Antonina do Norte – CE: Secretaria de Saúde compra de tudo, menos remédios




A secretaria de Antonina do Norte, no primeiros seis meses de 2012, comprou os mais diversos produtos, desde material de limpeza em quantidades absurdas, e até material escolar, em quantidades enormes, até mesmo se fosse para usar na educação seria um exagero.


Consultando as prestações e contas do município de Antonina do Norte, vimos coisa de estarrecer, somente para a secretaria de saúde, o município declarou que foi tirado quase um milhão de xerox somente nos primeiros seis meses do ano, o que seria aproximadamente 5.600 por dia, inclusive nos sábados, domingos e feriados, as despesas foram feitas na papelaria  AUGUSTO JOSE DE AMORIM MEDEIROS - ME.

Outro absurdo que constatamos, foi a compra feita também pela secretaria de saúde do município, de matérias que jamais seriam usados em nenhum hospital ou posto de saúde, nem de antonina e nem de nenhum lugar no mundo, estes matérias que estamos falando são matérias de uso escolar, são mais de 30 itens todos em grandes quantidades, selecionamos alguns para demostração, segue a lista abaixo:

4.000 envelopes
1.200 folhas de papel duplex
1.100 folhas de papel laminado
900 folhas de papel madeira
200 resmas de papel jornal
500 folhas de papel crepom
500 folhas de papel camurça
800 folhas de papel seda
800 cartolinas brancas
800 cartolinas coloridas
1.800 pastas suspensas
1.200 pastas canaletas
1.000 pastas de papelão
900 pastas AZ

Estes são apenas alguns itens que apresentamos para apreciação de todos, mas existem muitos outros, como por exemplo, cadernos de 6 matérias, canetas, lápis, borrachas, e muitos outros, todos em grandes quantidades e sem qualquer serventia para a secretaria de saúde, para uso em hospitais e postos de saúde.

Ainda tem o caso dos materiais de limpeza, que já divulgamos, esta semana foi lançado no porta da transparência a prestação de contas do més de junho e julho, novamente foi declarado os mesmos produtos aumentando ainda mais a quantidade de produtos que era absurda.

O Alerta Antonina do Norte em parceria com a ACECCI - Ação Cearense de Combate a Corrupção e a Impunidade, estará entrando com um pedido de auditoria nas contas do município ao TCM, e também com denuncias no PROCAP, MPE, MPF e CGU.

O municipio declarou ainda, despesas altíssimas em obras de reforma do hospital e de postos de saúde, e tambem a construção de dois postos de saúde, um no sitio São Paulo e outro no Bairro Castelo Branco. Temos informações de que estas reformas não aconteceram, apenas algumas pinturas, e os postos nunca foram construídos. As despesas com estas obras de reforma e construção de postos de saúde foram mais de 300 mil reais.

O posto de saúde do bairro Castelo Branco foi declarado despesa no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), veja na foto como se encontra esta construção que esta parada a meses:


























Fonte: Alertaantonina

Se eleição fosse hoje, Edmílson (Psol) ganharia no 1º turno




O Ibope Inteligência em parceria com a TV Liberal realizou a segunda rodada de pesquisa sobre as intenções de voto para a Prefeitura de Belém (PA). O ex-prefeito Edmilson Rodrigues (Psol), cujo candidato a vice é Jorge Panzera, do PCdoB oscila positivamente 5 pontos percentuais em relação à primeira rodada, realizada em 11 de agosto, e aparece com 47% das menções.

Em seguida aparece o deputado federal José Priante (PMDB) com 16% das citações, com uma oscilação negativa comparado com a rodada anterior, na qual tinha 22% das intenções de voto. O também deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB) mantém o mesmo resultado, com 12% das intenções de voto.

Em um patamar inferior, aparecem o radialista Jeferson Lima (PP) e o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) ambos com 6% das intenções de voto, índices bem próximos aos levantados na última pesquisa. O deputado estadual Alfredo Costa (PT) e Anivaldo Vale (PR) obtêm 3% das menções. Os nomes dos candidatos Leny Campelo (PPL), Sergio Pimentel (PSL) e Marcos Rêgo (PRTB) constavam no disco apresentado aos entrevistados, porém eles não atingem 1% das menções. O percentual de eleitores que declaram intenção de votar em branco ou anular seu voto é de 4%, enquanto 3% não sabem ou preferem não opinar.

