No Roda Viva, Pré-candidata Manuela D’Ávila desmascara coordenador da campanha de Bolsonaro


Manuela D'Ávila no Roda Viva, da TV Cultura. (Foto: Reprodução/Facebook).

A deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, foi a entrevistada do tradicional programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (25).

O primeiro bloco do programa foi marcado por provocações dos entrevistadores, que tentaram associar o fato de a pré-candidata ser do PCdoB a regimes totalitários equivocadamente chamados de “esquerda” ao redor do mundo.

Um dos entrevistadores que fez a provocação foi Frederico D’Ávila, diretor da Sociedade Rural Brasileira. Em sua pergunta, ele afirmou que o fascismo é “de esquerda”, já que a CLT foi baseada em uma lei de Benito Mussolini e que ela, assim como os demais candidatos de esquerda, defendem a legislação em detrimento da reforma trabalhista. A pré-candidata, respondendo à provocação, desmascarou Frederico, que é coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.

Tu entendes de regimes antidemocráticos sendo coordenador do Bolsonaro. Ele defende um país sem democracia, de torturadores (…) Todo mundo sabe que o fascismo foi um movimento de direita”, rebateu. O coordenador de campanha de Bolsonaro, por várias vezes, tentou interromper Manuela, que seguiu firme em sua resposta.

Em outro momento, quando tentaram provocá-la falando sobre um suposto apoio à Venezuela ou à Coreia do Norte, Manuela disparou: “Não acho justo com o Brasil com tantos problemas a gente usando o tempo para debater outros países”. (Com informações da Revista Fórum).


Confira lista de 10 filmes sobre racismo


10 filmes sobre racismo. (Foto: Reprodução/ Entreter-se).

O Racismo é um tipo de preconceito associado às raças, às etnias ou às características físicas; visto que as pessoas denominadas racistas baseiam-se na ideologia da superioridade. Em outras palavras, esse tipo de preconceito assinala que algumas raças ou etnias são superiores às outras, seja pela cor da pele, pensamentos, opiniões, crenças, inteligência, cultura ou caráter.

O racismo foi e ainda é frequentemente retratado em filmes, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre essa prática preconceituosa e que não nos traz nada de positivo. Por isso, listamos aqui 10 filmes que se referem ao racismo. Confira:

1. 12 Anos de Escravidão (2013)

Sinopse: Em 1841, Solomon Northup é um negro livre, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos, ele passa por dois senhores, Ford e Edwin Epps, que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

             


2. Histórias Cruzadas (2011)

Sinopse: Nos anos 60, no Mississippi, Skeeter é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark, a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

           


3. A Outra História Americana (1998)

Sinopse: Vivendo uma vida marcada pela violência e racismo, o neonazista Derek Vinyard finalmente vai para a prisão depois de matar dois jovens negros que tentaram roubar seu carro. Após a sua libertação, Derek promete mudar seu jeito e espera evitar seu irmão mais novo, Danny, que idolatra Derek, de seguir os seus passos enquanto ele luta contra seus próprios preconceitos.

          


4. A Cor Púrpura (1985)

Sinopse: Este conto épico abrange 40 anos na vida de Celie, uma mulher afro-americana que mora no Sul e que sobreviveu abuso e intolerância de seu pai. Depois que seu pai a casa com o degradante Sr. Albert Johnson, as coisas vão de mal a pior. Celie procura encontrar companhia em qualquer lugar que pode. Perseverante, ela mantém o sonho de um dia reencontrar sua irmã na África.

              


5. Selma: Uma Luta pela Igualdade (2014)

Sinopse: A história da luta de Martin Luther King Jr. para garantir o direito de voto dos afrodescendentes – uma campanha perigosa e aterrorizante que culminou na marcha épica de Selma a Montgomery, Alabama, e que estimulou a opinião pública norte-americana e convenceu o presidente Johnson a implementar a Lei dos Direitos de Voto em 1965. Em 2015 é comemorado o 50o. aniversário deste momento crucial no Movimento dos Direitos Civis.

