Vereadores em momento preguiçoso na sessão desta terça. Foto: Júnior Carvalho. |
O
poder legislativo de Altaneira se reuniu na tarde desta terça-feira, 08, para
mais um ato de discussão, apresentação e votação de requerimentos e projetos de
leis. Mas, não foi bem assim.
Já
está virando rotina os vereadores desta municipalidade se reunirem não para
discutir e apresentar matérias que venham de encontra a sanar as dificuldades
do povo. Raramente, se testemunha discursos e ações que venham de encontro a
este propósito. O mesmo não se pode dizer do circulo vicioso que se formou há
muito tempo e vem sendo realimentado de forma constante por novos membros que
tomaram assento na casa desde janeiro de 2013.
Em
menos de um mês se verificou uma tarde sombria, magra e preguiçosa de assuntos
que provoquem mudanças significativas nos modos de vida dos altaneirenses. Os
parlamentares estão esquecendo-se de sua principal atribuição delegados pelo
voto que é, não sem razão, legislar e fiscalizar. Ora, legislar sobrepõe
apresentar ações respaldas em requerimentos e projetos. Esse último anda cada vez
mais raro na casa do “circulo vicioso”. Fiscalizar equivale a acompanhar, sem
prejulgamentos as ações da Prefeitura, no que se refere ao dinheiro público. Como legislador, ele aprova, rejeita ou propõe
ajustes aos projetos de lei apresentados tanto pelos parlamentares, como pelo
Executivo.
Essas
duas palavras, cada vez mais longe da casa que deveria ser do povo, mas este
também precisa acompanhar as ações de seus “representantes”, são, portanto,
atributos de um bom vereador, de uma boa vereadora. São, acima de tudo, a
essência de uma boa atuação parlamentar. Se não se tem, nem um nem outro, ou se
privilegia um em detrimento do outro, então, a Câmara fica a mercê de edis que
vão as sessões para defender seus interesses, ou no máximo de um grupo
político, alimentando uma rivalidade política sem sentido. Revivendo fantasmas
de lideranças.
Então
quem ganha com isso? O povo sai perdendo. E perdendo de forma dupla. Em
primeiro lugar porque o grupo político joga os anseios populares para escanteio
em prol de se regozijar seu ego, seu individualismo. Em segundo, porque a
maioria esmagadora da população acompanha as sessões (ainda tenho dúvidas
quanto a isso) mas não percebe o quanto estão sendo lesados em ter
assegurados seus direitos, o primeiro e fundamental deles, o de ser bem
representados.
Deixo
aqui um apelo aos jovens. Passem a acompanhar as sessões. Perceba como seu
vereador, sua vereadora está se portando. Está na hora da juventude assumir seu
papel. Tomar a frente das discussões. Ser protagonista. Afinal, é preciso extirpar do cenário
político pessoas que não tem como fundamento o interesse popular. Atitudes como
as desta terça-feira, onde por mais de duas horas não foi apresentado nenhum
projeto de lei. Onde se efetivou um único assunto e uma mesma discussão. Os festejos da
padroeira ajudou (como já vinha) os parlamentares a esquecerem que estão
ali para representar o povo. E povo não é um grupo, mas a população. Isso é uma
desmoralização. Não se pode brincar de ser vereador, de ser vereadora.
Claro
que se têm atos que engrandecem a casa. Mas essas atitudes são minorias. As
sessões estão servindo simplesmente para desafogar as mágoas. Trocar farpas de
acusações e em algumas oportunidades o lado pessoal fala mais alto. Os
discursos estão fadados.
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