Com 76% de negros, a novela ‘Segundo Sol’ da rede globo retratará uma Bahia Branca


Beto Falcão (Emílio Dantas) e Luiza (Giovanna Antonelli) foram o casal de protagonistas  de 'Segundo Sol'.
(Foto: Divulgação/ Globo/ Reprodução/ Huffpost Brasil).

Nova trama de João Emanuel Carneiro tem recebido críticas após divulgação das primeiras chamadas. Estreia está prevista para o dia 14 de maio.

A próxima novela de João Emanuel Carneiro, Segundo Sol, se passa na Bahia, mas não há atores negros em seu núcleo principal. Pelo contrário, os protagonistas são os atores Emílio Dantas, Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli e Adriana Esteves.

Para além dos protagonistas, não há representatividade negra proporcional à quantidade de atores.

Dos 26 nomes que participam do folhetim, apenas três são negros. Desses, somente o ator Fabrício Boliveira aparece nas chamadas divulgadas pela emissora (veja uma delas no player abaixo).

                

Como você leu acima, a nova trama de João Emanuel Carneiro, responsável por sucessos como Avenida Brasil e A Regra do Jogo, se passa na Bahia onde, segundo dados do IBGE divulgados em 2013, 76% dos habitantes se declaram pretos ou pardos.

Nesse mesmo levantamento de 2013, a Bahia foi o estado brasileiro que registrou o maior índice de cidadãos que se declaram pretos: 17, 1%.

No passado, a escalação de elenco majoritariamente branco numa trama ambientada em região de expressiva população negra negra poderia passar despercebida, mas não em tempos de redes sociais.

Nos últimos dias, Segundo Sol virou alvo de críticas de espectadores e ativistas.

No sábado (28), às críticas negativas ganharam ainda mais repercussão após a atriz Samara Felippo compartilhar um texto da dramaturga Maria Shu, que é negra.


Em breves linhas, Maria questiona a inexistência de atores negros não apenas em Segundo Sol como também em outras produções ambientadas em regiões com expressiva população negra.




No Facebook, a página Trick Tudo criou um álbum de fotos intitulado "Eu poderia estar na novela Segundo Sol", que reúne fotos de 53 artistas negros que já trabalharam em novelas da Globo, incluindo Aílton Graça, Sérgio Malheiros, Marcelllo Mello, Telma Souza, Camila Pitanga e Milton Gonçalves.




A publicação soma mais de 19 mil compartilhamentos.

Jornalista que cobre televisão há mais de 25 anos, Cristina Padiglione publicou em seu site neste domingo um artigo intitulado Até quando a TV vai reservar aos negros uma espécie de cota? no qual endossa as críticas que têm circulado nas redes e questiona a prática da emissora carioca.

"Para cada Lázaro Ramos, a TV investe em 30 Rafael Vitti. Assim como um jovem negro inexperiente, os exemplares de brancos revelados a cada temporada de Malhação nem sempre vêm prontos, mas muitos são merecedores de novas oportunidades na TV e de algum investimento da indústria, o que se dá em proporção bem menor nas peles mais escuras. Por quê?"

O HuffPost Brasil entrou em contato com a Globo para saber o posicionamento da emissora diante da enxurrada de críticas relacionadas à escalação do elenco de Segundo Sol.

Em nota enviada pela área Comunicação, a Globo afirma que "não pauta as escalações de suas obras por cor de pele". No texto, a emissora também afirma que está e acompanhando os comentários e que "reflexões sobre diversidade na sociedade" devem ser abordadas na trama.

Leia a nota na íntegra:

"Os critérios de escalação de uma novela são técnicos e artísticos. A Globo não pauta as escalações de suas obras por cor de pele, mas pela adequação ao perfil do personagem, talento e disponibilidade do elenco. E acredita que esta é a forma mais correta de fazer isso. Uma história como a de Segundo Sol, também pelo fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que vimos até agora estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente!" (Com informações do HuffPost Brasil).

Açude do Pajeú, em Altaneira, sangra após chuva de 50.0 mm


Açude Pajeú sangrando.
(Foto: Janiélio Silva).

