Educação: parlamentares aprovam por unanimidade, quatro mensagens que vão de encontro às cobranças da categoria


CRÉDITOS DA IMAGEM (APEOC)


A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará aprovou, nesta quarta-feira, vinte e um, a criação de 1.838 (hum mil, oitocentos e trinta e oito) vagas para docentes estaduais do ensino médio. Com isso, somadas às vagas já existentes, haverá concurso para 3 mil professores.

Ainda foram aprovadas mais três mensagens enviadas pelo governador Cid Gomes (PSB), a saber: uma delas regulamenta o uso de recursos do Fundeb para pagamento de profissionais do magistério no período de outubro de 2012 a setembro de 2013. Outra estende a Gratificação de Regência de Classe - conhecida como pós de giz - a professores que exercem função fora de sala de aula. A mesma medida eleva o valor da gratificação para profissionais com mestrado e doutorado.  Aprovou-se ainda a proposta que trata dos critérios de desempate na concessão do prêmio Escola Nota Dez.

Os parlamentares votaram igualmente de forma favorável à criação do prêmio Municípios Cearenses certificados com o Selo Unicef que se destacam na garantia dos direitos da infância e adolescência. 

Para o presidente do Sindicato APEOC, o Prof. Anízio Melo “o atendimento a estas reivindicações resultam das importantes conquistas realizadas durante a greve dos 63 dias em 2011".

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Movimento Negro: Altaneira pode ser um dos polos de atuação





Comece-se essa discussão com o poema de Jorge Posada:

" Um negro sempre será um negro,
Chame-se pardo, crioulo, preto, cafuzo,Mulato ou moreno-claro
Um negro sempre será um negro:
Na luta que assume pelo direito ao emprego
E contra a discriminação no trabalho
Um negro sempre será um negro:
Afirmando-se como ser humano
Na luta pela vida".

Tem-se aqui uma nítida concepção de que é preciso um senso crítico quanto ao tema enfoco. Faz-se necessário então a desconstrução do mito da igualdade racial.

O Brasil é o país que tem a maior população de negros fora da África. Os negros foram trazidos do continente africano para cá, escravizados e, não se contentando com isso, as elites político-econômicas da época, através de diversas práticas, cuja escravização inclui-se aqui como a mais clara, fizeram com que eles (os negros) passassem por um processo de ‘aculturação’, sendo obrigados a deixarem de praticar suas linguagens, religiões e costumes adotando práticas europeias.

Nesse dia 20, dedicado à consciência negra, é importante frisar que o movimento negro tem por objetivo não deixar esmorecer e resgatar essa cultura afro- brasileira, rebatendo a rígida desigualdade e a segregação racial que insiste em permanecer sobre o povo negro. Ressalte-se ainda que ele (o movimento) é uma batalha travada contra o senso comum. Numa sociedade onde se assume que existe preconceito racial é contraditória a afirmação que não há discriminação e racismo pessoal.

Não é novidade que o racismo está presente no cotidiano. As questões aqui são: onde o racismo atrapalha, rouba, diminui, fere, interfere, omite, engana, diferencia a população negra que constitui toda uma nação de outra raça? Aí está a chave. Aí entra o movimento negro, numa armadura e resistência coletiva de uma raça presente e atuante.

Nunca é demais lembrar, já que ele insiste, apesar dos avanços que já foi efetivado, que o Estado é o personagem responsável em garantir a equidade, porém, se esta instituição age de forma ativamente contrária ou de forma omissa em seus serviços de policiamento, saúde pública, geração de renda e trabalho, educação, o que leva a discriminação racial, ainda nos dias de hoje, fazendo parte do seu sistema, então tem-se algo além de problemas sociais, o Estado passa a alimentar um retrocesso e constrói um apartheid.

No entanto, o país é composto de edifícios, a saber, as instituições de ensino, Ongs, empresas, templos religiosos e famílias. Porém, muitas dessas organização não estão desconstituídas de conceitos errôneo, uma vez que não romperam com seus dogmas racistas, não tendo em seus quadros representantes de diversas raças e etnias. Isso leva ao fato de que o racismo assume na sociedade atual tem efeito letal e em massa.

Diante desse cenário a movimento negro assume seu papel de destaque, não se baseando apenas em probabilidades e teorias, mas em fatos empíricos experimentados nas diversas ramificações dos negros na sociedade. As ações do movimento estão diretamente ligados às lutas não só contra o racismo e a discriminação racial, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatas.

No Brasil, as referências para essas lutas continuarem são muitas, como por exemplo, Zumbi, Revolta dos Malês, Chibata e tantas representações de luta e resistência do povo negro . Assim, O movimento negro é resultado de uma série de manifestações decorrentes de um processo histórico. Não se pode dizer onde ele nasce ou especificar algum lugar determinado, tal afirmação nos limita, nos tira de uma visão de alpinista para nos deitar num acolchoado particular. A amplitude do movimento negro é um conjunto de manifestações que surgem de inquietações individuais e coletivas.

