Ridículo
perceber a falsa pregação de inclusão social, quando pessoas portadoras de
necessidades especiais, negros, pobres, homossexuais e até mesmo pessoas que
não tem religião ou são de uma religião diferente da que predomina em maior
quantidade de adeptos (católica), sofrem críticas, não são bem vistas e de certa
forma deixados de lado. Que tipo de inclusão é esta onde a própria mídia trata
este grupo de forma isolada?
Vamos
refletir um pouco: nas novelas da Globo e não apenas desta emissora, os negros
e pobres costumam ter um papel de coadjuvante, e quando tem um papel de
protagonista é da forma que se passa em malhação, um negra, que é faxineira e
pobre. Por que ela não poderia ser rica?
Por
que ela não poderia ser a patroa? Por que tem que ser a empregada?
Por
que ela precisa passar pelas humilhações e preconceito de sua irmã branca?
E
não podemos esquecer da cruel e de certa forma desumana diferença entre a
cobertura das Olimpíadas e das Paralimpíadas, onde a nossa "querida Globo
e demais emissoras(Record, Band, entre outras)" pararam sua programação
para a o evento de abertura das Olimpíadas, enquanto que as Paralimpíadas
ganhou apenas um pequeno espaço nos jornais, mostrando é claro, os melhores
momentos deste evento.
E
ainda assim se fala em inclusão?
Acredito
que nosso país precisa fazer muito mais do que simplesmente fingir que incluí
as pessoas, e sim incluí-las de verdade, na prática.
Quem
sabe um dia conseguimos!
Há
de chegar o dia em que o nosso país, descobrirá que melhor do que fingir para o
mundo uma realidade que não existe, é mostrar quem realmente somos, um povo
forte, batalhador e acima de tudo humano!
*Valéria
Rodrigues é professora com
Bacharelado e licenciatura em Biologia pela Universidade Regional do Cariri
(URCA).