No Roda Viva, Haddad diz que Bolsonaro não tem apreço à democracia e o compara a Hitler


(Foto: Reprodução/Revista Fórum).

Fernando Haddad, candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, durante sua participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, aproveitou para criticar seu oponente Jair Bolsonaro (PSL).

Ao abordar o discurso de ódio, característico do candidato militar, Haddad questionou aos entrevistadores: “Os sociais democratas alemães erraram ao alertar sobre os riscos da chegada de Hitler ao poder? Estamos em uma campanha eleitoral e nosso dever é alertar”, afirmou, em referência ao militar.

Quando o tema passou a ser economia, o petista, indagado sobre a venda de empresas públicas, em caso de sua vitória, ele afirmou: “Não está em meu radar a privatização de nenhuma estatal. Algumas podem ser enxugadas ou podem sofrer algum outro tipo de arranjo”.

Também disse que ligou para Tasso Jereissati, um dos caciques do PSDB para confirmar que tinha ouvido sobre o mea-culpa do tucano. “Telefonei e ele ratificou. Disse que a Dilma (Rousseff) havia cometido erros, mas que eles também, porque aprovaram as pautas-bombas do Eduardo Cunha”. (Com informações da Revista Fórum).

Bolsonaro ameaça quem discordar com prisão ou exílio: 'serão banidos'


Mensagem de Bolsonaro com ameaças contra adversários foi transmitidas por apoiadores na Avenida Paulista.
(Foto: Bruno Rocha/FotoArena/FolhaPress).

O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ameaçou neste domingo (21) opositores com prisão ou exílio. Em vídeo transmitido a apoiadores que se concentravam na Avenida Paulista, em São Paulo, o militar prometeu uma "faxina" e disse que a "petralhada", termo pejorativo com que identifica todos que discordam de seus posicionamentos "não terão mais vez". Ele também atacou movimentos sociais e ONGs, e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai "apodrecer na cadeia". Bolsonaro também ameaçou com prisão o seu adversário no segundo turno das eleições 2018, Fernando Haddad (PT).

"A faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", ameaçou Bolsonaro, que mais uma vez combinou um suposto discurso patriótico com exaltação violenta contra adversários políticos. "Essa pátria é nossa. Não é dessa gangue que tem uma bandeira vermelha".

O candidato, acusado de se beneficiar de um esquema criminoso e milionário de caixa 2 bancado com dinheiro ilegal por uma rede de empresários, também bradou contra a corrupção, ameaçando Lula, Haddad, e também o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "Você vai apodrecer na cadeia. E brevemente você terá Lindbergh Farias (senador do PT) para jogar dominó no xadrez. Aguarde, o Haddad vai chegar aí também. Mas não será para visitá-lo, não, será para ficar alguns anos ao teu lado."

"Petralhada, vai tudo vocês para a ponta da praia. Vocês não terão mais vez em nossa pátria", afirmou o candidato em mais uma declaração dada para causar intimidação. "Não terão mais ONGs para saciar a fome de mortadela de vocês."

Ele também prometeu tratar como atos terroristas ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) . "Vocês, petralhada, verão uma Polícia Civil e Militar com retaguarda jurídica para fazer valer a lei no lombo de vocês", ameaçou. "Bandidos do MST, bandidos do MTST, as ações de vocês serão tipificadas como terrorismo. Vocês não levarão mais o terror ao campo ou às cidades."

A fala de Bolsonaro repercutiu nas redes sociais. Guilherme Boulos, candidato à Presidência pelo Psol no primeiro turno, diz que não se amedronta com a declaração. "Típico de uma mente autoritária e ditatorial, de quem acha que é dono do país. Seguimos na resistência democrática. #EleNão", tuitou.

