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Foto de bombeiro que viralizou não é de Brumadinho


(Foto: Reprodução Bombeiros).

De acordo com informações do jornal O Tempo, a foto que viralizou nas redes sociais, de um bombeiro abraçando uma vítima suja de lama, após a tragédia em Brumadinho, não foi realizada no local – onde uma barragem se rompeu causando a morte de ao menos nove pessoas.

Câmara de Altaneira bate feio no frágil Estado Laico




A grande maioria das pessoas não segue uma religião específica. Outra parte, também não muito pequena, se diz católica não praticante, o que na prática não muda muito o cenário. Toda via, uma minoria frequenta igrejas e templos de denominações neopentecostais, cujo ensino da Bíblia é feito sem o mínimo de reflexão e, ou, sem o menor questionamento.

Um Padre leva anos até concluir o seminário e ser ordenado. Pastores de outras denominações passam um bom tempo estudando e interpretando a Bíblia. Para essas novas denominações que além de templos gigantescos possuem rede de Rádio e de TV, para ser pastor basta conhecer a Bíblia e pregá-la, ou seja, decorar e ajudar a memorizar. Mas o que isso tem a ver com política? E com o Estado Laico?

Não é fácil convencer o eleitor. O ex-presidente Lula (PT) participou de três eleições nacionais antes de se tornar Presidente da República vindo a vencer na quarta tentativa. E para tanto, mudou o discurso. Mas só mudar o discurso não foi suficiente. Assim, a forma de se representar diante do eleitorado também passou por transformações. Seu maior adversário, agora não tanto assim, o José Serra, também vem mudando a forma como se apresenta para o eleitor, mas não consegue alavancar.  Afinal, só muda o que tem para mudar. E o Serra... (deixa pra lá).

Por que então, o eleitor é tão volátil? Porque ele possui capacidade de questionar. Eleitores se questionam o tempo todo. Questionam o porquê de votar em um candidato em detrimento de outro.

Aquela minoria frequentadora de templos e crentes na Bíblia cresceu, ainda sendo minoria, é uma grande minoria capaz de eleger vereadores, deputados e senadores. Não é à toa que possuem até partido político, o Partido da República – PR, que na verdade está mais para o Partido Religioso. Temos ainda, o PSC, esse sim, de bases e discursos religiosos completamente, cujo um dos seus membros utilizou muito bem a suas bases discursivas religiosas para deflagrar contra as minorias o qual, contraditoriamente, ele, “democraticamente”, foi eleito para representa-las.

Mas, insistamos na pergunta, o que essa minoria religiosa tem a ver com a política? E de forma específica, com o já tão fragilizado estado laico? São eleitores que não questionam, assim como fazem com a Bíblia, creem no que o Pastor lhes diz. Se o pastor é o próprio candidato, votam sem questionar. Se o pastor apresenta outro candidato, fazem o mesmo. Ou seja, são uma grande minoria do eleitorado que é de fácil convencimento. Facilita até a contabilidade da corrupção. Em vez de pagar a cada cabeça, o dinheiro pode ir direto para o pastor, considerando o número de fieis, evidentemente. Quanto ao outro lado da moeda, o fato se dá da mesma forma. Os eleitores católicos creem no que o padre lhes diz e, fica tudo em casa.

Vereadores durante sessão plenária nesta terça-feira, 17 de
setembro. Foto: Júnior Carvalho
Altaneira não é um município católico. Uma maioria não é capaz de falar pela minoria. Altaneira ainda é, apesar do grande crescimento do número de protestante nos últimos anos, um município de católicos, protestantes, espíritas, ubandistas, do candomblé, budistas, ateus, agnósticos, deístas, etc. Querer empurrar goela abaixo, impor valores católicos ou protestantes a todos esses guetos é agir com tirania. Todos esses subgrupos possuem valores comuns e são esses valores que devem se respeitados e prevalecer, diga-se de passagem.

O espaço público e as leis são para todos, ou ao menos assim está escrito. Governar com valores cristãos é imprimir aos não cristãos uma cultura adversa as suas (deles, não cristãos). Um governo laico não impõe nada contrário ao que esses grupos acreditam. Permitam-nos mencionar aqui exemplos: O governo laico ao realizar o aborto não obriga que a cristã aborte, tão somente dá a opção a quem não crê na Bíblia. Se o governo laico permite o casamento civil homoafetivo, fato esse que está em debate, o cristão ou budista ou ainda o ateu não é obrigado a casar, tão somente os homossexuais terão o direito de fazê-lo sem que com isso fira os preceitos bíblicos.

Os efeitos da Bíblia devem ser restritos somente a quem nela crê, se não reproduziremos as disputas religiosas que tanto envergonharam os tempos medievais. Permitir que os que não vivem sob os ditames religiosos se comportem diferentemente da Bíblia é o primeiro passo para garantir a convivência de todos no mesmo espaço público. Da mesma forma que é assegurada ao religioso andar vestido de acordo com sua crença e com a Bíblia na mão, deve ser assegurado o direito aos descrentes em denominações religiosas de se comportarem de acordo com o que acreditam e a Lei permita. 

