Sérgio Moro saiu/caiu e teve frustrado o sonho de aposentadoria vitalícia no STF, Diz Técio Nunes



Técio Nunes. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

Agora ofereceram a ele a possibilidade da presidência da república. E ele aceitou. Fez um "pronunciamento à nação" dizendo o quanto ele era bom, honesto, corajoso. Ainda disse que a única coisa que negociou com Bolsonaro foi uma pensão para a família caso ele morresse sendo o herói da nação brasileira contra o crime organizado. Um anjo um omi desses.

Enfim, a saída de Moro sinaliza algumas coisas: reorganização da direita clássica e tradicional brasileira, liberal e de mercado. Sinaliza uma fragilidade do Bolsonaro e seu desgoverno.

Com certeza com a sua saída ele leva parte desses 34% que apoia o desgoverno. Vamos medir pra ver quanto é. Em breve saí pesquisa para avaliar isso e TB avaliar como anda a percepção do "público" com relação ao Moro. Essa queda de popularidade pode ser fundamental para a queda do Bolsonaro. Queda essa de realização nada simples. Estamos em meio a uma pandemia e ainda tem que resolver o que fazer com o Mourão que tá se "aquecendo" ali na dele na reserva pronto para entrar em campo.

Vamos ver como se dará essa reaproximação de Bolsonaro com o "centrão" parasita (seu local de origem).

Vamos também observar como se comporta os militares/Mourão e Cia e, também, o bloco PSDB-Doria/DEM-Maia/Globo-Moro.

Moro é o "tordo" da direita clássica que vinha ruim das pernas e sem um interlocutor nacional.

O partido globo teve muita "dedicação" em construir essa figura que agora sim está livre para cumprir o papel para o qual ele foi construído.

A "briga" circense de hoje foi parte do espetáculo. A questão central não é a PF que nunca teve e nem deve ser independente. Brigar para ver quem a dirige faz parte do processo e agora o partido globo tenta fazer com que o Moro seja o justo herói que saiu do desgoverno por ter princípios éticos. Desgoverno esse do qual ele foi defensor e escudo. Desgoverno esse do qual ele falou quando era necessário falar. O que dizer de um ex juíz de direito que fica calado quando o seu presidente participa e articula atos contra a democracia?

Isso para não falar da total falta de compromisso de Moro com o caso Marielle. Até agora sem resposta para a pergunta que parou o país.

A esquerda ainda só assiste. Sendo expectadora dos fatos que se desenrolam. Não por "querer" mas por um conjunto de imposições.

A falta de unidade e também de programa para os e as trabalhadoras é um dos fatores disso também. Sem isso não se disputa hegemonia na atual conjuntura.

Espero que tenhamos grandeza histórica para saber lidar com isso.
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Técio Nunes é ativista político e secretário geral do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Ceará.

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