Sônia Guimarães, primeira negra brasileira doutora em Física, confirma presença no 9º Artefatos da Cultura Negra


Sônia Guimarâes, primeira negra brasileira doutora em física. (Foto: Reprodução/ YouTube).

A professora Sônia Guimarães confirmou presença no 9º Artefatos da Cultura Negra. Ela ministrará palestra no primeiro dia de evento, 18 de setembro, às 08h00, no auditório da Universidade Federaldo Cariri (UFCA), em Juazeiro do Norte. A informação foi divulgada na página do artefatos no facebook há poucos minutos.

Sônia é a primeira negra brasileira Doutora em Física e a primeira mulher negra a ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA. Professora do ITA desde 1993. Possui graduação em Licenciatura Ciências - Duração Plena pela Universidade Federal de São Carlos (1979), mestrado em Física Aplicada pelo Instituto de Física e Química de São Carlos - Universidade de São Paulo (1983) e doutorado (PhD) em Materiais Eletrônicos - The University Of Manchester Institute Of Science And Technology (1989). Atualmente é Professora Adjunta III do Instituto Tecnológico da Aeronáutica ITA, e foi Gerente do Projeto de Sensores de Radiação Infravermelha - SINFRA, do Instituto Aeronáutica e Espaço - IAE, do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial CTA de 1996 a 2010. Tem experiência na área de Física Aplicada, com ênfase em Propriedade Eletróticas de Ligas Semicondutoras Crescidas Epitaxialmente, atuando principalmente nos seguintes temas: crescimento epitaxial de camadas de telureto de chumbo e antimoneto de índio, processamento e caracterização de dispositivos foto condutores, que lhe rendeu um pedido de patente. Colaboradora e conselheira fundadora da Universidade Zumbi dos Palmares mantida pela ONG Afrobras. A professora Sônia Guimarães desenvolve projetos com estudantes carentes visando à inclusão de negras e negros no ambiente acadêmico.


MDB oficializa Meireles como candidato à presidência e deseja Marta Suplicy para vice


Meireles e Marta. (Foto: Reprodução/Brasil 247).

O MDB aprovou nesta quinta-feira, em convenção nacional, a candidatura à Presidência da República do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O nome de Meirelles foi aprovado por 85 por cento dos convencionais, disse o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), que destacou o crescimento da unidade dentro do MDB em relação há quatro anos.

Em 2014, lembrou Jucá, o apoio à coligação com o PT, tendo o presidente Michel Temer como candidato à reeleição como vice da então presidente Dilma Rousseff, teve apoio de pouco mais da metade dos convencionais.

Um dos nomes cogitados para a vice de Meirelles é o da ex-prefeito de São Paulo Marta Suplicy, ex-PT e atualmente no MDB. Segundo o Estadão, ela ainda não tomou uma decisão nem foi à convenção do MDB que homologou a candidatura de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo, no sábado passado, dia 28.

De acordo com membros da campanha de Meirelles, Marta ajudaria o ex-ministro a crescer em pouco tempo para cerca de 5% dos votos. Atualmente, ele tem apenas 1% dos votos. Ter uma vice mulher é parte desta estratégia. Atualmente, as mulheres representam 52% do eleitorado nacional. (Com informações do Brasil 247).


PCdoB oficializa candidatura de Manuela D’Ávila à presidência


(Foto: Richard Silva/PCdoB).

O nome de Manuela D’Ávila foi confirmado nesta quarta-feira (1), como candidata à presidência da República pelo partido, em convenção realizada em Brasília. Atualmente ela é deputada estadual no Rio Grande do Sul. Durante seu discurso, Manuela voltou a criticar a prisão do ex-presidente Lula e ratificou sua defesa `a unidade da esquerda. As informações são de Alessandra Modzeleski, do G1.

Manuela defendeu, novamente, a unidade da esquerda “até o último dia possível”. “Eu sou candidata porque nós acreditamos na necessidade de durante os próximos 60 dias não abaixarmos a bandeira da defesa da liberdade de Lula, preso injustamente por esse estado de exceção. Sou candidata porque acredito que a unidade da esquerda deve ser defendida até o último dia possível”, disse.

Em relação ao nome do vice, ela destacou que deve esperar até a data limite para o registro da chapa. “O vice também estamos discutindo internamente, vamos esperar o limite”, disse.

