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Falta postura antirracista na esquerda, diz biógrafa de Sueli Carneiro

 

(FOTO/ Divulgação).

 Entre esquerda e direita, continuo preta”. Dita no começo dos anos 2000, a frase da ativista e intelectual Sueli Carneiro segue atual. A reflexão agora inspirou o título da biografia que a jornalista Bianca Santana lança sobre Carneiro. Resume, segundo a biógrafa, a falta de interesse da direita em ter pessoas negras no poder, e evidencia como a esquerda, que diz ser antirracista, tem poucas posturas de fato antirracistas.

Em entrevista à coluna (assista aqui via YouTube ou ouça aqui pelo Spotify), Santana falou também, baseando-se na história do ativismo e da obra de Carneiro, sobre a conquista de espaço das mulheres negras no feminismo e na luta antirracista. Carneiro questionou a ordem social racista presente também no movimento feminista. Nela, o homem branco vem primeiro, seguido da mulher branca, do homem preto e, aí sim, da mulher negra.

A autora detalhou como foi a busca pelos ancestrais escravizados de Carneiro, o começo de seu ativismo e o momento em que teve que lidar com a misoginia de homens negros.

A jornalista contou ainda que o assassinato de Marielle Franco a fez rever sua própria trajetória de ativista e pesquisadora do tema. O episódio revelou à jornalista, mesmo após tantas conquistas das mulheres negras, uma dureza do racismo e do machismo que ela julgava não mais existir. “Para mim ficou evidente que mulheres negras podiam estudar, fazer mestrado, doutorado, podiam até ser eleitas, mas que, se elas estivessem incomodando muito, mesmo com um cargo de vereadoras, elas podiam levar tiros na cara”, contou.

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Com informações do Metrópole. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.

Conheça a Galaria de Racistas

 

Por Nicolau Neto, editor

O site Galeria de Racistas expõe detalhadamente uma lista de pessoas que foram racistas. Muitos desses nomes foram homenageados no país, inclusive com feriados.

Segundo o site que disponibiliza a exposição ‘A Arte do Racismo’, “o Brasil tem a maior galeria de racistas a céu aberto do mundo. Há anos a arte é usada da sua pior forma: para homenagear escravagistas. Uma galeria permitida pelo Estado em todo o Brasil”.

Na exposição com cerca de 49 obras racistas,  há nomes como o de Tiradentes, Padre Antônio Vieira, Bento Gonçalves, Maurício de Nassau, Diogo Feijó, Borba Gato, dentre outros, e é possível perceber a história de crimes de cada homenageado.

Para a organização da exposição, a ideia é contribuir para retratação histórica e remoção de racistas das ruas.

A ação é fruto de um projeto colaborativo feito pelo Coletivo de Historiadores Negros Teresa de Benguela, o site antirracista Notícia Preta e um coletivo de publicitários pretos e é resultado de uma extensa pesquisa sobre monumentos brasileiros que homenageiam figuras escravagistas que cometeram diversos crimes contra a humanidade.

O Blog Negro Nicolau também defende, divulga e apoia essa causa.

Clique aqui e confira a Galeria de Racistas.

Escravizada por 38 anos, Madalena Gordiano é indenizada com imóvel onde trabalhou

Madalena Gordiano. (FOTO/ Divulgação).


Por Nicolau Neto, editor

Madalena Gordiano, de 48 anos, que foi mantida em condições análogas a escravidão por mais de três décadas, será indenizada. O fato sete meses após conquistar a liberdade ao fechar acordo com a família Milagres Rigueira.

Madalena ficará com o imóvel da família que foi avaliado em cerca de R$600 mil. Segundo informações constante no G1, o imóvel é o mesmo onde ela viveu nos últimos 15 anos. Além disso, também fica com um carro no valor de R$70 mil.  A audiência ocorreu de forma virtual, no Tribunal Regional do Trabalho da terceira região em Patos de Minas.

