Tudo fica como antes, não é mesmo?




Jogo Político aos moldes do xadrez

Um dos assuntos mais comentados desta última semana foi, sem dúvida, a eleição para presidente do senado federal. 

Você, cidadão, sabe quem era o comandante do senado antes da chegada conturbada do alagoano Renan Calheiro para presidir o posto mais disputado entre os fieis da balança que apoiam o governo federal? Não? Se souber, cabe outra pergunta, a saber, qual a diferença entre o que saiu na pessoa do Sarney, e o que entrou?


Renan. 56 senadores o elegeram
Se você acompanha diariamente os bastidores da político-partidária, não teve dificuldade nenhuma para responder. Afinal de contas, olhar para o ex-presidente do senado e para o Renan, a diferença é apenas física. 

Vejamos as semelhanças: O Renan tem seu nome envolvido a  vários escândalos, a saber, é acusado de favorecer a empresas em troca de benefícios pessoais, de ter utilizado laranjas na compra de emissoras de comunicação e inclui-se nesse rol repugnante a acusação pela Procuradoria da República de ter desviado dinheiro público, um dos crimes mais horríveis e comum, concomitantemente, além  de falsidade ideológica. Tá bom ou quer mais?

Sarney só não detém o monopólio
da comunicação no Maranhão
O Sarney já foi dado como morto politicamente. Alguns apostaram na sua aposentadoria da política. Há quem diga que o nome de Sarney está entre os últimos, entre os grandes, da velha política brasileira, um grande símbolo da velha política, onde as marcas mais evidentes era o jogo do toma lá, dá cá, do clientelismo, da política do assistencialismo e enriquecimento ilícito, embora, muitas destas características ainda se mantenham, com outras vestimentas, é claro.

Hoje Sarney só não detém o monopólio da comunicação, no Maranhão, porque a internet, ela de novo, constitui uma ferramenta capaz de romper qualquer entrave, quando o assunto é comunicação.

Quem apostou na queda dele, apostou errado. Afinal, no sistema político brasileiro fazer esse tipo de aposta é pedir para perder.

Se não, vejamos: Depois de todas as denúncias contra o Renan ela voltou ao comando do senado por cima (em todos os sentidos). Por cima de uma oposição fragilizada e que não sabe o quer e por cima da vontade popular, uma vez que a sociedade clamou pela não entrada dele, mas não foi atendida. Algumas assinaturas por e-mail, via rede social foram feitas, todas sem efeito. Voltou democraticamente também. Foi, ao todo, 56 senadores que o levaram a presidência do senado.

A volta dele demonstra que na política brasileira a maioria das decisões corroboram para o retrocesso, para o jogo da contradição. Aprovam a Ficha Limpa e votam em uma Ficha Suja.

Assim, sai o Sarney e entre o Renan. No jogo político, tá tudo em casa e se tá em casa, tudo fica como antes.






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