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Aécio tenta ‘lavagem biográfica’ e nunca aceitou a derrota, diz Dilma Rousseff

 

Dilma Rousseff. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Dilma Rousseff, ex-presidenta, emitiu na tarde desta sábado, 20, nota à imprensa em que afirma categoricamente que seu adversário nas eleições presidenciais de 2014, Aécio Neves (PSDB), tenta uma “lavagem biográfica” mediante o que ela classificou como de um “golpismo indelével”.

Aécio Neves, o golpista engolido pelo golpe


Tornado réu para satisfazer 'sede de justiça'; Aécio Neves se beneficia de foro privilegiado e, principalmente, da lentidão do judiciário, que trata tucanos de forma diferenciada. (Foto: Lula Marques/ Agência PT).


O golpe tem se mostrado pragmático e não poupa nem mesmo aliados em nome de seus objetivos. Para compensar a prisão sem provas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria preciso mostrar à opinião pública que "a justiça é para todos" e, neste caso, tinha-se à mão um político já descartado para as urnas e abandonado por seus correligionários. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), poupado durante dois anos e dono de extensa ficha policial, era, portanto, o nome perfeito para o papel. Acusado de solicitar e receber do mega empresário Joesley  Batista, dono da JBS, R$ 2 milhões em propina, em troca de usar o cargo de senador a favor daquela empresa, Aécio se tornou réu em um processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, 17 de abril, sob acusação de corrupção e obstrução de Justiça. O tucano foi flagrado em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), com autorização da Justiça.

Aécio responde a nove inquéritos. Dois por receber propina da JBS, três por receber propina de construtoras, um por desvio de dinheiro e corrupção em Furnas, outro por fraude na licitação superfaturada e corrupção na construção da cidade administrativa de Minas, um por maquiar dados do Banco Rural na CPI dos Correios e, finalmente, mais um por propinas no setor de energia.

Coincidentemente – e passou despercebido pela imprensa –, a decisão do STF de transformar Aécio em réu ocorreu justamente no dia do aniversário de dois anos da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados.  Foi num domingo, em 17 de abril de 2016, que a Câmara autorizou a abertura do processo de destituição da presidenta, confirmado pelo Senado em 12 de maio, quando a presidenta foi afastada. Em 31 de agosto, os senadores concluíram o golpe – do qual o próprio Aécio era um dos líderes mais destacados.

Naquele momento ele jamais pensou que cairia em desgraça. Quando foi derrotado em 2014 por Dilma, Aécio arrastava atrás de si um bando de políticos que batiam palmas para o discurso "Eu perdi a eleição para uma organização criminosa", referindo-se ao PT. Mais tarde, liderou manifestações "contra a corrupção". Agora, o tucano tem sido visto pelos corredores do Senado andando sozinho. Os "amigos aliados" não querem associar suas imagens à do único senador tucano réu no Supremo.

Dilma sofreu processo de impeachment sem que houvesse um único indício ou prova de que tenha cometido crime, ao contrário de numerosos algozes, os senadores e deputados denunciados por uma vastidão de delitos. As manobras fiscais de crédito, as ditas pedaladas, não constituem subtração de dinheiro do povo. Eram – e ainda são – práticas corriqueiras de todos os grandes partidos, aqueles que, em sua maioria, se armaram para eliminar a presidenta consagrada em 2014 por 54,5 milhões de votos. Configurou injustiça – a palavra é golpe –, aplicar determinados critérios punitivos a gestores de certa coloração e a de outras, não.

Além disso, contra Dilma não há acusações de executivos ou donos de construtoras e nenhuma prova de mal feito praticado por ela foi encontrada por Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Lava Jato ou Procuradoria-Geral da República (PGR), que vasculharam sua vida.

O mesmo não se pode dizer do senador tucano, moralista da tevê, que posava de ético: dois dias depois de se tornar réu, foi acusado em mais dois novos depoimentos prestados à PF pelo empresário Sérgio Andrade, um dos donos da Andrade Gutierrez e novamente por Joesley Batista. O dono da Friboi afirmou à PF e ao MPF que pagou uma mesada de R$ 50 mil ao senador Aécio Neves de 2015 a 2017, a pedido do próprio tucano. Joesley Batista afirmou ter repassado R$ 110 milhões a Aécio Neves durante a campanha eleitoral de 2014 e que os repasses estariam atrelados à futura atuação de Aécio em favor dos negócios do grupo J&F.

No caso da Andrade Gutierrez, a PF afirma que o trato foi firmado com o objetivo de repassar dinheiro a Aécio para que o tucano favorecesse a empreiteira e seus interesses na construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. E os R$ 30 milhões tomados da Odebrecht e os R$ 20 milhões da Andrade Gutierrez, em troca de fortalecê-las na licitação para a hidrelétrica de Santo Antônio, começam por derrubar a defesa de Aécio e sua irmã Andréa para os R$ 2 milhões tomados de Joesley Batista. O caixa tão fornido destrói a mentira de que Aécio precisava de "um empréstimo" para pagar seu advogado logo que surgiram as primeiras denúncias contra si.