Já a professora Silvia Ferraro, que se candidatou ao Senado também pelo Psol, disse que Bolsonaro já tá com medo da oposição, antes mesmo de vencer as eleições. "O discurso autoritário e fascista, que quer eliminar fisicamente os opositores, ameaçando, intimidando, é típico dos covardes. O Brasil é nosso país e resistiremos à todos os retrocessos", afirmou.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT) comparou a ameaçada o candidato do PSL com ações de Hitler, na Alemanha. "O discurso de ontem é um registro histórico, semelhante ao período anterior a consolidação no nazismo. A legitimação da violência contra os judeus de hoje (a esquerda como um todo). Ninguém pode dizer que não sabe suas intenções." (Com informações da RBA).

Estudantes do Nordeste têm a melhor colocação em Olimpíada de História


Dos finalistas, 15 times receberam medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. (Foto: Reprodução/Uol).

Mais de mil alunos e professores de escolas públicas e particulares espalhadas pelo Brasil participaram neste fim de semana da final da 8ª ONHB (Olimpíada Nacional em História do Brasil), realizada na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A região Nordeste foi a que teve o melhor desempenho do país.

Estudantes da Bahia (6 medalhas), Ceará (19), Pernambuco (4) e Rio Grande do Norte (14) contabilizaram juntos 43 medalhas de ouro, prata e bronze – de um total de 75.

Dos finalistas, 15 times receberam medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze, de acordo com informações da organização do evento.

Ouro olímpico

Ceará foi o Estado que conseguiu o maior número de premiações: 1 ouro, 9 prata e 9 bronze, somando 19 medalhas. Os estudantes do time "Vire à Esquerda", do Colégio Cônego Francisco Pereira (Fortaleza), foram os grandes vencedores regionais com a medalha de ouro.
Os times de São Paulo ocuparam a segunda posição no ranking geral de quantidade de medalhas, com 15. Os três ouros do Estado foram para os alunos dos times "Oxe Filomena", do Colégio Poliedro (São Paulo), e "Triângulo dos Bermudas Os times de São Paulo ocuparam a segunda posição no ranking geral de quantidade de medalhas, com 15. Os três ouros do Estado foram para os alunos dos times "Oxe Filomena", do Colégio Poliedro (São Paulo), e "Triângulo dos Bermudas e "Usurpar ou ímpar? Eis a questão!", ambos do Colégio Termomecanica (São Paulo).

A terceira colocação geral ficou com os estudantes do Rio Grande do Norte, que somou 14 medalhas. Os medalhistas de ouro estudam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado (campi Mossoró e Ipanguaçu) e fazem parte dos times "1822", "Azul de Metileno", "Guantánamo", "Hanna Pow Pow e os Powzinhos" e "Os Mitos". (Com informações Uol).

Confira o quadro geral por quantidade de medalhas

Ceará – 19 medalhas (1 ouro, 9 prata, 9 bronze)
São Paulo – 15 medalhas (3 ouro, 4 prata, 8 bronze)
Rio Grande do Norte – 14 medalhas (5 ouro, 4 prata, 5 bronze)
Bahia – 6 medalhas (3 ouro, 1 prata, 2 bronze)
Espírito Santo -  5 medalhas (2 pratas e 3 bronze)
Minas Gerais -  5 medalhas  (1 prata e 4 bronze)
Pernambuco – 4 medalhas (1 ouro, 1 prata, 2 bronze)
Mato Grosso – 2 medalhas (1 ouro e 1 bronze)
Pará – 1 medalha (1 bronze)
Rio de Janeiro – 2 medalhas (1 ouro, 1 prata)
Alagoas – 1 medalha (1 prata)
Roraima – 1 medalha (1 prata)


Intoleráveis só os boatos contra a Justiça eleitoral, diz Rosa Weber


Weber se cercou de Jungmann e Etchegoyen. (Foto: José Cruz/Agência Brasil).

Frustrou-se quem esperava um posicionamento mais claro e firme do Tribunal Superior Eleitoral em relação às denúncias de disseminação orquestrada de notícias falsas nas redes sociais, financiada por empresários apoiadores de Jair Bolsonaro.