Manuela foi questionada a respeito da chance de ser vice de uma chapa de esquerda ou do PT devido a sua defesa da “unidade da esquerda”. “A nossa candidatura, desde que foi colocada em 18 de novembro, sempre defendeu a unidade do nosso campo político, fizemos um conjunto de apelos público e ainda temos algum tempo. Se surgir alguma novidade nesse sentido, seguimos entusiastas”, ressaltou. (Com informações da Revista Fórum).


Casamento de Samuel e Lídia é o segundo do cariri na religião do candomblé



Cerimônia religiosa marca segundo casamento no candomblé, que se tem notícia na região do Cariri (Foto Divulgação)

Uma cerimônia cheia de emoção, beleza e espiritualidade afro, marcou mais um casamento no candomblé que se tem notícia no Cariri. Os noivos TATA MUTARUESI E MAMETU NDAMEREUÁ (nomes que Samuel Esmeraldo e Lídia Sousa receberam no batismo da religião), selaram a união em um ritual todo cantando em kimbundo e kikongo (línguas bantas) puxado com cânticos, ao som de atabaques, acompanhado pelas vozes dos filhos-de-santo do terreiro.

Essa é a segunda vez que o ato é realizado na região, visto que muitos casamentos não são divulgados, e a primeira que aconteceu no candomblé de Angola. A celebração ocorreu no Terreiro de Candomblé de Nação Angola Nzo Ngana Nzazi-Raiz Muxitu, no Bairro Limoeiro, em Juazeiro do Norte e teve como celebrante, Tata Mufumbi Kitambo do Terreiro Ndunda Ria Muxitu, Rio de Janeiro.

A celebração contou com a presença de diversos sacerdotes de umbanda e candomblé, filhos-de-santo de outros terreiros, amigos dos noivos dentre esses católicos, evangélicos, espíritas, pessoas sem religião e ateus.

A CELEBRAÇÃO

Várias divindades da religião são louvadas durante a cerimônia. O Tata Kisaba, quer dizer pai das folhas, sacerdote que encanta e conhece os segredos das folhas sagradas.  Ele entra louvando as folhas sagradas, fazendo o tapete de folhas, abrindo espaço para entrada das mães dos noivos, padrinhos, noivo e a noiva que vem acompanhada de crianças com alianças e flores.

A pedido do celebrante, as luzes do local são apagadas fazendo referência ao lado difícil do relacionamento, onde os dois terão que enfrentar na vida muitos obstáculos trevosos. O muílo (energia da luz e o sol) é louvado e o celebrante pede que os noivos acendam o fogo do amor, representado por uma panela dourada com alguns elementos para queimar.

COMUNGAÇÃO

O ritual conta ainda com uma defumação (kufumala) que é feita para encantar e purificar o caminho dos dois; as alianças; amarração com o cordão sagrado; comungação do kesu (fruto africano; noz-de-kola) que é o símbolo da vida, um dos vegetais mais importante para o candomblé, são indispensáveis no rito.

Em meio a conselhos, cânticos ao sagrado que celebram a vida, é solto um casal de pombo simbolizando a paz para o casal e um pedido para que eles espalhem harmonia para todos. No centro do terreiro, os noivos e todos envolvidos cantam e dançam pedindo coisas boas e abençoando os recém-casados.

A cerimônia foi registrada no livro de atas de cerimônias religiosas do Terreiro Ndunda ria Muxitu e o texto foi lido ao público, onde consta assinaturas dos noivos, padrinhos e todos os sacerdotes presentes como testemunhas.

A pós a cerimônia religiosa como em outras religiões, aconteceu uma recepção aos convidados e familiares. O momento ocorreu em uma chácara no bairro Tiradentes, onde houve músicas de estilos variados e buffet. (Com informações do Papo Reto Cariri).

Qual o custo da eliminação de uma liderança negra do cenário político institucional para a democracia?




E quem mudaria? Quem mudaria seria quem estivesse no sofrimento. Quem arreda a pedra não é aquele que sufoca o outro, mas justo aquele que sufocado está.  (Ensinamentos de Vó Rita, personagem do romance Becos da Memória de Conceição Evaristo)

No dia 23/07, foi publicada no portal do UOL uma entrevista com o pré-candidato Douglas Belchior, professor,  dirigente da UneAFRO Brasil, organização do movimento negro que, há 10 anos pelo menos, trabalha com educação popular e hoje conta com mais de 40 núcleos de base em funcionamento, fazendo formação política e fortalecendo as trajetórias educacionais de jovens negr@s e pobres nas mais diversas regiões periferizadas do Estado de São Paulo, a entrevista em questão tratava sobre política partidária, negritude, financiamento e distribuição de recursos em campanhas eleitorais.

