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Votar em Lula para derrotar Bolsonaro não é "meio burguês", como disse Ciro

 

(FOTO | Bruno Todeschini | Agencia RBS).

Por Nicolau Neto, editor

Falta menos de um mês para que a população se dirija às urnas. As eleições de 2022 - volto a dizer - são as mais importantes desde a redemocratização. E é exatamente por isso que precisamos ter muita, muita RESPONSABILIDADE DEMOCRÁTICA e não deixar escapar das nossas mãos o poder de tirarmos no voto aquele que tem de pior na política brasileira: o atual presidente.

Não é responsável da nossa parte deixar passar essa oportunidade já no primeiro turno, visto que no segundo é bem mais desgastante. No segundo, Bolsonaro usará toda a estrutura da máquina pública para ter ser projeto de poder autoritário e falacioso por mais 4 anos. Sem falar do grande risco de ruptura democrática como mais uma vez ele deixou transparecer na vexatória "celebração" do 7 de setembro. As palavras de ordem dele, além das de sempre, foi trazer a tona o período mais sangramento e horrível da História do Brasil: a Ditadura Civil-Militar instituída pelo golpe de 1964. A "História pode se repetir", disse. Um vexame sem precedentes, uma vergonha internacional. Fico só a pensar como a imprensa internacional fará para ditatizar a palavra repetida varais vezes pelo presidente: "imbrochável". Que lástima.

O Brasil precisa já em outubro próximo de um novo presidente: mais sensível às causas humanas e digno do cargo. E não é Ciro Gomes. Não é Simone Tebet. Ambos não possuem a mínima possibilidade de chegar ao segundo turno. Cada voto em um dos dois é desperdiçar a chance de fazer com que Lula - a maior liderança política do Brasil contemporâneo - vença no primeiro turno.

Votar em Lula para derrotar Bolsonaro não é "meio burguês" como disse Ciro. (Veja a declaração aqui). Não. De forma nenhuma. É sim um ato de grandeza. É uma atitude que demonstra zelo com a democracia e com as pautas identitárias (lembra Ciro?). É ainda um gesto de não ficar refém de um projeto individual. No meu caso em específico, estou deixando de lado minhas afinidades ideológicas para que o Brasil não volte às amarras da ditadura. Para que não percamos o que temos de mais precioso: a LIBERDADE.

Pedir que Ciro ou Tebet retirem suas candidaturas não surtirá efeito. Seus projetos pessoais são mais importantes que o risco de rompimento com a democracia. Ciro já tinha o desejo de se candidatar a presidência da república desde 2018 quando perdeu as eleições daquele ano. E de lá para cá não conseguiu um único partido para se juntar ao seu projeto de país. E é seu mesmo mesmo, visto que é um livro e não houve, portanto, colaboração da sociedade nele. É um projeto de país individual. Tentativas de agregar pessoas e partido para o lado do Ciro não faltaram. Mas ele não conseguiu. E não foi por causa de suas ideias, como demonstra em suas entrevistas. Falta ao Ciro humildade para reconhecer que não é seu momento e abrir espaços para que a vitória do Lula seja sacramentada já no dia 2 de outubro. Como ele não fará isso, resta que seus eleitores e eleitoras façam. A democracia agradece.

A Simone Tebet nós já falamos sobre. Votou com Bolsonaro praticamente em todas os itens das reformas que prejudicaram o povo, principalmente os mais pobres.

Terceira via funciona como linha auxiliar de Bolsonaro

Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).(FOTO |Reprodução | Revista Fórum).
 

Por Nicolau Neto, editor

Há três dias escrevi artigo para minha Coluna no site/blog Intelectual Orgânico indagando qual o papel da terceira via nas eleições presidenciais de 2022. No texto, cheguei a conclusão de que ela vem atuando mais como linha auxiliar do atual presidente do que  de fato como uma alternativa frente a polarização que ora se apresenta.

Desenvolvi alguns argumentos que os trago novamente para este Blog. Os dois principais nomes que se arvoram na chamada terceira via, principalmente Ciro Gomes (PDT), vem afirmando categoricamente que Bolsonaro é resultado da crise econômica gerada por governos anteriores e que ele é ainda fruto de um ato de protesto da população contra a classe política. Essa assertiva não é verdadeira. E diria ser, no mínimo, incoerente e antihistorico. Visto que se ele, o Bolsonaro, fez esse discurso contra o PT; os demais candidatos também fizeram. E muitos com propriedade. O que não foi o caso do atual mandatário. Sendo assim, é incoerente e não analisa os fatos como de fato ocorreram. É um caminho tortuoso, pois os leva para o campo do conseguir votos como Bolsonaro conseguiu usando das mesmas ferramentas que ele, no sentido de se passarem como “salvadores/as” da pátria.

E esse discurso é muito perigoso porque ao invés de contribuir para eleições amparadas em propostas e ideias, acaba por dar munição para o Bolsonaro conseguir a reeleição. E isso não é saudável para a democracia. Por último, atribuir a culpa do emergir do Bolsonaro e do bolsonarismo ao PT e a governos anteriores - a exemplo de FHC - é promover um discurso antihistórico. É antihistórico, porque o próprio impeachment de Dilma está ai como uma das provas. Era necessário tirá-la para construir caminhos que permitissem destruir todas as políticas públicas que lembrassem os governos do PT (E olha que nem sou filiado ao PT. Minha afinidade ideológica é outra). Depois, vem a Lava Jato e o caso Lula. Não preciso mencionar aqui tudo o que já foi veiculado. Mas a prova é o Lula solto e concorrendo as eleições. 

Desta feita, é preciso lembrar que Bolsonaro não é uma novidade na política. Não apareceu das contradições de governos passados. Ele vem sendo eleito com suas ideias antidemocráticas e pela via democrática desde 1991. 

