aquilo que lhe incomoda mais.

E qual a proposta do desgoverno para por fim ao movimento? Primeiro uma tentativa de oferecer subsidios ao diesel utilizando recursos do orçamento ja com déficit imenso de quase 200 bilhões de reais. Depois o uso das forças armadas para tentar desobstruir as rodovias.

Sem entrar no principal do problema que é política de preços louca que levou o diesel a 4 reais, gás de 80 reais e gasolina de 5 reais.

Em vez de beneficiar os acionistas majoritários que é o povo, em vez de agir como empresa estratégica, Temer e Pedro Parente só enxergam os acionistas que têm ações da Petrobrás na bolsa de valores. Isso certamente tem a ver com acertos para o golpe.

Mesmo sob risco de desabastecimento, a greve até agora conta com apoio muito grande do povo. E por quê? Por que certamente o povo não aguenta mais esta política de preços da Petrobrás. Não importa se você é de direita de centro de esquerda ou do outro lado. Se você bateu panela ou gritou não vai ter golpe e vai ter luta. A politica insana de Pedro Parente na Petrobrás de aumentar os preços dos combustíveis todo dia afeta todos. Uns mais outros menos.

Dizer que a paralisação é de direita é simplicar por demais a complexidade. Também não contribui em nada não dialogar com a categoria. Um contingente de centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras precarizados precisam ser escutados em suas demandas.

Explicar ao povo que a greve é consequência do golpe. Que Temer e Pedro Parente atendem aos interesses daqueles que tem ações da Petrobrás. Que o golpe tem como meta destruir a Petrobrás. Este é o papel que cabe aos democratas, comprometidos com a volta da democracia e com a luta contra o golpe.

É na rua que o golpe vai ser derrotado. Os caminhoneiros, as caminhoneiras já estão lá.
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Por Cristiano Dourado Amorim, na rede social facebook.

Temer assina decreto para tomar caminhões à força para liberar rodovias


Temer assina decreto para tomar caminhões à força para liberar rodovias. (Foto: Divulgação).

Sem conseguir dialogar com caminhoneiros e encontrar uma solução para a greve que chegou ao sexto dia, neste sábado (26), Michel Temer editou decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, que permite ao governo assumir o controle de caminhões para desobstruir as rodovias.

Fica autorizada a requisição, pelas autoridades envolvidas nas ações de desobstrução de vias públicas determinadas pelo Decreto nº 9.382, de 25 de maio de 2018, dos veículos particulares necessários ao transporte rodoviário de cargas consideradas essenciais”, diz o decreto.

Ontem (25), Michel Temer assinou também um decreto determinando o uso das forças federais de segurança para liberar as rodovias no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que vale até o dia 4 de junho. Neste sábado, caminhões-tanques passaram a ser escoltados pela polícia, que também multou caminhoneiros. No entanto, várias rodovias continuaram obstruídas pelos caminhoneiros. (Com informações da RBA e Agência Brasil).

Apesar da grande procura por combustíveis, único posto de Altaneira continua com estoque


Apesar da grande procura por combustíveis, único posto de Altaneira continua com estoque. (Foto: João Alves).

A paralisação dos caminhoneiros desde a última segunda-feira, 21, em virtude do aumento dos combustíveis fez com que se instalasse um clima apavorante em proprietários e proprietárias de veículos em todo o pais que com receio de desabastecimento passaram a fazer longas filas nos postos.

Houve relatos de falta de combustíveis em postos de grandes centros urbanos, como São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.  Em alguns pontos, proprietários/as chegaram a mencionar aumento desenfreado e sem justificativas na gasolina.

Em Altaneira, na região do cariri, o risco de desabastecimento iminente fez com que o único posto de combustível tivesse longas filas. A procura começou cedo, mas notou-se que o número de pessoas aumentou consideravelmente por volta das 15h00 desta quinta-feira, 24,  e se estendeu até o anoitecer.

Por volta das 19h00 de ontem havia altaneirenses usando as redes sociais para indagarem se ainda tinha combustível no posto que fica localizado na saída da cidade para o município vizinho, Nova Olinda. Apesar da grande procura, os munícipes amanheceram com a informação de que o posto continua com estoque de gasolina e diesel.