Financiamento de campanha é, definitivamente, uma questão dura a ser enfrentada, calcanhar de Aquiles do sistema político brasileiro, muito já se debateu sobre a questão e poucas ações de modo a produzir avanços do ponto de vista democrático foram encaminhadas. A temática abordada na entrevista, justamente, tocou em uma das questões fundantes, muito cara à política brasileira, sobretudo nestes momentos de organização interna dos partidos tendo em vista o início do período eleitoral, qual seja, como os recursos do fundo partidário são distribuídos entre as candidaturas nas legendas partidárias.

O debate enunciado por Belchior, na entrevista, não nega um debate mais aprofundado a respeito de como se pensar um sistema eleitoral mais democrático, gastando menos dinheiro, sendo mais efetivo em comunicação de propostas do que em marketing pessoal levando em conta o fato de que, mesmo que seja do ponto de vista retórico, há um consenso  na sociedade brasileira sobre a necessidade de renovação de propostas que encaminham um projeto nacional e que tal empreita não pode prescindir de nov@s quadros e lideranças políticas.

Daí surge uma questão que se pressupunha capital para o campo progressista: como fortalecer lideranças políticas que representem a inovação do ponto de vista da representatividade e ao mesmo tempo estejam vinculadas a um tradição de luta social orgânica, quadros que performassem na disputa da política institucional os setores mais vulnerabilizados da sociedade brasileira nas suas formulações, conteúdos e métodos mesmo em um cenário adverso.

Cenário político esse que, de maneira sintética, poderia ser caracterizado pela principal liderança política popular brasileira presa sem nenhuma prova concreta que o condene; com apenas 45 dias oficiais de campanha eleitoral; com objetivas perseguições aos partidos do campo popular e os mais diversos expedientes mobilizados para se criminalizar a militância social; a ausência de interdição social dos discursos  de ódio sustentadores de considerações apressadas e simplórias do estado de coisas em que se vive aliado a compreensões politicas dos mais variados tons os quais perpassam o liberalismo econômico e o conservadorismo moral; e a descrença da população na política institucional de maneira geral.

Ingenuidade histórica acreditar que nesta conjuntura, preocupações tão importantes tal como democratizar a acesso da população negra, indígena, mulheres e LGBTs  aos poderes da política institucional centralizariam as agendas partidárias a ponto de os partidos políticos se debruçarem por sobre os seus funcionamentos e repensassem os mecanismos viciados de distribuição de recursos internos para fazer, inclusive, com que as representações das populações mais vulnerabilizadas da sociedade brasileira obtivessem estruturas suficiente para realizar, no âmbito da política eleitoral,  o potencial pleno das experiências acumuladas em mais de 300 anos de sujeição e luta para garantir vidas historicamente sufocadas.

Lamentavelmente, neste momento singular de reorganização histórica do campo progressista, após um golpe institucional que parece não cessar nunca, a necessidade premente de se discutir uma proposta alternativa, progressista e que se centralize à partir da garantia da vida, um dos principais instrumentos estratégicos desse período, o PSOL não ter a grandeza política e a generosidade revolucionária necessária para suportar os questionamentos, que não dizem respeito apenas a ele próprio, muito embora Douglas Belchior cerre fileiras neste partido, ampliar o debate, rever posicionamentos e abrir mão do papel histórico, transformador da política nacional, que lhe caberia.

O que se viu no último período, em particular nas redes sociais, foram exemplos cabais de tentativas de desconstrução da legitimidade de uma liderança social do movimento negro com 20 anos de história de luta,  que entre tantas outras que poderiam estar na disputa, foi uma das que resistiu e sempre vocalizou a denúncia, a  construção e as proposições das  formulações construídas por forças políticas negras.

Uma das perversidades do racismo contra negros é considerar pessoas negras menos inteligentes, pouco afeitas aos pensamento lógico racional e incapazes de formulações políticas, quando observamos  a maneira pouco digna pela qual o debate enunciado por Belchior percorreu, no sentido de potencializar desqualificações metodológicas e, como bem considerou a advogada e militante do Movimento Negro Beatriz Lourenço, ausente de coragem em não enfrentar o mérito da questão, demonstra de maneira exemplar como o racismo opera no jogo político-narrativo nos partidos.


