“Não entendo mesmo de economia", diz Bolsonaro prestes a ser confirmado como candidato


(Foto: Fábio Rodriguez Pozzebom/ Agência Brasil).

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) terá candidatura oficializada neste domingo, 22. Em entrevista ao O Globo, ele confirmou que não entende de economia.

"Não entendo mesmo. Não entendo de medicina, de agricultura, não entendo um montão de coisa. Acho que temos que ter bom senso para governar". O candidato disse que quem trata do assunto por ele é o economista Paulo Guedes - que, numa referência ao anúncio publicitário, comparou ao Posto Ipiranga - a quem pergunta tudo. "Não tenho vergonha de falar isso não".

"O que a gente quer: inflação baixa, dólar compatível para quem importa e exporta, taxa de juros um pouco mais baixa e não aumentar mais impostos. Só pedi coisa boa".

Bolsonaro defendeu a manutenção da meta de inflação, de 4,5%. Sem lembrar o nome do presidente do Banco Central, afirmou ainda que a ideia de Paulo Guedes é manter Ilan Goldfajn. Bolsonaro reforçou ainda ser contra a taxação das grandes fortunas.

Ele ainda admitiu que partidos do centrão, que estão com Geraldo Alckimin (PSDB), acertem com ele. "O centrão diz que vai bater mesmo o martelo lá para o dia 4 de agosto. Podem acontecer problemas entre eles, e alguém vir para o nosso lado. O atrativo que eu tenho é a popularidade. Mas estou muito tranquilo. Se der zebra, eu vou para a praia".

Porém, ele acredita que a aliança de Alckmin com o centrão o ajuda. "Vou mandar um beijo para ele (Alckmin). Um beijo hétero".

Debates

O candidato afirmou ainda que irá a debates, mas irã falar daquilo que quiser. "Vou dar um tranco de dez segundos e falar o que interessa. Não adianta querer me amarrar numa pauta. Vou responder o que eu quero".

Ele defendeu ainda permissão para os policiais matarem durante operações em favelas. "A lei permite só para o lado do crime. Imagina um soldado na rua em missão da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). É surpreendido, tem troca de tiros e acaba morrendo um inocente. É justo levar esse garoto para uma Auditoria Militar para uma condenação de 12 a 30 anos de cadeia? Ele tem que ser responsabilizado por tudo isso? Estamos vivendo em guerra, e nela os dois lados atiram". (Com informações O Povo/ O Globo).

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