Crítico ferrenho da corrupção, fortalecido pela mídia, mais uma delação promete enterrar as pretensões políticas do tucano. As construtoras Wanmix e Cowan que pertencem à família Wanderley, amigos dos Neves, serão investigadas a pedido da PGR. A Polícia Federal encontrou, na sede da Wanmix, provas de dissimulação de doação de R$ 1,5 milhão para a campanha do tucano em 2014.

A Wanmix é construtora mineira que forneceu concreto para a construção da Cidade Administrativa, obra bilionária conhecida como Aeciolandia,  na gestão do tucano no governo de Minas Gerais. A obra custou R$ 2,1 bilhões e foi citada em delações premiadas como origem de repasses de propinas para o senador. A Cowan, sediada em Belo Horizonte, conhecida pelas grandes obras públicas naquele estado, foi a responsável pela construção do Viaduto Guararapes, que caiu em Belo Horizonte em 2014, pouco antes da Copa do Mundo, matando duas pessoas e ferindo outras 23. Foi também na residência dos donos da construtora que Aécio Neves se hospedou no carnaval do ano passado.

Com a palavra, Aécio

Apesar de todos os indícios, o tucano mantém-se em liberdade por conta do foro privilegiado e contará com prazos normais para continuar sua defesa, sem a pressa demonstrada na condenação e prisão do ex-presidente.

Semana passada, mais precisamente no domingo (15), o tucano passou a tarde com o presidente ilegítimo. Michel Temer,  no Palácio do Planalto. Na segunda feira seguinte o jornal Folha de S. Paulo publicou um artigo de sua autoria intitulado "Sua excelência, o fato".

"Fui ingênuo, cometi erros e me penitencio diariamente por eles, mas não cometi nenhuma ilegalidade", escreveu o agora réu no STF.

A conferir. (Por Helena Sthephanowitz, na RBA).

A “solução” Huck



Desenhar o cenário político brasileiro em 2018 não é tarefa fácil. O velho sentimento antipolítica, nutrido no Brasil há muito, seja pelo abismo que separa Estado e sociedade, seja pela desmoralização quase completa dos políticos de carreira, anda revigorado. Escândalos de corrupção e justiçamentos com direito a espetáculo midiático reacenderam nosso “ódio pela política”.

Isso torna muito imprevisível o cenário para as eleições de outubro. Todo mundo sabe: Lula, se puder ser candidato, é favorito. Também é notório que os esforços do Judiciário para retirá-lo do processo eleitoral são ostensivos. Trata-se, para eles, de completar a tarefa do golpe.

Mesmo se conseguir impedir Lula no tapetão, os problemas do establishment brasileiro não estarão resolvidos. Até aqui não conseguiram encontrar uma alternativa eleitoral “segura”. Muitos dos seus representantes chafurdaram em malas e propinas, o que foi demonstrado publicamente com algo mais do que convicções.

As velhas raposas perdem pelo e a popularidade daqueles “de sempre” é desalentadora. Sabem que um candidato com programa similar ao de Michel Temer, isto é, privatizações, cortes de investimentos e ataques frontais a direitos constituídos, tem poucas chances de vencer nas urnas.

Isso talvez explique a bigorna amarrada ao pé de Geraldo Alckmin nas pesquisas. O mesmo argumento explica em parte a popularidade de Jair Bolsonaro, que mobiliza sentimentos antissistêmicos com seus discursos de ódio e intolerância, alguém que vai “acabar com esta bandalheira”.

Vende peixe podre e esconde-se atrás de uma imagem que não é a sua, mas tem encontrado boa audiência. O ex-capitão não é, no entanto e exatamente, um candidato do establishment. Seu flerte com o liberalismo ainda não convenceu a turma do mercado nem o partido da mídia. É preciso encontrar uma solução.

Um candidato do suposto “centro”, da base de Temer, como Meirelles ou Maia, sofre: não pode falar a verdade sobre seu programa, pois não teria a mínima chance. Foi por esta razão que Alckmin afastou-se de Temer como se fugisse de um vampiro.

O governador de São Paulo segue como o plano A do establishment, até que se prove o contrário. Ou melhor, até que as pesquisas de opinião mostrem que ele não decola. E se, de fato, não decolar, precisarão de um plano B, que há meses está no forno.

Alguém que pudesse sustentar uma imagem “de fora” da política, mas ao mesmo tempo mantivesse o compromisso dos “de dentro”; que não esteja envolvido na vida política do País, que consiga mobilizar sentimentos populares e dialogar com todo o Brasil. Que tal um jovem empresário e apresentador da TV Globo? Loucura?

Luciano Huck é um jovem milionário. Foi empresário de entretenimento antes de se tornar celebridade nacional. Conectado com a ideia de empreendedorismo, administra ONGs e financia a produção de filmes, fazendo valer também seu lado de “empreendedor social”. Em seu programa, reforma casas e carros, além de outras pirotecnias que sustentam a sua popularidade.

