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Izolda Cela, primeira mulher no comando do palácio da abolição, recebe presidente do FNDE



Em um de seus primeiros compromissos como governadora em exercício, nesta sexta-feira (14), Izolda Cela recebeu no início da tarde, no Palácio da Abolição, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Idilvan Alencar.A secretária da Educação, em execício, Daila Saldanha, participou do evento.

Izolda Cela recebe Idilvan Alencar, presidente do FNDE.
Foto: Seduc-Ce.
Idilvan Alencar apresentou para a governadora o planejamento do Programa de Ações Articuladas (PAR), que esse ano abre inscrições para assistência financeira às prefeituras no próximo mês de setembro. "Os recursos capitaneados pelo Ministério da Educação que oferecem suporte financeiro para a expansão da nossa rede são sempre muito bem-vindos. Por ser daqui do Ceará, o presidente do FNDE conhece bem a realidade das nossas unidades educacionais e pode nos ajudar a melhorar ainda mais", avaliou Izolda Cela.

"Nós viemos ministrar uma palestra aqui em Fortaleza, prestar uma consultoria técnica mesmo, tirar dúvidas dos gestores municipais, para que eles possam fazer o melhor proveito possível do programa, e aproveitamos para fazer uma visita à nossa governadora", esclareceu Idilvan Alencar.  O gestor foi secretário executivo da Educação no Ceará à época em que Izolda Cela era a titular da pasta. Hoje, no Ministério da Educação, ele comanda importantes ações do Fundo, que representa uma ferramenta essencial aos municípios e estados para investimentos em estrutura, equipamentos, material didático, valorização e capacitação dos profissionais da rede de ensino.

Ceará é destaque nacional na Educação

A visita acontece uma semana depois que o Ceará virou destaque nacional com escolas públicas estaduais liderando rankings do ENEM 2014. De acordo com os resultados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (INEP), na classificação geral, a EEEP Adriano Nobre, localizada no município de Itapajé, foi a instituição pública mais bem colocada no Estado. Além dela, outras duas unidades de ensino se destacaram, ficando entre as  20  melhores do país nos quesitos matrícula superior a 90 alunos, indicador de permanência maior que 80% e indicador socioeconômico baixo. São as Escolas Padre João Bosco de Lima, de Mauriti, e Deputado Cesário Barreto Lima, de Sobral, que ocuparam a 1ª e 2ª posições, respectivamente. No caso do "indicador socioeconômico muito baixo", o Ceará ficou novamente entre as melhores.


Experiência brasileira com merenda escolar será levada pela ONU a América Latina e África




A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) vai levar a experiência do Brasil em alimentação escolar para países da América Latina e África. A intenção é que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sirva de base para que os países aprimorem os próprios programas de oferta de merenda. 

"O objetivo é fortalecer o programa de alimentação escolar que já existe nos países. Não queremos iniciar programa nenhum. Queremos fortalecer os programas a partir da realidade deles. Levamos os desafios e oportunidades que já conhecemos no Brasil, tudo dentro do respeito e da soberania de cada país", explica a coordenadora do projeto Fortalecimento dos Programas de Alimentação Escolar da FAO Brasil, Najila Veloso. 

Segundo Najila, o foco na alimentação escolar é fundamental pois a escola é estratégica para a discussão da segurança alimentar e nutricional das pessoas. A cooperação foi uma iniciativa brasileira e teve início em 2009 com cinco países da América Latina. Atualmente, 11 países fazem parte do projeto que atende a mais de 19 milhões de pessoas.

Um acordo firmado na semana passada incluiu a África no programa com expectativa de investimento de quase US$ 2 milhões. A América Latina recebeu no ano passado US$ 4 milhões para o desenvolvimento do projeto.

Como parte do programa, a FAO elaborou um estudo que foi apresentado esta semana para os gestores e sociedade civil dos países latino-americanos. Os países foram analisados com base em 16 diretrizes consideradas essenciais pela organização, para um programa de alimentação escolar de sucesso.

Com o levantamento, diz a coordenadora, o Brasil pode também avaliar o próprio programa. "A infraestrutura das nossas escolas está aquém da de alguns outros países. Aqui não temos refeitórios como referência na construção das escolas, como acontece em alguns países da América Latina. Nossos meninos ainda comem em pé, ainda usam pratos e talheres de plástico [mais difíceis de lavar] e muitas vezes têm que usar colheres para comer alimentos que exigem garfo e faca, como carnes", diz Najila.

De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo Pnae, o Brasil atende diariamente 43 milhões de alunos e serve 130 milhões de refeições em creches e centros de ensino. Sobre a origem dos alimentos, pelo menos 30% vem da agricultura familiar.

A coordenadora do Pnae, Albaneide Peixinho, destaca os avanços do programa nos últimos dez anos – como a ampliação de atendimento para creche e ensino médio e lembra que, quando criado, o Pnae atendia a apenas alunos do ensino fundamental e da pré-escola.

Além disso, Albaneide ressalta a importância da agricultura familiar para o envolvimento da comunidade com a escola. "Grande parte desses agricultores é analfabeto e passa a frequentar o ambiente escolar, a entender a escola como um espaço público. Com eles, os estudantes aprendem sobre os alimentos. Os que moram nas cidades entendem que um frango não vem do supermercado, um ovo não vem da indústria, que existem pessoas por trás disso".

O orçamento do Pnae para 2013 é de R$ 3,5 bilhões, para beneficiar estudantes da educação básica e de jovens e adultos. Parte desse valor, R$ 1,05 bilhão deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar.


Via Agência Brasil