Ser professor é muito prazeroso, pois a escola ainda é o espaço ideal para se poder contribuir de fato para a construção da cidadania e a politização dos jovens.
Levar
para a escola temas recorrentes do cotidiano, instigar os estudantes a
participar do debate e fazer com que os próprios sejam, a um só tempo,
participantes e autores do próprio debate é, sem dúvida, uma das tarefas mais
difíceis para um professor. Toda via, quando isso acontece, permite que se
perceba que somente a partir da educação é que se consegue construir um país
melhor.
A
função das instituições de ensino, portanto, está alicerçada nesses conceitos, a
saber, cidadania e politização. E o professor ocupa espaço central no atingir
dessas finalidades educacionais.
Se
o professor é um dos personagens centrais dessa discussão, os alunos ocupam o
mesmo papel, afinal, a conquista da cidadania e da politização dos mesmos só
pode ocorrer com sucessos se houver a participação efetiva destes.
Ano
passado, quando ministrava aula sobre Reformas Religiosas na turma do Segundo
A, os alunos demonstraram o quão as aulas podem ser produtivas se eles, agentes
centrais, participarem. Discutíamos sobre Reformas, mas como na história um
assunto leva a outro, eles perguntaram sobre a importância das Diretas já. Sem mais delongas, segue abaixo trecho da
explicação sobre o assunto:
Cansados
da ditadura militar que já comandava o país por décadas, este movimento
estudantil foi aumentando aos poucos, até se tornar a maior manifestação
pública da história do país.
Em
1983, o senador Teotônio Vilela foi à rede nacional dizer que era hora de se
criar um movimento para estabelecer eleições diretas em terras tupiniquins. Foi
à semente plantada na cabeça dos estudantes, que daí em diante passou a
realizar manifestações cada vez maiores por várias cidades.
Para
se ter uma ideia da escala, os primeiros protestos aconteceram ainda em março
de 83, com cerca de 10 mil pessoas. Em abril de 84, o movimento já beirava dois
milhões de pessoas protestando a favor das diretas, de um espaço social sem as
amarras da repressão e em prol da conquista da democracia político-partidária.
Em
2014 esse movimento completará três décadas e ainda é um símbolo de organização
e conscientização política.
Portanto,
ser professor não é somente adentrar em sala de aula e despejar conteúdos, pois
isso não leva ao objetivo acima descrito. Ser professor é trazer os alunos para
o debate, fazer com que eles se sintam partes da temática e possam a parti
disso, se tornar sujeitos críticos e atuantes do meio que o cerca.
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