GRUNEC celebra 21 anos com falas de resistência e de esperança e lançamento de site em evento virtual

(FOTO/ Reprodução/ YouTube).

Por Nicolau Neto, editor

Nesta quarta-feira (21), o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) completou 21 anos de existência. Para celebrar essas mais de duas décadas, o coletivo negro, que nasceu na cidade de Crato, promoveu um evento virtual por meio de seu canal no YouTube.

Com o tema “Caminhos de Resistência: Um Olhar de Esperança”, o evento foi mediado pelo estudante de História (URCA) e secretário do grupo, Carlos Dias, e contou com as participações três mulheres.

As convidadas foram Zelma Madeira, professora do curso de Mestrado em Serviço Social, Trabalho e Questão Social da UECE, doutora em Sociologia pela UFC e ex-coordenadora da Coordenadoria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial do Ceará (CEPPIR/SPS), onde a campanha “Ceará sem Racismo – Respeite minha história, Respeite minha diversidade”, liderada por ela, venceu o Prêmio Innovare 2020, na categoria Justiça e Cidadania. Atualmente ela é Assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Ceará, que possui status de secretaria; Martír Silva, advogada, mestre em Políticas Públicas, professora dos cursos de Direito e Serviço Social das Faculdades Cearenses (FAC), tem atuação nos movimentos de mulheres, antirracistas, e em Defesa do Estado Democrático de Direito e substituiu Zelma na CEPPIR/SPS e Fatinha Gomes, graduada em música ((UFCA), cantora, compositora, pesquisadora, fundadora do projeto Re-inventário de Cantoras: Um olhar para o canto das Guerreiras Cariri e fundadora do grupo Cantando Marias que reverência a memória da Música tradicional.

Todas elas destacaram o papel do GRUNEC na luta contra todas as formas de discriminação e na busca por uma sociedade com equidade. Elas mencionaram ainda a força do grupo que resiste e persiste, mesmo considerando a conjuntura política de cortes de direitos e aumento desenfreado de práticas racistas e de feminicídios e pelo desvelamento das desigualdades raciais trazidas com a pandemia da Covid-19.

Lembraram ainda a trajetória do grupo e daqueles e daquelas que deram os primeiros passos para sua formação, como Verônica, Valéria e Luciano, além de frisarem como importante a renovação a partir da participação da juventude. Hoje, o GRUNEC tem na direção Jéssica Lorenna (Presidenta), Maria Raiane (Vice-presidenta) e Carlos Dias (Secretária Geral). Luciano Carvalho, um dos fundadores, completa a diretoria como Tesoureiro. Esta nova diretoria foi eleita e empossada em assembleia virtual em 06 de setembro de 2020.


Quem também deixou sua homenagem ao grupo foi Ieda Leal, do Movimento Negro Unificado (MNU).

Quero me somar a vocês nessas comemorações da nossa resistência no país. Neste momento de pandemia, onde nós temos um genocida, fascista, machista e absolutamente racista no planalto, nós precisamos ter instituições como a de vocês, como o GRUNEC, para fazer frente e fortalecer a nossa luta”, disse. 

O evento foi encerrado com o lançamento do site do coletivo. Neste espaço, considerado uma importante ferramenta, há informações sobre o que é e o que faz o GRUNEC. 

Clique aqui e acesse o site.

Quer saber mais sobre o grupo? Clique aqui.

Clique aqui e confira toda a discussão do evento no Canal “Grunec Negro”, no YouTube.   

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