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Dilma Rousseff é indicada por Lula para presidir o Banco dos Brics

 

Ex-presidenta vai substituir o bolsonarista Marcos Troyjo, que chegou a se referir a Lula como "presidiário" - Pedro França/Agência Senado.

A ex-presidenta Dilma Rousseff deve comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics. Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma já conta com o aval de China, Rússia, Índia e África do Sul, que juntamente com o Brasil compõem o bloco que reúne as maiores economias emergentes do mundo. Ela vai substituir o diplomata Marcos Troyjo, à frente do NBD desde 2020, por indicação do governo Bolsonaro.

Com sede em Xangai, o Banco dos Brics foi criado em 2015, tendo como vice-presidente o economista Paulo Nogueira Batista Jr. O objetivo é servir como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, instituições controladas por norte-americanos e europeus. Assim, o NBD fornece financiamento e assistência técnica para projetos de desenvolvimento para os integrantes dos Brics e demais países em desenvolvimento.

A permanência de Troyjo, bolsonarista de carteirinha, vinha causando mal-estar no governo. Ele era comentarista da Jovem Pan e chegou a se referir a Lula como “presidiário”, entre outras críticas grosseiras. Nesse sentido, nos últimos dias, ele mesmo reconheceu a “saia justa” em continuar à frente da instituição, após a chegada do novo governo. Agora ele deve ocupar cargo no governo de São Paulo, a convite do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Investimentos

Desde 2002, o Brasil teve nove projetos aprovados no NBD, totalizando R$ 4,4 bilhões em empréstimos. O maior valor, de R$ 1,2 bilhões foi para o projeto de Infraestrutura Sustentável do BNDES. Desse modo, o banco repassa o recurso para financiar obras de mobilidade urbana, energia renovável, saneamento e transporte, tanto do setor público como da iniciativa privada.

Com Dilma à frente, os empréstimos ao Brasil devem aumentar. Ela deve ficar à frente do NBD até 2025. Além disso, também reforça as relações do Brasil com a China, maior credor do Banco dos Brics. Dilma deve acompanhar Lula em visita ao país no próximo mês. Em 2013, quando era presidenta, durante cúpula dos Brics na África do Sul, a então presidenta ressaltou as afinidades que unem os países do bloco.

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Com informações do Brasil de Fato.

Dilma Rousseff: “Nota à Imprensa: Um jornal em diminutivo”

 

Dilma Rousseff. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

Dilma responde ao editorial do Estadinho: "Foi no meu mandato, em 2014, que o Brasil conquistou a maior de suas façanhas, sair do Mapa da Fome da ONU".

O editorial de domingo, 30, do jornal Estado de S. Paulo mostra que a miopia do Estadão, que hoje tem aumentativo apenas no nome de fantasia, não é doença, mas extremismo de direita. Calculado e indisfarçável. O jornal, que vem diminuindo ano a ano, inclusive fisicamente, hoje é um tabloide movido por uma obsessão: impedir a eleição democrática em outubro.

Já fez isto em 2018 quando, na véspera da eleição, jogou no lixo o que restava de dignidade à antiga família Mesquita para cometer o crime de afirmar que a opção entre um professor universitário, reconhecidamente democrata, e um deputado fascista era uma escolha difícil para o eleitor.

O Estadão já pode ser chamado de Estadinho. Apequenou-se, inclusive no tamanho das páginas. E segue no caminho do desaparecimento, depois de perder leitores e público, com tiragem cada vez menor. Segue movido apenas por obsessões que, em vez de disfarçar, ressaltam as mentiras que publica.

Exatamente ao contrário do que diz o jornal, estão frescos, na memória do povo brasileiro, os resultados produzidos pelos oito anos de governo Lula e pelos quatro anos que me foi dado o direito de governar sem a sabotagem aberta e sem o golpismo iniciado exatamente no dia em que fui reeleita.

Cumpri um ano e três meses de governo no meu segundo mandato com sabotagem escancarada, com o apoio do jornal, e instrumentalizada, inclusive nas páginas do Estadinho. O povo lembra. São lembranças da realidade e dos fatos, e não do ódio do jornal e da imprensa oligopolista brasileira.

Lula deixou seu segundo mandato com mais de 80% de aprovação e reconhecimento popular. Eu, durante meu mandato inteiro, dei continuidade às grandes realizações de Lula. Mas fiz mais. Ampliei as iniciativas que transformaram o Brasil num país bem-sucedido e o brasileiro num povo feliz e com a maior autoestima de sua história.

No primeiro mandato, entre 2010 e 2014, apesar da forte oposição que enfrentei, em tese algo normal num regime democrático, meu governo produziu algumas das maiores realizações da história do país – contra a vontade do Estadinho, é bom que se diga.

Em 2014, conquistamos a menor taxa de desemprego da história do país – uma média mensal de 4,8%, que carateriza uma situação de pleno emprego. Trabalho formal, é justo dizer. Empregos com carteira assinada e direitos trabalhistas, que o Estadinho e os governos que o jornal apoiou e apoia destruíram, depois de me derrubar.

