Consciência negra é um ato político – Somos todos Filhos de NZinga Mbandhi*



Rainha NZinga Mbandhi
Tudo é um trabalho de transformação, a cada passo à frente ou recuado é um processo de nossas vidas e o trabalho da Consciência Negra é mostrar no cotidiano o orgulho da cor da pele, aprender ou reaprender os valores da nossa cultura da nossa religiosidade, da culinária e de nossos ancestrais que conseguiu nos trazer de forma oral todo o conhecimento que os grilhões e a chibata não conseguiram apagar.

A Consciência negra é um novo início do despertar que somos a maioria neste país e que temos direitos adquiridos e vamos lutar para que estes sejam preservados e outros conquistados, nos últimos anos tivemos avanços importantes na política e a Seppir, a Lei 10.639, os pontos de cultura por todo o País, a Capoeira como Patrimônio Imaterial do Brasil entre muitos outros avanços importantes e não foi só vontade política do PT foi à construção de vários movimentos que foram ouvidos e juntos construímos políticas publicas que para nós que sempre fomos excluídos em 500 anos de Brasil veio iniciar uma parte da reparação necessária que visa alcançar enfim a igualdade, mas temos a ciência que não será hoje ou amanhã, mas com as políticas de Cotas e a lei 10.639 está enraizando um novo mundo para nosso povo onde nossas tradições começam a ser respeitadas e nosso povo começa ocupar lugares nunca antes sonhados e tenho a certeza que todos aqui seremos filhos de Nzinga Mbandhi nossa Rainha Angolana que lutou contra a igreja e o europeu para defender seu povo! (Via Religiões Afro Brasileiras e Política)


*NZinga nasceu no Ndongo Oriental (território onde hoje é Angola) no século XVI. Se tornou embaixatriz em Luanda, durante o reinado do seu irmão, vindo a travar luta sem quartel durante quase três décadas contra os portugueses, pela independência da seus companheiros e pela sobrevivência do seu reino.

Tâo logo seu irmão morreu, tornou-se a rainha de Ndongo e, para enfrentar os portugueses, formou uma tríplice aliança com o rei do Congo e os holandeses.

Ela teve compromisso total com a libertação de Angola e foi, durante toda a sua vida, a personalidade mais importante daquele país, sendo reverenciada como uma das inspirações do nacionalismo angolano atual, não só pela resistência aos invasores, mas também pela sua habilidade diplomática e sua altivez..

NZinga sempre foi muito respeitada pela estratégia que empregava e que se aproximava da moderna guerrilha. Essa tática de luta influenciou diretamente o quilombo dos Palmares, já que os negros palmarinos eram foragidos dos estados de Pernambuco e de Alagoas, região para onde foram trazidos os africanos de Angola.

Sua morte deu-se no século XVII, mas, na região nordeste do Brasil, sua imagem sobrevive no folclore negro, especialmente nos congos e nas congadas, onde ela é a Rainha Jinga (Ginga). (Texto da redação do Informações em Foco).






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