Constituinte ou plebiscito? Não importa, desde que a soberania popular prevaleça



Dilma anuncia pactos objetivando melhorar os serviços
públicos no Brasil
Constituinte exclusiva ou Plebiscito para realizar a 'ampla e profunda' reforma política, anunciada pela Presidenta Dilma em seu discurso na 2ª feira? Não importa a forma, desde que se promova um efetivo aggiornamento da democracia brasileira, em sintonia com os anseios sinceros da rua por mais participação e menor influencia do dinheiro grosso no sistema político nacional.

O mais importante é que o governo saiu da defensiva e desenhou o escopo de um grande debate nacional, capaz de incorporar as vozes e inquietações das ruas. E, sobretudo, destinado a dar à soberania popular o comanda das mudanças do ciclo que ora se inicia. Cumpre às administrações locais avançarem nessa direção criando contrapartidas de ampliação da democracia ali onde a vida acontece, na gestão das cidades. A sorte de prefeitos e gestões progressistas depende desse desassombro. Trata-se de abrir canais de escuta forte da cidadania. Não canais ornamentais, mas instrumentos relevantes e críveis de poder sobre o orçamento.

O PT tem experiências a resgatar; a disseminação da tecnologia permite, hoje, mais que ontem, submeter a gestão da cidade à soberania dos cidadãos. A Presidenta Dilma respondeu com perspicácia histórica ao clamor das ruas. Disparou na direção certa. A questão que aglutina a fragmentação das bandeiras desordenadas do nosso tempo é o poder. Todo o processo de globalização e financeirização apoia-se na captura da soberania popular pelo dinheiro grosso. Governos se emasculam. O voto se desmoraliza. Os partidos se descarnam. A existência se acinzenta.

A mídia conservadora é a torre de vigia desse. O poder democrático da sociedade sobre ela mesma se esfarela. Ou ele se amplia, ou vence a exaustão caótica. E com ela a bandeira já sussurrada pela direita e por seus ventríloquos obsequiosos: 'ordem e um Napoleão de toga'.


Um comentário:

  1. A democracia se faz em todo lugar, mas ela ganha mais notoriedade se for exercida onde está o poder, o poder instalado nos diversos espaços institucionais, diga-se de passagem. Faz-se necessário afirmar que o que tem de mais importante em um país é exatamente o momento em que o povo reconhece que tem poder para transformar e, não só reconhece como ainda se apropria dele, utilizando para conseguir o bem estar coletivo. Prova recente disso, está sendo as manifestações nas ruas exigindo melhoras na educação, na saúde, na mobilidade urbana, dentre outros pontos. A presidente ouviu e deu um passo relevante ao propor pactos para solucionar esse entrave social, assumindo e enfrentando o desafio que é assegurar o poder democrático.
    Toda via que esse pacto seja efetivado e que o clamor do povo não seja simplesmente ouvido, mas que os anseios sejam efetivados. A mídia golpista e conservadora vai bater forte no plebiscito ao tentar a todo custo que ele não seja realizado. Estão e vão continuar se utilizando de discursos falsários de que ele é inconstitucional. Que o povo esteja preparado para dizer não a esses discursos.

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