Não causa surpresa que o jornal, tanto quanto os golpistas que me destituíram sem que até hoje tenha sido caracterizado crime de responsabilidade, classifiquem como “teorias ultrapassadas e equivocadas”, que devam “ser escondidas”, o repetido acúmulo de recordes mensais de Investimento Estrangeiro Direto no país. No meu governo, ampliamos a conquista de Lula e chegamos à marca de US$ 370 bilhões em reservas internacionais. Parece trivial, mas na história brasileira tal valor jamais foi alcançado.

Entendo que, exatamente ao contrário do que pretende o Estadinho, não se deve esconder, de maneira alguma, o fato de que, mesmo debaixo da mais massacrante sabotagem política já promovida no Congresso a um governo democrático, por meio de pautas bombas e de um boicote brutal das ações administrativas, processo iniciado no dia exato da minha reeleição, ainda assim alcançamos resultados fiscais rigorosamente superiores aos exibidos nos períodos de governo de   FHC.

Por óbvio, a história elitista e de exclusão social do Estadinho — que sempre teve o condão de liderar a plutocracia paulista — não permite acreditar que o porta-voz do mais radical conservadorismo brasileiro pretenda dar importância a resultados extraordinários alcançados pelo meu governo, que são dignos de serem exibidos com orgulho em qualquer campanha eleitoral.

Foi no meu mandato, em 2014, que o Brasil conquistou a maior de suas façanhas: sair do Mapa da Fome da ONU. Graças a todas as políticas que realizamos desde a posse de Lula, em 2003. Também foi sob o meu mandato, cujas realizações o jornal gostaria de esconder, que pela primeira vez na história 63 milhões de brasileiros tiveram acesso gratuito à assistência de saúde, por meio do programa Mais Médicos.

Além disso, jamais em nossa história, mesmo em governos democráticos, nos governos do PT e no meu em particular, nunca tantos brasileiros de baixa renda obtiveram o direito de acesso à casa própria, com o Programa Minha Casa Minha Vida, e ao ensino superior, através da política de cotas e de facilidade de acesso a universidades privadas.

Para o Estadinho, é melhor que tudo isto seja escondido dos brasileiros. Sobretudo em uma campanha eleitoral. Mas como os brasileiros já há muito tempo não acompanham mais o jornal, sem dúvida saberão o que o meu governo fez. E se orgulha de ter feito. E, na medida do possível, continuará vendo ser realizado, a partir de 2 de janeiro de 2023, quando Lula assumirá pela terceira vez a Presidência da República.

Contra a vontade do Estadinho. Mas pela força do povo. A força da maioria do povo. Como nas grandes e melhores democracias.

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Por Dilma Rousseff, publicado originalmente em suas redes sociais.

Os governos do PT reduziram ou não a desigualdade?


Pesquisas recentes coordenadas pelo economista francês Thomas Piketty, referência atual nos estudos sobre desigualdade, ressuscitaram um velho debate no Brasil: os avanços sociais e econômicos nos governos de Lula e Dilma Rousseff foram ou não suficientes para reduzir o fosso entre pobres e ricos?

Segundo os dados compilados pela equipe de Piketty, a resposta seria não. Entre 2001 e 2015, período analisado pelo World Wealth and Income Database, instituto codirigido pelo economista, os 10% mais ricos absorveram 60,7% dos ganhos de renda no Brasil, enquanto os 10% mais pobres abocanharam meros 17,6%. Para os liberais, as constatações de Piketty desmentem o discurso triunfalista do PT a respeito do sucesso das medidas de combate às disparidades nos últimos anos.

Intrigada com os resultados e incomodada com as críticas “oportunistas” às políticas sociais adotadas nos governos petistas, Tereza Campello, ex-ministra de Desenvolvimento Social, e um grupo de especialistas empenharam-se em aprofundar as análises.Em vez de se ater à ligeira comparação entre as faixas mais altas e mais baixas de renda, analisaram os efeitos das medidas compensatórias sobre diferentes faixas da população.

O estudo “Faces da Desigualdade no Brasil” desmonta a simplificação de que a falta de mobilidade social quando se compara o topo com a base da pirâmide prova o fracasso total dos programas de distribuição de renda e de estímulo ao acesso a bens públicos. O Bolsa Família, os aumentos reais do salário mínimo, as cotas, o ProUni, além dos investimentos federais em serviços básicos, provocaram uma mudança estrutural muito mais significativa do que se imagina.

Em alguns casos, principalmente no quesito educação, surpreende a velocidade da transformação. “Existe uma tendência a se comparar o topo da pirâmide com os demais, como se essa massa de 90% fosse homogênea. Não é. Há diferenças profundas neste contingente”, afirma Campello.

Faces da Desigualdade” baseia-se nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. São, portanto, números oficiais, à disposição de qualquer interessado. O estudo será apresentado nesta segunda-feira 27 em um seminário do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais. A íntegra do trabalho está disponível no site do Clacso.

A abordagem do estudo, diz a ex-ministra, afina-se à concepção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, uma agenda lançada em 2015 com 17 grandes temas e 169 metas, entre eles a erradicação da pobreza e da fome. Nesse caso, a recomendação é prestar menos atenção às médias, que não raro produzem ilusões estatísticas, e se concentrar no propósito de “não deixar ninguém para trás”.

