Defesa da democracia é o único caminho para sair da crise de governabilidade, por Emir Sader



Os elementos da crise atual foram sendo gestados ao longo do primeiro mandato de Dilma Rousseff, estiveram presentes no processo eleitoral e no seu resultado, mas foram fortalecidos por graves erros do governo tanto na política econômica, como na coordenação política.

Lula tinha conseguido montar uma arquitetura política que permitiu que, mesmo não sendo majoritária, a esquerda conseguisse impor seu programa antineoliberal, com prioridade das políticas sociais, dos projetos de integração regional e de intercâmbio sul-sul, e de resgate do Estado. O governo se apoiou em alianças políticas com setores do centro e do empresariado, em torno de um programa de recuperação do crescimento econômico, com forte peso da expansão do mercado interno de consumo popular, fortalecido pelas políticas de distribuição de renda. Esse projeto se valia também de situação internacional favorável, que possibilitou, como Lula sempre destacou, que “nunca os ricos ganhassem tanto e os pobres melhorassem tanto de vida”.

Esse projeto tornou-se hegemônico no país, apesar da hostilidade aberta da mídia. Lula saiu do governo com 84% de apoio, apesar da maioria esmagadora das referências a ele na mídia serem negativas. Parecia que bastaria dar continuidade ao modelo, para que as mesmas condições se reproduzissem.

Mas a mudança de conjuntura nacional e internacional não foi percebida pelo governo Dilma, que tentou, de forma artificial e frágil, mediante subsídios e isenções, retomar o ritmo de crescimento da economia. Sem exigir contrapartidas do empresariado que se beneficiava dessas medidas e revertendo a baixa da taxa de juros, o governo começou a perder o controle da situação. Durante o primeiro governo Dilma houve praticamente estagnação econômica, embora o governo mantivesse a expansão das políticas sociais. Produziram-se desarranjos nas finanças públicas e, ao mesmo tempo, a inabilidade do governo para manter as alianças políticas gestou as condições da crise atual.

A falta de democratização dos meios de comunicação, neutralizada pelo sucesso econômico e social do governo Lula e por sua capacidade de liderança política, recaiu duramente sobre o governo e quase levou à derrota da Dilma nas eleições de 2014, em que ela teve contra si não apenas praticamente todos os grandes meios de comunicação, como todo o grande empresariado e até mesmo parte dos aliados políticos do governo. O candidato da oposição obteve 51 milhões de votos, provavelmente a maioria de setores populares beneficiários das políticas sociais do governo. Estava instalada uma crise de governabilidade, reflexo da crise hegemônica, da incapacidade do governo e de todas as forças de esquerda – partidos, movimentos sociais – de traduzir as políticas sociais do governo em consciência social das imensas massas da população beneficiarias dessas políticas. Estava instaurada a ingovernabilidade quando a isso se somou o Congresso mais conservador que o país teve, com uma derrota grave da esquerda, que se enfraqueceu e, com manobras políticas desastradas, permitiu que o pior da direita brasileira se apropriasse do Congresso e cercasse o governo.

Um Executivo fraco, acuado, piorou sua situação, implementando um desastrado ajuste fiscal, que lhe fez perder rapidamente o apoio popular e não conseguiu reativar a economia e nem controlar a inflação. Diante do governo fraco, tanto o Legislativo, quanto o Judiciário e até mesmo a Polícia Federal, apertaram o cerco sobre o governo e o levaram a uma situação praticamente de asfixia, de ingovernabilidade. Uma situação de empate catastrófico, em que nenhuma das partes, em enfrentamento aberto, tem demonstrado capacidade de triunfar sobre a outra.

A oposição conta com toda a grande mídia, com setores do Judiciário e da PF, além da mobilização agressiva de amplos setores da classe média e da burguesia. O governo conta com o apoio de toda a esquerda e dos movimentos sociais, que mostram capacidade cada vez maior de mobilização de amplos setores do povo, além da liderança do Lula e do apoio de setores do Judiciário. O próprio governo não tem ajudado à resistência democrática, não lançando um grande programa de reativação econômica, centrado na defesa do emprego e, ao contrário, mantendo a proposta de medidas antipopulares e recessivas.