Vereadora Lélia de Oliveira em sessão plenária.
A blusa é mera coincidência.
Foto de arquivo
Permitam-nos agora citar mais um exemplo que recentemente ocorreu e que, não nos sentimos excluídos, mas no mínimo um estranho frente a um aglomerado de religiosos. Na abertura dos trabalhos da Audiência Pública que discutiu e colheu propostas para solucionar o problema da venda e consumo de entorpecentes no município, realizada em 09 de abril do corrente ano, a presidenta do Legislativo frisou: “Na pessoa do Pároco Alberto saúdo todos os católicos e na pessoa do representante dos evangélicos (não vou entrar no mérito desde conceito), Vinícius Freire, saúdo todos os evangélicos”.  Essa frase nos deixou intrigado até o final da Audiência. Ficamos pensando. E os que não corroboram com nenhuma desses seguimentos religiosos? E os espíritas que, talvez estivessem ali? E os que seguem o candomblé?  E os Ateus? Eles não se sentiam saudados?

Esse fato, embora tenha passado despercebido permite que se faça uma reflexão sobre a relação ainda reinante e repugnante entre religião e política-partidária em Altaneira. Permite ainda que se perceba que o quão o Estado Laico está longe de ser respeitado.  Na Câmara, se se fizer um levantamento, não é difícil perceber que dos nove parlamentares atuais, 100% seguem os preceitos do Catolicismo.  A gestão de outrora, também o era. Não é atoa que já dura um bom tempo o quadro do personagem histórico Jesus Cristo fixado no plenário da casa, ferindo duramente o Estado Laico. 

O tema em xeque se quer foi cogitado a ser discutido, nem pela sociedade, nem pelos parlamentares. Talvez seja porque não há controvérsia entre os legisladores e fiscalizadores municipal. Todos estão amparados pelos mesmos preceitos católicos, sejam praticantes ou não. Mas porque a sociedade altaneirense, tão diversificada religiosamente não atentou para esse fato? Será que a distância dela para com o legislativo explicaria? Isso contribui, mas não é só. A grande maioria dos altaneirenses ainda não está acostumada a entrar em debate sobre esses temas.

Vereadora Zuleide cala ante crime ambiental e no contraponto
surra estado laico propondo construção de estátua 

de Santa Tereza na entrada do município
Na sessão plenária dessa terça-feira, 17, o legislativo municipal deu mais um passo contra a laicidade exposta na CF/88. A Vereadora Zuleide Oliveira (PSDB) cogitou a construção de uma estátua de Santa Tereza D´Ávila na entrada do município. O fato chama-nos a atenção não somente por, de certo modo surrar o estado laico, mas também porque foi iniciado um debate nas redes sociais, no Blog de 
Altaneira e neste portal de comunicação sobre o crime ambiental que a igreja católica está cometendo para sustentar a tradição do pau da bandeira sem levar em consideração a preservação ambiental. 

Chamamos para o debate os vereadores, por se tratar de um tema importante, mas nada foi discutido. Uma palavra sequer foi levantada pelos vereadores que acima de tudo estão lá para defender e lutar pela comunidade e, para que isso ocorra, há a necessidade de debater assuntos que interferem na vida destas.  Outro ponto a ser colocado e tão grave quanto, é o fato do assunto além de não ter sido ventilado, foi proposto por uma geógrafa a construção da estátua. Mas o meio ambiente.... Nada. Os legisladores estão preferindo ir para a sessão com as mesmas armas. A oposição para criticar por criticar (quando o passado lhe condena) e a situação para se defender e se valer do passado que mutila a frágil oposição.

No canto superior direito imagem de Jesus na casa
legislativa municipal. Foto de arquivo
Apesar de Altaneira não ser um município católico, mas um território de maioria católica imprime vergonhosamente uma cultura do indesejável, um costume intolerável onde os espaços destinados a abraçar as causas de todos, acaba abraçando apenas as causas de um gueto, ou até da polarização religiosa, católicos e protestantes.

Por fim, chamamos aos que estão lendo este artigo para o debate. Afinal, a Câmara Municipal de Altaneira, espaço de domínio público, onde aparece fixado o quadro com imagens de Jesus, está ferindo brutalmente o que foi conquistado com muita luta e colocado na constituição, à laicidade.  A construção da estátua, se se concretizar também.


Manter uma tradição religiosa praticando crime ambiental vale a pena?