Conclui-se que o movimento negro precisa expandir suas ações e desembocar em outras localidades. Altaneira, município situado no interior do Ceará e que compõe a região do cariri, pode ser um dos polos de concentração do Movimento Negro. Necessita apenas de organização da classe e partir para ações, implementando uma militância que trace um viés político, educacional, ideológico, cultural, religioso, gênero, artístico, entre outros, objetivando a total liberdade em todas áreas, buscando boa qualidade de vida, desmarginalização, educação, inserção social, melhor moradia e saúde para o povo negro.

O bestiário do poder e da ganância


Luiz Ruffato reúne em 20 contos, do século XIX aos nossos dias, um inventário literário da corrupção nacional

Um tema é onipresente em nosso noticiário político: a corrupção. Aliás, por aqui, quase que uma coisa é entendida como sinônimo da outra - estou falando, claro, da política e da corrupção. Em disputas eleitorais, como a que se viu há pouco, ainda que se fala em diferentes projetos de governo, de gestão público, o que anima candidatos e entusiastas é a troca de acusações. É encontrar aquele tropeção no rival, que desqualifica a ele mesmo, para além de qualquer qualidade de seu projeto de governança.

Nomes como Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis e João do Rio (em sentido horário) têm em algumas de suas obras referências ao tema corrupção

Entre os intérpretes clássicos do Brasil, a exemplo de Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Hollanda, há quem veja nesse problema uma cultura, de raízes remotas, que vem deste os tempos da colonização do território que viria a ser o Brasil pelos portugueses. É o tal do personalismo, que faz confundir o público e o privado, e que assume sua expressão mais nociva nas práticas da corrupção e do abuso do poder - sem que, ao criticá-las, tenhamos qualquer sombra do moralismo, comum nas disputas eleitorais.

Contrariando o adágio popular, o brasileiro discute sim religião (disfarçada, mas presente em temas espinhosos como o aborto e a pena de morte), o futebol e a política (sobretudo em seus momentos mais apimentados). Não é de se impressionar, portanto, que o lado sombrio de nossa cultura política tenha servido de musa inspiradora para artistas de diversas linguagens. Um povo que reclama tanto de seus políticos nem precisa da chamada arte engajada para problematiza seus jogos de poder. Faz isso em canções populares, que atingem multidões pelas rádios, em telenovelas, sucessos de nossa instável cinematografia e, claro, na literatura. Os artistas engajados, importante dizer, não são desnecessários. Contudo, o debate político não é uma exclusividade de suas obras, da forma como querem alguns.

A coletânea
Corrupção e poder têm a ver com o novo projeto do romancista mineiro Luiz Ruffato. Para a editora Língua Geral, ele havia organizado duas antologias de conto, "Entre nós" (2009), sobre homossexualidade; e "Questão de pele" (2009), sobre o preconceito racial. O terceiro volume desta coleção, a Língua Franca, tem por eixo temático justamente a incômoda tradição que é tema desta edição do Caderno 3. Como a corrupção é coisa ordinária, do dia a dia, o título do livro organizado por Ruffato não poderia ser mais preciso em sua crueza: "Sabe com quem está falando?". A frase, ao invés de ser tirada de um dos 20 contos compilados no livro, vem das ruas, é síntese que o saber popular encontrou para descrever uma realidade muito complexa, da corrupção do exercício do poder. A seleção é abrangente, vindo de fins do século XIX/princípios do século XX (com Machado de Assis e Artur de Azevedo) e chegando a contemporâneos (João Ubaldo Ribeiro, Sérgio Sant´Anna, Marçal Aquino).
"Cobrindo um lago período da história política, ´Sabe com quem está falando?´ propõe uma reflexão a respeito do exercício do poder e da prática da corrupção no Brasil, por meio de contos, às vezes trágicos, às vezes divertidos, recolhidos entre os melhores autores nacionais", apresenta o autor o projeto, no prefácio ("Quanto vale um homem"). No texto, além de apresentar, em poucas palavras, as histórias reunidas no volume, Ruffato faz um resumo de nossa história política - uma referência, senão indispensável, certamente enriquecedora à leitura dos contos.

