Protestos pró-educação têm nova rodada hoje. Por que ir às ruas?


Protestos pró-educação têm nova rodada hoje. Por que ir às ruas?
(FOTO/Reprodução).

Cortes em universidades e falta de espaço para estudantes no governo prometem inflar manifestações. Há ao menos 150 atos marcados.

Estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da educação voltam às ruas nesta quinta-feira 30 em uma nova mobilização em defesa da educação, contra os cortes orçamentários praticados pelo Ministério da Educação e também em reação à reforma da Previdência, que sofre articulação política para ser aprovada. A ação ainda deve desembocar em uma paralisação geral no dia 14 de junho.

Segundo informações da União Nacional dos Estudantes (UNE) há 150 atos confirmados em todo o Brasil, EUA e Europa. A entidade, ao lado de outras como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), estão à frente da mobilização para o segundo ato, que tem contado com um trabalho de base junto às escolas e universidades. Ambas estão à frente de novos chamados para o #30M. A UNE, inclusive, tem estimulado os pesquisadores a levarem suas pesquisas para o ato.

Embora as instituições não arrisquem um número, apostam que a paralisação desta quinta-feira deva ser maior do que a anterior, do dia 15 de maio, que levou, pelo menos, meio milhão às ruas em São Paulo, 300 mil no Rio de Janeiro, 250 mil em Belo Horizonte,  e 100 mil em Salvador, Fortaleza e Natal.

A conjuntura é o grande chamariz para as ruas. Um país que retira dinheiro da educação vai na contramão do que os estudantes querem. Essa foi a gota d’água que deu origem ao tsunami da educação”, avalia o presidente da Ubes, Pedro Gorki.

Gorki acredita que um episódio recente pode impulsionar ainda mais a ida às ruas. Ele e a presidenta da UNE, Marianna Dias, foram agredidos e impedidos de se pronunciar na reunião da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, no dia 22 de maio. O ministro da educação, Abraham Weintraub, presente na reunião, também se negou a ouvi-los.
Nós nem precisaríamos ter dito nada. A narrativa que ficou é que eles não querem ouvir as demandas dos estudantes. E já que não quiseram ouvir na Casa do Povo, terão que ouvir nas ruas”, atesta.

Confira a lista dos locais, divulgada pela UNE, onde há atos confirmados nesta quinta-feira aqui.
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Texto: Ana Luiza Basilio, na CartaCapital. 

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