Tido por alguns como um benfeitor desprendido, consegue entrar na casa do povão e transmitir confiança. Bom menino, trabalhador e cheio de sucesso. Vai transformar essa “lata-velha” num “lar doce lar”.

Elogiado por FHC como alguém que poderia “chacoalhar” a política tradicional, Huck tentou incorporar o “novo”. Há um roteiro escrito e ele esteve tentado a protagonizá-lo. Mas, como diria um velho sábio, sempre tem um porém... Huck não está em um programa de auditório. E não é tão “novo” assim.

Apesar de ter apagado as fotos de suas redes sociais, Huck não poderia fazer esquecer que posou com Aécio em plena torcida na apuração de 2014. Pouco adiantaria dizer que “se decepcionou” com o amigo. Também não poderia negar ser ou ter sido muito próximo de Eike Batista e Sérgio Cabral, que, aliás, fez um decreto para garantir o seu “direito” de manter um casarão em Angra dos Reis que invadiu uma área pública.

Seria ainda lembrado, se fingisse esquecer, do episódio das camisetas utilizadas por crianças com a frase “Vem ni mim que eu tô facin”, à venda no site de uma empresa sua. A mais recente pedrada no telhado de Huck foi a divulgação de um empréstimo tomado no BNDES, com juros subsidiados, para comprar um jato particular. Um pouco incoerente com a ética “renovadora” e “liberal” da estrela global.

Ainda assim, Huck surge (surgia?) como possibilidade real de solucionar um impasse para a ordem. Pode ser um balão de oxigênio para manter a sobrevida da Nova República por aparelhos, ao canalizar imaginariamente a insatisfação geral com a política. Mas, conhecendo os personagens atrás das máscaras, a “solução” seria de curto alcance. (Por Guilherme Boulos, na CartaCapital).


Ao lado de Aécio Neves e Ronaldo, Luciano Huck ganha o prêmio "Os Brasileiros do Ano".
(Foto: Omar Freire/ Imprensa MG).

Poucos presos no brasil têm mais provas do que havia no caso Aécio, diz ministro Barroso



Num dos trechos de sua entrevista à BBC, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, lamentou a impunidade do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e apontou o excesso de provas contra o político mineiro: a gravação, o pedido de dinheiro, a entrega com a mala e até a ameaça de matar o primo.

Barroso disse ainda que, dos 650 mil detentos brasileiros, poucos estão presos com tantas provas como havia no caso Aécio.

A esse respeito, confira texto postado pelo deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais:

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deu entrevista à BBC Brasil. Em certo momento, ele surpreende e mostra claramente o incômodo com a impunidade do senador Aécio Neves. Embora sem citar diretamente o nome do ex-governador mineiro (nem precisava...), Barroso não deixa dúvida: “Há 650 mil presos no sistema penitenciário brasileiro. Poucos estão presos com tanta prova quanto há nesse caso”, disse o ministro. “Não é um sentimento pessoal, político, não é populismo. É prova.”

Enquanto isso, procuradores da Lava Jato em Curitiba, aliados ao juiz do caso (ambos, por sinal, não investigaram nem fizeram nada em relação a Aécio e sua turma), preferem perseguir o líder em todas as pesquisas. Depois de três anos de investigação, não conseguiram apresentar uma única prova convincente. (Com informações do 247).


Mesmo afastado, Aécio recebeu quase R$ 20 mil em junho


Afastado do Senado entre 18 de maio e 30 de junho, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu um salário líquido de R$ 19,6 mil no mês passado sem fazer qualquer esforço. Investigado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, o tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS e delator de uma série de episódios que colocaram o governo Michel Temer sob ameaça – o presidente também está denunciado por corrupção passiva. A informação foi veiculada pelo Portal G1 na noite desta segunda-feira (3). Na última sexta-feira (30), Aécio foi beneficiado com a decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello devolvendo-lhe o direito de exercer o mandato.

Do Congresso em Foco - Além de parte dos rendimentos, o afastamento de Aécio, determinado pelo STF, tirou-lhe o direito a carro oficial e à verba indenizatória, além de lhe ter rendido a proibição de participar de votações e demais atividades inerentes ao mandato. Mesmo afastado das atividades, porém, o congressista manteve prerrogativas como foro privilegiado e o acesso irrestrito ao Senado. Parte do valor recebido pelo tucano, R$ 16,8 mil, equivale à primeira parcela do 13º salário deste ano, paga a todos os servidores do Senado no último mês do primeiro semestre. No mesmo mês de junho, todos os outros 80 senadores receberam uma remuneração líquida de cerca de R$ 39,5 mil, incluindo a parcela do 13º.

Informações relativas à remuneração dos senadores e veiculada no site da Casa dão conta de que, caso Aécio não tivesse recebido a primeira parcela do benefício, a remuneração líquida referente ao mês de junho seria de R$ 2,7 mil, ou seja, 10% dos R$ 22,7 mil que o senador recebeu no mês anterior, maio (houve corte relativo a imposto de renda e plano de seguridade social, considerando-se o mês de abril). A conta se explica da seguinte maneira: em junho, descontaram-se valores relativos às faltas do parlamentar em reuniões para votação em plenário, as chamadas sessões deliberativas.