Não parece possível nenhum tipo de acordo entre os dois blocos em disputa. Dilma não renuncia e a direita não abre mão das suas tentativas de derrubá-la. Ou se mantém a continuidade democrática com a derrota da direita, ou esta consegue derrubar a Dilma, mediante um golpe, rompendo com a democracia e jogando o país numa situação de instabilidade nunca vista, que pode desembocar em alguma forma de governo autoritário ou diretamente ditatorial. Há quem levante o sacrifício de Lula 2018 como se pudesse obter concessões da direita. Seria uma capitulação – como a que a oposição queria de Lula em 2005 –, prévia à queda da Dilma e renúncia suicida da única alternativa de solução democrática da crise.

O único caminho democrático agora é a derrota da direita – via Parlamento ou via STF –, sustentada com mobilizações cada vez maiores da cidadania, dirigida a seus inimigos mais visíveis – Globo e setores da mídia, entre outros. Essa derrota, uma vez conseguida, permitiria superar o empate catastrófico atual. Empate de forças que se anulam, catastrófico para o pais.

Seria a possibilidade de convocação de uma Assembleia Constituinte que promova a reforma democrática não apenas do sistema político esgotado, mas também de toda a estrutura do Estado, incluindo Legislativo, Executivo e Judiciário. Precedida de um grande debate político nacional, que desemboque nas eleições em 2018 com uma Assembleia Constituinte. Que ao mesmo tempo permita a renovação radical da vida política, com a participação direta e massiva de jovens, mulheres e representantes de movimentos sociais.

E que crie as condições de uma nova hegemonia, de caráter democrático e popular, com a formação democrática da opinião pública e a eleição de Congressos com a cara da sociedade e não dos seus lobbies.

Um momento de que tem de fazer parte indispensável o lançamento e a colocação em prática de um programa de reanimação da economia, com distribuição de renda e proteção do emprego, para que o governo recupere as bases populares que perdeu e que o tem apoiado firmemente na luta contra o golpe.

II Etapa do III Campeonato de MTB de Altaneira será realizada neste domingo(27)


A trilha Sítio Poças será palco neste domingo, 27 de março, da II etapa do Terceiro Campeonato de Mountain Bike do município de Altaneira (III MTB).

Cartaz de divulgação da II Etapa do III Municipal de MTB de Altaneira,
O campeonato é disputado em 10 etapas com duas categorias, a Local com apenas participantes do município e a Visitantes que reúne competidores de cidades como Crato e Juazeiro do Norte. As disputas no circuito ocorre, segundo o idealizador Raimundo Soares Filho, sempre no último domingo de cada mês.

No último dia 28 de fevereiro, o ciclista altaneirense Lindevaldo Ferreira com um tempo 1h.51min.16seg completou as seis voltas e foi o vencedor da primeira etapa. Higor Gomes e Jonathan Soares ajudaram a completar o pódio local, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Já levando em consideração as duas categorias, a classificação geral apresenta a seguinte configuração:

1 - Ruan Jacinto - 25 pontos;

2 - Vanderlei Calixta- 20 pontos;

3 - Lindevaldo Ferreira - 15 pontos (Altaneira);

4 - Higor Gomes  - 12 pontos (Altaneira);

5 - Evandro Vieira - 10 pontos;

6 - Francisco Serafim - 8 pontos;

7 - Jonathan Soares - 6 pontos (Altaneira);

8 -  Bruno Roberto  - 4 pontos (Altaneira);

9 - Luis Carlos Barroso - 2 pontos;

10 - Paulo Robson - 1 ponto (Altaneira);

A II Etapa está prevista para ocorrer a partir das 09h00 e término das seis voltas ao meio dia.


Homenagem às mulheres – Elas por eles. Entrevista ao blog “Reflexões de Lucélia Muniz”


A professora e blogueira Lucélia Muniz lançou em seu portal “Reflexões de Lucélia Muniz” a série “Elas por Eles” visando tecer homenagens as mulheres pela passagem do seu dia, 08 de março.

Segundo Lucélia a homenagem se dará durante o mês março “sob a ótica dos homens onde os mesmos vão dá sua contribuição acerca da importância do papel da mulher na sociedade”. Para tanto, vários personagens responderam a muitas perguntas que perpassavam por uma infinidade de temas acerca dos desafios, lutas e conquistas da classe feminina.