Foi o que aconteceu no Brasil entre 2002 e 2015, demonstra o levantamento. Quem tinha “ficado para trás” conseguiu progredir rapidamente para os padrões históricos do País. Os negros, em especial, foram os maiores beneficiados. E não se trata aqui de ganhos de renda com o Bolsa Família, mas de avanços na educação.

Em 2002, último ano do mandato de Fernando Henrique Cardoso, o número de jovens brancos entre 15 e 17 anos que frequentavam a série escolar compatível com a idade era quase o dobro daquele de negros na mesma faixa etária: 2,7 milhões contra 1,5 milhão.

Treze anos mais tarde, a relação inverteu-se: havia 3,3 milhões de jovens negros na escola contra o mesmo contingente de 2,7 milhões de brancos. “É um dado contraintuitivo. Quem diria que hoje há mais negros do que brancos frequentando uma sala de aula na idade certa nesta faixa etária?”, pergunta a ex-ministra.

A consequência direta da mudança reflete-se em outro indicador. O ingresso de negros nas universidades também avançou em maior velocidade do que a média. O crescimento nesse intervalo de tempo chegou a 268%. O total de universitários negros passou de 441 mil para 1,6 milhão, enquanto a quantidade de alunos brancos subiu de 1,8 milhão para 2,3 milhões.

Não só os jovens ganharam. No período, os chefes de famílias negras que concluíram o ensino fundamental saltaram de 5,7 milhões para 17,5 milhões. Normalmente, núcleos familiares mais pobres são comandados por mulheres sozinhas, desprovidas do apoio de um parceiro para dividir as despesas.

O aumento da escolaridade teve impacto sobre um outro índice, essencial à sobrevivência. Entre 2002 e 2015, a taxa de morte de crianças por mil nascidos vivos despencou 45% na média nacional. No Norte e no Nordeste, a queda foi mais acentuada: 47% e 53%, respectivamente. “Uma mãe com ensino fundamental completo é mais importante do que o acesso a médicos na redução da mortalidade infantil”, explica Campello.

Apesar de os indicadores de fornecimento de água potável e saneamento continuarem medievais, os investimentos na ampliação da cobertura tornaram um pouco menos cruel a realidade de quem vive na pobreza. Entre os 5% mais pobres, ela subiu de 23,9% para 51,1% da população. A variação de 114% ficou bem acima dos 18% de avanço na média do País. No total, 22 milhões de famílias brasileiras conquistaram no século XXI o direito a um serviço básico disseminado pelo resto do planeta no século XIX.

De maneira geral, durante as administrações petistas, a renda dos 5% mais pobres cresceu em uma velocidade quatro vezes maior do que os ganhos dos mais ricos. Ela cresceu 63,3% na faixa dos 20% mais pobres e se expandiu 37,7% para o total da população.

Essa inflexão nos padrões de crescimento de renda”, anotam os pesquisadores, “foi resultado de uma opção estratégica de associar o desenvolvimento econômico à inclusão social. Um conjunto de políticas públicas concorreu para romper com o histórico processo em que o crescimento era seguido do aumento da desigualdade.”



O conjunto de políticas sociais e a expansão de investimentos públicos e privados possibilitaram ao Brasil atingir em 2015 uma marca histórica: a extrema pobreza reduziu-se a 3% da população. No mesmo ano, a pobreza crônica multidimensional, que leva em conta não só a renda per capita diária, mas o acesso a serviços básicos, caiu de 9,8% para 1%.

O refluxo das conquistas sociais iniciado em 2015, ainda sob a administração de Dilma Rousseff, e aprofundado após o impeachment, somado às reformas de Michel Temer que retiram direitos dos trabalhadores e limitam a capacidade de investimento do Estado, vai erodir em pouco tempo os avanços recentes, avalia a ex-ministra. “Basta metade das medidas do governo Temer”, diz, “para destruir tudo o que foi feito.”

Segundo Campello, não fosse a crise econômica que convulsionou os países desenvolvidos em 2008 e atingiu o Brasil no fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff, o País teria um horizonte de ao menos mais uma década para aprofundar os avanços sociais. “Quando Lula assumiu, havia uma enorme exclusão. O processo de incorporação dos excluídos, por si, foi capaz de gerar uma dinâmica econômica favorável.”

As condições, internas e externas, mudaram radicalmente desde então. O caráter regressivo do sistema tributário, no qual os mais ricos pagam proporcionalmente menos do que os mais pobres, inibe os governos de perseguir a justiça social preconizada pela Constituição de 1988.

Nenhum candidato comprometido com o crescimento econômico associado à redução da desigualdade terá sucesso, caso o Brasil realize eleições presidenciais em 2018, se oferecer mais do mesmo. (Com informações de CartaCapital).

Dilma Rousseff vai ao STF pedir a restituição de seu mandato


A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (24), uma petição para que a Corte julgue a ação sobre a legalidade do impeachment da presidenta eleita em 2014. A ação data de setembro do ano passado e segue sem ser julgada. A petição apresentada hoje será analisada pelo ministro Alexandre de Morais, que herdou os processos que estavam sob relatoria de Teori Zavascki, falecido em um acidente aéreo em janeiro.

Do Portal Fórum - A petição para que o STF julgue a legalidade do impeachment vem em meio a uma série de denúncias que abalam o governo Temer e a uma crescente revolta popular. Para o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, há fatos novos que justificam o novo pedido.