Atualmente, o salário bruto de senadores e deputados é de R$ 33,7 mil, que é teto salarial do funcionalismo público, nos termos da Constituição – o 13º, no entanto, não é considerado para o cálculo do teto constitucional, lembra a matéria assinada pelo repórter Gustavo Garcia. Incidem sobre o valor descontos obrigatórios, a exemplo do Imposto de Renda.

Conselho de Ética

A denúncia contra Aécio também lhe rendeu um processo por quebra de decoro no Senado que se arrasta desde que foi pedido – o presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), por exemplo, só recebeu a acusação um mês depois do protocolo. As complicações do tucano se agravaram com a divulgação da gravação em que  Joesley Batista o flagra pedindo R$ 2 milhões, com um gravador escondido.

O dinheiro, de acordo com a delação de Joesley já homologada no Supremo, foi repassado a um primo de Aécio, que chegou a ser preso e agora está em prisão domiciliar. A entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal, que rastreou o caminho da encomenda e descobriu que o montante foi depositado em numa empresa do filho do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), aliado de Aécio na política mineira.

A Polícia Federal fez buscas nos gabinetes de Perrella e de Aécio Neves. Na ocasião, carros da PF deixaram o prédio do Congresso com malotes e demais documentos apreendidos. Alado de Temer, o gabinete do ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR), também preso, foi alvo das mesmas diligências.


Além da abertura do processo de cassação de Aécio, a representação protocolada no Conselho de Ética requereu cópia integral de provas em poder do STF, bem como a oitiva dos investigados. Entre eles, além de Aécio e Zezé, os irmãos Wesley e Joesley Mendonça Batista, donos da JBS; o diretor de Relações Institucionais da empresa, Ricardo Saub, apontado como intermediador dos flagrantes; e o servidor comissionado Mendherson Lima, lotado no gabinete de Perrella, responsável pelo transporte do dinheiro.

Tucano ficou um mês e 12 dias impedido de exercer mandato. Foto: Pedro França/ Agência Senado.

Noblat: Aécio virou um estorvo e será cassado



Menos de dois meses depois de tê-lo como convidado VIP de sua festa de 50 anos de carreira, Ricardo Noblat, hoje, joga definitivamente Aécio Neves no lixo, como já fizera com o ex-bonitão Michel Temer.

Do Tijolaço - Diz que “ninguém dentro do PSDB aguenta mais suportar o peso do fardo em que se transformou o senador afastado Aécio Neves (MG). Nem seus telefonemas de cobrança de apoio”.

Se bem que a fama de “telefonista chato” de Aécio seja um traço comum mas delações em que aparece, Noblat não dá pistas de quantos ou quem seriam os incomodados ou se o prefixo dos telefones é 011, São Paulo.

Muy amigo, o colunista de O Glbo diz que se dá como certo que “ele será cassado por seus pares no Senado, acusado de quebra de decoro

Isso, acrescente candidamente, “se antes não for preso pelo crime de tentativa de obstrução da Justiça”.


O Brasil melhorou com um ano de Temer, diz Aécio Neves


A menos de uma semana do aniversário do golpe que ajudou a promover, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) publicou um artigo em que diz que o Brasil está melhor depois da deposição da presidente legitimamente eleita por 54 milhões de brasileiros, Dilma Rousseff.

Do 247 - "É impossível não reconhecer os desafios vencidos nesse período. Reformas importantes foram apresentadas pelo governo e estão sendo debatidas no Congresso e pela sociedade", exalta o tucano.

A população brasileira, no entanto, não parece concordar. Michel Temer é hoje aprovado por apenas 4% dos eleitores e o próprio Aécio sente na pele a rejeição.

De líder nas pesquisas de intenção de voto, o tucano está hoje na Lanterna das pesquisas de intenção de voto, lideradas com folga pelo ex.presidente Lula.




Câmara quer aprovar reforma política que impede a atuação parlamentar dos partidos “menores”


A Câmara dos Deputados quer aprovar, às pressas, proposta de Reforma Política que impede a atuação parlamentar dos partidos que não alcançarem um certo percentual de votos nas eleições. Esse dispositivo é chamado de cláusula de barreira e representa a perda de isonomia no processo eleitoral brasileiro, privilegiando apenas grandes partidos.

PSOL 50 - A emenda constitucional, sugerida por Aécio Neves (PSDB-MG), recebeu parecer pela admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) na última terça-feira (04/04). O projeto pretende vedar as coligações entre partidos nas eleições para deputado e vereador a partir de 2020 e estabelecer cláusula de desempenho para o funcionamento parlamentar das legendas.

Assim, a cláusula de barreira exigiria que os partidos tivessem um mínimo de 3% dos votos para deputado federal em todo o país e ao menos 2% dos votos para deputado federal em 14 das 27 unidades da federação (os 26 estados e o Distrito Federal). A regra valeria a partir de 2022.