Quanto ao outro problema mencionado, o aumento no preço durante as paralisações chegando a R$ 5,00 e até a R$ 8,00 o litro de gasolina em algumas cidades, professor e sindicalista altaneirense José Evatuil ao publicar vídeo do momento de desespero dos condutores legendou:

Olha a situação dos condutores de Altaneira.
Gasolina de 4,77 por litro e há o prenúncio que será desabastecimento do posto.Pir isso a correria para abastecer.Situação similar em Nova Olinda...”.

Essa prática do aumento quando quem abastece não tem outra opção é considerada abusiva e ilegal, devendo ser denunciada.

Em tempo.....

Ainda na quinta-feira a noite indaguei aos amigos e amigas. A pergunta que não quer calar: Por onde andam os paneleiros que gritavam forte a saída da presidenta Dilma, que eram contra a corrupção, o desemprego e contra o aumento dos combustíveis? O gás de cozinha já está em R$ 80, 00. O desemprego aumenta a cada dia e a corrupção..........

Lembrem que outubro tem eleição.

Mas há algo que desconfiei desde o início e que está se concretizando. A imprensa pouco disse sobre vandalismo, apoiou em algumas reportagens e no fim, o governo é exposto como o herói. "Cedemos em tudo o que nos foi solicitado", disse um dos ministros do Temer - o responsável por toda essa zona de desconforto -,  em uma cobertura quase que de minuto a minuto. Portanto, senhores e senhoras, o que a grande mídia diz é sim para ser motivo de desconfiança.

Já o professor de História da Universidade Regional do Cariri (URCA), Darlan Reis Jr enveredou por outro caminho:

Se o governo fez acordo somente sobre o diesel, foi porque os caminhoneiros são estratégicos para o sistema funcionar.
Quem usa gasolina fez o quê?
- Análises sobre a paralisação alheia.
- Nada.
- Correu para os postos para abastecer.
- Criticou o acordo do governo golpista com os caminhoneiros porque não se tocou na questão da gasolina, não obstante quem usa gasolina não ter feito nada”.


Quem paga a conta da proposta de trégua do governo?


Prepare o Bolso. (Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil).

Após uma longa reunião em Brasília, um grupo de ministro apresentou as propostas para suspender por 15 dias a greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira 21 e que provoca desabastecimento de combustíveis, alimentos, medicamentos e peças industriais.

O Palácio do Planalto prometeu acelerar a isenção de impostos para o diesel e gasolina e dobrar a extensão do corte do preço do diesel nas refinarias anunciado pela Petrobras (o prazo subirá de 15 dias para 30 dias). Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, declarou que 3 das 4 entidades de trabalhadores que participaram do encontro assinaram um termo de compromisso.

Quem não aderiu à proposta foi justamente a maior e mais ativa das entidades, a Associação Brasileira de Caminhoneiros, que reúne 700 mil trabalhadores do setor. Nada indica, portanto, que a situação se normalizará nesta sexta-feira 25.

Os ministros não detalharam o custo fiscal da extensão do corte de 10% do preço nas refinarias. A Petrobras vai bancar do seu caixa os primeiros 15 dias. E será ressarcida pelo Tesouro nos outros 15. A isenção de PIS-Cofins dos combustíveis vai custar cerca de 9 bilhões de reais aos cofres públicos, enquanto a reoneração da folha de pagamento, principal compensação que consta do projeto aprovado na Câmara dos Deputados, ampliará a arrecadação em um terço desse valor.

Entre os setores mais afetados pela mudança nos cálculos da folha de pagamento estão o hoteleiro, o comércio varejista, os fabricantes de automóveis e a indústria de pneus. Ainda assim, a equipe econômica precisará aumentar outros impostos ou aumentar a economia dos gastos públicos.

"Do ponto de vista fiscal, é uma despesa que vai requerer dotação orçamentária específica. Vamos abrir um crédito extraordinário. Por ser uma despesa nova, ela vai ter que ser compensada nas despesas do Orçamento da União para manter a meta fiscal”, disse Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, após a reunião com os representantes dos caminhoneiros. (Com informações de CartaCapital).