Simone Tebet, do MDB, é preciso lembrar que votou para que a única mulher presidente do país em mais de 500 anos, Dilma Rousseff, fosse impedida de continuar seu mandato. E hoje sustenta um discurso pra lá de contraditório de que mulher vota em mulher. Uma falácia. Ela própria negou seu discurso "futuro" so votar pelo impeachment. Além de ter votado em 2014 e 2018 em Aécio Neves (PSDB) e Bolsonaro (hoje PL), respectivamente. Tebet atuou em favor das pautas liberais, apoiou e votou favorável a PEC do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista.

Ciro, por outro lado, vem adotando um discurso arrogante e em certa medida como se fosse o único capaz de tirar o país da marasmo que se meteu desde 2016. Age como se fosse o "salvador da pátria" e em algumas oportunidade tal qual o Bolsonaro ao bater boca com quem lhe faz questionamentos. O ex-ministro de Lula é candidato desde 2018 quando ficou em 3º lugar e em quase quatro anos não conseguiu atrair nenhum partido político para sua candidatura, o que é muito ruim para quem pretende ser presidente do país e necessita dialogar com o congresso nacional de políticos das mais diferentes posturas e ideias. 

Conclui-se, então, que o Bolsonaro e o bolsonarismo são frutos do golpe político-midiático-jurídico de 2016 e do processo eivado de parcialidade da Lava Jato que prendeu Lula para que ele não disputasse as eleições de 2018. Dito isso, as candidaturas chamadas de “terceira via” pelas metodologias que adotaram estão funcionando como via auxiliar de Bolsonaro. Tanto que as novas pesquisas divulgadas demonstram que a diferença entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) tem diminuído. Umas dentro da margem de erro e outras nem a isso chega.  O crescimento da terceira via é considerável em Simome Tibet que já está com 6%, dois a menos que Ciro que nunca conseguiu alcançar os dois dígitos. 

Vejamos os números da BTG| FSB divulgados hoje, 05 de setembro:

Lula: 42%;
Bolsonaro: 34%;
Ciro: 8%;
Simone: 6%.

Os dados quando comparados com a pesquisa anterior do mesmo instituto demonstram que Bolsonaro e Ciro oscilaram para baixo. O primeiro dois pontos e o segundo, um ponto. Lula também oscilou um ponto para baixo. A senadora Simone Tebet, do MDB, foi a única que teve crescimento. No levantamento anterior ele tinha 4%.

Reitero o que já afirmei em outras oportunidade: não se pode correr o risco de jogar tudo para o segundo turno. 

Ativista da Guiné-Bissau que viralizou aconselha Ciro a estudar mais sobre a África

 

Vensam e a camiseta de sua campanha: "África não é um país". (FOTO| Reprodução | Facebook).

O ativista pan-africanista Vensam Iala, nascido na Guiné-Bissau e radicalizado no Brasil há 12 anos, não gostou quando viu o candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, utilizar mais uma vez a expressão “fundão da África” no primeiro debate entre os presidenciáveis. Esta semana, ele viralizou ao postar um vídeo onde critica Ciro pelo uso do termo, atualmente com quase 1 milhão de visualizações no tiktok e outras 250 mil no instagram.

Eu sei que você tem muito apreço pela França, mas da próxima vez que for falar da África, não vá para Paris, vá para a Guiné-Bissau, para o Senegal”, provocou Vensam. “O Monumento da Renascença Africana (em Dakar, no Senegal) tem muito mais a te ensinar.”

Ciro falou em “fundão da África” pelo menos três vezes na campanha até agora. Em entrevista ao G1 em 13 de junho do ano passado, o candidato do PDT falou: “Isso aqui é um país do fundão da África subsaariana, que não tem comida? Não. Nós somos o maior produtor de alimentos do planeta Terra”.

Em 16 de agosto, no Roda Viva, voltou a usar o termo: “Nós não somos um país do fundão da África, que não tem acesso a vacina”. “É preciso ter um programa de renda mínima que erradique a miséria porque o Brasil tem comida, diferente do fundão da África… , disse, no debate da Band/UOL.

Em novembro do ano passado, Ciro já havia feito comentários no mínimo estranhos sobre o continente ao apresentador José Luiz Datena. “Nós somos um país da África? Desorganizado, com bases tribais, com geografia de deserto? Não! Nós somos o país que mais produz comida no planeta Terra”, afirmou.

Antes do guineense Vensam, outros influenciadores brasileiros negros já haviam questionado o candidato no twitter pelo uso da expressão sem significado, como o advogado Thiago Amparo e a poeta Elisa Lucinda.

Em entrevista à jornalista Cynara Menezes, editora do Socialista Morena, Vensam Iala, que se formou em Letras na Unesp e mora em São Paulo, lamenta que haja um “desconhecimento gigantesco” sobre a África no Brasil, inclusive na Universidade. E foi para tentar diminuir esse desconhecimento que criou o projeto Visto África, pensado a partir da principal forma de ignorância sobre o continente africano condensada no slogan: “África não é um país”.

Se isso acontece dentro da academia, imagina fora? Por isso criei esse projeto, para criar outra imagem sobre o continente africano. Muito pouco se fala sobre a África e quando se fala vem carregado de imagens estereotipadas. É muito importante que, nesse momento que estamos vivendo, numa narrativa decolonial, a gente traga pensamentos outros, pensamentos novos.”

Para Vensam, Ciro tem se referido à África com menosprezo. “No debate da Band, acho importante fazer essa ressalva, não tinha nenhuma pessoa negra, e a questão que estava a se falar não era nada voltada à questão racial, ao racismo. Não tem nenhum pretexto que encaminhasse para uma fala em que a África fosse mencionada dessa forma pejorativa. Existe essa carga de menosprezo, de não consideração aos africanos, à África de maneira geral. Ele fala em ‘fundão’. O que é esse ‘fundão’? O tom que carrega… Nós não somos ignorantes ou inocentes, nós sabemos em que contexto foi usado”, disse.