Para o presidente nacional do PSOL Luiz Araújo, isso representa “um ataque à liberdade partidária conquistada com a redemocratização do Brasil”, uma vez que permite a concentração do poder do país na mão de poucos e velhos partidos – os quais são em sua maioria conservadores.

Além disso, segundo Luiz, a cláusula de barreira proposta ameaça a existência dos novos partidos, que vêm ganhando protagonismo na política. “É uma tentativa de calar alternativas de esquerda para superar a crise. Todos que defendem as liberdades democráticas devem estar atentos e mobilizados”, afirma.

Caso sua admissibilidade seja aprovada na CCJ, a proposta será analisada por uma comissão especial e então votada em dois turnos no Plenário. Ela pode retornar ao Senado se os deputados fizerem mudanças no texto.

Crédito da Foto: Alex Ferreira.

Principais nomes do PSDB à presidência aparecem em delações da Lava Jato


Os três principais nomes do PSDB para a disputa da Presidência da República em 2018 já foram citados em delações da Operação Lava Jato. O mais recente deles é o governador paulista, Geraldo Alckmin. Em praticamente todos os casos, o esquema envolveria dinheiro de caixa dois para campanhas.

Do Uol

Antes da menção a Alckmin, delatores citaram casos envolvendo os nomes de José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, e do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB. Os três negam as acusações. Veja, abaixo, as principais acusações:

Geraldo Alckmin

Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" afirma que, em delação, a Odebrecht informou que fez doação ilegal, em dinheiro vivo, para as campanhas de Alckmin em 2010 e 2014, ambas para o governo de São Paulo.

Executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas ao governador como intermediárias dos repasses e afirmam que não chegaram a discutir o assunto diretamente com Alckmin.

Segundo a delação, os R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista.

Alckmin afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas". "Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral".

Esta não foi a primeira vez que o nome do governador aparece nas investigações. O personagem tratado pelo codinome "santo" em planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina foi identificado como sendo o de Alckmin, segundo a revista "Veja". A publicação diz ter confirmado essa informação com três fontes que participam do acordo de delação da Odebrecht, considerado o mais explosivo da Lava Jato.

A "Folha" revelou em março que o apelido "santo" aparecia associado a uma obra do governo Alckmin de 2002, a duplicação da rodovia Mogi-Dutra.  A assessoria de Alckmin disse que a obra foi feita por outra empreiteira, a Queiroz Galvão, e que os delatores isentam o governador.

José Serra

Segundo um mesmo delator, Serra também está ligado a um esquema de caixa dois em sua campanha presidencial no ano de 2010.

Executivos da Odebrecht afirmaram aos investigadores da Lava Jato que a campanha do agora ministro recebeu R$ 23 milhões em doações ilícitas. Os executivos disseram que parte do dinheiro foi entregue no Brasil e parte foi paga por meio de depósitos bancários realizados em contas no exterior. Oficialmente, a Odebrecht doou apenas R$ 2,4 milhões para a campanha de Serra.

Segundo os depoimentos de executivos da Odebrecht, a negociação para o repasse à campanha de Serra se deu com a direção nacional do PSDB à época, que, depois, teria distribuído parte do dinheiro entre outras candidaturas. A empresa afirmou ainda que parte do dinheiro foi transferida por meio de uma conta na Suíça.

Sobre a acusação da Odebrecht, Serra disse, na época em que o fato foi divulgado, que a campanha dele durante a disputa a Presidência da República em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor. O tucano afirmou também que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB, e que ninguém foi autorizado a falar em seu nome.

Aécio Neves

No âmbito da Lava Jato, o nome de Aécio foi mencionado pelo ex-deputado federal Pedro Corrêa, que afirmou que ele foi um dos responsáveis pela indicação do diretor de Serviços da Petrobras, Irani Varella, na fase final governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2001.

Na época, Aécio era deputado federal. Segundo o delator, Varella era responsável por conseguir "propinas com empresários para distribuir com seus padrinhos políticos".

Na época em que a delação de Corrêa foi divulgada, Aécio disse que Corrêa é desprovido de qualquer credibilidade e que sua afirmação é falsa e absurda.

O presidente do PSDB também foi citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo o delator, ele participou da captação de recursos ilícitos para a bancar a eleição de Aécio para a presidência da Câmara dos Deputados em 2001. Foram arrecadados cerca de R$ 7 milhões, segundo Machado.

Sobre a fala de Machado, o tucano disse que "são acusações covardes e falsas de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar".

Já o ex-petista e senador cassado Delcídio Amaral afirmou em deleção no âmbito da Lava Jato que Aécio recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras. Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informações.


Nesse caso, o tucano disse que as acusações eram "falsas" e "mentirosas". "Delcídio repete o que vem sendo amplamente disseminado há anos pelo PT que tenta criar falsas acusações envolvendo nomes da oposição. É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos", disse em nota.

Serra (à esq), Aécio (centro) e Alckmim são os principais nomes do PSDB para 2018.

Uma das melhores cenas da sessão: O Candidato Derrotado



Uma das melhores cenas da sessão da manhã do Senado foi quando Dilma citou o “candidato derrotado”. Dilma sublinhou o adjetivo “derrotado”.