Durante cerca de três horas, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE, e as demais autoridades que participaram de uma entrevista coletiva neste domingo 21 em Brasília minimizaram os efeitos da estratégia, que levanta a suspeita de financiamento ilegal da campanha de Bolsonaro via caixa 2, mostraram-se mais preocupados em justificar a atuação do poder público e se concentraram em defender a lisura das urnas eletrônicas e da imparcialidade da Justiça.

Não houve falha alguma da Justiça eleitoral no que tange ao que se chama de Fake News”, afirmou a magistrada. Weber insistiu na tese mesmo quando confrontada com o fato de que o TSE não demonstrou o empenho prometido anteriormente no combate às mentiras.

Durante a eleição, o comitê consultivo montado pelo tribunal para este fim não se reuniu uma única vez. Muito menos as denúncias que se avolumavam foram analisadas com atenção, até a Folha de S. Paulo estampar a denúncia de que empresários gastaram até 12 milhões de reais para impulsionar notícias falsas contra o PT e o candidato do partido à presidência, Fernando Haddad.

Em defesa própria, a ministra declarou ter uma visão diferente daquela do seu antecessor no cargo, Luiz Fux. Quando ainda ocupava a presidência do TSE, Fux chegou a afirmar que a eleição poderia ser anulada caso se comprovasse sua contaminação por notícias falsas. Weber não explicou a sua posição aos jornalistas. Prometeu fazê-lo quando o processo para investigar as denúncias for analisado no TSE.

Na maior parte do tempo, Weber alegou sigilo das investigações para fugir das perguntas e garantiu que os inquéritos respeitarão o “tempo da Justiça” e o “devido processo legal”. A presidente do TSE só se mostrou contundente e preocupada com as Fake News que atingem a credibilidade da Justiça e a lisura das urnas eletrônicas, em geral e não por coincidência compartilhadas por apoiadores e pelo próprio Bolsonaro, que em mais de uma ocasião colocou em dúvida a inviolabilidade dos votos eletrônicos.

A juíza classificou de “intoleráveis” os boatos espalhados nas redes sociais que visam destruir a credibilidade dos tribunais e a organização das eleições. E prometeu as medidas cabíveis contra os autores das calúnias. A ministra tem sido alvo de ameaças. Eleitores (para variar, apoiadores de Bolsonaro) acusam a presidente do TSE de agir para interferir na "vontade das urnas".

Confiem na Justiça”, solicitou. “Ela não é nem tem um partido. As criativas teses que intentam contra a lisura do processo eleitoral não têm base empírica”.

Weber reuniu um séquito para a coletiva. Representantes do governo, do TSE e do Ministério Público compuseram a mesa. O presidente da OAB, Carlos Lamachia, representou a sociedade civil. A presidente do TSE posicionou-se estrategicamente entre o ministro Raul Jungmann, da Segurança Pública, e o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional.

Coincidência ou não, Etchegoyen falou tanto quanto a ministra durante a entrevista. Enquanto a presidente do TSE escapava dos pontos centrais das perguntas sobre a denúncia da disseminação de notícias falsas contra o PT e as dúvidas sobre seus efeitos nos resultados do primeiro turno e nas tendências apontadas pelas pesquisas no segundo, o general fazia questão de atenuar os efeitos da denúncia.

O militar criticou os “arautos” do Apocalipse, sempre dispostos a apontar riscos à democracia, celebrou a capacidade de "discernimento" do eleitor, negou interferências externas nas eleições e afirmou que as notícias falsas são a mais inofensiva das intervenções que poderiam acontecer na disputa deste ano. De quebra, atuou como garoto-propaganda do WhatsApp. A rede social, disse, tem grande utilidade para a sociedade e o poder público, inclusive na segurança pública, e “não é a vilã dessa história”.