A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”, disse.

Para Cardozo, a volta de Dilma ao poder é o caminho para que se “retome as rédeas do país” em meio a crise política instaurada no atual governo.

Urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade institucional”, aponta Cardozo. “Somente o Poder Judiciário pode reverter esta situação lesiva à democracia e ao Estado de Direito”.

Na petição, o advogado chama atenção ainda para o fato de que o próprio Michel Temer apontou, em entrevista à TV Bandeirantes no mês passado, o desvio de poder de Eduardo Cunha ao aceitar a abertura do processo de impeachmen de Dilma. Disse Temer naquela ocasião: “Veja que coisa curiosa! Se o PT tivesse votado naquele comitê de ética (votado favoravelmente a não abertura do processo de cassação do então deputado Eduardo Cunha), é muito provável que a Senhora Presidente continuasse”.



Dilma Rousseff fará pronunciamento apenas pela internet no dia do trabalho



A presidenta Dilma Rousseff não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira (1º), Dia do Trabalho. A decisão foi tomada na reunião de coordenação política do governo no início da noite de segunda-feira (27). Será a primeira vez que a presidenta não fará o pronunciamento na TV no Dia do Trabalho, em seu quinto ano de governo. Medida certa para uns, erradas para outros.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse: “A presidenta vai dialogar com os trabalhadores, com a sociedade brasileira, pelas redes sociais. É uma forma de valorizarmos outros meios de comunicação”.

Tecnicamente, digamos, nos momentos em que um governo está mal avaliado nas pesquisas de opinião, o governante entrar em rede de TV aberta costuma fazer aumentar a rejeição, a menos que tivesse medidas muito boas para anunciar, o que não é o caso no atual momento. Sob este ponto de vista, a decisão estaria correta. Os governadores tucanos, por exemplo, costumam submergir no noticiário quando há crises em seus estados.

Dilma falou em rede de TV pela última vez no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. No pronunciamento, usou a maior parte do tempo para explicar ao cidadão o ajuste fiscal e o momento econômico. Guardadas as devidas proporções e gigantescas diferenças de conjuntura, foi um discurso meio que para pedir "sangue, suor e lágrimas" feito por Winston Churchill quando o Reino Unido, do qual era o primeiro-ministro, entrou na Segunda Guerra Mundial. No caso da fala de Dilma, o falar "olho no olho" não surtiu efeito para reverter a má avaliação do governo.

Outra parte do último pronunciamento foi dedicada a anunciar medidas de combate à corrupção, aparentemente visando esvaziar os protestos que já estavam agendados para o domingo seguinte, 16 de março, e que foram organizados via redes sociais por grupos radicais que querem a volta da ditadura e o impeachment.

Durante o pronunciamento houve panelaços e buzinaços também organizados nas redes sociais pelos mesmos grupos, que fizeram muito barulho em determinados bairros de São Paulo, mas com pouca adesão em outras cidades.

Pronunciamento em cadeia nacional não é voltado para conter "paneleiros", e sim para passar a mensagem do governo à maioria silenciosa que assiste e não bate panelas. Mas o problema é que nos noticiários só deu panelaço dominando a pauta, inclusive nos dias seguintes, mesmo que o bater das panelas tenha sido pífio fora da capital paulista.

Esta ênfase do noticiário apenas nas reações negativas, ignorando o conteúdo do discurso, acabou se sobrepondo à mensagem da presidenta à maioria silenciosa que votou nela e também à parcela da população que não votou, mas respeita o resultado das urnas.

Aquele pronunciamento também não funcionou para esvaziar a manifestação do dia 15. Há até quem avalie que o pronunciamento de Dilma do dia 8 até motivou mais gente a participar dos protestos da turma conservadora da semana seguinte.

Por outro ponto de vista, há entre os apoiadores de Dilma quem considere errado não ir à TV, como se fosse um recuo político, um medo de enfrentamento e uma quebra da tradição. É compreensível esse sentimento, mas analisando com profundidade, medo é uma palavra que não cabe à presidenta, e não pode ser confundido com cautela.

Dilma já está reeleita e não tem mais nenhuma eleição pela frente, por isso, nem há o que temer. Seu compromisso é com as transformações históricas que seu governo deixará para sua base eleitoral de trabalhadores e da população mais pobre, e com seu grupo político para não perder o bonde da história na conclusão deste projeto nacional de desenvolvimento humano e econômico. Decisões como ir ou não à TV devem atender ao que é bom para o cumprimento destes compromissos. E na conjuntura atual, ir à TV é o mesmo que dar munição justamente à quem se opõe ao projeto de nação que vem se implantando desde 2003.

Além disso, mesmo com a quebra da tradição, Dilma pode marcar um tento, inclusive na politização do cidadão. Sem ter medidas muito boas ou extremamente necessárias para anunciar, para a maioria das pessoas não é agradável um governante, por mais popular que seja, "entrar na casa" e interromper sua hora de lazer, para fazer discursos apenas protocolares. No século 21, o cidadão pode escolher buscar informação sobre seu governo na hora que quiser pela internet. Muita gente pode ver com simpatia a atitude da presidenta.