Sem que nada houvesse sido obviamente combinado, a câmara da TV Senado se fixou em Aécio. E os memes se multiplicaram pelas redes sociais.


É assim que Aécio, o Abominável Aécio das Neves, vai passar para a história. Como o candidato conservador que ao ser batido nas urnas iniciou o processo de golpe que tragicamente vai chegando ao fim.

Há outros protagonistas no golpe, como Eduardo Cunha, bem definido por Katia Abreu nestes dias como um “escroque internacional”.

Mas Aécio é um caso à parte.

Um corrupto contumaz, um recolhedor de propinas que sempre gozou da proteção da mídia, Aécio foi inventando pretextos absursos para desqualificar a vitória de Dilma.

Colocou em dúvida a lisura das urnas eletrônicas, chegou à insanidade de reivindicar que fosse ele proclamado presidente — e depois se mancomunou com Eduardo Cunha para que este aceitasse o processo de impeachment na Câmara, a base de tudo.

Não esqueçamos o papel imundo, na trama, do mentor de Aécio, FHC, um homem de esquerda na origem que foi caminhando progressivamente para a direita e hoje é um fâmulo da plutocracia.

Mas é de Aécio que tratamos.

Dilma qualificou-o exatamente como ele passará para a história. Sem nome, sem nada: como o candidato derrotado.

Os historiadores do futuro já têm um título pronto para a biografia na qual narração a carreira infame de Aécio.

O Candidato Derrotado.


Corrupto contumaz.

O homem que defende o afastamento de uma eleita, mas será julgado por desvio de R$4,3 bilhões



Por três votos a zero, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que o senador Aécio Neves continua réu em ação civil por improbidade administrativa movida contra ele pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Aécio é investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas e pelo não cumprimento do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a 2008, período em que ele foi governador do estado. O julgamento deverá acontecer ainda esse ano. Se culpado, o senador ficará inelegível.


Desde 2003, a bancada estadual do PT denuncia essa fraude e a falta de compromisso do governo de Minas com a saúde no estado. Conseqüência disso é o caos instaurado no sistema público de saúde, situação essa que tem se agravado com a atual e grave epidemia de dengue.

Recurso

Os desembargadores Bitencourt Marcondes, Alyrio Ramos e Edgard Penna Amorim negaram o provimento ao recurso solicitado por Aécio Neves para a extinção da ação por entenderem ser legítima a ação de improbidade diante da não aplicação do mínimo constitucional de 12% da receita do Estado na área da Saúde. Segundo eles, a atitude do ex-governador atenta aos princípios da administração pública já que “a conduta esperada do agente público é oposta, no sentido de cumprir norma constitucional que visa à melhoria dos serviços de saúde universais e gratuitos, como forma de inclusão social, erradicação e prevenção de doenças”.

A alegação do réu (Aécio) é a de não ter havido qualquer transferência de recursos do estado à COPASA para investimentos em saneamento básico,  já que esse teria sido originado de recursos próprios. Os fatos apurados demonstram, no entanto, a utilização de valores provenientes de tarifas da COPASA para serem contabilizados como investimento em saúde pública, em uma clara manobra para garantir o mínimo constitucional de 12%. A pergunta é: qual foi a destinação dada aos R$4,3 bilhões então?

O sabotador da Democracia: Aécio evoca a instabilidade que ele mesmo cria para justificar o golpe

Do DCM
Aécio é uma pândega.

Ele fala coisas que nada têm a ver com o que ele próprio faz.

Na campanha, como um papagaio passou a usar a palavra “meritocracia”. Ora, Aécio jamais praticou a meritocracia. Encheu o governo de Minas de parentes, amigos e assemelhados. A eminência parda de suas gestões foi, meritocraticamente, sua Andrea, aquela que dava dinheiro público de publicidade oficial para a mídia amiga e sufocava à míngua a mídia independente.

Demagogo e golpista.

Sua própria trajetória é a negação da meritocracia: Aécio ganhou tudo de bandeja – de empregos a votos – por ser integrante de uma oligarquia mineira.

Bem, fiel a sua tradição de falar coisas absurdas, ele agora declarou, em tom acusatório e olhando para Dilma, que há muita instabilidade no Brasil.

Ora, ora, ora.

O nome da instabilidade é Aécio. Ele vem promovendo acintosamente instabilidade no país desde que saíram os resultados da eleição em que ele foi derrotado.

Aécio esteve à frente de todas as manobras sujas para contestar o desejo do povo expresso nas urnas. Ele já começou renegando os números e exigindo recontagem.

Quer dizer: os votos que elegeram Alckmin eram limpos, mas os que deram um segundo mandato a Dilma eram sujos.

Daí para a frente, Aécio não parou mais de estimular instabilidade pelo país. O terceiro turno se tornou uma obsessão sua, uma coisa mesquinha, patológica, alimentada pelos coronéis da mídia e abençoada por FHC.

Se Aécio fizer um exercício reflexivo sobre quais foram suas atividades no ano que se encerra, uma linha será suficiente. Ele fez um terceiro turno.