O Açude do Valério - popularmente conhecido por Pajeú - localizado no Sítio Serra do Valério, responsável pelo abastecimento do município, após a chuva de 50.0 mm registrado entre às 7h00 de segunda-feira, 30 de abril e às 7h00 de terça-feira, 1º de maio, a maior do cariri e a terceira do estado, sangrou.

Os primeiros registros da sangria do Pajeú foram publicados na manhã desta terça-feira por Janiélio Silva, residente no Sítio Serra do Valério, em sua conta na rede social facebook. “Pajéu chegando a sua capacidade total”, escreveu ele. A postagem já conta com centenas de curtidas e diversos comentário.

Em 2017, o reservatório hídrico tinha chegado a sua capacidade total no dia 17 de março após Altaneira registrar a maior chuva do ano e a maior do Estado do Ceará, 120.7 mm.

No Portal Hidrológico do Ceará os dados ainda não foram atualizados e o Pajeú está com um volume equivalente a 98,04% de sua capacidade.




Marcha Lula Livre e ato ecumênico marcaram início do 1º de Maio


Defesa de Liberdade de Lula e garantia dos direitos da classe trabalhadora foram temas do 1º de Maio em Curitiba.
(Foto: Mídia Ninja).

As ruas de Curitiba (PR) amanheceram coloridas de vermelho nesta terça-feira, 1º de maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador. Mais de 3 mil pessoas saíram em marcha pela cidade rumo à Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso desde 7 de abril.

A caminhada abriu as atividades de uma intensa programação que se estende até o final do dia na capital paranaense, palco do maior ato do Dia do Trabalhador este ano. Pela primeira vez, as comemorações unem sete centrais sindicais e diversos movimentos populares.  Como pauta central, os participantes elegeram a defesa da liberdade de Lula e a garantia dos direitos da classe trabalhadora. Sintonizado com as bandeiras principais do evento, o corretor de imóveis Jeferson Jerep saiu de São Paulo para participar da programação em Curitiba.

Jerep faz um balanço do governo Lula (2002-2010) e avalia a prisão do petista como uma “perseguição política” relacionada à atuação do líder. “Antes do governo Lula eu morava na favela. Hoje tenho minha casa e uma profissão. Minha esposa está terminando a segunda faculdade dela. Isso é a luta por um país melhor pra todos, por isso que eu estou aqui e vou lutar até o fim”, completou. Ele considera que a articulação do campo popular segue nos rumos da construção democrática.

No encerramento, os participantes da marcha foram acolhidos por cerca de 25 mil pessoas que se concentravam nas proximidades da Polícia Federal, onde ocorre diariamente a vigília em defesa de Lula pelos participantes do acampamento Marisa Letícia.

Um ato ecumênico também marcou a programação desta primeira parte do dia. Católicos, evangélicos e anglicanos se aglomeraram numa cerimônia religiosa marcada pelo combate à cultura do ódio e em defesa de Lula.

A pastora evangélica Cleusa Caldeira lembrou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e a luta da população das periferias por direitos e melhores condições de vida. A líder destacou ainda a importância do engajamento político das igrejas. “Não tem sentido a gente pregar e falar de um Deus que esteja longe do contexto do povo brasileiro, do sofrimento. Precisamos aprender a sair do templo e acampar e a resistir com o povo”, defendeu.

Durante o ato inter-religioso, o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido há 22 anos, também foi lembrado como exemplo de luta dos trabalhadores do campo por uma reforma agrária de caráter popular. O padre Dirceu Luiz Fumagalli disse que é preciso haver união entre as igrejas e o povo. “Seja do campo ou da cidade, da floresta ou das águas, para qualquer pessoa, trabalhador ou trabalhadora, que se sinta ameaçado nos seus direitos ou na sua vida, é missão, responsabilidade das igrejas colocar-se a serviço”, afirmou. 

A programação do 1º de Maio em Curitiba contará ainda com um ato cultural a partir das 14 horas. O ato político, previsto para às 16 horas, contará com a presença dos presidentes das centrais sindicais, representantes dos movimentos populares e parlamentares.  O local fica a aproximadamente nove quilômetros da sede da Polícia Federal, onde Lula é mantido como preso político, desde o dia 7 de abril. (Com informações Brasil de Fato).