O primeiro entrevistado foi o micro empresário Charles Neto que reside em Porta Alegre, estado do Rio Grande Sul. Este signatário foi o segundo da lista. Em 2015 a série foi intitulada “Mulheres que Inspiram”.

Confira abaixo a entrevista cedida por este blogueiro:

Entrevista nº 02

Reflexões de Lucélia Muniz - Dentro do contexto atual, na sua opinião, quais as principais conquistas alcançadas pelas mulheres?

Nicolau Neto - Falar das conquistas das mulheres nos leva a nos referir a um universo de outrora que foi muito perverso para com elas. A trajetória de submissão, exploração faz parte da vida de muitas mulheres. Na antiguidade, elas não podiam exercer sua cidadania, aliás, se quer eram consideradas cidadãs. Durante a idade média, passou-se a percebê-las como objetos e, ou moedas de trocas, especificadas muito bem nos casamentos arranjados com colaboração da instituição religiosa de cunho católico que, diante do poder emanado, mandavam e desmandavam na sociedade do período. Veio a modernidade e, poucas mudanças foram efetivadas.

A luta do feminismo por igualdade em todos os espaços ganha corpo somente na contemporaneidade. Em 1848, quando teve início o movimento feminista, na convenção dos direitos da mulher em Nova York (E.U.A), as reivindicações emergiram em virtude das grandes revoluções. É importante lembrar que as conquistas oriundas da Revolução Francesa, que tinha como lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade, foram reivindicações das feministas porque elas acreditavam que os direitos sociais e políticos adquiridos a partir das revoluções deveriam se estender a elas enquanto cidadãs. Algumas conquistas podem ser registradas como consequência da participação da mulher nesta neste processo, um exemplo é o divórcio.

Notadamente que, muitas conquistas foram sendo efetivadas de forma lenta, gradativa e com muita luta. Porém, hoje se pode perceber resquícios dos pensamentos de outrora como, por exemplo, o velho e péssimo clichê: “lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos”. Ao passo que muitas mudanças positivas aconteceram e continuam, a passos lentos, acontecendo. O voto universal também se faz necessário citar.


RLM - Em pleno século XXI, quais situações ainda são enfrentadas pelas mulheres? Seja na questão de gênero, na falta de políticas públicas e/ou no contexto socioeconômico.

Nicolau - Às vezes, ou quase sempre fico a me perguntar se se tem realmente o que se comemorar no dia internacional da mulher. Porque?. Ora, nos últimos três anos houve um retrocesso tão grande que só se compara com aqueles em que as mulheres eram taxadas como o “sexo frágil”. Em 2013, por exemplo, o conservadorismo em diversos setores da sociedade foi marcante, tanto que foi necessário a mobilização de movimentos que lutam em defesa da visibilidade feminina para que direitos e conquistas já editados na Constituição Federal de 1988 não fossem jogados pelo ralo. 2014 seguiu o mesmo passo e 2015 foi ainda mais desastroso para todos, principalmente para a classe feminina, comprometendo o ano que acaba de começar. Falo da eleição de deputados e senadores mais conservadores de todos os tempos, mais até do que em 1964, pois nesse período o Brasil vivia sob o julgo da ditadura, mas hoje o regime é democrático e sendo uma democracia é inconcebível certas atitudes parlamentares.

Foi desse congresso por exemplo que saiu o argumento de que as mulheres teriam que ter provas mais consistente para o estupro, pois o simples relato ou marcas no seu corpo não mais seria suficientes. Acredito que para o congresso (falo em nome de pessoas como Jair Bolsonaro, Marco Feliciano e Eduardo Cunha) só uma selfies (com a legenda – Olha ai eu sendo estuprada! Prenda-o!) das mulheres registrando o ato serviria como prova.

Se não bastasse isso, elas ainda tem que enfrentar a violência física e psicológica. De acordo com estatísticas, o Brasil ocupa por três anos consecutivos o 7º lugar entre aqueles om maior número de homicídios femininos. Esses dados aumentam quando se refere a mulher negra. As negras mulheres são as maiores vítimas desse caso. As estatísticas do Mapa da Violência afirmaram que dos índices de assassinatos 60% são negras. Para além desses pontos mencionados, o universo feminino ainda tem que enfrentar o machismo que insiste em permanecer na mente fraca e doente de muitos homens, o racismo – a maior praga já existente e causador de muitas atrocidades (a maior delas o sistema escravocrata) e hoje define o lugar na sociedade.