Nem a direita venezuelana, um exemplo mundial de predação e exclusão, chegou aos extremos de Aécio, FHC e cúmplices.

Aécio e FHC, somados e misturados, viraram um Frankstein que você pode batizar de Carlos Lacerda.

Lacerda passou a vida destruindo democracias e votos dos brasileiros. Recebeu a merecida resposta do destino depois do golpe militar pelo qual ele tanto se bateu. Ele queria que os militares derrubassem Jango e lhe dessem de bandeja a presidência.

Terminou cassado, e morreu do amargor de ver o colapso de seus planos sórdidos. Passou para a história como um corvo, como um conspirador impenitente, como um inimigo do povo e de suas escolhas.

Getúlio Vargas, para cujo suicídio ele tanto contribuiu, é uma figura de extraordinário relevo na história nacional. É merecidamente reconhecido como o presidente que construiu um Brasil novo, no qual greves, sindicatos e questões sociais já não eram mais “caso de polícia”, para usar a infame expressão de um antecessor de GV.

Aécio receberá da história a justa resposta. Será lembrado como um golpista, um demagogo que fala em democracia ao mesmo tempo que a sabota de todas as maneiras possíveis.

Aécio usar a palavra instabilidade para promover sua causa suja é o mesmo que Nero apontar para as chamas de Roma e bradar contra o incêndio.

Como Lacerda, e como Nero, o lugar de Aécio – e de seus comparsas como FHC – já está garantido no panteão dos inimigos da democracia.

Estivéssemos em 1964, ele estaria rastejando de quartel em quartel — as vivandeiras dos bivaques como celebrememente se referiu o general Castelo Branco aos civis que pediam aos generais que depusessem Jango.

Aécio não é mais nem menos que isso: uma vivandeira modelo 2015.

Opiniões e interesses de Aécio e Eduardo Cunha acerca da Redução da Maioridade Penal



Para evitar uma aproximação entre o governo Dilma Rousseff (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), uniram forças e planejam a aprovação da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, uma vitória que vai além do que parece.

Aécio Neves e Eduardo Cunha se articulam para aprovar
Redução da Maioridade Penal.
Isso porque, segundo a Folha, o que Cunha quer ajudando Aécio é tentar isolar a presidente Dilma, algo que não aconteceria se alas do PSDB que apoiam Alckmin votassem junto com o governo contra a redução da maioridade penal proposta por conservadores.

Por outro lado, Aécio quer evitar que Alckmin seja protagonista neste tema, assim como impedir que ele assuma o papel de “oposição ponderada” e coloque em xeque as atitudes de alguns tucanos que cometem excessos apenas para desgastar ainda mais o governo.

Segundo informações da Folha desta quinta-feira (11), ministros de Dilma disseram que “o acordo de Cunha com os tucanos é o time de Aécio se movimentando contra Alckmin, com objetivo de impedir a construção do governador paulista como ‘oposição ponderada’ e contando com o ‘oportunismo’ anti-governo do Cunha”.

Se a estratégia der certo, Alckmin terá duas opções: ou recua da proposta de defender maior tempo de internação de menores que cometerem atos ilícitos – e não a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, como quer Aécio – ou aceita o “constrangimento” de ficar ao lado de Dilma sozinho, em contraposição ao presidente nacional do PSDB.

Na quarta-feira (10), Cunha acertou com o PSDB os votos para aprovar a redução da maioridade penal. A movimentação do peemdebista foi uma estratégia também para “minar a articulação do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) com os tucanos”, acrescentou a Folha. Dilma deu a Cardozo a missão de entrar em acordo com o grupo de Alckmin sobre a redução da maioridade penal. Cunha nega que tenha conversado com Aécio sobre o assunto.

Por que FHC, Aécio, Aloísio e sua turma não conclamam o povo pela reforma política?



A tucanalha entreguista, FHC, Aécio Neves, Aloísio Nunes e sua turma, se estivessem realmente preocupados com os destinos do país, no lugar de insuflar o golpe deveriam conclamar a sociedade para sair as ruas pela reforma política.

Mas só que não. Quanto mais indícios de envolvimento de seus nomes em falcatruas, mais intensificam sua missão diária de espalhar o ódio e pregar o impeachment contra Dilma.

Se pra isso for preciso que haja mais mortes nas ruas, como aconteceu em junho de 2013, eles não se importam. Não agem como estadistas, políticos experientes, cidadãos sensatos.

Querem ver o circo pegar fogo. Assim as atenções se voltam para os distúrbios de rua e as reais mudanças necessárias neste país, ficam pra depois, ou se depender deles, para nunca.

No final de semana FHC convocou a cúpula do partido, com certeza preocupado com as afirmações do jornalista Ricardo Boechat de que não endossava mas também não duvidava das denúncias de que o nome de Aécio Neves estaria na lista de políticos investigados na Lava Jato, analisada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

E o que disse FHC durante o encontro? fez uma intervenção pregando que o PSDB estimule as manifestações do dia 15 mas mantenha distância institucional do mote Fora Dilma. Ou seja, sabe que pregar o impeachment é golpe mas quer o povo na rua, lenha para o fogo maior. Aloysio Nunes garantiu que vai participar.