Não é uma fala de hoje, é uma fala muito recorrente desde a invasão colonial, essa visão da África como um lugar restringido à miséria, à pobreza. Nunca a África serve de modelo econômico, por exemplo. Nós sabemos que há vários países da África com economia melhor que o Brasil”, continua. “Se o Ciro gosta de economia, de trabalhar com números, poderia por exemplo trazer o Carlos Lopes, um dos maiores economistas do continente africano, que tem livros publicados sobre o modelo de desenvolvimento da África e que pode servir para o Brasil inclusive. Mas não, interessa para ele trazer essa imagem que já está muito viciada, parece que é um discurso decorado ele falar desse ‘fundão’.”

Em uma das entrevistas onde fala em “fundão da África”, ao G1, Ciro é mais específico ao citar a “África subsaariana” como sendo a região à qual se refere. O problema é que a “África subsaariana”, antigamente chamada de “África negra”, ocupa mais de dois terços do continente abaixo do Egito, da Argélia, da Líbia, da Tunísia e de Marrocos (países da África do Norte). Todos os demais países são o que Ciro chama de ‘”fundão da África”, inclusive a África do Sul…

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Com informações do Socialista Morena. Clique aqui e leia na integra.

Se próximas pesquisas confirmarem queda, será a demonstração de que o discurso de Ciro o transforma em guarda votos de Bolsonaro, diz professor

 

Ciro Gomes. (FOTO/ Reprodução/Poder360).

Por Nicolau Neto, editor

Foi divulgada na noite desta quinta-feira, 18, pesquisa do DataFolha para presidente da República.

Os números mostram que o ex-presidente Lula (PT) continua a frente e mantém chances de vencer a disputa logo no primeiro turno. Considerando somente os votos válidos, Lula atinge 51%, enquanto o atual presidente, Bolsonaro (PL), registra 37%. Já na estimulada, Lula mantem um diferença de 15 pontos em relação a Bolsonaro, 47% contra 32%, respectivamente.

Os números do DataFolha também confirmaram a tendência de queda do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT).

O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rodrigo Perez Oliveira publicou uma análise da recente pesquisa. Segundo ele, o leve crescimento do atual presidente são “provavelmente, os efeitos da PEC das bondades e do terrorismo religioso/comportamental.”

Perez argumenta ainda que pode ser fruto também de um discurso antipetismo feito por Ciro Gomes. “Se as próximas pesquisas confirmarem essa realidade como tendência, é a demonstração na prática de que o antipetismo do candidato do PDT o transforma em guarda votos de Bolsonaro. Isso comprovaria a tese de que a campanha de Ciro vem atuando como linha auxiliar do Bolsonarismo”, disse.

Confira abaixo a análise completa.

1) Lula se mantém estável, parece que bateu no teto. Nada indica que cairá disso, o que o deixa, sim, muito próximo da vitória no 1° turno. O teto é alto.

 2) Bolsonaro cresceu três pontos, ou seja, acima da margem de erro. Provavelmente, são os efeitos da PEC das bondades e do terrorismo religioso/comportamental.  Há ainda outra possibilidade, que comento no ponto 3.

3)  Ciro oscilou pra baixo, na margem de erro. Isso sugere que Bolsonaro pode estar crescendo em cima dele. Se as próximas pesquisas confirmarem essa realidade como tendência, é a demonstração na prática de que o antipetismo do candidato do PDT o transforma em guarda votos de Bolsonaro. Isso comprovaria a tese de que a campanha de Ciro vem atuando como linha auxiliar do Bolsonarismo.

4) O comportamento do eleitorado de Ciro Gomes definirá se as eleições terminam no 1° turno ou se Bolsonaro conseguirá ir para o 2° turno com mais musculatura.

Ciro Gomes oficializa candidatura com ataques a Lula e Bolsonaro

 

O presidenciável Ciro Gomes em discurso durante a convenção nacional do PDT que formalizou a escolha dele como candidato do partido — Foto: Adriano Machado/Reuters.

O ex-ministro Ciro Gomes atacou os adversários Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (20) no primeiro discurso após ter sido sacramentado candidato a presidente da República — pela quarta vez — em convenção nacional do PDT em Brasília.

Ele foi o primeiro presidenciável a ter a candidatura formalizada, no primeiro dia da temporada de convenções partidárias (até 5 de agosto), durante a qual os partidos terão de formalizar as escolhas dos candidatos.

Ciro Gomes concorre sem aliança com outras legendas e até esta quarta não tinha candidato a vice. O presidenciável afirmou que há negociações com União Brasil e PSD, mas, se não resultarem em acordo, escolherá um filiado ao próprio PDT. Segundo ele, o nome do vice será anunciado "nos próximos dias" e, preferencialmente, será uma mulher.

Na mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no último dia 23, Ciro Gomes aparece em terceiro lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Lula (47%) e Bolsonaro (28%).

"Com todas as suas diferenças, Lula e Bolsonaro são muito parecidos", afirmou Ciro Gomes em um discurso de 53 minutos no qual comparou os rivais aos personagens dos romances "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson (Lula), e "Frankenstein", de Mary Shelley (Bolsonaro).

"O atual quadro político é tão surreal e trágico que uma boa forma de ilustrar é utilizar a literatura de terror", afirmou. "Os dois [Lula e Bolsonaro] estão causando um mal terrível à população brasileira, criando o maniqueísmo do bem absoluto e do mal absoluto. Cada um diz que tudo de bem está do seu lado e tudo de mal está de outro", afirmou.