Não se pode esquecer ainda que a estrutura partidária se configura com um dos maiores empecilho para a representação da mulher nesse ambiente. Para se ter uma dimensão do que ora se menciona, o Brasil é o país da América Latina que possui a menor quantidade de mulheres na política. Dados divulgados pela Inter-Parlamentary Union (IPU), órgão que reúne dados sobre o Legislativo em todo o mundo, mostram que apenas 13% das mulheres brasileiras estão no parlamento. Esses dados caem mais da metade quanto a mulher negra.

RLM - E como a Educação pode ser usada como uma “arma” no combate a estas situações?

Nicolau - Em primeiro lugar trabalhando bem o 08 de março de uma forma que se possa desmistificá-lo. Fazer isso significa debater desde cedo que ele não é dia para e comemorar o dia internacional das mulheres, simplesmente.  Mas um dia para se refletir sobre as condicionantes históricas que ensejaram a organização da classe feminina em prol da luta visando à conquista de seus direitos, da sua inserção no mundo sem serem submissas ao mundo machista. Promover rodas de conversas acerca de ações que venham a se configurar como mais uma oportunidade de rever as forças e a organização dessas guerreiras que passaram anos e anos sob o julgo do exacerbado machismo.

Disciplinas como História, Filosofia, Sociologia e Formação Cidadã são as ferramentas mais fortes na promoção desse debate no seio escolar, afinal de contas, essa data que as pessoas notadamente insistem apenas em comemorar sem refletir, surgiu em 1910, em Copenhague, durante a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. Trata-se, portanto, de demonstrar que é um dia dedicado à luta das mulheres trabalhadoras, notadamente. É momento de reforçar o espírito de solidariedade internacional, dia de rever a força e organização das mulheres identificadas com a luta contra todas as formas de dominação, exploração e opressão. 
RLM- Neste Dia Internacional da Mulher, no mês de março, qual Mulher você gostaria de homenagear em nome de todas? Por que?

Nicolau - Quero homenagear duas mulheres. A primeira delas é minha mãe – Neusa Lourenço da Silva (foto ao lado). Mulher negra que desde cedo soube fazer das dificuldades degraus para alcançar as vitórias. Descrever uma mulher é difícil e quando essa mulher é sua mãe, torna-se mais difícil ainda. Não porque não tenho o que dizer, ao contrário. São tantos adjetivos que nem sei por onde começar. Mas definirei em três palavras, a saber, FORTE, GUERREIRA e IDEALISTA. Foi ela que me ensinou que se combate o racismo denunciando e não fingindo não sofrer ou calando achando que se não falar ele acaba.

A segunda é Valéria Rodrigues (foto abaixo). No último dia 20 de novembro dia dedicado a mais um momento de análise e reflexão crítica acerca das ações sobre a valorização da cultura africana e afro-brasileira nos espaços de poder, completou-se um ano em que Valéria Rodrigues nos oportunizou conhecê-la. Nesse curto período de tempo convivi (e estou convivendo) com uma pessoa simplesmente maravilhosa que tentarei - mesmo sabendo que o espaço não é suficiente para caracterizá-la - externar alguns adjetivos que são inerentes a sua pessoa: Amiga, Companheira, Dedicada, Compreensiva, SOLIDÁRIA, Inteligente (e sabe usá-la em todos os momentos), Sábia, Meiga, Linda por dentro e por fora...... Com você aprendi e muito. Aprendi a desenvolver outras habilidades que estavam adormecidas. Aprendi a adentar em outros espaços que, mesmo respeitando a coletividade, hesitava em entrar. Aprendi que desistir mesmo quanto tudo conspira contra, é inaceitável, pois, como você mesmo diz - "há outras pessoas que, mesmo sendo poucas, se inspiram em nós e é a elas(es) e por elas(es) que devemos continuar a ter esperança de um mundo melhor". Aprendi que conviver não é tarefa fácil, mas necessário para promovermos mudanças significativas na sociedade, tão carente de mentes solidárias e com espírito de ALTERIDADE (como o dela).