Espontânea
Na pergunta espontânea, sem a apresentação do disco com os nomes dos candidatos, Edmilson obtém 39% das citações, um crescimento de 16 pontos percentuais em relação à rodada anterior. O candidato Zenaldo obtém 11% das intenções de voto (cinco pontos a mais do que o último levantamento indicou), enquanto Priante aparece com 8% das citações, índice bem próximo ao da pesquisa anterior. Os demais candidatos variam entre 0% e 4% das citações. Os belenenses que não sabem ou preferem não responder essa pergunta representam 23% do eleitorado, enquanto 7% declaram a intenção de votar em branco ou anular o seu voto.

Segundo turno

O Ibope Inteligência também testou duas simulações de segundo turno entre os candidatos com melhor desempenho na rodada anterior. Caso a disputa pela Prefeitura de Belém vá para o segundo turno entre Edmilson e Priante, 61% dos eleitores votariam no candidato do Psol, enquanto 28% votariam no candidato do PMDB. Nessa situação, 9% dos eleitores declaram a intenção de votar em branco ou anular o seu voto. Já se o embate no segundo turno fosse entre Edmilson e Zenaldo Coutinho, o ex-prefeito também alcançaria 61% das citações, enquanto o tucano teria 30% das intenções de voto. Os eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou anular o seu voto nesta simulação representam 7% do eleitorado.

Expectativa

O Ibope Inteligência perguntou aos entrevistados, independente de sua intenção de voto, quem eles acreditam que será eleito como próximo prefeito. Mais da metade dos eleitores de Belém (55%) acreditam que Edmilson Rodrigues voltará a comandar a capital paraense. Priante é citado por 11% do eleitorado como o próximo a comandar o Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém, enquanto que para 10% deles, o próximo prefeito do município será Zenaldo. Outros candidatos também são citados, porém com percentuais abaixo de 10%.

Rejeição

Quando perguntados sobre em quais candidatos não votariam de forma nenhuma, 27% dos eleitores mencionam Arnaldo Jordy, 24% citam Anivaldo Vale (8 pontos percentuais a mais do que na rodada anterior) enquanto Alfredo Costa e Jefferson Lima são citados por 23% do eleitorado cada um. Priante alcança um índice de 20% de rejeição e os demais candidatos apresentam índices que variam entre 19% e 14%. Os atuais índices de rejeição são bem próximos aos levantados na rodada anterior, variando dentro da margem de erro da pesquisa que é de 4 pontos percentuais. Os eleitores que afirmam poder votar em qualquer um dos candidatos representam 6% do eleitorado. Lembrando que, nessa pergunta, o entrevistado poderia citar mais de um candidato.





































Com informações do Portal Vermelho

O debate que falta sobre o Código Florestal


Cândido Grzybowsk -
 Sociólogo, diretor do Ibase




No debate sobre o novo Código Florestal, os dilemas sobre que Brasil o mundo precisa e o que estamos dispostos a construir como nação numa perspectiva de sustentabilidade e justiça social, com democracia, ficam em segundo plano. O debate está restrito aos limites dados pelo agronegócio, entre o que seus promotores acham aceitável para continuar se expandindo e o que a sociedade é capaz de suportar, sem nada mudar no rumo já traçado. Na verdade, como questão pública e política, a mudança legal do Código Florestal é determinada por uma velha agenda desenvolvimentista, hegemonizada pelos grandes interesses e forças econômicas envolvidas na cadeia agroindustrial, um dos pilares do Brasil potência emergente. Tudo que se fará não será no sentido de uma mudança de rumo, mas de flexibilização de regras e condutas para continuar destruindo.