Apesar de afirmar que “o primeiro turno transcorreu em clima de normalidade”, a ministra prefere esperar o resultado das investigações da Polícia Federal, que abriu um inquérito no sábado 20 para apurar as denúncias, para formar uma opinião a respeito dos efeitos das Fake News nas eleições. Etchegoyen, ao contrário, tem uma convicção formada. Segundo ele, o esquema no WhatsApp não influiu como se imagina na decisão do eleitorado. (Com informações de CartaCapital).

Pesquisadores afirmam que crânio de Luzia foi encontrado nos escombros do Museu Nacional



Reconstituição do fóssil de Luzia feita por computador.
(Foto: Reprodução/TV Globo).
Pesquisadores informaram nesta sexta-feira (19) terem encontrado todo o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo do Brasil desaparecido nos escombros do Museu Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro.

Os técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. No entanto, o trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.

"O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Alexander Kellner, diretor do museu.

A notícia do encontro do fóssil de Luzia foi antecipada pela Globonews na manhã desta sexta-feira e os detalhes foram confirmados durante a entrevista coletiva dos técnicos e da direção da instituição.

Segundo os técnicos, foram encontradas parte do frontal ( testa e nariz), parte lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur que também pertencia ao fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luiza estava também foi recuperada.

Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes da equipe.

Quem é Luzia?

Encontrado em Minas Gerais na década de 1970, este seria o fóssil mais antigo das Américas. Este material foi o responsável por mudar a teoria da povoação do continente americano.

A busca pelo fóssil foi realizada a partir das obras emergenciais, que são realizadas há cerca de 1 mês.

Essas intervenções, que custam R$ 9 milhões, devem ser realizadas até fevereiro de 2019. Além de Luzia, outros objetos foram encontrados no local.

Doação de terreno e verbas

O Museu Nacional deverá retomar suas atividades 45 dias depois do incêndio que destruiu sua sede. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, vai ceder uma área da União para abrigar laboratórios de pesquisa e centro de visitação para estudantes.

O Museu Nacional foi destruído por um incêndio em 2 de setembro passado. A Polícia Federal investiga o caso.

O terreno localizado em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, tem 49,3 mil metros quadrados e fica a cerca de um quilômetro da sede do museu. A área será dividida com o Tribunal de Justiça do RJ (TJRJ) que ficará com 10 mil metros quadrados.

Esta semana, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, esteve em Brasília para um encontro com deputados federais do Rio de Janeiro. No encontro, ele pediu que fossem destinados cerca de R$ 50 milhões em emendas parlamentares para a reconstrução do prédio.

Kellner explicou que a solicitação de R$ 56 milhões são só para a fachada e que a estimativa dele para a recuperação total do museu é de R$ 300 milhões.

“Os R$ 56 milhões que pedi são apenas para recuperar a fachada, uma das principais partes históricas", disse durante a entrevista nesta sexta no Rio. (Com informações do G1).

Diferença entre Haddad e Bolsonaro cai para 6 pontos em pesquisa CUT/Vox Populi


(Foto: Ricardo Stuckert/Jorge Hely/FramePhoto/FolhaPress).

A diferença entre o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e o candidato do PT, Fernando Haddad, está em 6 pontos percentuais. De acordo com pesquisa feita pelo instituto Vox Populi, Bolsonaro está com 53% dos votos válidos e Haddad com 47%. O levantamento foi feito na terça-feira e quarta-feira, antes, portanto, da publicação das denúncias envolvendo a prática de crime eleitoral da campanha de Bolsonaro, por meio do financiamento empresarial da distribuição em massa de fake news via listas de WhatsApp.

No voto estimulado, Haddad lidera na região Nordeste, vencendo Bolsonaro por 57% a 27%. Nas demais regiões, o presidenciável do PSL lidera, alcançando 21 pontos percentuais de vantagem sobre o adversário nas regiões Sudeste e Sul.

Em termos absolutos, Bolsonaro aparece com 44% e Haddad com 39%. Brancos e nulos somam 12% e outros 5% disseram não saber. A pesquisa foi contratada pela CUT e contou com 2 mil entrevistas aplicadas em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo desconfiança de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-08732/2018. (Com informações da RBA).