Além disso, se a batalha da comunicação não é travada com intensidade no dia a dia das pautas dos noticiários, não é um pronunciamento que irá resolver. Pelo contrário irá agravar. Diga o que disser no pronunciamento, os telejornais, hegemonicamente oposicionistas, sempre pautarão suas coberturas sob um viés negativo.

Colocando tudo na balança, a decisão é positiva. Mais importante são as ações, gestos e atitude do governo em benefício do trabalhador neste 1º de Maio.


“Sou contra a redução da maioridade penal”, diz Dilma Rousseff em rede social



Nas últimas semanas, intensificou-se o debate sobre a redução da maioridade penal no Brasil de 18 anos para 16 anos de idade. Isso seria um grande retrocesso para o nosso País. Há poucos dias, eu reiterei aqui a minha posição contrária a esse tipo de iniciativa. E mantenho minha palavra.

Reduzir a maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Isso não significa dizer que eu seja favorável à impunidade. Menores que tenham cometido algum tipo de delito precisam se submeter a medidas socioeducativas, que nos casos mais graves já impõem privação da liberdade. Para isso, o País tem uma legislação avançada: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que sempre pode ser aperfeiçoado.

Acredito que é chegada a hora de ampliarmos o debate para alterar a legislação. É preciso endurecer a lei, mas para punir com mais rigor os adultos que aliciam menores para o crime organizado.

Eu já orientei o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a dar início a uma ampla discussão com representantes das entidades e organizações da sociedade brasileira para aprimoramento do Estatuto da Criança e do Adolescente. É uma grande oportunidade para ouvirmos em audiências públicas as vozes do nosso País durante a realização deste debate.

Mas, insisto, não podemos permitir a redução da maioridade penal. Lugar de meninos e meninas é na escola. Chega de impunidade para aqueles que aliciam crianças e adolescentes para o crime.

Mídia enfatiza dificuldades de Dilma, mas minimiza crise da direita brasileira


Desde que se modernizou com a adoção do neoliberalismo como ideário e com os tucanos assumindo seu eixo aglutinador, a direita teve, inicialmente, o sucesso do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, com o seu fracasso, nunca mais conseguiu triunfar. Ao contrário, sofre a quarta derrota consecutiva, vive um momento de declínio, prenunciando um futuro em que seguirá perdendo expressão em nível nacional e diminuindo cada vez mais as possibilidades de voltar a triunfar na disputa presidencial. Mas, ao mesmo tempo, tem muitas dificuldades para mudar de fisionomia.

Dilma em campanha em Porto Alegre. À direita sobra apoio
da mídia tradicional, mas falta apoio popular ao seu projeto
de governo.
A votação de Aécio Neves, que finalmente terminou sendo expressiva depois de ter passado pelo pior pesadelo – perder em Minas e viver o risco de nem chegar ao segundo turno –, pode dar a impressão de que a direita saiu fortalecida das eleições. Uma falsa impressão, ainda mais que em dois momentos da campanha ela esteve na frente nas pesquisas e alimentou – aqui e fora daqui – a expectativa de que era favorita para ganhar.

Qual é a situação da oposição depois da campanha? Em primeiro lugar, sofreu a quarta derrota consecutiva, confirmando que a confrontação entre os governos dos tucanos e os do PT é altamente favorável a estes. Foram as políticas sociais dos governos Lula e Dilma os fatores fundamentais da vitória em 2014, ao lado das ameaças a essas políticas por parte de Armínio Fraga, um ex-membro do governo FHC, que tornava totalmente infrutíferas as promessas de Aécio de que manteria os programas sociais do PT. Como, se o diagnóstico do freio ao crescimento era um salário mínimo alto? Como, se um certo nível de desemprego seria saudável? Como manter políticas sociais, se sobraria muito pouco dos bancos públicos?

O mecanismo de confrontação dos dois modelos – o neoliberal e o antineoliberal –, que já havia comandado as campanhas presidenciais anteriores, voltou a se impor e mostra que é caminho de derrota para os tucanos. José Serra – tanto em 2002, como em 2010 – tentou distanciar-se do governo de FHC, mas teve de voltar ao seu lugar de oposição de direita e de continuidade com o neoliberalismo. Aécio tentou resgatar abertamente o governo FHC e deixou um flanco totalmente aberto, que foi bem explorado pelo PT.

Assim, a projeção de candidaturas presidenciais da oposição é difícil. Aécio está enfraquecido, apesar de sua votação, porque perdeu em Minas Gerais, não contará mais com o governo e uma suposta base de apoio no seu estado natal. Sua alta votação se deve, em grande parte, aos tucanos paulistas, enquanto a máquina tucana mineira fracassou.

Alckmin volta assim a ser o nome da vez, nesse revezamento terrível dos tucanos – já foram duas vezes Serra, seriam duas vezes Alckmin, e têm a derrota do que deveria ser a renovação e a superação desses dois nomes, com Aécio. Mesmo com uma votação impressionante em São Paulo – tanto para o governo do Estado, como para a Presidência da República – Alckmin é um candidato fraco, como ficou patente na campanha de 2006, ainda mais se tiver pela frente Lula.

Minas era, junto com São Paulo, o eixo fundamental dos tucanos, que agora dependerão muito mais de São Paulo – onde já perderam a capital – e do Paraná. Um declínio claro ao longo dos governos do PT, que pode se acentuar a partir de 2018.

