Os “filhos da esperança” foram adotados pela família do atraso


O “casal benzinho” Eduardo Campos-Marina Silva exibiu-se ontem na televisão.

Um programa até bonitinho, mas absolutamente ordinário em matéria de comunicação.


Francamente, uma fórmula “cult” – cor desbotada, quase preto e branco,  imagens abertas do estúdio, closes intimistas – é muito pouco adequada para um personagem como Eduardo Campos cuja obra administrativa é praticamente desconhecida do país.

Parece ter sido feito, exclusivamente, para dar a ele o aval de Marina, simulando uma longa amizade e intimidade que jamais houve, até o tombo da Rede que a deixou sem legenda para concorrer.

Duvido que tenha tido qualquer consequência como propaganda eleitoral, mas é  curioso que ambos, que devem tudo o que são a Lula, se definam como filhos da esperança.

São, e é exatamente isso que os torna tão frágeis.

Mais até a Campos que a Marina.

Porque o filho da esperança fugiu de casa por ambição.

E foi oferecer-se à adoção pela família do atraso, do conservadorismo.

Por isso sua fala não tem uma palavra sequer contra o que esta gente fez com o Brasil.

Ao contrário, falam em “preservar as conquistas” de todos os  governos.

Tudo são declarações de intenção, daquelas que qualquer político pode fazer.

Marina chega a dizer que o mais importante para o país é “uma agenda” – espero que não aquela do Itaú, comemorando o aniversário do golpe – que possa ser seguida por todos os governos, sem distinção.

Essa agenda, Marina, já existe: é a cartilha econômica que o capital nos impõe, sugando os frutos do trabalho do povo brasileiro e as riquezas deste país.

E a reação do “mercado” contra quem sai, mesmo que só um pouquinho, dela é a prova de quanto é duro e árduo sair deste diktat colonial-financeiro.

Fácil, mesmo, só se bandear para o lado de lá.

Seus aliados, agora, são o Aécio Neves, o Roberto Freire, o Jorge Bornhausen…

Ou são eles que iriam preservar as conquistas da “era Lula”?

Via Tijolaço

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