Ao comentar a respeito das denúncias envolvendo seu nome, Aécio usou mais uma vez, para variar, sua frase predileta: é mentira, é piada. Disse também que o Brasil está se transformando no país da mentira. Com certeza, com sua indispensável colaboração.

A expectativa é de que nesta semana Rodrigo Janot apresente a lista de políticos que apareceram nas investigações da Lava Jato, que apura a lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo fraudes principalmente na Petrobras. Já veremos quem está mentindo ou elegendo nomes que “devem aparecer, ou não” de uma grande lista.

Outro grande escândalo que está deixando a elite e seus defensores sem dormir é o caso swissLeaks, ou suiçalão, como ficou conhecido, que mostra que a sonegação dos ricos é a maior corrupção global e o Brasil não fica de fora.

O ‘Swissleaks teve como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani, segundo o qual em declarações à imprensa francesa, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões. Deste montante, grande parte pode ter sido ocultada do fisco brasileiro.

O número de brasileiros que utilizaram o mecanismo criminoso disponibilizado pelo HSBC foi divulgado divididos da seguinte forma: 10%, das contas estão vinculadas a empresas no exterior em paraísos fiscais (que é o método de esconder o dono do dinheiro); 20% das contas estão em nome de seus proprietários; e 70% são contas numeradas que é o tradicional artifício para ocultar seu proprietário.

Por que o suiçalão do HSBC apareceu pouco nos noticiários da mídia comercial ? por que não se interessam em explicar ao povo como acontecem as operações de sonegação fiscal ? por que não fazem matérias esclarecendo quais são os métodos usados para permitir que os impostos que deveriam pagar e ser usados em infraestrutura no Brasil, são escondidos em instituições vistas como legítimas fora do Brasil?

No site Megacidadania, o repórter Alexandre Teixeira revela como o ex-assessor de FHC, que integrava o programa de privatização da década de 90, Saul Dutra Sabba, dono do Banco Máxima, foi protegido pela mídia conservadora e teve seu nome retirado da primeira lista divulgada no país, sobre o escândalo do HSBC. Por que será?

O blog Diário do Centro do Mundo está desenvolvendo uma série de reportagens sobre o escândalo da sonegação/corrupção da Rede Globo e identificou o paraíso fiscal das Ilhas Virgens como sendo o local onde a Globo executou seus crimes. É exatamente nestes paraísos fiscais que estão centenas de contas de brasileiros, via mecanismos fraudulentos do HSBC.

E então vejamos, é notório o vínculo político existente entre a mídia empresarial e os tucanos. E o HSBC é sabidamente um grande financiador publicitário destas famílias que controlam a mídia brasileira. Portanto, não é difícil que algumas delas tenham utilizado os mesmos mecanismos de sonegação.

Concordo com o editor do Megacidadania que exige a divulgação integral da lista dos saqueadores camuflados pelo HSBC. Acredito ser de extrema valia para os destinos do país e altamente esclarecedor, além de um dever de consciência política de todos que dizem lutar contra a corrupção.

Eu disse e volto a repetir: no Brasil, finalmente, o combate à corrupção chegou aos corruptores e mostrou que o esquema estava na maioria das vezes relacionado ao sistema eleitoral. Daí a necessidade de uma reforma política urgente hoje no país.Sobre isso os golpistas não falam. Por que não conclamam a população para ir as ruas se manifestar a favor da reforma política?
Outro indício claro de que os tucanos e a imprensa comercial familiar jogam no campo dos inimigos do povo e são contra a reforma política de verdade é o silêncio em torno do comportamento de Gilmar Mendes.

No próximo mês de abril faz aniversário de um ano o engavetamento na mesa do ministro de uma ação que pede o fim de doações de empresas para candidatos, comitês eleitorais ou partidos políticos. 

O julgamento, iniciado no dia 2 de abril de 2014, foi suspenso quando contava com 6 votos a favor e um contra.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4650), movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados no Brasil (OAB), pede mudanças nas Leis 9.096/1995 e 9.504/1997, que disciplinam o financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais. A entidade integra, juntamente com outras 102 organizações da sociedade civil, o projeto da coalização pela reforma política.

Até quando Gilmar vai impedir a discussão do tema pelo Supremo? Até quando todos se emudecerão a respeito ?

Os tucanos de alta plumagem do Brasil não defendem a reforma política porque se a lei eleitoral que hoje permite que grandes empresas financiem campanhas políticas for mudada, os interesses destes setores não terão representantes pagos dentro do Congresso Nacional e, portanto, as questões serão decididas de acordo com o interesse do povo e não de grupos econômicos.

E para se eleger eles terão que apresentar idéias criativas e consistentes, terão que defender os interesses do país e dos brasileiros e não comprar votos com campanhas milionárias; se eleger; e depois defender nas ruas golpes contra a democracia, como se isso fosse parte dela.