Ele atribuiu aos 14 anos de governos petistas (2003 a 2016) a ascensão de Bolsonaro ao poder em 2018 e disse que, agora, Lula e o partido se aliam aos que defenderam o "golpe" que levou ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

"Eles estão pedindo para voltar. Será que para produzir mais enganações e inconsistências? Qual milagre pode existir para que eles possam fazer em quatro anos o que não fizeram em 14? Acordos, conchavos, falta de escrúpulo, que convocam o povo a lutar contra o golpe para depois aparecerem abraçados, beijando na boca daqueles que provocaram o golpe", afirmou Ciro Gomes, ministro da Integração Regional no primeiro mandato de Lula como presidente (2003-2006).

"Catorze anos aqui, e o que o lulismo conseguiu foi parir o Bolsonaro. Alguém acredita que Bolsonaro chegou de Marte? Bolsonaro é produto da construção magoada e iludida do povo, machucado pela mais grave crise econômica e pelo escândalo de ladroeira", declarou.

A Bolsonaro, o presidenciável do PDT reservou os adjetivos "incompetente", "preguiçoso" e "insensível" e afirmou que ele é responsável por "degradar" as instituições.

"Nunca o país teve um presidente tão insensível e incompetente como o que ocupa atualmente o Palácio do Planalto. Fora Bolsonaro. Usar e emporcalhar são os melhores verbos para definir o seu método de permanência porque ele não trabalha. A imprensa não chama tanto a atenção, mas ele é um grande preguiçoso, não trabalha, não pensa, não executa nenhuma ação em favor do povo brasileiro. Ele apenas usa como pocilga o belíssimo palácio desenhado por Niemeyer e parece estar disposto a tudo para fazer dele o seu acampamento de guerra híbrida”, disse.

Ele também criticou a reunião de Bolsonaro com embaixadores, na qual o presidente fez um pronunciamento com ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas:

"Assistimos esta semana ao mais horrendo espetáculo de apologia à ditadura e de vexame internacional já feito por um presidente em toda a nossa história e talvez, eu acredito, da história do mundo moderno e civilizado. Vocês viram. O presidente da nossa República chama os embaixadores das potências e nações estrangeiras para esculhambar o nosso país e degradar nossas instituições, que a ele cabe, por juramento constitucional, velar, proteger e fazer respeitar."

Ciro Gomes disse que o Brasil vive um “neoliberalismo tropical”, um modelo econômico, segundo ele, em que a elite "menospreza" os pobres com políticas compensatórias ou "com puro desprezo”.

Segundo ele, “no banquete dos ricos e restos para os pobres, Collor preparou a cozinha, Fernando Henrique serviu a mesa e Lula temperou a comida. Dilma, Temer e Bolsonaro apenas requentaram o prato”.

“Esse modelo mal-acabado de neoliberalismo tropical começou há quase 30 anos, foi camuflando uma crise crônica, lenta e corrosiva durante os 14 anos do PT, até que ela se tornou aguda e insuportável. Esse modelo econômico, de uma elite ao mesmo tempo neocolonizada e neoescravista, menosprezou os pobres todo o tempo, seja com políticas compensatórias ou seja com puro desprezo. E notabilizou-se pelo privilégio dado aos banqueiros em detrimento dos que produzem", declarou.

Propostas

Na parte do discurso em que falou de propostas de governo, Ciro Gomes defendeu

um estado "vigoroso, indutor de crescimento econômico e da justiça social”;

uma "grande revolução" na educação;

"garantir a preservação e o futuro da Amazônia”;

revogar a atual política de preços da Petrobras;

reforma tributária para “corrigir as distorções que permitem, hoje, ao rico pagar menos imposto do que a classe média e o pobre”;

taxar fortunas superiores a R$ 20 milhões. "Mesmo com uma taxação moderada – R$ 0,50 a cada R$ 100 – arrecadaremos R$ 65 bilhões”;

nova política de juros “com taxas de mundo civilizado”, baseada em “metas que equilibrem índices de inflação com índices de emprego”;

revogar o teto de gastos, uma das “mais arbitrárias e elitistas [medidas] já tomadas recentemente, pois corta apenas os investimentos na vida do povo e deixam intactos os juros absurdos pagos aos bancos”.

“resolver o endividamento de 66 milhões de brasileiras e brasileiros que estão com nome sujo no SPC e no Serasa, renegociando dívidas com abatimento e parcelamento a juros baixos.

O fim da reeleição, "para facilitar a negociação séria, honesta e transparente [...]. Será o fim desta praga que está matando a democracia brasileira”.
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Com informações do G1.

Ciro Gomes vai gravar vídeo de apoio a Haddad, diz presidente do PDT


Ciro e Haddad durante o debate da TV Globo durante o primeiro turno. (Foto: Reprodução).


O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta sexta-feira, 26, que Ciro Gomes irá gravar um vídeo no qual vai declarar voto e um apoio mais enfático ao presidenciável do PT, Fernando Haddad. Lupi evitou garantir, no entanto, que Haddad e Ciro irão se encontrar ou que haverá tempo para que eles façam um ato público juntos.

"Ele (Ciro) já declarou (voto no Haddad), vai reforçar isso. Eu estou indo para o Ceará para conversar com o Ciro para saber como vamos fazer, mas que a gente vai fazer, vai. Não sei dá tempo para isso (fazer ato público ou subir no palanque), mas para a rede social nós vamos gravar um vídeo sobre isso", disse Lupi.

Segundo Lupi, os pedidos para um gesto enfático de Ciro têm sido feitos pelo próprio Haddad. "Falei com o Haddad na quarta-feira e ele me apelou muito por uma posição mais firme em torno da candidatura dele. E eu já fiz várias ações, fiz pronunciamento, fiz essa ação contra esse fake news do Bolsonaro, mas agora o mais importante é o Ciro pela candidatura que ele representa", contou.