Coligação de Haddad entra com ação contra Bolsonaro por abuso do poder econômico


Luciano Hang e o candidato Jair Bolsonaro: acusação de abuso de poder econômico. ( Foto: reprodução/facebook).


Na manhã desta quinta-feira (18), a coligação O Povo Feliz de Novo entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico contra a chapa de Jair Bolsonaro (PSL) e Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Caso seja comprovado o abuso de poder econômico por parte da campanha, o presidenciável pode se tornar inelegível por oito anos.

A ação diz respeito ao episódio em que Hang fez a defesa do voto em Bolsonaro, "constrangendo os seus funcionários a votarem em referido candidato, sob ameaças de fechamento de lojas e dispensa de funcionários", diz o texto dos advogados da coligação.

No dia 2, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação para que o empresário fosse multado em R$ 1 milhão caso voltasse a coagir funcionários a votarem em Bolsonaro. Em nota pública, divulgada no dia anterior, o MPT advertia que iria fiscalizar e multar o direcionamento, a imposição e a coação de empresas pelo voto dos seus funcionários.

A iniciativa se deu pelo fato de o dono da rede de lojas Havan ter publicado um vídeo em rede social citando a "opção" pelo candidato do PSL como a única saída contra a esquerda. "Se você não for votar, anular seu voto ou votar branco, depois do dia 7 de outubro, ganha a esquerda e vamos virar uma Venezuela", afirmava ele em um trecho do vídeo no qual apontava que 30% dos trabalhadores de suas lojas não haviam definido o voto em algum candidato. Hang dizia que os cerca de 15 mil funcionários de sua rede de lojas poderiam perder seus empregos, em caso de uma "vitória da esquerda".

Para a coligação de Haddad, o vídeo, junto a transmissões ao vivo feitas por Hang com Bolsonaro e postagens nas redes sociais, demonstram "potencial suficiente a comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral de 2018". "Resta claro o abuso de poder econômico na medida que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro que não está contabilizado nos gastos da campanha, todavia os resultados do abuso perpetrado serão por ele usufruídos."

A ação foi elaborada antes da reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelar o suposto envolvimento de Hang com um esquema criminoso de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp contra o PT e o seu candidato a presidente, Fernando Haddad. (Com informações da RBA).


Ex-reitores de universidades federais manifestam apoio a Haddad


(Foto: Reprodução).


Ex-reitores de universidades federais brasileiras, incluindo UFPE, UFSCar e UFRGS,  divulgaram nesta quarta-feira (03) uma carta pública em apoio a Fernando Haddad. O documento relembra que o candidato à Presidência da República, quando ministro da Educação, manteve diálogo aberto com a classe, respeitando a autonomia das universidades e instituindo novos centros de ensino superior aumentando o número de campos em todo o país.

"Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização".

As lideranças administrativas destacam que, hoje, as universidades brasileiras são responsáveis pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica desenvolvidos no país. O trabalho destas instituições também vão além da formação acadêmica e profissional, ofertando uma rede de equipamentos públicos e serviços para atender à população em diversas áreas, incluindo na saúde, a exemplo dos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde.

Os reitores e diretores também destacam que, durante a gestão Haddad no Ministério da Educação, também ampliou-se "a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África”, possibilitando a inserção do país “na produção internacional da ciência e inovação tecnológica".

"Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência", completam.

Veja a seguir a nota na íntegra.

As universidades brasileiras, patrimônio da nossa sociedade, são comprometidas com o desenvolvimento econômico e a justiça social, responsáveis pela formação cultural e pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica do País. Para além, desses compromissos programáticos que apontam para o desenvolvimento com inclusão social, para a soberania nacional, com base na educação, ciência, tecnologia e inovação, nos move também o compromisso com os valores da democracia, o respeito às diferenças e aos direitos humanos.