A Igreja Católica do Município de Altaneira, através do pároco Alberto e fieis praticantes ou não, ou ainda aqueles que querem apenas uma diversão, estão, a um só tempo, praticando um crime contra o meio ambiente ao realizar de forma desenfreada o desmatamento para sustentar uma tradição calcificada na religiosidade. Querem manter os festejos, as manifestações de fé de qualquer forma. Ante a isso, todo anos árvores são derrubadas para cumprir um ritual do tradicional Pau da Bandeira em homenagem a padroeira do município, Santa Tereza D´Ávila.

Aroeira foi escolhida para o Pau da Bandeira na festa de
Santa Tereza D'Ávila, padroeira de Altaneira.
Foto: Humberto Batista
Ora, não estamos tomando as dores de um ambientalista simplesmente, mas de cidadãos preocupados com a saúde ambiental. É sabido que diversas são as consequências desse tipo de agressão ao meio ambiente e que no contraponto acaba afetando também a sobrevivência humana. Destruição da biodiversidade, empobrecimento do solo, aumento considerável da temperatura, desertificação, levando a destruição e extinção de diferentes espécies. Muitas delas, inclusive, podem ajudar na cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são desconhecidas do homem, correndo o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas.

Certo que elas (as árvores) são cortadas anualmente em lugares diferentes, o que em tese reduziria ou tardaria essa catástrofe. Em tese, uma vez que não há preocupação da igreja e dos seus seguidores no processo de reflorestamento. Ainda não vimos  nenhuma ação no sentido de replantar as áreas desmatadas. Não se pode continuar alimentando a fé sem o cuidar do espaço. Manter a manifestação de fé sem levar em conta os riscos ambientais não vale a pena. Será que estão esquecendo que são elas, as plantas, os únicos seres capazes de colocar oxigênio no planeta?. Será que estão esquecendo que eles, enquanto humanos não possuem fábricas onde possam fabricar moléculas de oxigênio?

Fieis católicos de Altaneira realizam corte de árvore e praticam
crime ambiental. Igreja Católica não está preocupada com
o desmatamento desenfreado.  
Ora, o extermínio das árvores das florestas, pela poluição e desmatamento, são dois fatos que podem acabar com as condições de vida na Terra. Sem plantas para repor o oxigênio da atmosfera os seres humanos estão fadados a extinção. Ante a isso, se faz necessário, e de forma urgente, uma política de conscientização ambiental tanto para a instituição e seus fieis quanto para os proprietários dos terrenos. Não estamos propondo um fim dos festejos, do carregamento do "pau da bandeira", mas uma educação ambiental.

O assunto não é novo, como também não é nova a preocupação em cuidar da saúde ambiental de Altaneira que está a beira de uma catástrofe se nenhuma medida séria for tomada e, de forma urgente. No último sábado, 14, Tony Sousa, residente em Franco da Rocha, estado de São Paulo, ao comentar artigo publicado no Blog de Altaneira intitulado “Aroeira é escolhida para o Pau da Bandeira de Santa Tereza D’Ávila” questionou essa manutenção da tradição religiosa sem levar em consideração a saúde ambiental local.  “pra que fazer uma coisa ridícula desta matar uma arvore que demora 100 anos pra chegar a esta altura. por que não inventa um outro meio de comemorar esta festa . deus não concorda com estas barbaridades que os administradores da igreja fazem.nos anos dos festejo de nossa querida santa Tereza em altaneira já foi desmatado quase uma floresta . e a igreja plantou alguma arvore nestes anos todos?”, perguntou Tony. Tão logo outros comentários em defesa do reflorestamento foram feitos, como o do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, por exemplo, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho editou matéria em seu portal com o título “Altaneirenses criticam derrubada de árvores para o Pau da Bandeira”. 

Derrubada de árvore em Altaneira para manter uma tradição
calcificada na religiosidade representa crime ambiental
no município de Altaneira
Toda via e, lamentavelmente o assunto não mereceu se quer uma nota na Rádio Altaneira Fm. Os internautas, por sua vez., dentre os quais incluímos professores e estudantes pouca atenção deram. Assim, o assunto do crime contra o meio ambiente praticado pela igreja católica de Altaneira e seus fieis não teve maiores repercussões.

Alguns até ousaram comentar, mas foi para questionar a demora das críticas. No entanto, o assunto de que bandas virão tocar nos festejos à padroeira em outubro próximo continuam a todo vapor. Não tivemos explicação do figurão da instituição religiosa supracitada ( e nem vamos ter, pois não faz parte dele responder ou explicar nada que vá contra as normas religiosas) e tampouco teremos mais defensáveis do meio ambiente. Gostaríamos de ouvir os nobres representantes do legislativo municipal quanto a esta problemática, se possível nesta terça-feira, 17, durante sessão plenária na Câmara Municipal no tema livre. Afinal assunto como esse não pode passe despercebido pelos legisladores e fiscalizadores, não é mesmo Edezyo Jalled, Flávio Correia, Professor Adeilton, Antonio Leite, Alice Gonçalves, Genival Ponciano, Zuleide Ferreira, Lélia de Oliveira e Gilson Cruz?