Ciro retorna ao Brasil nesta sexta-feira, após passar quase todo o segundo turno de férias pela Europa. Desde que deixou o Brasil, lideranças do PT passaram a pedir que ele retornasse e participasse, de forma mais explícita, da campanha de Haddad.

Mais cedo, Haddad fez um novo aceno ao pedetista, durante coletiva de imprensa em João Pessoa. "Eu sempre espero o melhor das pessoas, e eu sei que o Ciro tem muita coisa boa dentro dele", disse. "Eu acredito que ele vai, agora chegando no Ceará, fazer um gesto importante pelo Brasil. Ele sabe que não é por mim, é pelo Brasil que fará esse gesto", complementou.

Não está confirmado ainda se Haddad irá até o Ceará para se encontrar com Ciro. Uma das razões é que o próprio presidenciável espera uma declaração "dura" do pedetista.

"Tenho maturidade suficiente para entender o comportamento das pessoas, e na política você sempre tem que ter postura de acolhida, sobretudo com quem pensa parecido com você. O Ciro é meu companheiro de longa data. Tenho certeza que ele vai fazer uma fala dura nesta reta final e nós vamos vencer juntos", disse o candidato do PT, em entrevista por telefone à Rádio Super Notícia, de Minas Gerais. (Com informações do O Povo/Agência Estado).

Ciro declarou segundo voto ao senado em candidatura do Psol


Ciro declarou segundo voto ao senado em candidatura do Psol. (Foto: Carlos Holanda/Especial para O POVO).

O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou em coletiva de imprensa, na manhã deste domingo, 7, ter votado em um candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para o Senado em sua segunda opção. A sigla tem duas candidaturas ao Senado Federal: Pastor Simões e Anna Karina.  As declarações foram dadas na sede da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa-CE), onde vota Ciro.

Forte opositor de Eunício Oliveira, já era esperado que Ciro não votasse no emedebista, apesar da aliança informal  firmada entre o governador Camilo Santana (PT), Cid Gomes (PDT) e Eunício Oliveira (MDB) para o Senado.

No plano estadual, o Psol é, inclusive, partido de oposição ao grupo político capitaneado por Ciro Gomes. Em entrevista ao Blog Política na última sexta-feira, 5, o candidato ao Governo do Ceará, Ailton Lopes (Psol), disse que gostaria de ir ao segundo turno com Camilo que, segundo ele, “é preciso enfrentar esse projeto e mostrar a tragédia que ele é para o Ceará”.

Sobre o apoio a Eunício, Cid Gomes afirmou, em coletiva, também na Sesa, que converge em 99% com o irmão. Disse, entretanto, que tem suas convicções e Ciro as dele. (Com informações de Heloisa Vasconcelos e Carlos Holanda, no O POVO).

Tico Santa Cruz crava: Ciro é opção mais segura no segundo turno


Com Ciro, o segundo turno seria mais tranquilo, acredita Tico. (Foto: Léo Canabarro).

Tenho absoluta certeza de que sou uma das poucas vozes a insistir em racionalizar a questão do antipetismo que poderá decidir a próxima eleição.

Dizem os petistas que insistir nesse discurso é reviver a síndrome de “Regina Duarte”. Preciso dizer que Regina Duarte estava com medo de perder seus privilégios quando apontou para Lula. Estou aqui ponderando uma estratégia que possa rebater o crescimento e a consagração do fascismo.

Fernando Haddad subiu, segundo o Ibope, mas sua rejeição também. Na mesma medida em que Bolsonaro crescerá a cada movimento adiante do PT.

Isso não quer dizer que proponha aqui que o PT recue. Respeito o partido e seu candidato. Apenas uso este espaço a título de registro para posteridade de que me posicionei em prol de uma terceira via - Ciro Gomes -, que teria um pouco mais de folga no segundo turno, por possuir menor rejeição que o petista.

O antipetismo está nesse momento pulverizado entre várias candidaturas: Marina Silva, Álvaro Dias, Amôedo, Alckmin, Meirelles. Também se encontra concentrado nos brancos e nulos. Ao somar todos estes candidatos e variáveis, é preciso considerar que o cenário é muito ruim quando ele se aglomerar.

Claro que acho muito romântico se falar em coragem para enfrentar Bolsonaro sob a tutela do PT, derrubar o golpe e seguir a vida democrática. Mas considero também que teremos mais quatro anos de um partido envolvido em escândalos, precisando se defender dos ataques, com uma parcela grande da população infeliz com sua eleição e um clima de guerra no ar.

Não tenho a pretensão de levar ninguém a mudar de voto. Continuarei acreditando que essa eleição para o campo progressista pode ser vencida com mais eficiência e segurança pelo viés de uma candidatura alternativa ao PT.

Caso Haddad passe para o segundo turno, terá meu voto, não por acreditar que seja o melhor caminho. Sei que o candidato é um homem honrado e um belo quadro. Mas minha opção escora-se na absoluta rejeição a Bolsonaro.

Sendo bem honesto, e sabendo que os leitores tem ciência de meu compromisso com a honestidade, preferiria experimentar um novo formato da esquerda no poder que não fosse pelas mãos do Partido dos Trabalhadores.

No primeiro turno, vou lutar para que assim seja. Com todo o respeito. (Com informações de CartaCapital).

“Lula foi um bom presidente pro Brasil e o povo sabe disso”, diz Ciro Gomes em entrevista no Jornal Nacional


(Foto: Reprodução/Jornal Nacional).

O candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, foi pressionado por William Bonner e Renata Vasconcellos na entrevista que concedeu, na noite desta segunda-feira (27), no “Jornal Nacional”. Os apresentadores lembraram as declarações de Ciro em que afirmou que alertou Lula sobre a corrupção na Petrobras, tentando tirar do candidato uma crítica ao petista.

Ciro, no entanto, saiu em defesa do ex-presidente. “Lula não é uma satanás como a imprensa pensa, e não é um santo como parte do PT acha. Eu conheço Lula há 30 anos, tive honra de trabalhar com ele, e ele fez muita coisa boa para o Brasil. Eu faço essa menção: Lula foi um bom presidente pro Brasil e o povo sabe disso. Há 5, 7 anos atrás o Brasil estava melhor. E a população mais pobre sentiu na pele as consequências de um bom governo. No governo Dilma acabou. Mas não devemos comemorar o fato de o maior líder político do Brasil estar preso”, disparou.

Antes disso, os apresentadores relembraram declarações críticas de Ciro ao judiciário brasileiro e ao Ministério Público. O pedetista ponderou, afirmando que é favorável à operação Lava Jato, mas disse que o Ministério Público, atualmente, comete “abusos” a pratica “política”.

Nesse momento há muitos abusos, você não tem ideia do que estão fazendo com prefeitos, as destruições de reputação que se faz (…) Estão exercendo política na medida que os outros poderes estão desmoralizados”, pontuou. (Com informações da Revista Fórum).


PDT e PSB querem se unir num só partido




Notinha publicada na coluna Painel, da Folha, informa que as negociações entre PDT e PSB estão tão adiantadas, e produziram tanto entusiasmo em setores importantes de ambas as legendas que há conversas para uma fusão a partir de 2019, caso Ciro Gomes vença as eleições presidenciais.

PSB e PDT são hoje os partidos de esquerda com maior número de prefeituras: PSB tem 435 prefeituras, PDT, 335 prefeituras. Somados, os dois tem 750 prefeitos. O PT, que era a maior legenda progressista em número de prefeitos, foi fulminado em 2016, pela Lava Jato, e perdeu 60% de suas administrações:  hoje tem 254 prefeituras.


Outra nota do Painel diz que o DEM fará uma última conversa com Geraldo Alckmin, do PSDB, aliado tradicional dos Democratas, antes de tomar uma decisão interna sobre quem irá apoiar este ano. (Com informações do O Cafezinho).

Lula descarta qualquer acordo com Ciro Gomes, afirma Frei Beto


Frei Beto em uma imagem de 2014. (Foto: Folhapress).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descarta qualquer acordo com Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência da República. A informação é do escritor frei Betto, que fez uma visita espiritual ao petista na última segunda-feira, 4, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. De acordo com o religioso, Lula falou isso “descontraidamente, sem rancor”.

Foi uma conversa de uma hora e 15 minutos, em tom amigável. Ele (Lula) reiterou que é candidato e tem sozinho, nas pesquisas, mais do que a soma dos votos de todos os demais concorrentes, e que não considera a possibilidade de qualquer acordo com Ciro Gomes”, afirmou Betto ao O POVO.

Segundo ele, o ex-presidente não deixou claro se isso também se estendia a um eventual segundo turno. O escritor contou ainda que o petista “disse isso descontraidamente, sem rancor; ao contrário, ele estava muito bem humorado nesta segunda”.

Pedetistas cearenses minimizaram a afirmação de Betto. Foi o caso do deputado federal André Figueiredo, presidente estadual da legenda.

Sabemos que o PT vai lançar a candidatura do Lula, já não é surpresa. Mas nós temos certeza que o PT estará conosco no segundo turno”, afirmou. A “certeza” vem das constantes reuniões entre os partidos de esquerda, que decidiram ficar juntos no segundo turno para conseguir a vitória das eleições.

Figueiredo descarta qualquer embate entre Lula e Ciro, que poderia ter motivado a fala. “O Ciro sempre teve excelente relacionamento com o Lula”, disse. O deputado federal Leônidas Cristino reiterou a esperança de união no 2° turno.

Ciro foi o único candidato da esquerda que não participou dos atos de apoio a Lula em maio, quando ele foi preso. Questionado, o pedetista chegou a afirmar que não é e nunca será “puxadinho do PT”. Embora já tenha criticado o processo contra Lula, Ciro também costuma fazer críticas aos governos petistas em suas palestras.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do partido na Câmara, atribuiu a declaração de Lula às atitudes de Ciro. “Ele é que permanentemente nos ataca, isso atrapalha muito uma aliança. A gente queria a unidade da esquerda, mas ele utiliza muito o ataque”.

Apesar disso, o parlamentar não descarta totalmente um acordo. Para ele, o diálogo deve permanecer aberto, não só no segundo mas também no primeiro turno. “Existem mil hipóteses, mas a candidatura do Lula é certa”, afirmou.


CEARÁ

Petistas cearenses evitaram comentar o assunto. Foi o caso do presidente municipal da sigla, Acrísio Sena, da deputada federal Luzianne Lins e do senador José Pimentel. Ciro Gomes também preferiu não falar sobre o assunto. (Com informações do O Povo).

PcdoB dá sinais que pode apoiar Ciro Gomes e lançar Manuela ao Governo do Rio Grande Sul


Manuela D'Ávila. (Foto: Maíra Coleho/ Agência O Dia).

O PCdoB já dá sinais de que pode abrir mão da pré-candidatura de Manuela D'Ávila à Presidência da República. A legenda avalia apoiar outro nome, como o do presidenciável Ciro Gomes (PDT), e lançar Manuela ao governo do Rio Grande do Sul.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), afirmou que o partido conversa e se identifica com Ciro, apesar de manter a pré-candidatura de Manuela, e que aceita reavaliar o quadro em plena campanha eleitoral se houver o risco de nenhum presidenciável de esquerda chegar ao segundo turno da eleição presidencial.