Por outro lado, antes da morte de Eduardo Campos, tanto o então candidato como Marina, sua vice, encaravam suas candidaturas para um recall em 2018. O que conseguissem em 2014 seria lucro. Com a morte dele, ela se viu projetada como alternativa possível e, como se viu depois, deixou de ser e se queimou com o apoio direto a Aécio. A própria Rede que a Marina estava construindo com grandes dificuldades se rompeu e é duvidoso que ela possa recolocar seu projeto em pé e ser uma candidata com impulso em 2018.

Os dilemas da oposição são difíceis: resta-lhe Alckmin como candidato, um candidato fraco, sem carisma, representando o mesmo projeto já derrotado quatro vezes. Enquanto o PT coloca a agenda nacional – democratização social, com inclusão da massa da população –, os tucanos ficam deslocados.

Apelaram para o denuncismo, que teve seu efeito, mas dificilmente pode se estender ao longo dos próximos quatro anos. No debate econômico, terminaram perdendo, conforme o horário na TV mostrou à grande maioria que o caminho projetado pelo PT é o correto, pois inflação e emprego estão sob controle.

Não são bons os augúrios para a direita brasileira nos próximos anos. Até quando vão contar com o monopólio dos meios de comunicação e com o financiamento privado das campanhas eleitorais? Disso depende, em grande parte, que a direita possa pelo menos manter na agenda política nacional um denuncismo suficiente para alimentar a oposição, mas insuficiente para triunfar.


Via Rede Brasil Atual

Soma de votos brancos, nulos e abstenções atingem teto de 32,76% em Altaneira


Com 100% das urnas apuradas no município de Altaneira, na região do cariri, um percentual de 74,29% do eleitorado, que corresponde a 4.416 votantes, compareceu às urnas no segundo turno das eleições realizado neste domingo, 26 de outubro de 2014, segundo números computados pelo Tribunal Superior Eleitoral até as 18h40.


Brancos e nulos somaram 7,05% dos votos totais, perfazendo um total de 311 (trezentos e onze) votos e os eleitores que não compareceram às urnas somaram 27, 71%, que representa 1.528 (hum mil, quinhentos e vinte e oito) votos. Se agregados esses valores o teto dos que não depositaram confiança em nenhum dos projetos em disputa, tanto a nível estadual quanto nacional chegam a uma porcentagem de 32,76%, o que equivale em número de eleitores a 1.839 (hum mil, oitocentos e trinta e nove). 

Considerado o típico voto de protesto, o voto nulo tem o mesmo efeito do voto em branco por não entrar nas contas na hora de bater o martelo sobre quem está eleito. Embora não se possa dizer se esses percentuais crescentes revelam desinteresse por parte da população em relação à política, já que o voto é obrigatório, esses dados mostram toda via que há um alto grau de desconfiança, por parte do eleitorado altaneirense no que tange à classe política.

Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma Rousseff


A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou à véspera da eleição com 53% das intenções de votos válidos, contra 47% de Aécio Neves (PSDB), segundo o Ibope. A diferença está fora da margem de erro, de 2 pontos, para mais ou para menos. No levantamento anterior, concluído na quarta-feira, Dilma tinha 54% e Aécio, 46%. A última pesquisa antes da votação do 2.º turno, neste domingo, 26, foi feita na sexta-feira e no sábado.

Em votos totais, Dilma continuou com 49% das intenções, enquanto Aécio passou de 41% para 43%. Esses dois pontos a mais vieram dos brancos e nulos, que oscilaram negativamente de 7% para 5%. Os indecisos permanecem em 3%. Eles só vão se decidir praticamente no momento de votar.

A pesquisa mostra uma interrupção da tendência de crescimento que as intenções de voto em Dilma apresentaram entre a semana passada e quarta-feira. Como é um ponto isolado na curva, não é possível saber se a diminuição da diferença entre a petista e o tucano indica uma reversão da tendência em favor de Aécio ou se é apenas uma oscilação estatística. Mas pode ser que parte dos eleitores descontentes que antes pretendiam anular tenham decidido pelo voto útil em Aécio.

Entre uma pesquisa e outra houve o debate presidencial na TV Globo, na noite de sexta-feira, que alcançou 30 pontos de audiência – média alta para o horário. Durante o debate, o tucano questionou a presidente sobre denúncia publicada na revista Veja, segundo a qual o doleiro Alberto Youssef teria dito em depoimento à Justiça que Dilma sabia da corrupção na Petrobrás. A presidente refutou a acusação e disse que processaria a publicação por injúria e calúnia.

Também o Datafolha apresentou uma nova pesquisa, com entrevistas realizadas nesta sexta (24) e neste sábado (25). Ela mostra que o segundo turno da eleição presidencial chega ao final com uma disputa bastante acirrada.

Na conta dos votos válidos, Dilma marcou 52%, Aécio alcançou 48%.

Trata-se de um empate técnico no limite máximo da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos.


Com Diário do Centro do Mundo/Estadão

Economia e Reforma Política marcam último debate entre Dilma e Aécio


Esperado como o ápice de uma eleição marcada por alto grau de tensão, o debate presidencial realizado pela Globo encerrou três meses de campanha com diferença marcante entre os dois candidatos. Atrás nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves (PSDB) retomou a agressividade que marcou o encontro realizado na semana anterior pelo SBT, buscando as últimas cartadas para modificar o quadro favorável a Dilma Rousseff (PT).