           


6. Crash – no limite (2004)

Sinopse: Tensões raciais emergem em uma série de histórias envolvendo moradores de Los Angeles. Diversos personagens das mais variadas origens étnicas se cruzam em um incidente. Os diferentes estereótipos que a sociedade criou para esses grupos raciais afeta seu julgamento, crenças e atitudes, o que causa problemas e tensões para todos.

          


7. O Mordomo da Casa Branca (2013)

Sinopse: Cecil viveu a dureza da escravidão. Depois, trabalhou como mordomo na Casa Branca e testemunhou acontecimentos que mudaram o rumo da nação durante oito mandatos presidenciais. Enquanto isso, precisava ser marido e pai em uma sociedade turbulenta.

           


8. Quase Deuses (2004)

Sinopse: Vivien Thomas, um negro na década de 30, é contratado como faxineiro mas acaba ajudando o Dr. Alfred Blalock em uma investigação médica. O problema é que o racismo não permite a entrada de Thomas na universidade, mas como ele é indispensável para o êxito do projeto, sua entrada é permitida contanto que somente Blalock receba as honras.

             


9. Vênus negra (2010)

Sinopse: A história de Saartjes Baartman, uma doméstica negra que em 1808 abandonou o sul da África para morar na Europa, seguindo seu chefe Hendrick César, com a esperança de encontrar fama e fortuna.

              


10. 42 – A História de uma Lenda (2013)

Sinopse: Jackie Robinson é um jogador de baseball que disputa a liga nacional dos negros até ser recrutado por Branch Rickey, o executivo de um time que disputa a maior competição do esporte nos Estados Unidos. Rickey quer que Robinson seja o primeiro negro a disputar a Major League na era moderna, o que faz com que ambos tenham que enfrentar o racismo existente não apenas da torcida e da diretoria, mas também dentro dos campos. (Com informações do Entreter-se).

            

A esquerda pode ganhar de novo no Brasil, diz sociólogo Emir Sader



O tal do mercado e seus porta-vozes – da GV, da PUC e de outras instituições – bradam pelo medo de que se repita o resultado eleitoral de 2002. Naquele momento, depois de dirigir o país durante mais de uma década, a direita foi incapaz de impedir a vitória da esquerda. Teve que conviver então não com o fracasso da esquerda e do país, mas com o período de maior sucesso econômico, social e político do Brasil.

Emir Sader. (Foto: Reprodução/247).
Agora voltam a cacarejar com o medo de uma nova vitória da esquerda. Não é regra na história do Brasil a vitória da esquerda, porque ela se enfrenta a uma imensa quantidade de estruturas que jogam contra ela. Mas ela demonstrou não apenas que pode ganhar, como que pode governar muito melhor, ganhar sucessivamente eleições e só pode terminar seus governos com rupturas institucionais.

A esquerda pode voltar a ganhar. Em primeiro lugar, porque seu programa anti-neoliberal representa os interesses da grande maioria da população, afetada de forma direta e brutal pelas políticas neoliberais, impostas contra a vontade da grande maioria da população pelo golpe de 2016. As pesquisas indicam que o maior responsável pela falta absoluta de apoio popular do governo atual é sua política econômica, que destrói direitos dos trabalhadores, liquida com as políticas sociais que atendiam a toda a população, que joga a autoestima dos brasileiros pra baixo.

Um governo que represente a retomada do projeto que mais sucesso e apoio teve na história do Brasil, que obteve mais consenso em toda a população, que diminuiu as desigualdades sociais, que terminou com a fome e o abandono da população mais pobre, tem todas as condições de triunfar de novo. Na era neoliberal, a esquerda tem a obrigação de galvanizar o apoio da grande maioria da população e governar para todos.

As enormes dificuldades da direita de conseguir ter candidatos que possam competir com a esquerda confirma que todos os nomes que se identificam com o governo atual e sua política econômica não conseguem apoio popular. O cenário é favorável a uma nova vitória da esquerda em termos de capacidade de representar a grande maioria dos brasileiros.

