Juíza beneficia "mandante confesso" da morte do jovem Kaiowá



A Justiça Federal concedeu liminar de reintegração de posse para o fazendeiro Orlandino Carneiro Gonçalves, autor confesso do assassinato do adolescente indígena Denílson Barbosa. O Guarani Kaiowá, de 15 anos, morador de uma aldeia localizada em Caarapó (MS), foi encontrado morto no dia 17 de fevereiro. Desde o assassinato de Denílson, cerca de 500 indígenas ocuparam a fazenda onde teria acontecido o crime e enterraram o corpo do jovem no local. A propriedade, hoje arrendada para a criação de gado e monocultivo de soja, é reivindicada como território tradicional indígena.

Com a determinação da Justiça, os indígenas têm dez dias para deixar a área. Em caso de desobediência, a decisão estabelece multa diária de R$ 10 mil a ser paga pela comunidade e R$ 100 mil pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
A juíza da 1ª Vara Federal de Dourados, Raquel Domingues do Amaral, também exige que a Funai "proceda à exumação e traslado do corpo do jovem indígena sepultado na fazenda".
Os índios já declararam que não vão deixar o local e só saem de lá mortos. Uma das lideranças informou que “hoje tem 500 pessoas e uns 80 barracos e vai vir mais gente pra ajudar a resistir”.
Com informações da Radioagencia NP

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