Cruz
e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis – Santa Catarina - em 1861 e
morreu em Minas Gerais em 1898. Foi filho de escravos alforriados e criado
pelos patrões de seus pais. Aos sete anos fez seus primeiros versos. Aos oito
anos declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez anos, matriculou-se no
colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou durante 5 anos.
Por
ser negro, sofreu com o preconceito racial: não pôde, por exemplo, assumir o
cargo de Promotor Público em Laguna, Santa Catarina.
Começou
sua carreira jornalística e literária em Desterro, colaborando para jornais e
escrevendo textos abolicionistas. Nessa época publicou “Tropos e Fantasias” em
parceria com Vírgílio Várzea. E 1885 assume a direção do jornal "O Moleque". No ano da abolição,
1888, o poeta vai para o Rio de Janeiro, onde em 1890 fixa residência
definitivamente, trabalhando como arquivista na Central do Brasil.
Apesar
de tanto sofrimento, Cruz e Sousa é considerado o maior e melhor escritor
simbolista brasileiro, suas obras “Missal” e “Broquéis” marcam o início deste período literário no Brasil, em
1893.
Fez
parte do Simbolismo, Movimento Literário que teve sua origem na França em 1870.
A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia
ocidental. Os simbolistas procuravam obter em suas obras variados efeitos
sonoros e rítmicos, além do gosto pela linguagem rebuscada.
Cruz
e Sousa, é claro, não fugiu destas características, além delas, seus textos
falam sobre morte, Deus, mistérios da vida e personagens marginalizados.
Em
1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves. Em fevereiro desse mesmo ano, publica
"Missal", poemas em prosa, e em agosto publica "Broquéis", versos. Com eles Cruz e
Sousa rompia com o Parnasianismo e introduzia o Simbolismo, em que a poesia
aparece repleta de musicalidade, fazendo surgir um movimento de revitalização
da vida espiritual do ser humano.
Em
1905, seu grande amigo e admirador, Nestor Vítor, publicou, a obra maior do
poeta, "Últimos Sonetos", em Paris.
O
Dante Negro (como foi apelidado)
também trabalhou em uma companhia teatral e na Estrada de Ferro Central do
Brasil.
Infelizmente,
teve uma vida sofrida (como já foi dito antes), além do preconceito racial, a
tuberculose destruiu sua família e a loucura se apoderou de sua esposa.
Ele
mesmo não escapou da terrível doença e acabou morrendo na clínica onde estava
internado.
Sua
linguagem é muito rica e seus poemas mais longos possuem grande musicalidade.
Outras características
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Pessimismo
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Perfeccionismo formal
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Metáforas
Obras
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Vida Obscura
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Triunfo Supremo
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Sorriso Interior
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Monja Negra
Obras Póstumas
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Evocações
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Faróis
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Últimos Sonetos
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O Livro Derradeiro