O
embate entre o relator do processo, ministro Herman Benjamin, e o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, marcou o primeiro
dia do julgamento da ação que pede a cassação da chapa de reeleição de Dilma
Rousseff-Michel Temer.
Do
247 - Ontem, enquanto Benjamin
defendia a importância da ação, Gilmar tomou a palavra para pedir “cautela”;
apesar da polarização, os ministros ainda não apresentaram seus votos, O
vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino já recomendou a cassação da chapa do
PT-PMDB, acusada pelo PSDB, logo após as eleições de 2014, de praticar abuso de
poder econômico e político
Na
discussão com Benjamin, Gilmar afirmou que o julgamento, independentemente do
resultado (cassação ou absolvição), permitiria que os cidadãos conhecessem
melhor a “realidade” das eleições, de “empresas fantasmas” e de outros fatos
“gravíssimos”. Afirmou então que, na época da ditadura militar (1964-1985), o
TSE cassava menos do que hoje, período democrático.
Benjamin
rebateu o presidente da corte. Segundo ele, “as ditaduras cassaram e cassam quem defendia a democracia. Hoje, o TSE
cassa quem é contra a democracia”. Gilmar não escondeu a irritação com a
intervenção do ministro-relator: “Temos
de ser moderados”. E foi então retrucado: “Não se trata de dados quantitativos, mas qualitativos”, afirmou
Benjamin.
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