Pesquisadores consideram falso pano que envolveu Jesus no enterro, mas há ainda outros mistérios


Do BBC

É uma das relíquias mais reverenciadas pelos crentes católicos: uma peça de linho que parece ter impressa a imagem de um homem com marcas e sinais de quem foi crucificado.

Conhecido como Santo Sudário ou o Sudário de Turim - é na catedral do local que a peça fica - muitos acreditam que é a tela que se colocou sobre o corpo de Jesus Cristo quando foi enterrado.

"No começo, era difícil distinguir algo, depois pouco a pouco os ossos se fizeram bastante distinguíveis, como por meio de raio-x, assim como as mãos cruzadas, os ossos articulados, os pulsos destroçados por pregos, o perfil comprido, refinado e angular de um rosto."

Assim foi descrito em 1978, em uma das poucas vezes que foi mostrado ao público.


Durante séculos o sudário tem sido foco de um intenso debate: como e onde se imprimiu sobre a tela a imagem de um homem crucificado?

O professor Michael Tite é um dos especialistas que mais tem pesquisado o tema.

Ele foi o responsável por uma investigação que começou em 1988 para determinar a data de fabricação do manto usando datação por radiocarbono.

A própria Igreja Católica havia aprovado o estrito protocolo que se seguiria em três laboratórios que ela mesmo selecionou.

Tite - então responsável do laboratório do Museu Britânico - chegou em abril de 1988 a Turim para o primeiro passo do processo.

Quantos átomos

"Trouxeram o sudário da capela atrás da catedral, onde estava guardado, e de onde quase nunca saía", explicou Tite a BBC.

"Não sou crente, assim que para mim não tinha um significado tão importante, mas claro que tinha interesse em vê-lo. É uma imagem extraordinária", disse.


Havia dois especialistas do ramo têxtil e puderem examiná-lo inteiro para saber se era parte do original e não um remendo.

Para os de fé cristã, o sudário é símbolo deo sofrimento de Cristo.
"Ele foi cortado em três partes, envolvido em papel alumínio e introduzido em um recipiente de metal", disse Tite.

Depois, dois cientistas da Universidade de Oxford analisaram um pequeno pedaço do sudário com um exame para detectar átomos de carbono radioativo.

Quanto mais velho fosse o sudário, menos átomos de carbono teria.

Uma vez que isso foi feito, o sudário foi enviado ao Museu Britânico, onde se comparou os resultados com os de outros dois laboratórios que participaram do processo, uma de Arizona, nos Estados Unidos, e outro de Zurique, na Suíça.

Então, estatísticos combinaram os resultados para dar um número final.

O sudário, que durante séculos foi considerado o sudário com o qual Jesus Cristo foi enterrado, era falso.

Os exames mostraram que foi fabricado entre 1260 e 1390.

A Igreja nunca havia dito que o sudário era autêntico, então aceitou o veredito dos cientistas. No entanto, também agregou que o sudário ainda poderia ser objeto de veneração, um símbolo do sofrimento de Cristo.

Tite afirmou que não se sentiu decepcionado com os resultados: "apenas provaram as suspeitas que eu já tinha", disse.

Houve acusações de que especialistas que estudaram sudário estariam envolvidos em conspiração.

Sem solução

No entanto, nem todos reagiram da mesma maneira.

Houve acusações de que Tite estava envolvido em uma conspiração maçônica e de que os resultados não eram válidos porque a mostra estava contaminada.

O especialista apontou que todas essas dúvidas foram tiradas nos exames e que o resultado final foi muito preciso.

Então, como a imagem formou-se?

"Não há evidências reais de que seja uma pintura, não acho que foi pintada", disse.

"Outra coisa estranha é que, se uma pessoa olha todos os quadros da Idade Média e do Renascimento, todos pintam Cristo com cravos que atravessaram a palma da mão", acrescentou.

"Mas, na realidade, se se quer crucificar alguém, para que o corpo se mantenha na cruz, é preciso colocar os pregos através dos pulsos e dos tornozelos."