Como será o 1º de Maio, na República, em São Paulo e pelo Brasil


(Foto: Reprodução/ RBA).


Com organização de CTB ,CUT e Intersindical, a manifestação do Dia do Trabalhador em São Paulo será na Praça da República, a partir do meio-dia. Movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo participam do ato, que terá como mote a defesa dos direitos atacados pela “reforma” trabalhista e da democracia, pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por seu direito a disputar a Presidência da República. A bandeira da revogação da nova legislação, e de outras medidas como a emenda constitucional do congelamento de gastos sociais, moverá o movimento sindical nas eleições deste ano.

O 1º de Maio da República terá também apresentações de artistas, como a banda Liniker e os Caramelows, que mescla black music, a rapper Preta Rara, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, o compositor de sambas enredo André Ricardo, e os cantores e intérpretes, Grazzi Brasil e Celsinho Mody, destaques do carnaval em 2018 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti.

Mesmo com muitas entidades organizando excursões para principal manifestação do dia, em Curitiba, onde as sete maiores centrais sindicais farão uma inédita manifestação conjunta, o 1º de Maio tem atos programados em todo o país com essa temática.

Ainda em São Paulo, em Osasco, a partir das 8h, tem início a tradicional corrida e caminhada dos trabalhadores e trabalhadoras, em frente à sede da prefeitura. Em Campinas, às 9h tem início concentração no Largo do Pará, no centro, de onde sairá caminhada até a Catedral, na Praça José Bonifácio, onde ocorrerá ato unificado. Em Araraquara, às 14h, começam apresentações culturais e ato político na Praça Scalamandré Sobrinho, no bairro Vila Ferroviária.

Em São Bernardo do Campo, metalúrgicos realizam manifestação na Praça da Matriz a partir das 10h. À tarde se juntam com bancários, químicos, professores, estudantes, petroleiros e diversas outras categorias e movimentos sociais na Praça da República.

A capital paulista tem ainda ato da Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte, das 9h às 15h.

Pelo país

No Rio de Janeiro, às 14h, tem início a concentração na Praça XV (próximo à Rua do Mercado). Haverá um esquete com o grupo Emergência Teatral. Em seguida, começa a batucada com o Bloco da Democracia e caminhada pelo Boulevard Olímpico até a Praça Mauá. Em Vitória, haverá ato na Praça Costa Pereira, das 9h às 13h.

Minas Gerais terá evento do 1º de Maio em Belo Horizonte, das 8h às 11h, na Escola Municipal Pedro Guerra, na Rua João Ferreira da Silva, 230. Em Contagem, a partir das 7h30, manifestação na Praça da Cemig, Cidade Industrial, seguida da 42ª Missa do Trabalhador.

Em Maceió, a partir das 8h30, no Posto 7, na Jatiúca, tem início o ato com a participação da CUT, frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e as centrais sindicais CSP, Conlutas, Nova Central e CTB. Em Macapá, às 9h, será realizada vigília na sede da CUT, Avenida  Manoel da Nóbrega,537 , bairro Laguinho. Em Manaus, a partir das 15h, tem início o ato na esquina da Sete de Setembro com Avenida Eduardo Ribeiro.

A Bahia terá ato unificado em Salvador, a partir das 13h, na Barra, com uma série de serviços gratuitos, como retirada de carteira de trabalho, orientações jurídicas, atendimento à saúde da mulher, entre outras ações. Em Feira de Santana (BA), das 8h às 16h, será realizada missa em memória à vereadora Marielle Franco, e ato por Lula Livre, com atrações musicais. Em Santo Antônio de Jesus, a partir das 8h, terá caminhada nos bairros e palestra sobre a reforma Trabalhista, sindicalismo e o golpe de 2016. Em Santo Estevão, às 9h, será celebrado um ato ecumênico. Em Canavieiras, às 8h, está agendado um café da manhã com trabalhadores na nova sede do Sindicato. Em Conceição de Feira, a partir das 8h, tem missa campal seguida pelo ato Lula Livre.

