Texto: Nicolau Neto
O dia 15 de outubro é “comemorado” o dia do professor. Nesta data e, por todo o pais, diversas pessoas dedicam parte do seu tempo para homenagear aqueles e aquelas que se desdobram diariamente para contribuir com o desenvolvimento da educação e consequentemente para o exercício da cidadania e da politização de estudantes, da educação infantil ao ensino superior.
A
data foi pensada ainda no período do império no Brasil, não que tenha surgido
aqui, quando D. Pedro I instituiu em 15 de outubro de 1827 um decreto que
criando o Ensino Elementar no Brasil regulamentando os conteúdos a serem
ministrados e as condições trabalhistas dos professores. Já século XX, Salomão
Becker, professor, em conjunto com outros três, criaram em 1947 um dia para
homenagearem aos professores. Mas somente no governo do presidente João Goulart,
em 1963, a data foi oficializada através da aprovação do decreto federal nº
52.682.
Acreditando
que a educação é o caminho mais saudável e viável para a transformação da
realidade para melhor, o professor Nicolau Neto lançou um desafio a
ex-estudantes e atuais estudantes em sua rede social Instagram. O desafio que
acompanhou uma foto publicada dizia “se eu fui seu professor, escreva nos
comentários frases ou palavras que eu tenha dito e que lhe marcou”.
Alguns
estudantes e algumas estudantes aceitaram o incitamento:
Nalanda
Cordeiro foi uma das primeiras. “Mas,
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto....”. Eugênia Almeida, que hoje cursa Psicilogia,
lembrou de uma frase atribuída ao filósofo e escritor francês Voltaire e que
era recorrente a citação em sala. “Posso
não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a
morte o direito de você dizê-las”, escreveu. A mesma frase foi lembrada por
Vitória Alves, hoje cursando Fisioterapia.
José
Márcio descreveu “Se vcs não pararem de
conversar eu não vou conseguir dá aula”. (SIC). Na mesma linha escreveram
Angélica Milfon, Bianca e Graziele. “Silêncio,
filósofos”, relataram.
Karol
Alves, estudante de Construção Civil destacou “É serio?” e “arrasou colega” e
lembrou “o único professor que nunca vi
levar um livro pra sala de aula, só pincel”.
E Ana
Lais ressaltou “em disputas de narrativa
nós devemos oferecer nossa opinião, mas não com o objetivo de fazer com que a
pessoa mude de ideia, e sim com que ela absorva a nossa ideia” (SIC).
Os
nossos agradecimentos a todas e todos que aceitaram a nossa provocação sadia.
Fiquemos com o que disse a escritora negra Carolina Maria de Jesus: “Mas o povo não deve cansar, não deve chorar.
Deve lutar para melhorar o Brasil para nossos filhos não sofrer o que estamos
sofrendo” (do seu livro ‘Quarto de Despejo').
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