A título de exemplo do que ocorreu na última semana, no intuito de materializar, exatamente, o expediente racista dessa política-narrativa é possível destacar a maneira pouco honesta com a qual o professor Maringoni, militante histórico da esquerda brasileira, filiado e com atuação de revelo no PSOL, tentou encaminhar o debate.

Como pode ser observado no post, o intelectual demonstrou a sua pouca sensibilidade e compreensão da complexidade da sociedade brasileira e  de como o racismo é um força promotora de morte. No intuito de desqualificar Belchior e o trabalho da UneAFRO- Brasil que, por meio de um edital público promovido por uma organização internacional, conquistou a possibilidade  de receber recursos para custear algumas atividades destinadas a estudantes negr@s e pobres como transporte e lanche, além de recursos mínimos para o funcionamento de uma secretaria diminuta, que causaria espanto se comparado a qualquer grande ONG financiada pelas mesmos tipos de instituições, as quais tem em seus conselhos intelectuais renomados, via de regra, brancos, ligados a instituições públicas de ensino e pesquisa, que constroem suas respectivas carreiras acadêmicas teorizando muito de como o mundo deve vir-a-ser, por vezes, engajados em partidos políticos e com gordurosos pró-labores, mas pouco sensíveis e incapazes de traduzir o sofrimento do povo em proposições políticas  efetivas e que superem os sofrimentos destas coletividades; boa parte das vezes, distanciados e pouco sensíveis do cotidiano subalternizado da vida.

Esse episódio da vida pública nacional, também, demonstrou, enquanto sociedade, nossa pouca compreensão histórica da política brasileira, nossa pouca atenção ou talvez, interesse em aprender com os erros passados.  Como se sabe, a memória de uma sociedade é muito mais aquilo que se narra, os motivos que foram relevantes para se escolher os fatos que foram narrados e as forças sociais que legitimam a narração. Cabe, portanto aqui, um esforço de recontar um passado recente, momentos iniciais de disputa interna do campo democrático e construção da Nova Republica que, costumeiramente, foi deixada ao lado, porém, sempre que possível retomada pelo Movimento Negro.



Lélia Gonzales, uma mulher negra resistente, uma das militantes de maior expressão do movimento negro dos anos 80, filiada ao PT desde 81, em 1985, entregou sua carta de desfiliação, tendo como um dos argumentos centrais o fato do partido, mesmo tendo em suas fileiras homens e mulheres negras alinhados com a estratégia, suas formulações e protagonismo nunca eram centralizadores do processo político do partido mais popular da história do Brasil, escreveu:

Afinal, foi graças ao PT (às suas propostas) que me decidi a entrar na vida político-partidária, acreditando na possibilidade de inovação dentro da mesma. Disso, não poderei me esquecer; embora sabendo que os caminhos são tortuosos e que a luta não pode deixar de continuar junto com e em favor dos explorados, oprimidos, discriminados e que a luta não pode deixar de continuar junto com e em favor dos explorados, oprimidos, discriminados. Com respeito de sempre, as saudações cordiais de quem sempre buscou estar nas lutas dos discriminados. (GONZALES, Lélia. 1985)

É chegada a hora do campo progressista, dos partidos políticos de esquerda observarem o seu passado recente, reconhecerem que os erros históricos não são prerrogativas exclusiva do governo Lula ou a sua adesão a um projeto nacional Neo-desenvolvimentista; enfrentar suas singulares  dificuldades em reconhecer o RACISMO e o PATRIARCADO como forças construtoras das desigualdades nacionais e que impõe suas dinâmicas às CLASSES SOCIAIS;  que um projeto alternativo de soberania nacional, geração e distribuição de riquezas só faz sentido se a garantia da vida de todas as pessoas for o fim; que há de se ter coragem para enfrentar e criar estratégias que incidam sobre os poderes internos aos partidos de forma a construir mecanismo para que os militantes da base, @s negros, as mulheres, @s LGBTs sejam reconhecidos como formuladores políticos legítimos, não apenas operadores da política;  e que o reconhecimento de tal legitimidade se dá, inclusive, não apenas, por meio de condições estruturais de promover os debates, as proposições, as lideranças e, por que não, estrutura robusta para se participar do processo eleitoral; reconhecer que não é possível assumir o erro histórico, como acontecera no passado, de tornar insustentáveis a permanência de lideranças negras, mulheres, LGBTs dos partidos, das organizações e coletivos dos movimento sociais.