O medo da direita retoma as condições da sua derrota em 2002 e se dá conta que o cenário é similar: profunda recessão provocada por suas políticas, o maior nível de desemprego que o país já viveu, a miséria, o abandono dos mais pobres, a quantidade de gente morando nas ruas, a profunda exclusão social. A diferença vem das conquistas dos governos da esquerda: a quantidade de reservas que o país dispõe.

O país, a grande maioria da população, não tem por que ter medo de uma nova vitória da esquerda. Suas condições de vida melhoraram muito com a esquerda governando o país e pioraram muito quando a direita voltou a governar. Mentiras de que os investimentos estão sendo feitos e programados e poderiam deixar de sê-lo, caso a esquerda volte ao governo. A recessão indica como os empresários não estão fazendo investimentos produtivos, mas apenas jogando suas fortunas na especulação financeira, que não gera nem bens, nem empregos.

É de novo, como foi em 2002, totalmente artificial a tentativa de gerar medo na população por uma nova vitória da esquerda. Nada pior do que o país vive atualmente, nunca viveu uma situação de totalmente abandono do poder público em relação às necessidades do Brasil e da sua população. Temos que ter medo de todo tipo de manipulações que pudessem permitir a continuidade do que o país vive nestes anos, sob o governo ilegítimo instaurado pelo golpe.

Não é natural que a esquerda triunfe. Se, apesar de todas essas condições sociais favoráveis, ela não é capaz de convencer a grande maioria da população de que é capaz de voltar a governar, mostrando como seu governo atendeu às necessidades da grande maioria dos brasileiros, não voltará a triunfar e a governar o país. Se ela não é capaz de construir uma força política, que agregue a todas as forças interessadas em superar a crise atual com a retomada do modelo econômico de crescimento com distribuição de renda, apresentando um nome que personifique o período mais virtuoso da história do Brasil, pode não triunfar.

E precisamos e merecemos triunfar. (Por Emir Sader, colunista do 247).

Fachin arquiva inquérito que relaciona Temer e nega recurso que poderia libertar Lula


Temer aparece em novo inquérito policial, mas Fachin arquiva processo, em favorecimento ao presidente.
(Foto: CC 2.0 Romerio Cunha).


No mesmo dia em que negou recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cancelou julgamento que poderia libertá-lo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, arquivou uma investigação da Polícia Federal (PF) que recaía contra o presidente golpista Michel Temer. A apuração era sobre um manuscrito apreendido no gabinete do senador pelo Piauí Ciro Nogueira (PP), mencionando "Fundo 1.000 Imp 200 RT 200 2 Temer 300 300".

A operação mirava Nogueira, acusado de compra de silêncio de testemunha e obstrução à Justiça. No dia 24 de abril deste ano, a PF havia deflagrado uma série de buscas e apreensões no Congresso Nacional, apreendendo documentos no gabinete de Ciro e do deputado federal também do PP Eduardo da Fonte (PE).

Ciro Nogueira e Fonte estariam atuando em associação criminosa junto com outros parlamentares do PP, Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer. A investigação é parte de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), de setembro do último ano.

Os políticos do PP integrariam uma organização criminosa para cometer crimes dentro da Câmara dos Deputados, para arrecadar "propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta", diz a denúncia. Durante as investigações aventou-se a suspeita de que os parlamentares estariam tentando destruir provas ou atrapalhar as apurações.

Porém, entre tantos documentos apreendidos, um poderia recair diretamente contra o atual presidente Michel Temer. Ele é relacionado ao lado de números em um arquivo. Aparecem os caracteres "fundo 1.000, Imp 200, RT 200 2", ao lado de "Temer 300 300".

A PF não identificou o que significam tais números e tampouco quis prolongar a apuração. Por isso, o pedido de arquivamento foi feito pela Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge. Em resposta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, acatou ao pedido.

"À exceção das hipóteses em que a Procuradora-Geral da República formula pedido de arquivamento de inquérito sob o fundamento da atipicidade da conduta ou da extinção da punibilidade, é pacífico o entendimento jurisprudencial desta Corte considerando obrigatório o deferimento do pedido, independentemente da análise das razões invocadas", afirmou o ministro em seu despacho.