João do Rio, famoso por suas crônicas que retrataram vivamente as ruas da então capital federal, o Rio de Janeiro, era famoso por sua pena afiada, crítica e irônica. É encharcado de ironia seu conto "O homem de cabeça de papelão", um dos destaques da coletânea. Nele, o escritor carioca cria uma fábula, que se pretende metáfora dos costumes de seu tempo - e, infelizmente, do nosso também. O protagonista é o jovem Antenor, uma aberração para o fictício País do Sol, onde transcorrem as ações. Mesmo sua mãe se horroriza com a excentricidade nata do filho. "Ele não tinha exigências, era honesto como a água, trabalhador, sincero, verdadeiro, cheio de ideias", descreve-o o narrador. Um ex-companheiro de trabalho é menos polido ao opinar sobre Antenor: "É doido. Tem a mania de fazer mais que os outros. Estraga a norma do serviço e acaba não sendo tolerado. Mau companheiro".

A ironia também se faz presente, em dose quase excessiva, na história escrita por Machado de Assis, "Teoria do Medalhão", publicada pela primeira vez em 1881. Nela, o escritor apresenta um diálogo entre um pai e um filho. O velho ensina a velhacaria política ao jovem de 21 anos, pronto para a vida adulta. O ensinamento é explícito quanto à rejeição ao pensamento crítico e à ironia. "As livrarias, ou por causa da atmosfera do lugar, ou por qualquer outra, razão que me escapa, não são propícias ao nosso fim; e, não obstante, há grande conveniência em entrar por elas, de quando em quando, não digo às ocultas, mas às escâncaras. Podes resolver a dificuldade de um modo simples: vai ali falar do boato do dia, da anedota da semana, de um contrabando, de uma calúnia, de um cometa, de qualquer coisa (...). Com este regime, durante oito, dez, 18 meses ¬- suponhamos dois anos -, reduzes o intelecto, por mais pródigo que seja, à sobriedade, à disciplina, ao equilíbrio comum", ensina o velho político.

História e estórias

A universalidade dos contos de João do Rio e de Machado de Assis contrasta com a radical historicidade de outros. O momento histórico mais retratado nos contos do livro é, sem dúvidas, a ditadura militar. Capítulo incontornável de uma história do abuso de poder no Brasil, serve de inspiração para uma série de histórias, de autores de gerações distintas. O golpe militar de 1964 é narrado por Marques Rebelo, com ironia machadiana, em "Acudiram três cavalheiros".

A ditadura é tema também de "Seminário dos ratos", de Lygia Fagundes Telles, que retrata de uma simbólica infestação de roedores que aflige um País. O conto é um retrato da burocracia e da relação parasitária do regime. "Almoço de confraternização", de Sergio Sant´Anna toca em questões ainda mais dolorosas do período: a repressão por meio da censura e da tortura. O conto de Marçal Aquino, "Na serra, fora dela", pode ser lido como uma história de sobrevivência dos métodos de fazer política daquele período, ainda hoje observados.

Sobrevivência, aliás, é uma boa palavra para pensar a coleção de contos reunidos por Luiz Ruffato. Se sobrevivem as práticas sujas no fazer político, também sobrevivem, como demonstram essas narrativas, a indignação, a crítica e a ironia, armas indispensáveis nessas recorrentes batalhas.

Trecho

Desde menino, a sua respeitável progenitora descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. Não a sua verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira. Alarmada, a digna senhora pensou em tomar providências. Foi-lhe impossível. Antenor era diverso no modo de comer, na maneira de vestir, no jeito de andar, na expressão com que se dirigia aos outros. Enquanto usara calções, os amigos da família consideravam-no um enfant terrible, porque no País do Sol todos falavam francês com convicção, mesmo falando mal. Rapaz, entretanto, Antenor tornou-se alarmante. Entre outras coisas, Antenor pensava livremente por conta própria. Assim, a família via chegar Antenor como a própria revolução; os mestres indignavam-se porque ele aprendia ao contrario do que ensinavam; os amigos odiavam-no; os transeuntes, vendo-o passar, sorriam.

Uma só coisa descobriu a mãe de Antenor para não ser forçada a mandá-lo embora: Antenor nada do que fazia, fazia por mal. Ao contrário. Era escandalosamente, incompreensivelmente bom. Aliás, só para ela, para os olhos maternos. Porque quando Antenor resolveu arranjar trabalho para os mendigos e corria a bengala os parasitas na rua, ficou provado que Antenor era apenas doido furioso. Não só para as vítimas da sua bondade como para a esclarecida inteligência dos delegados de polícia a quem teve de explicar a sua caridade.

"O homem de cabeça de papelão", de João do Rio

LIVRO
Sabe com quem está falando? Contos sobre corrupção e poder
Luiz Ruffato (org.)
Língua Geral
2012, 376 páginas
R$ 39,50
DELLANO RIOS
EDITOR


Crédtos: Diário do Nordeste

Indefinição quanto à data para discussão das ações trabalhistas ajuizadas pelo SINSEMA em Altaneira



MARIA LÚCIA DE LUCENA - PRESIDENTE DO SINSEMA
FOTO DE ARQUIVO


O Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira – SINSEMA moveu ação judicial objetivando anular o Estatuto dos Servidores com a pretensão de garantir aos mesmos o recebimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.