Para Alexander da Silva Santos, advogado de Madalena, o acordo foi avaliado como "uma vitória. Porque, se de um lado o pedido foi muito maior do que efetivamente se conseguiu, por outro lado sabemos que ações judiciais demoram muito tempo, podendo durar anos. "Ela pediu para que trabalhássemos na conclusão desse acordo”, destacou ao G1.

De acordo com o Ministério Público Estadual, Madalena morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, descanso remunerado e nem salário mínimo garantido e estava em condições análoga a escravidão desde os 8 anos em Pato de Minas.

Plataforma de semiótica abre inscrições para curso sobre racismo e Mídia no Brasil

 

(FOTO/ Divulgação).

Com forte adesão de profissionais, estudantes e pesquisadorxs de Comunicação em todo o Brasil, o curso ‘Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica’ está com inscrições abertas para sua oitava edição. As aulas acontecerão nos dias 24 e 25 de julho, das 16h às 18h, em uma plataforma de reunião on-line. A inscrição (R$50) compreende dois dias de atividade, com emissão de certificado de 4h.

A discussão sobre o racismo ganhou um novo fôlego no Brasil e no mundo, a partir da circulação discursiva nas redes sociais. Pauta historicamente reivindicada pelo movimento negro, vem ganhando espaço nas preocupações institucionais de empresas, veículos de comunicação e nas disputas narrativas da contemporaneidade.

O curso ‘Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica’ busca contribuir para o aprofundamento de uma visão crítica e coletiva sobre a relação entre violência racial e o sistema de produção simbólico. O objetivo é tensionar as práticas de produção e consumo de mídia no Brasil.

A estratégia do curso é apresentar instrumental teórico-metodológico, a partir das principais teorias semióticas e antirracistas, para a análise de discursos midiáticos. A Plataforma Semiótica Antirracista é  uma iniciativa des jornalistes e doutorandes do PósCom/Ufba, Bruna Rocha e Cássio Santana.

SERVIÇO

O que é? Minicurso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica

Quando? 24 e 25, das 16h às 18h.

Onde? Plataforma virtual de reunião on-line a ser divulgada para xs inscritxs

Investimento: R$50

Informações: semioticantirracista@gmail.com

Inscrições: https://forms.gle/j7suuKWQvJR1QpKX7

PROGRAMAÇÃO

Dia  24/07 – Aula expositiva: Apresentação dos conceitos fundamentais para a reflexão sobre o racismo midiático, desde uma perspectiva semiótica.

Dia 25/07 – Aula metodológica: Apresentação de categorias, operadores teórico-metodológicos e estratégias de análise de conteúdos midiáticos.

QUEM MINISTRARÁ O CURSO

Bruna Rocha é jornalista, escritora, ativista e pesquisadora. É Assessora de Comunicação do Corra pro Abraço, programa de Redução de Danos do Governo do Estado da Bahia. Doutoranda e mestra em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA), pesquisa a relação entre discurso, mediatização e acontecimento, a partir da cobertura do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.  Foi diretora de Mulheres da UNE e secretária de Mulheres do Coletivo Enegrecer. Coordenou o 7° Encontro de Mulheres Estudantes da UNE, em 2016. É idealizadora e uma das coordenadoras do curso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica.

Cássio Santana é jornalista, escritor, mestre e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), membro da coordenação do Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC/UFBA) e membro do Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso (Cepad/UFBA). Pesquisa Análise do Discurso e Teorias da Comunicação, com interesse na discurso e mudança social. Jornalista da Editoria de Política do Jornal A Tarde. É um dos coordenadores do curso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica.

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Com informações da Revista Afirmativa.

A dimensão emancipatória

 

Desqualificar as lutas contra as opressões não é nem de esquerda nem marxista

Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres

(Rosa Luxemburgo)

GRUNEC questiona URCA sobre suposta ausência de controle administrativo no sistema de cotas do vestibular

 

URCA debateu em 2017 a implantação do sistema e cotas. (FOTO/ Arquivo do blog).

