Analfabetos em Historia Africana são racistas



Analfabetismo é não saber ler e o pior não saber raciocinar sobre a realidade dos fatos históricos, pois os desconhecem em profundidade e ficam difundido as máximas racistas anti a população negra por diversos motivos. Muitos realmente desconhecem e propagam informações erradas que perpetuam os racismos ou que servem de informação para nutrir os racismos contrários ao bem viver e a estabilidade física, psíquica e econômica da população negra. Outros conhecem e subvertem, produzem a divulgação distorcidas dos fatos, produzem analises superficiais e saem falando repetições da superficialidade com a eloquência de quem sabe e anunciam nos meios de comunicação o que sambem que esta errado e que defende os seus interesses passados, presentes e futuros.

Professor Dr. Henrique Cunha.
(Foto: Professora Dra. Cícera Nunes)
Porque estou falando isto? Devido às tramas e marcadores de reorganização das estruturas racistas e dominadoras de grupos de europeus conservadores e de parte dos seus descendentes que em razão dos avanços dos movimentos negros, da visão dos grupos humanitários e democráticos, se organizaram para lutar contra. Dentre as pautas que produziram ganhos para as populações negras como cotas se destacou o processo de revermos as historia da África e dos Africanos. Sim rever em razão que o racismo cientifico tinha introduzido muitas distorções e mentiras que precisavam ser revistas. Diziam que os países Africanos no passado não tinham cultura, não tinham escritas e muito menos civilizações. Tudo erros e mentiras históricas feitas como verdade por uma literatura racista que ate hoje é utilizada e que serve de base para livros errados como Casa Grande e Senzala. Por isto precisamos do passado e devido esse fator existem muitos novos conservadores brasileiros dizendo que precisamos esquecer o passado. Bom que os que têm dito que precisamos esquecer o passado mentem, porque eles mesmo não querem esse esquecimento para si e somente para nós, vejam que as heranças econômicas que eles recebem são as principais lembranças documentais do passado que eles não querem de maneira alguma esquecerem.

A nova estratégia racista tem divulgado a informação de que não é necessário as reparações históricas para os povos africanos, pois os próprios africanos venderam seus pares para os escravistas criminosos. Temos ai uma necessidade de aprofundamento da historia e de não trabalharmos a historia na sua superfície e nem no seu analfabetismo racista.

Vamos aos fatos. Não existe venda sem compra, e não existe produção de decorrências sem uso da compra. Ou seja, mesmo que africanos tenham vendido seus pares, quem comprou e usou a mão de obra africana, produziu o sistema do escravismo criminoso nas Américas e enriqueceu com isto foram os europeus e seus descendentes. As reparações são pelas decorrências dos usos criminosos e das fortunas acumuladas, além dos prejuízos imensos sofridos pelas populações negras no Brasil e nas Américas. A maior divida é sobre os prejuízos acumulados, pela persistência das condições impostas pelo escravismo criminoso. As reparações são uma proposta dos movimentos pan-africanistas, mas elas foram aceitas pela maior parte dos países democráticos em convenções internacionais como legitimas. Portanto os grupos no Brasil conservadores, tanto de esquerda como da direita, e pasmem, mas tem muitos dos membros da esquerda que não querem as reparações históricas, esses grupos estão disseminando uma campanha dizendo que os africanos foram responsáveis por venderem os demais africanos. Devemos ter cuidado com o analfabetismo histórico mesmo de historiadores brasileiros famosos, eles estão reforçando os parâmetros do racismo antinegro e do uso da historia sem profundidade. As pessoas se aproximam de nós com a trama de que eu ouvi dizer, e não de eu quem estou dizendo, sim eles não assumem as precariedades de informação e de formação que estão produzindo. Temos que esquecer o passado é falado em vozes altas mesmo nos corredores das universidades brasileiras, nas reuniões de professores nas escolas que não implantam as leis sobre a historia e a cultura africana e agora nas igrejas evangélicas que operam em favor do racismo religioso antinegro.
Vejamos mais fatos importantes. A venda, a compra, o uso e os benefícios e malefícios do uso. Olha na esquina da minha casa sempre tem alguém vendendo droga. Eu não compro, pois é ilegal, causa sérios prejuízos a saúde e aos sistemas da sociedade. Ponto, não eu não compro. Entretanto tem os que compram. Os que compram e que ficam viciados e destruídos pela compra. E não pesam as consequências para suas famílias e para a sociedade como um todo. Mas quem é estava na esquina vendendo? Não é ele que produziu o sistema do trafico e nem é ele que vai ficar rico vendendo a droga. Quem aparece, vai preso e fica fixado são os que estão nas esquinas vendendo. Os reais usuários dos lucros da droga ficam escondidos. Repito os reais usuários dos lucros e não das drogas são os que são responsáveis pela tragédia. Não que com isto se elimine a culpa dos participantes, entretanto não eles que tem que reparar a sociedade e pagar para reconstrução do que esta sendo destruído de vidas humanas. Assim que é necessário sempre um aprofundamento dos fatos históricos para compreendermos a totalidade dos acontecimentos. Nas economias não existe apenas quem vende. Existe que criou o sistema, existem os mantêm os sistemas e quem fez fortuna como o sistema e é responsável pela reparação. O comercio de africanos foi um fato autorizado pelos papas no século 15, criados pelos invasores do continente africano, e mais que invasores destruidores do continente. Para quem não sabe é bom dizer que os europeus e os turcos criaram ampla rede de fortalezas e prisões em todas as partes do continente para protegerem os seus comércios. Que exércitos foram mantidos e financiados por investidores europeus para as invasões dos países africanas e para exploração do comercio, ou seja, para exploração inclusive do escravismo criminoso. Os invasores, em 4 séculos, destruíram mais de 100 grandes cidades africanas. O sistema europeu impôs as nações e aos reis africanos a participação nesse comercio infame e o mando europeu. Os reinos impérios e cidades que não se submeteram foram simplesmente arrasadas e aniquiladas.

Portanto cuidado com o supostos analfabetos sobre a historia africana eles podem ser difusores de justificativas racistas sobre escravismo criminoso e sobre a não necessidade da reparação histórica. Ações e processo econômicos como forma de reparações já existem em muitos lugares da Europa, como consistentes iniciativas economicamente, infelizmente tais processos consistentes economicamente não existem no Brasil. (Por Henrique Cunha, no facebook).

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