E assim que se parecem as marcas do sudário.
"Não acredito que seja o sudário de Cristo, mas é muito provável que aí havia um corpo."

"Era o tempo das Cruzadas e uma das formas de humilhar a um cristão era crucificar-lo. Os fluídos provocados pelo estresse da crucificação podem ter provocado a descoloração e a deterioração do sudário", explicou.

Assim que o debate continua sobre qual é a origem do tecido e como a imagem de um homem acabou impressa nele.

Membros da diretoria da URCA lançam nota em favor da democracia no Brasil


Do site da URCA

Nós, professores da Universidade Regional do Cariri – URCA, membros da Reitoria, dirigimo-nos à comunidade acadêmica e à sociedade em geral nos posicionando na defesa da Democracia Brasileira ameaçada pelas recentes manobras políticas, institucionais e midiáticas em curso no país. Somos contrários aos processos que visam promover, sob acusações sem comprovação, a restrição de direitos fundamentais conquistados à custa de uma longa luta da sociedade brasileira. Opomo-nos ao impeachment da Presidenta da República Dilma Rousseff, sem as devidas garantias constitucionais ao processo justo de investigação e apuração dos fatos.


A Democracia Brasileira fortalecida com a inclusão de classes sociais historicamente excluídas de direitos fundamentais como educação, renda mínima, moradia, saúde, lazer, acesso à informação, outrora acessíveis apenas às classes privilegiadas, não pode parar o seu curso, no que pese a enorme desigualdade que ainda campeia e divide o Brasil.

Os altos custos sociais, políticos e institucionais que pagamos com os 21 anos de regime autoritário, assim como, as dificuldades de atingirmos nossa maturidade democrática pós “Golpe Militar” de 1964, foram suficientes para não desejarmos e/ou aceitarmos discursos fascistas de ódio e intolerância, bem como, tentativas de golpes às instituições políticas do país. Estas práticas ferem a liberdade das atividades partidárias, intimidam o exercício do voto e a consequente representatividade e legitimidade dos eleitos em processo público, amplo e irrefutável.

A Universidade é o locus fundamental para a produção de reflexões e divulgação da produção intelectual e não pode compartilhar com o retrocesso político ou com a negação da alteridade e do espírito de cooperação e solidariedade. Defendemos acima de tudo a liberdade de ideias, o franco debate que propicia o crescimento humano e o respeito às conquistas das sociedades do século XXI. Aquisições que vislumbram um horizonte de fortalecimento das identidades étnico-raciais e de gênero, a liberdade de associação e manifestação, a filiação partidária, o respeito e a tolerância para com as minorias. Um espaço que busca incansavelmente a inclusão social e o fortalecimento das conquistas sociais, políticas e constitucionais. Posicionamo-nos, portanto, veementemente contra:

- Qualquer forma de usurpação do poder estabelecido em mandatos políticos sem o respeito ao devido processo legal-constitucional justo, em que se resguardem a ampla defesa, o contraditório e as garantias previstas na Constituição Federal de 1988.

- Qualquer medida das instituições públicas, privadas ou associativas ou da mídia que incitem o ódio e/ou enfraquecimento da Democracia como único regime político de prevalência e afirmação dos direitos humanos e dignidade humana.

Por conseguinte, defendemos:

- A investigação ampla e irrestrita de agentes sociais ou políticos envolvidos em corrupção e/práticas criminosas no exercício de mandatos ou fora deles.

- As instituições e a liberdade de expressão; divulgação de informações dentro da legalidade que conduzam ao esclarecimento da verdade, sem ocultação de fatos, dados ou subsídios que ajudem ao fortalecimento da Democracia e suas instituições.

Crato – Ceará, aos 23 de Março de 2016.

Prof. José Patrício Pereira Melo
Reitor

Prof. Francisco do Ó de Lima Júnior
Vice-Reitor

Porfa. Maria Arlene Pessoa da Silva
Pró-Reitora de Extensão

Prof. Allysson Pontes Pinheiro
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Francisco Egberto Melo
Pró-Reitor de Graduação

Profa. Ana Roberta Duarte Piancó
Pró-Reitora de Planejamento e Avaliação

Prof. Roberto José Siebra Maia
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Profa. Fátima Romão
Pró-Reitora de Administração