"Se, durante o curso da campanha eleitoral, ficar claro o risco de duas candidaturas conservadoras no segundo turno, inevitavelmente a esquerda vai ser obrigada a avaliar a revisão da tática e eventualmente se concentrar em torno de um nome", disse Orlando Silva, em coletiva de imprensa na capital paulista "Se houver o risco, seria insano se a esquerda não examinasse a hipótese de construção de uma unidade."

Há duas semanas, Ciro e Manuela se encontraram e conversaram sobre o cenário eleitoral. O presidenciável do PDT, disse o parlamentar, tem uma avaliação correta das situações econômica e política do Brasil. "Não temos nenhum motivo para retirar a candidatura da Manuela, mas vamos conversar bastante com o Ciro", declarou.

O deputado avalia que, com base no cenário atual, a campanha no primeiro turno ficará pulverizada em candidaturas próprias de PT, PDT, PCdoB e PSOL. Silva foi um dos deputados que visitaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba, na última terça-feira, 29. "Senti o presidente Lula embalado e o PT está muito embalado com a ideia de ter uma candidatura do PT", disse.

A estratégia atual do PCdoB, disse Silva, é lançar Manuela para garantir uma boa quantidade de votos à Câmara e ao Senado, superando a cláusula de desempenho. No segundo turno, garante, os partido de esquerda "vão se encontrar". (Com informações do O Dia).

“Não aceito o mercado tutelar a democracia”, disse Ciro no Roda Viva


Não aceito o mercado tutelar a democracia, disse Ciro. (Foto: Reprodução/TV Cultura).

O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista concedida na noite desta segunda-feira (28) a jornalistas da bancada do “Roda Viva”, da TV Cultura, fez duras críticas à política de preços da Petrobras, que culminou na alta do diesel e teve como consequência a paralisação dos caminhoneiros.

Pedro Parente, para servir aos interesses estrangeiros, pratica uma política fraudulenta de preços na Petrobras”, afirmou, classificando ainda a política de preços alinhada ao preço do barril de petróleo no mercado internacional como “criminosa”.

Entre uma pergunta e outra, o ex-ministro chamou o governo de Michel Temer de “golpista” e criticou o tipo de relação que o Brasil mantém atualmente com o mercado financeiro.

O mercado, essa entidade fantasmagórica, atribuiu um poder a si próprio de tutelar a democracia. Eu não aceito isso”, disparou.

Ciro prometeu ainda que, se for eleito presidente da República, revogará a lei do teto de gastos, que impõe um congelamento do orçamento para áreas importantes pelos próximos 20 anos. “Isso não tem precedente em lugar nenhum no mundo. Se eu congelo por 20 anos investimentos em saúde, quem vai cuidar das crianças?”, questionou.

Ao final do primeiro bloco, o pré-candidato ainda apresentou outra promessa caso seja eleito: cobrar imposto sobre lucros e dividendos. “Só Brasil e Estônia não cobram. Farei isso para diminuir o imposto sobre os trabalhadores”. (Com informações da Revista Fórum).


Governador do Ceará afirma que Ciro sempre foi aliado fiel e defende apoio do PT a ele


Camilo Santana defende apoio do PT a Ciro Gomes. (Foto: Reprodução).


O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defende que o PT apoie a candidatura presidencial do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), seu padrinho político, e indique o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) como vice. Camilo está convicto de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguirá disputar a Presidência nas eleições deste ano.

De acordo com ele, o PT “não pode apostar no isolamento suicida”.

Sempre tenho colocado que Lula é vítima de uma grande injustiça, mas acho que o momento não é de radicalismo. Sei que o desejo de todos nós era o Lula poder ser candidato. Mas entre querer que ele seja candidato e a realidade atual existe uma ponte muito grande”.

Camilo diz ainda que “Ciro é hoje, sem dúvida nenhuma, o principal nome para unir as esquerdas e garantir as conquistas sociais alcançadas durante os 12 anos do PT no poder. Ciro sempre foi um aliado fiel”.

Sobre se apoiará Ciro, independentemente da decisão do PT, o governador disse ainda estar aguardando esse diálogo. “O próprio partido sabe da minha relação com o Ciro, com o Cid, uma parceria, uma relação política muito forte. É uma pessoa em quem acredito. Estou na perspectiva de construir uma aliança ainda no primeiro turno. E vou trabalhar para isso, independentemente de ser o PT na cabeça e o PDT na vice, ou vice-versa”. (Com informações da Revista Fórum).

Ciro responde a Gleisi: “tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente nacional do PT”


(Foto: Reprodução/ Brasil 247).


Pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes declarou ter pena da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que disse que uma eventual aliança em que o PT ocuparia a vice de Ciro numa chapa presidencial não passaria nem com "reza brava" (saiba mais aqui). Glesi deu a declaração em resposta uma especulação surgida após declaração do ex-governador baiano Jaques Wagner.

Neste sábado, em entrevista a Fernando Canzian e Fábio Zanin, Ciro reagiu. "Vou ter paciência, respeito e compreendo o drama do PT. E tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente nacional do PT dizer uma coisa dessas. Para se ver como é questão de dar pena, meu partido, o PDT, portanto, eu, estou apoiando quatro dos cinco dos principais candidatos a governador do PT. Minha crença é que a população brasileira não é um eleitorado de cabresto, nem meu nem de ninguém. Eu vou tocar o meu bonde", afirmou.

Ou seja, Ciro sinalizou que ele espera ter apoio de eleitores do PT, mas não uma aliança formal com o partido.