Por que? Por que a destruição ambiental não figura como questão neste debate? Por que é tão difícil discutir nossa responsabilidade no uso do imenso patrimônio natural que herdamos como país? Afinal, a biodiversidade – e floresta é um grande celeiro de biodiversidade – é um dos bens comuns mais centrais para a existência da vida, da humanidade. Os sistemas naturais de reprodução de todas as formas de vida no planeta Terra passam pela biodiversidade das florestas. O ciclo da água, este bem comum sem o qual nenhuma vida existe, depende das florestas. Floresta é vida!

Estamos contaminados por um ideal de desenvolvimento industrial produtivista voltado à acumulação, ao lucro, não à produção de bem estar e felicidade. Tudo é feito para crescer, crescer sempre e sem limites, quanto mais rápido melhor. Crescem os negócios, gera-se riqueza que destrói e exclui, o luxo e o lixo. Quanto mais crescemos, mais destruímos, criamos mais lixo do que bens. Socialmente, a lógica deste sistema não é satisfazer necessidades humanas, mas criar um tipo de riqueza ditada pela acumulação, causa da pobreza ao mesmo tempo.

De forma desigual acumulamos, mesmo que na rabeira todos estejamos contaminados pelo ideal de acessar a mais bens. Não nos interrogamos do sentido de tais bens materiais, que são feitos para ter vida curta e precisam ser substituídos logo mais, tudo para que a produção e as vendas continuem a crescer e os capitais investidos continuem acumulando. No final da linha, muita destruição e injustiça social.

No centro de tudo, a relação desta economia com os sistemas naturais. Para viver, é evidente que precisamos extrair da natureza os meios que nos mantêm vivos. Mas, como o fazemos? Podemos simplesmente extrair sem limites, sem preocupação com a integridade dos sistemas naturais, nosso bem comum maior, com o qual interagimos? Existe sustentabilidade da vida humana sem sustentabilidade dos sistemas naturais?

O modelo industrial produtivista, que está no centro do agronegócio, não se move pela sustentabilidade da vida, de toda vida, destas e de futuras gerações. O critério é a acumulação, não a vida ou a preservação dos bens comuns. Seu motor é a conquista e dominação, herança deixada pela colonização. Hoje, continuamos a empreitada da colonização, conquistando terras, subjugando e expulsando os que vivem nelas, destruindo as suas florestas. Enquanto houver terras para conquistar, o colonialismo interno vai nos empurrar no caminho da destruição de matas e rios, não respeitando outros modos de organização e vida. Neste modelo de colonização das florestas, não importa que para plantar mil hectares de soja seja preciso destruir uma floresta de 1 mil hectares, mesmo se para a soja sejam necessários toneladas de agrotóxicos para protegê-la da biodiversidade teimosa do lugar, vista como “ervas daninhas”.

É neste quadro que o debate do Código Florestal deveria ser feito. Além disto, deveríamos levar em conta que decisões sobre o uso de florestas do Brasil afetam o equilíbrio ambiental do planeta inteiro e comprometem a vida de futuras gerações, a começar pelos nossos netos e seus filhos. No entanto, estamos vendo o imediato, o tamanho de nossa agricultura, suas exportações e as divisas que geram ao país. Decididamente, estamos comprometendo o nosso futuro e o do planeta junto.

Falta-nos muita grandeza neste debate. Não pensamos que o caminho para o futuro passa por recriar bases de sustentabilidade da vida. Preservar e recuperar as nossas florestas é uma condição indispensável neste sentido. Mas parece que não optamos pelas florestas e pela vida. Optamos pelo caminho mais curto de crescimento, que tem como pressuposto o velho modelo primário exportador, que nos torna dependentes de potências industriais e grandes destruidores ambientais.

Não é este o Brasil emergente que o mundo precisa e que quem luta por democracia e justiça social quer. O drama é que nossa política e, com ela, nossos sonhos e desejos coletivos estão aprisionados pelo corporativismo do agronegócio. O velho latifúndio comanda no Congresso Nacional, na casa que deveria representar o Brasil em sua diversidade e complexidade. Só mais democracia pode nos levar a superar este dilema.












































Com informações do Carta Maior