Aécio e Dilma, antes do debate que encerrou a campanha
presidencial 2014 e que reforçou diferenças de projetos.
Essa campanha vai passar para a história como a mais sórdida da história do nosso sistema democrático”, abriu o tucano, seguindo o roteiro para um dia marcado pela denúncia feita pela revista Veja de que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de um esquema de propinas feito com verbas da Petrobras.

A petista seguiu a linha que havia guiado no vídeo exibido em programa eleitoral exibido no horário da tarde, acusando a publicação do grupo Abril de buscar um “golpe”. “É fato que o senhor tem feito uma campanha extremamente agressiva a mim e isso é reconhecido por todos os eleitores. Agora, essa revista, que fez e faz sistemática oposição a mim, faz uma calúnia e uma difamação do porte que ela fez a mim e o senhor endossa a pergunta”, afirmou. “O povo não é bobo, candidato. O povo sabe que está sendo manipulada essa informação porque não foi apresentada nenhuma prova.”

Com a falha na primeira carta na manga, Aécio sacou a segunda, afirmando ter novos documentos sobre o financiamento brasileiro ao porto de Mariel, em Cuba. Ele disse que os dados, guardados sob sigilo, revelam que o empréstimo será pago excepcionalmente em 25 anos, contra um prazo de 12 usado corriqueiramente. Dilma reiterou o que havia dito em outras ocasiões: o empréstimo é para uma empresa brasileira, a Odebrecht, e não para Cuba, e garante a criação de empregos para brasileiros.

Voltando à questão moral, tema que balizou a campanha tucana, Aécio perguntou a Dilma a opinião dela sobre o mensalão. “Se o senhor me responder por que o chamado mensalão tucano mineiro até hoje não foi julgado, por que o senhor Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas Gerais pelo PSDB) pediu renúncia do seu cargo para o processo voltar para a primeira instância, o senhor estaria de fato sendo uma pessoa correta”, respondeu a petista. “O senhor é o primeiro a falar de corrupção, mas posso enumerar os casos de vocês que não foram investigados.”

Ainda na seara partidária, a principal diferenciação entre os dois candidatos se deu na temática da reforma política, levantada por Aécio, que voltou a advogar o fim da reeleição, proposta aprovada no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Dilma respondeu que esta não é uma questão central, e apresentou uma lista de propostas: fim do financiamento empresarial privado de campanha, paridade de candidaturas entre homens e mulheres, fim da coligação nas eleições proporcionais.

Se de fato o senhor está interessado em combater a corrupção a proposta é o fim do financiamento empresarial das campanhas. porque com o fim do financiamento empresarial, acabaremos com a influência do poder econômico nas eleições”, ressaltou. “Acho que o senhor não tem interesse na reforma política porque a única coisa que o senhor fala é sobre reeleição.”

A senhora é contra o financiamento privado?”, questionou o tucano. “Contra o financiamento empresarial”, respondeu a petista. “O seu partido, o PT, recebeu R$ 80 milhões em doações empresariais, candidata”, rebateu Aécio. “Seu partido não tem autoridade para falar sobre isso. Sua campanha é uma campanha milionária.”

Economia e gestão

Se prometia ser interessante para fugir da mesmice, a ideia da Globo de escolher eleitores indecisos para que fizessem perguntas acabou deixando mornos dois dos quatro blocos do debate. As questões selecionadas por vezes eram genéricas, por vezes traziam lugares comuns que pouco contribuíam para trazer questões novas, ainda mais depois de cinco encontros no primeiro turno e quatro no segundo.

No geral, Dilma e Aécio marcaram diferenças na economia e na gestão pública. Ela, ao comparar seu governo com o de FHC e com as marcas do adversário como governador de Minas. Ele, ao voltar a prometer eficiência e meritocracia na administração.

Dilma buscou expor o passado do PSDB na economia, especialmente na questão do alto desemprego, e recordar que o presidente do Banco Central de Fernando Henrique, Armínio Fraga, é o ministro da Fazenda de um eventual governo Aécio. “O seu governo afugentou os investimentos e a inflação, infelizmente, está de volta. A situação do Brasil é extremamente grave, e é preciso que a senhora reconheça isso”, respondeu o tucano.

No caso da inflação, você pode ter certeza de que é meu compromisso o controle da inflação”, rebateu a petista. "Vocês chegaram à obra prima de aumentar imposto e deixar uma dívida pública muito maior do que a que vocês receberam. Não há termos de comparação entre o que vocês fizeram e o que nós fizemos."

A comparação entre os governos FHC e Lula e Dilma despertou respostas repetidas das duas partes. “A grande verdade é que quem olha muito para o passado, ou quer fugir do presente, ou não tem nada a apresentar para o futuro”, disse Aécio, ao responder a pergunta sobre o setor agrário.

Vocês deixaram a agricultura a pão e água. Uma pessoa fala para o futuro, mas tem de mostrar suas credenciais. Quando falo para o futuro, mostro as minhas credenciais”, respondeu Dilma. “Me desculpa, mas o senhor falou, falou, e não apresentou nada de concreto. Nem para o presente, nem para o futuro.”