Além da formação acadêmica e profissional, as universidades possuem uma rede de equipamentos públicos e serviços que atendem à população nas mais diversas áreas, incluindo hospitais universitários de alta complexidade, vinculados ao Sistema Único da Saúde.

Dispõem ainda de clínicas e laboratórios, museus, cinemas, escolas de música, teatro e dança, agências de inovação, incubadoras de empresas de base tecnológica e parques de ciência e tecnologia, complexos esportivos, grupos de direitos humanos, que muito contribuem para o bem-estar social de nossa população.

Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização. Nesse período, as universidades exerceram um importante papel social ao incluírem alunos de todas as origens sociais, raças e etnias, oferecendo-lhes oportunidades de maior desenvolvimento humano, proporcionado pela educação.

Quando exerceu o cargo de Ministro de Estado da Educação, Fernando Haddad manteve permanente diálogo com os reitores e sempre respeitou a autonomia das universidades, criou novas universidades e implantou diversos campi em todo o país. Ampliou-se também a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África, na perspectiva de um amplo desenvolvimento do País e possibilitando sua inserção na produção internacional da ciência e inovação tecnológica. Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência.

Com o desmonte do Estado e o retrocesso dos direitos conquistados pela sociedade brasileira nos dois últimos, este enorme patrimônio está sob ameaça de destruição, sobretudo pela política atual para a educação pública, uma das consequências da Emenda Constitucional nº 95/2016 que altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o novo regime fiscal, e dá outras providências, congelando os gastos públicos por 20 anos. Essa realidade atinge também os institutos federais de educação tecnológica, os de pesquisa como a FIOCRUZ, dentre outros.

Ao identificar no Programa “O Brasil Feliz de Novo” as respostas que retomam as políticas de valorização e expansão da educação superior, nós dirigentes e ex-dirigentes de universidades no Brasil, manifestamos nosso apoio ao candidato Fernando HADADD (13) para presidente da República Federativa do Brasil.

- Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
- Arquimedes Diógenes Cilone – Universidade Federal de Uberlândia - UFU
- Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
- Clélio Campolina Diniz – Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
- Dilvo Ristoff – Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
- Hélgio Trindade – Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade da Integração
Latino-Americana - UFRGS E UNILA
- Helvécio Luiz dos Reis – Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ
- Jesualdo Pereira Farias –Universidade Federal do Ceará - UFC
- João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande - FURG
- João Luiz Martins – Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
- José Fernandes de Lima – Universidade Federal de Sergipe - UFS
- José Geraldo de Sousa Junior – Universidade de Brasília – UnB
- José Rubens Rebelatto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- José Ivonildo do Rêgo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
- Josivan Barbosa Menezes Feitoza - Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA
- Josué Modesto dos Passos Subrinho – Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal
da Integração Latino-Americana – UFS e UNILA
- Márcio Silva Basílio - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG
- Malvina Tuttman – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UniRio
- Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa - Unipampa
- Maria Lucia Cavalli Neder – Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Mauro del Pino – Universidade Federal de Pelotas – UFPel
- Miriam da Costa Oliveira – Universidade Fedeal de Ciências da Saúde de Porto AlegreUFCSPA
- Neroaldo Pontes de Azevedo –Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Newton Lima Neto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Nilma Gomes Lima – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira –
Unilab
- Naomar Almeida Filho – Universidade Federal da Bahia - UFBA e, da Universidade Federal
do Sul da Bahia - UFSB
- OrlandoAfonso Valle do Amaral – Universidade Federal de Goiás - UFG
- Osvaldo Batista Duarte Filho - Universidade Federal de São Carlos – UFSCar
- Ótom Anselmo de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
- Paulo Márcio de Faria e Silva – Universidade Federal de Alfenas - Unifal
- Paulo Speller - Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Paulo Gabriel Nassif –Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
- Rômulo Soares Polari - Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Targino de Araujo Filho - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Tomaz Aroldo da Mota Santos – Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UFMG e Unilab
- Ulrika Arns – Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
- Wrana Maria Panizzi – UFRGS - – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Com informações do Jornal GGN)