Dos 5 autores mais vendidos na Flip 2019, 1 é indígena e 4 são negros. Cearense Jarid Arraes está na lista


Jarid Arraes. (FOTO/Dani Costa Russo).
Texto | Nicolau Neto

Entre os autores dos livros mais vendidos na livraria da edição 2019 da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), estão negros e indígena. Dos cinco primeiros autores, 1 é indígena e 4 são negros.


No topo da lista, segundo apurou a Folha de São Paulo, só estrangeiros negros. A portuguesa Grada Kilomba, de família proveniente de Angola e São Tomé, é a dona da obra mais vendida. Trata-se de “Memórias da Plantação – Episódios de Racismo Cotidiano”. Completam essa lita a Nigeriana Ayobami Adebayo, o angolano Kalaf Epalanga e Gael Faye, que nasceu em Burundi.

Porém, e de um brasileiro o terceiro livro mais vendido - “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”, do indígena Ailton Krenak.

Os brasileiros ganham destaque ainda com a filósofo Djamila Ribeiro que ficou em nono lugar com a obra “Lugar de Fala” e Jarid Arraes. Além de escritora, Jarid, que é natural de Juazeiro do Norte, é também cordelista e poeta.

A cearense figurou em 11º lugar com o livro “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”.

Em sua rede social, Jarid comentou o fato:

“Estou na lista de mais vendidos da Flip.Com cordel. Com o livro que levou vários “nãos” e silêncios. Um livro que recebeu um “não tem nada a ver isso aí” de um curador de cordel badalado no Brasil e por isso fui barrada numa editora. Até aparecer Lizandra Magon De Almeida e a Pólen. Um livro de LITERATURA DE CORDEL escrita por uma MULHER. NEGRA. Entre autores de outros países, ensaios, romances, etc. Na lista, estou em décimo primeiro lugar.

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