Estados Unidos foi o único a votar contrário as investigações do massacre de Israel na Palestina


Solitários, Estados Unidos votam contrário a investigação
de Israel. Foto: Divulgação/ONU
Com apenas os Estados Unidos votando de forma contrária, foi aprovada nesta quarta-feira (23), uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU que determina a formação de uma comissão internacional para investigar os ataques israelenses à Palestina. 17 países se abstiveram, entre eles a França, a Alemanha, o Reino Unido e o Japão. Foram 29 votos a favor da resolução, entre eles o do Brasil. A votação demonstrou uma clara divisão geopolítica internacional, já que todos os países da América Latina presentes votaram favoravelmente à resolução, enquanto todos os europeus optaram pela abstenção. Além disso, todos os integrantes dos BRICS optaram pela aprovação.

O texto pede ainda que os palestinos sejam imediatamente colocados sob “proteção internacional”, apela ao “fim imediato dos ataques militares israelenses” e ao “fim dos ataques contra civis”. Iniciada em 8 de julho e seguida por uma intervenção terrestre que começou na última quinta-feira (17), a ação militar já provocou a morte a mais de 670 palestinos, a maioria civil. Do lado israelense foram confirmadas 32 mortes entre os militares e duas de civis.

Confira abaixo como cada país votou:

Votou contra:
Estados Unidos
Votaram a favor:
Argélia
Argentina
Brasil
Chile
China
Congo
Costa Rica
Costa do Marfim
Cuba
Etiópia
Índia
Indonésia
Cazaquistão
Quênia
Kwait
Maldivas
México
Marrocos
Namíbia
Paquistão
Peru
Filipinas
Rússia
Arábia Saudita
Serra Leoa
África do Sul
Emirados Árabes
Venezuela
Vietnam
Se abstiveram:
Áustria
Benin
Botswana
Burkina Faso
República Checa
Estônia
França
Gabão
Alemanha
Irlanda
Itália
Japão
Montenegro
Coréia do Sul
Romênia
Reino Unido
Macedônia



Via Pragmatismo Político

Será publicado em outubro romance inacabado de José Saramago


 Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”, o romance inacabado de José Saramago, será publicado em outubro, anunciou a revista Blimunda # 26 em seu editorial.


A publicação do texto “será mais uma forma de repúdio à violência”, escreveu Pilar del Río, presidenta da Fundação José Saramago, no editorial da revista que desde ontem (dia 23) está disponível em formato digital. “São poucos capítulos, mas o tema fica claro, o texto tem unidade”, explica a tradutora espanhola.

Acompanham os primeiros capítulos do romance as notas do autor, feitas quando começou a escreve-lo. Neles, José Saramago antecipa o andamento e o desenlace da história que pretendia contar.

Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, título emprestado de versos do poeta Gil Vicente, tem como protagonista o funcionário de uma fábrica de armas que vive um conflito moral decorrente de seu trabalho.

O último livro do Prémio Nobel de Literatura será publicado simultaneamente em português, italiano, espanhol e catalão, na Europa e na América.

A Blimunda, revista digital mensal de acesso livre da FJS, pode ser descarregada no endereço http://blimunda.josesaramago.org .


Via Jose Saramago.org

Campanha entre no seu 18º dia e nada de agenda para Altaneira


O processo eleitoral entrou nesta quarta-feira, 23 de julho, no seu 18º (décimo oitavo) dia de intensas mobilizações, permitindo que os concorrentes a assembleia legislativa estadual, ao senado federal, ao palácio da abolição e, claro, ao palácio do planalto se agendem e visitem os municípios do estado do Ceará.

Quadro montado por este blogueiro com os principais líderes partidários local, do bloco da situação e da oposição.
No quadro o prefeito Delvamberto e a veresdora Lélia. À esquerda o ex-prefeito Dorival e o vereador Adeilton.
Espaços sociais localizados na região do cariri com Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato já foram visitados por pelo menos dois dos que despontam como favoritos, segundo pesquisa ibope divulgada recentemente, a ser o próximo governador cearense, como Eunicio Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT).

