Caetano
Veloso descobriu, meio tarde, que o Globo costuma atacar todo político que
“ameaça interesses não explicitados” do grupo.
Pena
que o compositor se preocupe apenas com seu político de estimação, e não veja o
quadro maior.
Hoje
mesmo, domingo, há dezenas de exemplos. A diferença é que o PSOL sempre foi
poupado, porque o Globo o via como uma arma a ser usada contra o PT.
Entretanto,
por ser um partido de esquerda, o PSOL era apenas tolerado. A única virtude do
PSOL, para a Globo, é sua postura sectária e hostil em relação ao PT. Todo o
resto – as ideias socialistas, o programa da legenda – costuma ser diariamente
ridicularizado e atacado pelo sistema de comunicação da Globo.
Abaixo, trechos da coluna de Caetano, publicada no… Globo.
*
Já
O GLOBO, no qual detecto uma sinistra euforia por poder atacar um político que
aparentemente ameaça interesses não explicitados, trata as falas de Tadeu sem
crítica. Uma das manchetes se refere a vereadores do PSOL que teriam
contribuído para uma ação na Cinelândia, na véspera de Natal, sugerindo ligação
do partido com vândalos, quando se tratava de caridade com moradores de rua. O
tom usado no GLOBO é, para mim, de profundo desrespeito pela morte de Santiago.
(…)
Quando
Freixo era candidato a prefeito, escrevi artigo elogioso sobre ele. O jornal
fez uma chamada de capa que, a meu ver, desqualificava meu texto. Manifestei
minha indignação. A pessoa do jornal que dialogava comigo me assegurou não ter
havido pressão dos chefes. Acreditei. Agora não posso deixar de me sentir mal
ao ver a agressividade do jornal contra o deputado. Tudo — incluindo os artigos
de autores por quem tenho respeito e carinho — me é grandemente estranho e faço
absoluta questão de dividir essa estranheza com quem me lê.
A
informação é do Tijolaço
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