Mulheres do cariri preparam ato pela vida das mulheres e contra Bolsonaro


Grupo Impulsionar em reunião de planejamento da agenda 8m do cariri. (FOTO/ Nívia Uchoa).


Texto: Nicolau Neto

Movimentos de mulheres e centrais sindicais preparam atos por todo o Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro em referência ao Dia Internacional da Mulher. Na região do cariri cearense, a manifestação será realizada no próximo dia 6, com concentração na prefeitura do Crato, a partir das 8h.

O evento é pensado e organizado pelo grupo impulsionador do 8 de Março Cariri que conta com a participação do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Frente de Mulheres do Cariri, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense, Conselho Municipal dos Direitos LGBT de Juazeiro do Norte, Coletivo Marielle Franco e Movimento de Mulheres Olga Benário e tem como temática central “Pela Vida das Mulheres: Contra o Racismo, o Machismo, a LGBTFobia e o Fascismo”.

O grupo impulsionador do 8M Cariri citando dados dos Relógios da Violência ligados ao Instituto Maria da Penha demonstram que “a cada 2 segundos uma mulher é agredida de forma física ou verbal no Brasil; a cada 16,6 segundos é ameaçada com faca ou arma de fogo; 1,4 segundos é assediada; 22,5 segundos é vítima de espancamento ou tentativa de estrangulamento e a cada dois minutos são vítimas de armas de fogo” e que o Ceará no que se refere assassinatos de mulheres ocupa o quarto lugar no ranking nacional.

Segundo Zueide Queiroz, pós doutora, professora do departamento de pedagogia da Universidade Regional do Cariri (URCA), ativista e sindicalista, o dia internacional da mulher é um dia de luta e que o momento é oportuno para “denunciar a situação de violência vivida por nossas mulheres no mundo, no Brasil, no Ceará e no cariri”. “No Ceará”, pontua Zuleide, “somente em 2020, já nos dois primeiros meses, já temos 28 mulheres mortas”. 

Essa situação não pode continuar e o feminismo é para todos”, frisou Zuleide.

Segundo a organização do evento, no governo Bolsonaro o número de casos de feminicídio aumentou exponencialmente e não por acaso, desde a campanha à presidência da república, Bolsonaro tem mostrado que machismo, misoginia, lgbttfobia e o fascismo seriam bases para o desenho de seu governo.

É com base nisso que Ana Paula diz que o dia 6 é ideal para “lutar contra esse governo e contra essa necropolítica de nos matar. 

Mulheres cis, mulheres trans, travestis, lésbicas e bissexuais”, diz. 

Ana Paula cita ainda mulheres caririenses envolvidas em situação de violência, como Ketily, Pâmela, Lislaine e Monique.

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