Fachin afirmou ainda que a investigação poderá ser retomada, caso surjam novas provas contra Temer. "Ressalto, todavia, que o arquivamento deferido com fulcro na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências". (Com informações da RBA)


32 seleções na copa do mundo. Só um técnico é negro.


Único técnico negro na Copa, senegalês Aliou Cissê pede mais chances aos treinadores africanos.
(Foto: Wafu/Reprodução/Hypeness).

Há incontáveis jogadores negros que deixaram seus nomes marcados na história do futebol. Mas, se pararmos para pensar em quantos técnicos ou dirigentes negros atuam ou atuaram nos clubes ou seleções de elite mundo afora, dificilmente lembraremos de mais que um punhado de nomes.

Na Copa de 2018, por exemplo, só há um treinador negro comandando alguma das 32 equipes que disputam o Mundial. É Aliou Cissé, senegalês que foi capitão de sua seleção em 2002, quando Senegal fez sua primeira participação, chegando às quartas de final (um recorde entre os africanos), e agora busca façanha parecida do lado de fora do campo.

Sou o único técnico negro da Copa, é verdade. Mas esse tipo de debate me incomoda. Acho que o futebol é um esporte universal e que a cor de sua pele importa pouco”, comentou Cissé em entrevista coletiva, antes de defender a qualidade de treinadores africanos.

Vale lembrar que das cinco seleções africanas que disputam a Copa, apenas Senegal e Tunísia (treinada pelo tunisiano Nabil Maâlou) têm técnicos nascidos no continente. A Nigéria é comandada por um alemão, enquanto um argentino e um francês treinam Egito e Marrocos, respectivamente.

Temos uma nova geração (de técnicos) que está trabalhando, dando seu máximo. Não somos apenas ex-jogadores, mas também somos ótimos taticamente e temos o direito de estar entre os melhores treinadores do mundo”, afirmou.

Ao chamar a atenção para a qualidade dos treinadores africanos, ele fez questão de citar Florent Ibengé, técnico da República Democrática do Congo, que não se classificou para a Copa, mas é a atual campeã continental. “Você vê muitos jogadores africanos nos grandes clubes europeus. Agora precisamos de técnicos africanos para que nosso continente continue avançando”, disse.

Além de único treinador negro na Copa, Cissé é também o mais jovem (42 anos) e o que recebe o menor salário: de acordo com o canal de TV holandês Zoomin, seu ganho anual é de 200 mil euros, o equivalente a cerca de 870 mil reais.

Na comparação com os estrangeiros que treinam Egito, Nigéria e Marrocos, a diferença é considerável: o argentino Hector Cúper fatura 1,5 milhão de euros (R$6,5 milhão) no Egito, o francês Hervé Renard leva 780 mil euros (R$ 3,4 milhão) por ano em Marrocos e o alemão Gernot Rohr recebe 500 mil euros (R$ 2,1 milhão) na Nigéria – sempre em salário anual. (Com informações do Hypiness).

Bolsonaro não participará de debates no primeiro turno das eleições


Bolsonaro decide não participar de debates no primeiro turno. (Foto: Agência Câmara).


Segundo lugar nas pesquisas, o pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) decidiu não participar dos debates no primeiro turno da corrida eleitoral. A informação foi publicada na coluna do jornalista Ancelmo Goes nesta sexta-feira (22). Bolsonaro decidiu fazer lives nas rede sociais para conversar com os eleitores no horário do confronto entre os candidatos na televisão.

A estratégia já foi usada pelos ex-presidentes Fernando Collor, em 1989, e Fernando Henrique Cardoso em 1998.

Brasileiros preferem Lula a Bolsonaro para tirar o Brasil da crise econômica

O ex-presidente Lula é o preferido do eleitor para tirar o Brasil da crise econômica e acelerar a economia do Brasil. O presidente tem ampla vantagem sobre o segundo mais bem avaliado, Jair Bolsonaro. Lula é apontado por 32% dos eleitores como o mais preparado para reconduzir o país ao caminho do crescimento, enquanto Bolsonaro aparece apenas com 15% na pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira no jornal Folha de São Paulo.