Toda via durante esses dezoitos dias de campanha nada se tem confirmado se algum dos concorrentes a chefia do executivo estadual virá a Altaneira, mesmo já tendo se definido o ciclo de apoio dos dois polos políticos partidários local. O grupo situacionista liderado pelo prefeito Delvamberto (Pros) já decretou que apoiará para governador Camilo Santana ao lado de Sineval Roque (Pros) e Genecias Noronha (solidariedade) para deputado estadual e federal, respectivamente, além de Mauro Filho (Pros) que concorre a uma vaga ao senado. Já a base de oposição a administração puxada pelo ex-prefeito Antonio Dorival (PSDB) e pelo vereador Adeilton (PP) firmaram apoio a chapa encabeçada por Eunício Oliveira e por Tasso Jereissati (PSDB).  Esse último volta a disputar uma vaga ao senado. Faz parte ainda dos apoios desse grupo os que concorrem aos cargos de deputado estadual e federal. Aparecem aqui Mauro Macedo e  Júlio Cesar Filho, respectivamente.

Apesar dos anúncios de apoios e de participações das lideranças locais em outros eventos fora das linhas divisórias de Altaneira nenhum dos dois polos confiram presença de nenhum político partidário a esta localidade. Os tradicionais pontos que funcionam nesses períodos como comitês não estão caracterizados como tais e pouco se viu de veículos adesivados.

Participação popular e reforma política formam uma agenda que incomoda o conservadorismo


No final de maio, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a proposta de criação da Política Nacional de Participação Social (PNPS), por meio do Decreto 8.243/2014. O objetivo é articular e fortalecer as instâncias democráticas de atuação conjunta entre o governo federal e a sociedade civil. A política estabelece objetivos e diretrizes ao conjunto de mecanismos criados para possibilitar o compartilhamento de decisões sobre programas e políticas públicas, tais como conselhos, conferências, ouvidorias, mesas de diálogo, consultas públicas, audiências públicas e ambientes virtuais de participação social.

Ao apresentar a proposta, o governo enfatizou que ela foi construída por meio de processo participativo. O esboço do ­decreto foi submetido a uma consulta pública virtual no portal da Secretária-Geral da Presidência. O principal objetivo é a consolidação da participação social como método de governo. A ideia é que todos os órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta, elaborem um plano de ação a cada dois anos para fomentar a participação social.

O tema e a prática da democracia participativa não são propriamente uma novidade no país. Entre 2003 e 2012, mais de 7 milhões de pessoas participaram de 87 conferências nacionais, em 40 áreas setoriais. No âmbito do governo federal, existem hoje mais de 120 conselhos, dos quais cerca de 40 têm na sua composição expressiva presença de representantes da sociedade civil. Além disso, estão ativas cerca de 270 ouvidorias públicas federais que auxiliam o cidadão em suas relações com o governo.

As emergentes formas de participação digital, as mobilizações e manifestações da sociedade brasileira expressam a necessidade de ampliação e qualificação dos mecanismos já existentes, bem como a criação de novos processos e formas de participação”, afirma o governo na justificativa da proposta apresentada.

Reação conservadora

O projeto provocou a reação de setores parlamentares conservadores e editoriais irados em alguns meios de comunicação. O jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, afirmou que a “instituição de conselhos populares abriria o risco de criação de um poder político paralelo no país”. O Estadão recorreu a alguns juristas afinados com sua tese para reforçar esses ataques. Entre eles, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que chamou o decreto de “autoritário”, e o ex-ministro do Supremo Carlos Velloso, que classificou a iniciativa de “uma coisa bolivariana, com aparência de legalidade”. As críticas do jornal chegaram ao extremo de sugerir que o objetivo de Dilma Rousseff­ seria criar uma espécie de sovietes (os conselhos de trabalhadores dos revolucionários bolcheviques) para acabar com o Parlamento.