O Grupo de Valorização Negra do Cariri – GRUNEC protocolou no último dia 18 de maio, no gabinete do Reitor da Universidade Regional do Cariri – URCA, pedido de informações acerca das medidas efetivamente adotadas por parte da Universidade para o controle do acesso dos aprovados às vagas disponibilizadas nos vestibulares e seleções dentro do Sistema de Cota, principalmente àquelas destinadas à população negra, parda, quilombola e indígena.

Lideranças indígenas protestam em Brasília contra Bolsonaro e por demarcação

 

(FOTO/ Tiago/ Reprodução/ RBA)

Com faixas por “Fora Bolsonaro” e “demarcação já”, cerca de 130 indígenas, de seis estados, protestam nesta segunda-feira (19), Dia da Resistência Indígena, em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília, em defesa de seus territórios e direitos constitucionais. A manifestação cobra a retomada dos processos de demarcação, paralisados desde a posse do governo de Jair Bolsonaro, e também protesta contra o Projeto de Lei (PL) 191, que legaliza a mineração em terras indígenas (TIs), ao PL 490/2007 e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000 que impedem o reconhecimento dos territórios tradicionais.

Articulação dos Povos Indígenas estende faixa na esplanada e relembra luta pela vida

 

Justiça aos povos indígenas. (FOTO/ Mídia Ninja).

Por Nicolau Neto, editor

A esplanada dos ministérios amanheceu na manhã desta segunda-feira, 19, com uma grande faixa estendida. A ação é da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

‘Preta Tia Simoa se apresentou para mim como um princípio de autocondução da própria história’, diz Karla Alves

 

Karla Alves. (FOTO/ Reprodução/ YouTube).

Por Nicolau Neto, editor-chefe

O Projeto “As Simoas” foi lançado na plataforma digital YouTube com o propósito de divulgar quatro vídeos com depoimentos de mulheres pretas contando suas trajetórias e a relação que enxerga com a Preta Tia Simoa. Fomentado com recursos advindos da Lei Aldir Blanc através da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, o Canal Preta Tia Simoa recebeu nesta segunda-feira, 15, o último da série.

Cabanagem: único levante revolucionário negro que tomou o poder em 1835

 

(IMAGEM/ Reprodução da Internet).

Na madrugada do dia 07 de janeiro, de 1835, eclodiu uma insurreição popular com a tomada do palácio do governo sediado em Belém e consequentemente culminando com primeira tomada da cidade por rebeldes que posteriormente seriam chamados pelos cronistas e pela historiografia como cabanos”. É assim que a historiadora e poeta, Roberta Tavares, começar a falar sobre a Cabanagem. Ocorrida na antiga Província do Grão-Pará, hoje compreendida como a Amazônia Brasileira, o movimento resultou na tomada do poder até 1940 por pessoas negras, indígenas, pobres, que ocupavam as moradias chamadas de ‘cabanas’.

Após acusação de racismo, Inep muda gabarito de questão do ENEM

 

(FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor-chefe

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alterou nesta quinta-feira, 28, o gabarito de uma questão de inglês. O caso ocorreu após candidatos do da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) apontarem racismo na resposta oficial.

Há 186 anos ocorria a Revolta dos Malês. Insurreição ainda reverbera nos dias atuais

 

(FOTO/ Reprodução/ Internet).

A historiadora Beatriz Nascimento (1942-1995) disse que a “História do Brasil é uma história escrita por mãos brancas”. Isso explica a razão de a participação de pessoas negras terem sido historicamente invisibilizadas. Um exemplo disso é a Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia, que completa 186 anos todo 25 de janeiro, e que recebe pouca visibilidade diante da importância que tem. “O fato do racismo ser estrutural, sistemático e ao mesmo tempo negado na sociedade brasileira (mito da democracia racial) faz com que haja o apagamento da história e cultura negra de resistência no Brasil. Houve um epistemicídio não apenas da cultura de resistência histórica do povo negro, mas também da produção intelectual de negras e negros nas mais diversas áreas do conhecimento”, explica Caroline Barroso, professora e historiadora.

Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

 

Amanda Gorman. (FOTO/ Davi Kotinskygetty Images).

Amanda Gorman tem apenas 22 anos e uma importante missão: ler um poema original na posse de Joe Biden, nesta quarta-feira, 20. Amanda é a mais jovem poeta a participar da posse de um presidente americano, e estará no lugar que já foi ocupado, por exemplo, pela lendária Maya Angelou (1928-2014) – ela leu On the Pulse of Morning quando Bill Clinton assumiu a Casa Branca em 1993, e até ganhou um Grammy de melhor texto recitado por isso.

Inspirado por Abdias Nascimento, vereador quer fortalecer agenda antirracista

 

Vereador Emerson. (FOTO/ Roger Cipó).

Em “O Quilombismo”, livro de 1980 do escritor Abdias Nascimento (1914 - 2011), há a  seguinte dedicatória: “Aos jovens negros do Brasil e do mundo, continuidade da luta por um tempo de justiça, liberdade e igualdade onde os crimes do racismo possam jamais se repetir”. Eleito vereador em Osasco, cidade da região metropolitana de São Paulo, Emerson Osasco, de 35 anos, traça planos de seguir os ensinamentos de Abdias para combater as desigualdades e fortalecer uma rede de ações afirmativas para a população negra também em outros municípios da região.

Demandas dos negros não podem ficar na dependência dos partidos de esquerda, diz presidenta do Geledés

 

(FOTO/ OAB/PE).

As questões urgentes da população negra brasileira devem tomar a centralidade das discussões públicas no Brasil a partir de 2021. Os debates sobre negritude serão cada vez mais profundos até o período eleitoral de 2022, ano em que se decidirá o presidente ou presidenta que governará o país até 2026. Pensar em mudanças radicais na estrutura da sociedade e políticas de ações afirmativas para a população negra são alguns dos campos de atuação da advogada Maria Sylvia de Oliveira, presidenta do Geledés - Instituto da Mulher Negra.

81 lideranças de movimentos negros de todo país gravam mensagem ao povo brasileiro

 

81 lideranças de movimentos negros de todo país gravam mensagem ao povo brasileiro. (FOTO/ Reprodução/ YouTube).

Neste ano de 2020, o povo negro brasileiro gritou em alto e bom som: “Enquanto houver RACISMO, não haverá DEMOCRACIA!”

PSG e Istanbul Basaksehir abandonam jogo em protesto inédito contra racismo no futebol

 

O jogador Dem Ba (à direita) questiona árbitro por referência racista contra integrante da comissão técnica do time turco. Protesto levou todos os jogadores, inclusive Neymar e Mbappé a se retirarem de campo. (FOTO/ Reprodução).

Em protesto inédito e histórico contra o racismo no futebol, jogadores de Paris Saint-Germain (França) e Istambul Basaksehir (Turquia) abandonaram o campo durante o primeiro tempo da partida desta terça-feira (8), em Paris, válida pela última rodada da fase de grupos da Champions League, a principal competição entre clubes de futebol da Europa. Aos 14 minutos do primeiro tempo, com o placar em 0 a 0, o auxiliar-técnico do Basaksehir, o camaronês Pierre Webó, acusou o quarto árbitro do jogo, o romeno Sebastian Coltescu, de ofendê-lo com uma expressão racista.

Ato Vidas Negras importam marca domingo no cariri cearense

 

Ato Vidas Negras Importam marca domingo no cariri cearense. (FOTO/ Leandro Medeiros).

Por Nicolau Neto, editor- chefe

Integrantes de partidos políticos de esquerda como a Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e Partido da Causa Operária (PCO) junto a movimentos sociais e ativistas comprometidos com a luta antirracista no cariri cearense realizaram neste domingo, 22, ato “vidas negras importam: justiça por Beto.”