O resultado retrata a lembrança do período de prosperidade vivido pelo país durante os dois mandatos do líder do PT. Lula deixou o Planalto com aprovação acima dos 80% e uma taxa de crescimento do PIB de 7,6%, o maior índice desde 1985. Os números favoráveis ao ex-presidente são maiores no Nordeste. Para 51% dos eleitores da região, ele é o nome ideal para reconduzir o país para o caminho do crescimento. Bolsonaro aparece em segundo lugar com apenas 8%.

A confiança em Lula é maior entre os mais pobres. Lula chega a 40%, contra 11% de Bolsonaro, na faixa da população com renda mensal de até dois salários mínimos. Os mais ricos preferem Jair Bolsonaro (22%) e Geraldo Alckmin (17%). Lula fica em terceiro no grupo de pessoas com renda acima de dez salários mínimo (12%) empatado com Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo petista. (Com informações da Revista Fórum).

Ciclismo de Altaneira é mais uma vez destaque na região do Cariri


Altaneirense Raquel Guedes é campeã da prova de
ciclismo em Crato. (Foto: Blog de Altaneira).
A ciclista altaneirense Raquel Guedes é campeã da 70ª edição da Prova Ciclística 21 de Junho, realizada na manhã de ontem (21/06) em circuito de rua no centro da cidade do Crato.

Débora Mota, da cidade de Fortaleza, foi a vice-campeã e Andreia Alencar de Juazeiro do Norte ficou na terceira colocação. A diferença entre a primeira e a segunda colocada foi de menos de um segundo. As ciclistas completaram após 10 de voltas no circuito.

A competição é organizada pelo Governo do Crato, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Juventude (SEJU), se configura como sendo uma das mais tradicionais provas ciclísticas do Nordeste e vem ganhando cada vez mais simpatizantes e sendo respeitada como uma das principais competições do Ceará.

Os ciclistas foram divididos em várias categorias por faixa etária, além da categoria Elite para todas as idades. As ciclistas competiram apenas na Elite.

Altaneirenses Higor e Lindevaldo ficam em 2º e
3º colocados, respectivamente. (Foto: BA).
O altaneirense Higor Gomes liderou boa parte da prova na categoria Sub 23, mas perdeu a primeira colocação por uma diferença de apenas 6 segundos. O também altaneirense Lindevaldo Ferreira foi o terceiro colocado na competição. O campeão foi Mikael Mota de Fortaleza.

Os ciclistas da categoria Sub 23 completaram 16 voltas no circuito de 1 Km., Higor marcou o terceiro melhor tempo por volta.

Nenhum ciclista da região subiu no Pódio na categoria Elite Masculina, que foi formado pelos seguintes atletas:

1º Lugar – Leandro Rabelo da Costa
2º Lugar – Gleiciano Sousa Silva
3º Lugar -Marcos Alves da Silva

Todos os ciclistas que completaram o percurso receberam medalhas de participação e os três primeiros colocados de cada categoria receberam troféus e prêmios em dinheiro.

O secretário municipal de Esporte e Juventude, Lamar Lima, enfatiza a valorização do esporte na gestão do prefeito Zé Ailton Brasil e sinaliza a criação de mais projetos e viabilização de apoio ao desporto cratense.

O esporte possui um grande potencial de socializar indivíduos das mais diferentes classes, religiões, gêneros, entre tantas outras diferenças presentes na nossa sociedade, além de promover inclusão e qualidade de vida”, destacou.

Paralelamente ao evento esportivo, também foi realizada a 1ª Expo Ciclo, sendo idealizada pelo memorialista Huberto Cabral, que apresentou bicicletas antigas, relíquias de colecionadores.

A competição foi prestigiada pelo prefeito municipal, José Ailton, vereadores, secretários municipais, comandante local do Exercício, várias autoridades e um bom público. (Com informações Blog de Altaneira).