Os críticos da iniciativa retomaram um debate que já foi superado inclusive no âmbito de organismos internacionais como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu braço para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que defende o reforço de práticas democráticas de construção coletiva como condição para construção de uma nova ordem social mundial.

A Unesco apoia há anos propostas ­como: o fortalecimento da participação de movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil no processo de tomada de decisões em nível de Estado e de governos; a criação de novas instâncias de regulação em nível nacional e internacional para fortalecer o controle e a participação da sociedade no Estado; e a abertura de espaços para atores não estatais como forma de criar uma governança do sistema mundial baseada em princípios democráticos.

Defensor da Política Nacional de Participação Social e da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para a reforma política, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, disparou contra o que chamou de reacionarismo e elitismo do jornal: “Está faltando para os juristas do Estadão ler a Constituição Federal e a própria Lei de Responsabilidade Fiscal, pois ali tem dispositivos legais claros, incentivando a participação direta da comunidade na gestão dos negócios públicos. Às vezes o reacionarismo e o elitismo ofuscam o brilho de autores de grossos tratados sobre a democracia sem povo, que sempre consagraram a democracia como instrumento de dominação, não como processo vivo de promoção de Justiça e de combate às desigualdades sociais brutais que permeiam a nossa história”.

Via Rede Brasil Atual

Lampião não morreu em Angico?


Virgulino Ferreira da Silva (1898 – Pernambuco), mais conhecido como “Lampião”, marcou a história do país com o seu movimento reacionário e violento pelas cidades nordestinas nas décadas de 1920 e 1930.

Após a morte de seu pai por policiais em 1919, Lampião, jurou vingança e acompanhado do seu grupo de cangaceiros, foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques, durante 19 anos.

Versão Oficial

A chocante fotografia acima registrada por um fotógrafo anônimo ocorreu alguns dias depois, após a madrugada do dia 28 de julho de 1938, dia em que um grupo de soldados da polícia alagoana fortemente armados e liderado pelo tenente João Bezerra, invadiu o acampamento e matou aos 10 cangaceiros que ali repousavam, em Angico – Sergipe, incluindo Lampião e sua mulher Maria Bonita. O bando foi decapitado e suas cabeças expostas como troféus na escadaria da Igreja de Santana do Ipanema.

Versão Extra

Apurando mais sobre a fatídica imagem, confrontamos com contraditórios e diversos depoimentos sobre a morte do rei do cangaço. Virgulino Ferreira da Silva não teria morrido nesse dia, e sim, em 1993 de causa natural, no interior de Minas Gerais. O fotógrafo, historiador e escritor, José Geraldo Aguiar, autor do livro “Lampião o Invencível – Duas vidas, duas mortes, o outro lado da moeda”, pesquisou a vida do cangaceiro por 17 anos e é o nome mais forte entre os defensores da tese de que Lampião não morreu em Angico.

Aguiar, que entrevistou Lampião em 1992, descobriu em sua pesquisa que o cangaceiro tinha vários sósias na época usados para distrair as autoridades, que as cabeças foram apresentadas apenas quatro dias depois de serem decapitadas e em mal estado de conservação, que o tenente Bezerra responsável pela sua morte, era na verdade seu amigo e fornecedor de armas e munição ao grupo, e que diante de um alto suborno deixou que o cangaceiro, sua amada e outros homens do grupo escapassem.

Outra Teoria:


O verdadeiro Lampião, à esquerda. O pretenso Lampião de Buritis, à direita. Notar o formato diferente do queixo. Foto do livro Lampião – Entre a Espada e a Lei” do Pesquisador e escritor potiguar Sérgio Augusto de Souza Dantas.

As evidências estão sobre a mesa.

Via Nação Nordestina