O preço do não enfrentamento radical ao racismo pelos partidos de esquerda foi: por mais de trinta anos o sufocamento de um debate progressista sobre a garantia da vida e segurança pública no Brasil, o que resultou nos mais de 60 mil homicídios anuais que a sociedade brasileira tem de conviver e fazem de nosso país apenas um ensaio débil de uma pretensa e frágil democracia.

Por todas as pessoas que foram sequestradas do continente africano e morreram na travessia do Atlântico.

Por todas as pessoas que aqui chegaram e foram forçadas ao trabalho compulsório;

Por todas as pessoas que sofreram as torturas dos corpos e das almas;

Por todas as mulheres negras e indígenas estupradas;

Por todas as crianças forçadas ao trabalho para sobreviver;

Por todas as mães dos filhos mortos pelo Estado;

Por todas as mulheres negras que sofrem violência doméstica e no parto;

Por todas as pessoas presas que foram impossibilitadas de construir caminhos para a vida distante do cárcere;

Pelo direito à vida livre das amarras do racismo, do patriarcado, da lgbtfobia e do capital;

Por tod@s os povos colonizad@s do mundo;

Por Zumbi dos Palmares, Dandara de Palmares, Maria Firmina dos Reis, Cruz e Souza, Lima Barreto, Antônio Conselheiro, Mariguella, Oswaldão, Helenira Rezende, Dadá (Maria Sérgia), Carolina Maria de Jesus, Guerreiro Ramos, Luana Barbosa, Matheusa, Amarildo, Marcos Vinícios, Lélia Gonzales, Beatriz do Nascimento, Clóvis Moura, Abdias do Nascimento, Milton Santos, Eduardo Oliveira, Amilton Cardoso, Virgínia Bicudo, Neusa Santos, Sabotage, Marielle Franco  e tant@s outr@s. (Por Adriana de Cássia Moreira, no Negro Belchior).

Chapa de Camilo Santana terá novamente Izolda Cela como candidata a vice-governadora


Camilo e Izolda. (Foto: Reprodução/Blog do Eliomar).

Nada de mudança na posição de vice da chapa pró-reeleição do governador Camilo Santana.

A professora Izolda Cela, ex-secretária estadual da Educação, continuará nessa condição. Fontes do PDT asseguram ainda que a foto dela ao lado do governador já está até feita e será uma das peças da decoração que o partido vai expor durante a convenção de domingo, no Ginásio da Faculdade Ari de Sá.

Discreta, Izolda foi, aos poucos, ganhando não só a confiança do governador, mas de toda a equipe e de lideranças dos partidos aliados. Camilo sempre deu a entender que gostaria de manter essa parceria.

Em entrevista ao Blog, ele chegou a dizer que a manutenção de Izola na vice será algo “natural”. (Com informações do Blog do Eliomar).

Conheça o livro “Esse cabelo”, de Djaimilia Pereira de Almeida



(Foto: Reprodução).

"Um romance surpreendente que mistura memória, imaginação e crítica social com humor e leveza na medida certa, mas que também discute temas atuais e fundamentais como racismo, feminismo, identidade e pertencimento. Esta é a história de uma menina que chegou em Lisboa, aos três anos de idade, saída de Luanda, na África, e das suas memórias ao longo do tempo – porque não somos sempre iguais aos nossos retratos de infância –, mas é também a história das origens do seu cabelo crespo. Sua autora, Djaimilia Pereira de Almeida, está despontando como uma promessa da literatura contemporânea, e virá ao Brasil para participar da Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP, com grande destaque na imprensa. Falar de cabelos é uma bobagem? Não, até porque, segundo a narradora deste livro, “escrever parece-se com pentear uma cabeleira em descanso”; e visitar salões de beleza é uma boa forma de conhecer hábitos, de aprender a distinguir modos e feições e até de detectar preconceitos. “Esse Cabelo” narra as aventuras de um cabelo crespo – curto, comprido, amado, odiado, que se embrenha por memórias e histórias num convite ao leitor a desembaraçar todos os nós. Cabelo e escrita, identidade e ação. Da raiz às pontas, estamos assistindo também à narrativa da relação entre vários continentes e a uma geopolítica em constante transformação."