Credes 20 e 18 promovem II Seminário "Escola: Espaço de Reflexão" para discutir respeito e valorização das diversidades


Ana Nunes, Rosenilde Alves, Francisca Rosimar, Nicolau Neto e Homero Henrique em mesa de debate durante o II Seminário Regional Escola Espaço de Reflexão, em Barro-CE - da esq. para a dir -, (Foto: Prof. Fabrício Ferraz).

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), por intermédio da 20ª e 18º Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 20 e 18), realizaram entre os dias 18 e 20 de junho II Seminário Regional "Escola: Espaço de Reflexão”.

Os seminários tiveram como temática norteadora “Diversidade e Inclusão – Uma Perspectiva de Educação em Direitos Humanos na Escola”. Para o professor Roberto Souza, Coordenador da Crede 20, o evento se configura como “uma necessidade desse tipo de debate ocorrer nas escolas como espaço de formação dos sujeitos”. Segundo ele, “muito da nossa formação humana ocorre na família, mas muito hoje pelo tempo que se passa no espaço da escola, não se pode ignorar essas questões enquanto instituição, pois contribui na constituição do caráter das pessoas e não somente na formação cognitiva”. O professor mencionou também que o seminário já está presente na agenda anual da Crede e realçou a importância de se levar as discussões para as salas de aulas.

A professora Coordenadora da Crede 18, Luciana Brito, argumentou acerca do objetivo central do seminário que é o de colaborar no desenvolvimento de práticas pedagógicas que corroborem para o pensamento crítico e reflexivo de estudantes e docentes da rede estadual, levando em consideração a abordagem de temas relacionados à cultura do respeito às diferenças.

Para atender a essa expectativa as duas Coordenadorias contou com a articulação de um grupo de trabalho regional que teve a frente os professores Fabrício Ferraz (Crede 20) e Maria Alexandre (Crede 18). Na primeira, o evento foi realizado na EEEP Professor José Osmar Plácido da Silva no município de Barro no dia 18 e na segunda no Centro de Educação de Jovens e Adultos Monsenhor Pedro Rocha (CEJA) no município de Crato.

Mesas de Debates e Oficinas foram organizadas e vários convidados e convidadas para conversarem acerca de temáticas que versassem sobre o respeito e a valorização das diversidades. Em Barro, por exemplo, o professor, palestrante, blogueiro e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Nicolau Neto, debateu sobre a presença do racismo nos espaços de poderes, com ênfase nas escolas. Nicolau trouxe a luz do debate que contou com a participação de professores/as, gestores/as escolares, discentes e pais vários questionamentos. Qual é a história que se percebe nas escolas quando o assunto é humanidade e diversidade?; Qual é a história da África que se constrói nas instituições de ensino?; Quanto a africanos e afrodescendentes, qual lugar eles ocupam na construção da história?; Que imagens estão estampadas nos livros didáticos?... Segundo o professor, a ideia não era apontar respostas, mas chamar o público para refletir. “Se fizermos essas reflexões, veremos que não podemos baixar a guarda, pois vivemos e convivemos com um racismo estrutural e institucional”.

Nicolau fez menção ainda acerca de várias formas de manifestação do racismo, como a explícita – agressões verbais e físicas, negação de ocupação de espaços ao outro/a e a implícita, com destaque para o silenciamento pedagógico que é tão cruel quanto. Para reforçar seu pensamento, Nicolau arguiu acerca das políticas afirmativas, fruto principalmente da luta dos movimentos negros, como a Lei 10.639/03 que alterou a Lei 9.394/96 (LDB), tornado obrigatório o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas redes públicas e privadas de ensino. Para ele, mesmo passados 15 anos de vigência da lei, poucas alterações foram vistas no sentido de combate efetivo ao racismo e as desigualdades dele resultante. “O que se aprende na escola, infelizmente”, disse ele, "ainda é fruto de um currículo europeizante que torna invisível o povo negro. Ainda é uma história que tem o negro e a negra como inferiores".