Segundo informações veiculadas no portal Blog de Altaneira a maioria das ações visa anular a Lei que instituiu o Estatuto dos servidores sancionada na gestão do ex-prefeito João Ivan Alcântara.  Ainda de acordo com esse portal os advogados representantes do SINSEMA alegam que em virtude da não publicação da Lei em Diário Oficial a mesma não tem validade, dessa forma os servidores seriam regidos pelo regime celetista com direito aos depósitos do FGTS. Faz parte dos objetivos desta entidade cobrar ainda diferença salarial de servidores que trabalham com jornada reduzida e pretendem receber um salário mínimo retroativo aos últimos cinco anos.

Esse fato causou grande alvoroço nos munícipes e gerou grande discussão nas redes sociais, além de ter sido alvo de entrevista na Rádio Comunitária Altaneira Fm com a Presidente do sindicato, Maria Lúcia de Lucena e, o prefeito reeleito, Delvamberto Soares (PSB).  O fato desembocou ainda no plenário da Câmara onde o vereador Flavio Correia (PCdoB) teve requerimento aprovado no último dia 06. Pela redação do mesmo haveria uma sessão extraordinária onde seriam discutidas essas ações. A reunião iria acontecer na próxima segunda – feira, 19.

Toda via houve o cancelamento da reunião. Segundo um dos representantes da entidade, o professor José Evantuil em comentários na rede social facebook, o motivo se deu em virtude do processo eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele frisou que “o dr. Orlando é presidente de sessão e não pode comparecer...” completou dizendo que o dr. “havia esquecido da data... “ e que  “possivelmente o dr Bruno Villar venha, na segunda, ou dr Orlando dará esclarecimentos na sessão da terça-feira..”.

Essa justificativa não foi bem vista pelo Dr. Raimundo Soares Filho que também via rede social afirmou: “muito estranha a informação do Prof. Jose Evantuil, pois a eleição da OAB está marcada há mais de três meses e foram os colegas que escolheram a data, pois esta seria a única disponível, agora já podem comparecer na terça-feira, para prestar esclarecimento e não debater. A categoria carece de um debate, com confronto de ideias, não apenas daquele velho discurso ensaiado.”

A nova data para o debate ainda não está definida. Segundo o professor José Evantuil a entidade sindical já entrou em contato com o Assessor com o propósito de se confirmar o encontro.

A criação da república não logrou benefícios à massa popular

O significado da Proclamação da República na poesia de Murilo Mendes

Ao se analisar a passagem do regime monárquico para o republicano, percebe-se que o fim do governo de Dom Pedro II não gerou mudanças profundas na sociedade do período. Para se consolidar no poder, vemos que os construtores da República optaram por estabelecer algumas práticas que demonstraram certo processo de enrijecimento em relação ao antigo governo monárquico.

Taispráticas são entendíveis, embora deva ser analisada com senso crítico que a próprio sentido do novo regime político exige.  Não se pretende fazer aqui uma análise dos motivos que ensejaram essa mudança (apenas de chefes), mas perceber o que essa troca de comandantes não trouxe para a classe sustentadora do país.

Em primeiro lugar, importa justificar o sentido de que as práticas podem ser perfeitamente entendíveis.  O golpe militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de membros do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Toda via, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Ora, o próprio ministro Aristides Lobo, nomeado no governo provisório, deu sinais de como foi construída o regime republicano que não fugiu as regras dos outros modelos, ou seja, o povo tendo o papel de agente da passiva, como um circo onde exercem o papel de espectadores. O povo assistiu a tudo bestializado.  O historiador José Murilo de Carvalho consegue remontar na obra Os Bestializados todo o cenário brasileiro frisando a não participação popular.



Dialogando um pouco com a literatura pode-se mencionar neste embate a contribuição do poeta modernista Murilo Mendes. Com um poema provocador e desvelador do período em estudo intitulado “Quinze de Novembro”, esse escritor discute uma visão histórico – literária do período.  Assim, ele diz:

“Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
“- Seu imperadô, dê o fora
que nós queremos tomar conta desta bugiganga.
Mande vir os músicos.”
O imperador bocejando responde
“Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as chinelas
podem entrar à vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de Victor Hugo.”

A partir dos versos percebe-se a ausência da participação popular, sem falar de certa proximidade entre o imperador e Marechal Deodoro da Fonseca, o que leva ao ponto da não diferenciação dos dois regimes, onde a república não logrou benefícios para a massa popular, além se ecoar o sentido de como se era visto e tratada as instituições brasileira, algo a ser passado de mão em mão sem uma percepção de que era por ela que se poderia atender os anseios populares.