Ele também se negou a assumir um compromisso a dar um eventual indulto ao ex-presidente Lula, que hoje é um preso político, em Curitiba. "O presidente Lula está a meio caminho de recursos [na Justiça]. Se a burocracia do PT cria uma campanha pelo indulto, o que ela está dizendo? Que o Lula será condenado em última instância. Isso nega a estratégia dos advogados do Lula. A sentença contra o Lula é injusta e a prova é frágil. Eu não vou cair nessa burrice", afirmou. (Com informações do Brasil 247).

Ciro não passa no PT nem com reza brava, diz Gleisi Hoffmann


Gleise Hoffmann descarta possibilidade de apoio do PT a Ciro Gomes (PDT). (Foto: Reprodução/Brasil 247).


A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), descartou a hipótese sugerida pelo ex-governador Jaques Wagner sobre um eventual apoio ao candidato Ciro Gomes, do PDT .

“Mas ele não sabe que o Ciro não passa no PT nem com reza brava?”. Foi assim que a reagiu a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao saber da hipótese sugerida pelo ex-governador Jaques Wagner sobre um eventual apoio ao candidato Ciro Gomes, do PDT, segundo informa a colunista Mônica Bergamo.

Wagner disse ao jornalista Ricardo Galhardo, do Estado de S. Paulo, que o PT poderia abrir mão do comando de chapa, numa aliança com Ciro, mas depois disse que suas palavras foram distorcidas. De todo modo, Valter Pomar, um dos intelectuais do partido, afirmou que o "Plano B de Wagner deveria se chamar Plano S, de suicídio". Pesa contra o Ciro o fato dele manter uma postura ambígua em relação à Lava Jato e não considerar Lula um preso político. (Com informações do Brasil 247).


Ciro diz ser a favor de prisão em segunda instância e convida vice que seria do PT


Ciro Gomes. (Foto: Reprodução).


O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse em entrevista aos repórteres Eduardo Kattah e Pedro Venceslau, publicada no Estadão nesta sexta-feira (27), que uma aliança com o PT é “possível e até desejável”, mas “improvável”.

Sobre ser favorável ou não à prisão em segunda instância, disse que “o mundo civilizado inteiro garante apenas dois graus de jurisdição para crimes comuns. É muito raro que se dê a um julgamento de crime comum quatro graus de jurisdição. O correto era corrigir a distorção institucional que, hoje, garante quatro graus de jurisdição”.

Ciro convidou Josué Gomes, presidente da Coteminas e filho de José Alencar, que foi vice-presidente no governo Lula, para ser vice em sua chapa. Josué também era sondado por Lula para ser o seu vice.

Sobre a reforma trabalhista, Ciro disse que ela “tem que ser revogada pura e simplesmente. Esta representa uma aberração selvagem”.

Já sobre as privatizações, disse que ela deve ser uma ferramenta. “Mas como pode o Brasil imaginar privatizar a Eletrobrás? Para mim é um crime”, concluiu. (Com informações da Revista Fórum).

Leia a entrevista completa no Estadão.

A ambiguidade política de Ciro Gomes. Por Luis Felipe Miguel


Ciro no Fórum da Liberdade, onde foi acusado de dar uma "pescotapa" em um membro do MBL, o youtuber Mamãefalei. (Foto: Reprodução/ DCM).


Ciro Gomes tem, sim, algum prestígio eleitoral. Tem uma retórica explosiva que projeta a imagem de “cabra corajoso” e ganha adeptos.

Mas o que quer Ciro Gomes? Sua ambiguidade em relação à perseguição contra o presidente Lula o coloca objetivamente do lado de lá da linha divisória que separa quem defende a democracia e quem compactua com o arbítrio no Brasil.

Ciro é um político experiente e atilado. Sabia perfeitamente o que estava fazendo quando deixou de prestar solidariedade pública a Lula em São Bernardo. “Ah, mas ele estava em Harvard com Anitta”. Pois é. Ele sabia perfeitamente o que estava fazendo.

Depois ele dá declarações chochas contra a seletividade da Lava Jato e as manobras do STF, mas faz questão de defender a prisão antes do trânsito em julgado e de declarar que não acredita que Lula seja um prisioneiro político. Fica claro que ele não quer fechar as portas para o eleitorado antipetista. Cálculo eleitoral esperto? Talvez. Mas tentar acessar este eleitorado sem enfrentar seus preconceitos é dar curso livre à criminalização da esquerda, que é o ponto de chegada do antipetismo.

Ciro não pôde ir a São Bernardo, mas foi a Porto Alegre. Esteve ontem no Fórum da Liberdade, que é o evento central do esforço de propaganda do ultraliberalismo (em sua versão neofeudal, “libertariana”) no Brasil. A edição deste ano, além de uma sessão especial contra o governo da Bolívia, conta com estrelas do quilate de Leandro Narloch, Rodrigo Constantino, Lya Luft (esqueçam a escritora sentimentaloide, ela é há décadas uma feroz defensora do latifúndio) e ninguém menos que Sérgio Moro. Ciro participou de uma mesa com os candidatos presidenciais da direita – João Amoedo (Novo), Henrique Meirelles (PMDB?), Flávio Rocha (MBL), Marina Silva e Geraldo Alckmin. Jair Bolsonaro, convidado, não foi. O que um candidato que quer ocupar o campo da esquerda foi fazer num evento desses, legitimando-o?

Acho muito improvável que Ciro se disponha a uma conversa séria com a esquerda. Para mim, sua estratégia é apostar nessa ambiguidade e com ela chegar no segundo turno contra alguém como Alckmin ou Bolsonaro, quando o apoio da esquerda virá de graça. Vai dar certo? Não sei. Os planos infalíveis de Ciro Gomes costumam ter o mesmo destino daqueles do Cebolinha.

Torço para que não dê certo porque, francamente, é cilada, Bino. (Com informações do DCM).