A história na escola não é, nem de longe, uma história que diversifica, que valoriza e positive a comunidade negra, mas aquela narrativa que naturalizou a transformação de africanos em escravos”, pontuo Nicolau. Assim, disse, “fica difícil o combate ao racismo, pois umas das armas mais poderosas para isso, a educação escolar, não tem ainda apresentado um currículo que visibilize a negritude. É necessário, por tanto, uma educação que reconheça que é racista, uma sociedade e um país que reconheça que é racista, para que se efetive as políticas afirmativas já elencadas e que se construa outras de reconhecimento, de respeito e valorização das diferenças, com destaque para uma relação étnico racial positiva”. Ele concluiu realçando sobre a importante iniciativa do seminário, visto que é um é um ato de reconhecimento de que somos uma nação racista. E isso já é um passo.

Já Homero Henrique, professor e assessor pedagógico na Coordenadoria de Desenvolvimento Educacional e Aprendizagem (Codea, da Seduc), versou sobre Gênero e Sexualidade, trazendo para discussão a necessidade de se ver no lugar do outro, respeitando suas diversidades. Homero apresentou dados chocantes acerca do feminicídio e da morte da comunidade LGBT no pais. “Somos um dos países que mais mata mulheres e pessoas que não se reconhecem e não se identificam como homens e, ou, como mulheres”, disse ele, apontando uma onda de discursos de ódio que tem ganhado corpo, principalmente nas redes sociais.

Ana Maria Nunes, diretora da Escola de Ensino Médio Dona Antônia Lindalva de Morais, em Milagres e Rosenilde Alves, professor de História e Filosofia da EEFM Simão Ângelo, de Penaforte, contribuíram na mesa de debate frisando sobre ações permanentes desenvolvidas na escola acerca do eixo norteador das discussões e acerca do momento político pelo qual passa o pais, respectivamente, com Francisca Rosimar como mediadora.

A tarde houve o desenvolvimento de oficinas com temas como “Brincadeiras Perigosas: Riscos e Impactos do Mundo Digital para Crianças e Adolescentes” (Joel Jerry, Facilitador); “Quem ama não Agride: Relacionamentos Abusivos na Adolescência” (Facilitador – Homero); “A Cultura do Debate e Formação Política” (Francisca Rozimar, Facilitadora); “Sociedade Singular, Gênero Plural” (Facilitador – Licaon Rocha) e “Ancestralidade, Etnia e Corporalidade”, tendo como facilitador o educador popular João do Crato.

Professor Nicolau Neto conversando com professores/as, estudantes e gestores/as escolares sobre o racismo nas escolas no II Seminário Seminário Regional Escola Espaço de Reflexão, em Crato. (Foto: Prof. Paulo Robson).

De forma semelhante, mas com algumas diferenças se desenvolveram os trabalhos em Crato. Nicolau Neto e Homero estiveram presentes na mesa de debate e reforçaram o que tinham conversado em Barro. Compuseram ainda a mesa de discussões Ercília Maria, pedagoga e professora pesquisadora do programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal do  Ceará (UFC) que falou sobre diversidade e intolerância religiosa, principalmente com as de matrizes africanas; a professora e psicóloga no CREAS em Crato Swianne Tavares que versou sobre direitos humanos e a Delegada Titular da Delegacia da Mulher em Crato, Kamila Brito. Esta última trabalhou as violências cometidas contra as mulheres. A mesa teve a mediação da professora doutora em educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Regional do Cariri (URCA), Adriana Simião.

À tarde, os participantes formados por docentes, estudantes e gestores/as escolares foram segregados para participarem de grupos de trabalhos tendo como finalidade apresentares planos de ação para serem implementados nas escolas. "Gênero e Sexualidade" teve a mediação do professor Homero Henrique e da professora Selene Maria; "Mediação de Conflitos" foi facilitada pelo professor Esdras Ribeiro; "Quem Ama Não Agride" teve a mediação da professora Maria Wilka e "Como Tratar o Racismo na Escola" foi mediada pelo professor Nicolau Neto e pelos ativistas do Coletivo Camaradas, Maria Renata e Ricardo Alves.