SP: Diretório Municipal do PSOL divulga nota explicativa sobre posicionamento no Segundo Turno




Em reunião realizada quarta-feira à noite, Diretório Municipal do PSOL definiu posicionamento do partido no segundo turno da disputa à prefeitura de São Paulo. A decisão aprovada pelo partido é por não indicar voto nem em José Serra (PSDB) nem em Fernando Haddad (PT), embora admita que "parte da militância do PSOL votará legitimamente em Haddad para enterrar Serra".

Há, no entanto, diferenciações entre as duas candidaturas. Os socialistas rejeitam de forma veemente a candidatura tucana.  “Rejeitamos veementemente a candidatura de José Serra, responsável direto pelos problemas sociais que a cidade vive. As gestões Serra-Kassab foram um desastre para os trabalhadores e para o povo pobre, reduziram direitos sociais, precarizaram os serviços públicos e governaram diretamente para as elites da cidade, aprofundando o abismo social entre ricos e pobres. Não há qualquer perspectiva de diálogo entre o PSOL e o projeto de Serra”, diz trecho sobre o tucano.

Confiara a nota:

Seguir firme na luta por uma nova política

Posição do Diretório Municipal do PSOL São Paulo sobre o segundo turno em 2012

Durante o primeiro turno o Partido Socialismo e Liberdade fez a opção de defender e reafirmar um novo modo de fazer política e obteve importantes vitórias em todo o Brasil, alcançando votações expressivas, elegendo vereadores e consolidando-se como o partido que mais cresce no país.

Em São Paulo, sem alianças espúrias e financiamento de empreiteiras, bancos e multinacionais, as candidaturas de Carlos Giannazi a prefeito e dos vereadores do PSOL foram exemplares na defesa de um projeto alternativo de cidade, com a inversão de prioridades para defender e ampliar direitos sociais e civis da população e combater a segregação urbana e a imensa desigualdade social.

A candidatura de Giannazi enfrentou a imensa distorção causada pelo financiamento privado de campanha, a cobertura tendenciosa e desigual da grande mídia e as imensas máquinas eleitoreiras para deixar sublinhado o recado: para enfrentar de fato a crise urbana que São Paulo vive é necessário compromisso com um projeto político real de transformação e não diferentes gerentes para o mesmo projeto ao qual o poder econômico submete a cidade.

Felizmente, com a força de uma construção coletiva, conseguimos eleger um vereador do PSOL e a partir de agora, independentemente de quem vença as eleições, haverá na Câmara uma verdadeira oposição de esquerda, combativa, um autêntico porta-voz dos mais diversos movimentos sociais. A votação importante da legenda alavancada por Giannazi também demonstrou que para uma parcela importante da população o voto útil foi aquele que serviu para fortalecer princípios e valores que nós tanto reclamamos na política como coerência, ética, compromisso social e independência política do poder econômico.

Nesse sentido, o cenário do segundo turno carece de alternativas que estejam em contradição com a velha política.

Rejeitamos veementemente a candidatura de José Serra, responsável direto pelos problemas sociais que a cidade vive. As gestões Serra-Kassab foram um desastre para os trabalhadores e para o povo pobre, reduziram direitos sociais, precarizaram os serviços públicos e governaram diretamente para as elites da cidade, aprofundando o abismo social entre ricos e pobres. Não há qualquer perspectiva de diálogo entre o PSOL e o projeto de Serra.

Por sua vez, embora apareça como o “novo”, ou para muitos o “menos pior”, a candidatura de Haddad tem limites muito explícitos para ser a alternativa que São Paulo precisa. Sua campanha milionária, bancada pelas mesmas grandes empreiteiras que financiam Serra condicionam a política urbana futura, como ficou claro na apresentação do principal plano de Haddad – o arco do futuro – para os megaempresários do Secovi. As alianças espúrias como Maluf, por exemplo, também cobrarão a conta na possível prefeitura.

Estamos cientes que uma parte da militância do PSOL votará legitimamente em Haddad para enterrar Serra e outra parte não votará em ninguém também de forma legítima. A direção municipal do PSOL, coerente com a necessidade de construir outro modelo de política e sabendo que a construção da São Paulo que queremos não se resume apenas às eleições, orienta que sigamos firmes na luta cotidiana e não indica voto em nenhum dos candidatos entendendo que nossos eleitores são suficientemente capazes e politizados para tomar uma decisão para o segundo turno.












Fonte: Carta Maior

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