Em Fortaleza, a partir das 15h começa o ato público que reunirá as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, CUT, CTB e Intersindical no Centro Poliesportivo de Parangaba, na Avenida General Osório de Paiva, Bairro Parangaba. No mesmo local, às 9h, tem o lançamento estadual do Congresso do Povo – pela revogação das medidas do governo Temer, em defesa da soberania nacional e contra o fascismo. Em Iracema, às 7h, tem início a Carreata dos Trabalhadores, que começa na Praça Casimiro Costa (Praça da Mangueira). Ainda no Ceará, ato unificado do Vale do Jaguaribe, acontece às 10h, em Tabuleiro do Norte. E em Caucaia, o 2º Acampamento Estadual do Levante Popular da Juventude encerra sua programação.

Em Brasília, a partir das 9h, a concentração será no estacionamento entre a Funarte a Torre de TV. Haverá debate político com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e CUT, além de apresentações culturais e atividades para as crianças, com o samba da Tapera.

Em Goiânia, às 14h, as atividades começam na Praça Universitária com apresentação da banda Sã Consciência, além de rodas de conversa, oficina e exibição de curtas-metragens, com curadoria de Benedito Ferreira. Às 15h, tem Diego Mascate, seguido por Mundhumano, Cocada Coral, Terra Cabula e Maíra Lemos.

Em Campo Grande, os atos começam no dia 30 (segunda-feira), com om a Noite Cultural do Trabalhador, a partir das 18h, na Esplanada Ferroviária, sob a organização da CUT, UGT, Nova Central, CTB, Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do MS. No dia 1º, a partir das 7h, o ato será na Associação Colônia Paraguaia, R. Ana Luísa de Souza, 610, no Bairro Pioneiros. Das 8h às 13h, haverá atos esportivos e políticos no Pagode dos Bancários, no Clube de Campo dos Bancários. Às 11h, organizado pelo PCdoB, haverá a “Feijoada do Trabalhador”, no Bar da Valu. Às 17h, tem início a manifestação por Lula Inocente, na esquina da Afonso Pena com 14 de Julho.

Ainda em Mato Grosso, em Corumbá, a partir das 9h30, ato internacional do Dia do Trabalhador será realizado na Fronteira Brasil-Bolívia, organizado pela CUT e Central Obrera Boliviana. Em Dourados, às 16h, ato no Parque Rego D'água Jardim Água Boa.

Em Belém, às 9h, haverá ato na Praça da República. O Pará tem programações também nas cidades de Abaeté, Altamira, Barcarena, Cametá e Igarapé Miri.

Em João Pessoa, os atos acontecem desde esta sexta-feira (27), com o café da manhã dos trabalhadores na Federação dos Trabalhadores na Agricultura, seguida de caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho e ato público no Pavilhão do Chá. Em Recife, a partir das 8h30, começa o 1º de Maio na Praça do Derby.

Em Porto Alegre, às 10h, o ato será no Parque da Redenção e começa com apresentações de Nei Lisboa, Raul Ellwanger, Grupo Unamérica e outros artistas. (Com informações da RBA).

Altaneira registra a maior chuva do cariri e a segunda do estado no último dia de abril


Imagem capturada do vídeo compartilhado por Nicolau Neto na noite de segunda, 30, no facebook.

Entre as 7 horas da manhã de ontem, 30/04, e as 7 horas desta terça-feira, 01 de maior, mais de 56 municípios receberam precipitações, conforme dados colhidos junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Altaneira, na região do cariri, foi o município que obteve o maior número, 50.0mm. Os dados permitem concluir que as precipitações colocam o município como o que teve a maior chuva do cariri e a segunda do estado, perdendo apenas para Limoeiro do Norte que obteve 52.00mm.

Durante todo o mês de abril que foi o mais chuvoso desde 2009, conforme registrou a Funceme, Altaneira recebeu mais de 140mm e o Açude Valério (mais conhecido por Pajeú), responsável pelo abastecimento da cidade, está muito próximo da sangria.