Ela buscou novamente marcar diferenças de modelos de gestão ao perguntar a Aécio sobre a falta d’água em São Paulo, assunto que já havia sido tratado no encontro da Record, no domingo.

O que estamos tendo não é apenas em São Paulo. Estamos tendo em toda a região Sudeste falta de água”, afirmou Aécio, para novamente acusar a Agência Nacional de Águas (ANA) de não atuar da forma correta na crise paulista, tema que foi central na última semana do segundo turno. “Esse aparelhamento da máquina pública é a face mais perversa do seu governo e do governo anterior. Os técnicos são nomeados por critérios políticos.”

A presidenta recordou que a responsabilidade constitucional pela gestão dos recursos hídricos é dos estados e que o único projeto apresentado neste setor ao governo federal por Geraldo Alckmin, do PSDB, recebeu financiamento da União. “Não planejar no estado mais rico do país é uma vergonha. Uma vergonha. Os estados do Nordeste estão enfrentando a mesma seca e em nenhum deles há um caso dessa gravidade.”

Dilma e Aécio fazem neste sábado os últimos atos de campanha. A petista vai a Porto Alegre (RS), onde vota no domingo, para uma caminhada com correligionários. Aécio viaja a São João del Rei, em Minas, onde visitará o túmulo do avô, Tancredo Neves.


Via Rede Brasil Atual

Com PT unido, Dilma está conseguindo vencer massacre ideológico promovido pela mídia


A presidente Dilma Rousseff conseguiu unir o PT, derrotar massacre ideológico promovido pelos meios de comunicação e assim receber apoio de antigos eleitores de Marina Silva (PSB). Por isso, voltou a crescer nas pesquisas e caminha para uma possível vitória no próximo domingo (26). A avaliação é do jornalista Paulo Moreira Leite, blogueiro do 247.


"A vantagem de Dilma expressa o esforço da maioria dos brasileiros em recuperar seus direitos para governar o país. É sempre prudente aguardar por surpresas de última hora, mas o avanço de Dilma tem a consistência das conquistas obtidas a frente de todos. Dilma cresceu nos debates pela TV, a frente de milhões de telespectadores. Seu avanço foi reforçado por Lula e seu prestígio imenso de mais popular político da história. Também cresceu pela força social profunda que há três décadas se organizou na militância do Partido dos Trabalhadores e de milhares de entidades que gravitam a sua volta em bairros, nas empresas, nas escolas, e também na máquina do Estado. A unidade entre o partido e a candidata, que jamais foi consolidada no primeiro turno, constitui a força imensa que caminha em direção as urnas de domingo", afirma ele.

Ele avalia que "ao lembrar os escândalos escondidos pelo PSDB, Dilma questionou o caráter politico-eleitoral das denúncias de Aécio". O jornalista diz que "ao debater política econômica, lembrou as experiências dos brasileiros com recessão e desemprego — temores que o adversário não soube responder". "A visão, no comitê de Dilma, é que os eleitores que apostavam na “nova políticade Marina não tinham razão para sustentar Aécio. Novidade por novidade, Dilma falou em plebiscito para sustentar uma reforma política ambiciosa, ao contrário de teses triviais, feijão-com-arroz da velha política, como debater reeleição e voto distrital", ressalta.


Via Brasil247

Voto nulo? Quem disse? Ailton Lopes declara apoio a Dilma Rousseff


O ex-candidato ao Governo do Ceará, o psolista Aílton Lopes, declarou apoio à reeleição da presidente da República Dilma Rousseff (PT) na disputa em segundo turno contra o tucano Aécio Neves, nesta quarta-feira, 22. Aílton obteve 102.394 mil votos no primeiro turno, 2,4% do total. Na primeira fase da disputa, o PSol teve a candidata Luciana Genro disputando a presidência.

Ailton Lopes obteve 2.4% dos votos no
primeiro turno no Ceará
Não voto mais nulo. Meu voto agora é em Dilma, como expressão de meu veto a Aécio. (...) Sigo respeitando posições diversas da minha. Mas estou convencido da necessidade de engajar-me na derrota do PSDB pelo que de pior representa na sociedade brasileira, sem nenhuma ilusão com o petismo”, escreveu Aílton em publicação no Facebook. Ele cita texto do político e sociólogo argentino Atilio Borón para basear sua escolha partidária.

Aílton critica que Aécio Neves representa “a versão dura do neoliberalismo” que resultará em redução dos investimentos sociais “permissividade ambiental” e “apelo à força repressiva do estado para manter a ordem e conter aos revoltados”.

Alguém pode pensar que depois de Aécio florescerá a revolução no Brasil? O mais certo é que se inicie um ciclo de longa duração onde as alternativas à esquerda, inclusive de um processo “light” como o do PT, desapareçam do horizonte histórico brasileiro por longos anos, como ocorreu depois do golpe de 1964”, acrescenta.

O psolista destaca, no entanto, que a defesa não implica em exaltação ao PT que, para ele “passou de uma organização moderadamente progressista a ser um típico ‘partido da ordem'".

Aílton Lopes frisou que mantém a neutralidade diante do segundo turno estadual na disputa entre Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB).


Via O Povo