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Manifestantes vão às ruas pelo segundo dia consecutivo pela vacina, auxílio emergencial e impeachment

 

Carreata em Brasília neste domingo. Manifestação ocorreu em maus de 30 cidades brasileiras. (FOTO/ Valcir Araújo)

Manifestantes saíram em carreatas e bicicletadas neste domingo (21) para reivindicar a vacina contra a covid-19 para toda a população contra a covid-19 e a prorrogação do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, até o fim da pandemia. Eles pedem também o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Dilma chama artigo de Miriam Leitão sobre impeachment de lógica absurda

 

Dilma. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor-chefe

A ex-presidenta Dima Roussef (PT) usou sua página na rede social facebook neste domingo, 24, para repudiar artigo da jornalista Miriam Leitão publicado em sua coluna no O Globo.

Para juristas, Brasil precisa tirar Bolsonaro do poder para combater tragédia sanitária

 

Em Manaus a situação é catastrófica e ainda mais grave do que em meados do ano. (FOTO/ Marcio James/Semcom).

A tragédia e o colapso do sistema de saúde do Amazonas e a pandemia de covid-19 se agravando em todo o país, sob o olhar cínico de Jair Bolsonaro. Secretários estaduais da área afirmando que Eduardo Pazuello, o ministro do Dia D e da hora H, enviou dados errados sobre seringas e agulhas ao STF. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária transforma o processo de autorização das vacinas de Oxford-Fiocruz e Sinovac-Butantã numa peça político-burocrática com direito a espetáculo ao vivo na TV.

Rei morto, Rei posto. Impeachment à vista?, por Aurélio Matias


Aurélio Matias. (FOTO/ Reprodução/Facebook).

Em meio a maior pandemia do século, que já ceifou a vida de 200 mil pessoas pelo mundo, só nos EUA são mais de 50 mil mortes, um país em que 30% da população é negra, 70% dos mortos são afro-descentes, no maior império do mundo os pobres estão morrendo. No Brasil, centenas de pessoas são enterradas em covas rasas, o sistema de saúde SUS, que nos últimos anos sofreu vários cortes, em muitos estados já está em colapso. No entanto, o presidente da República, contrariando a OMS e o protocolo adotado por quase todos os países, de isolamento social, minimiza os efeitos do vírus, diz, "é só uma gripezinha", cria uma falsa dualidade ente a economia e a vida, participa e estimula  aglomerações, defende o fim o do isolamento social. Bolsonaro desempenha o verdadeiro papel de mensageiro da morte!

As pessoas vão à rua quando as crianças passarem fome, diz Leonardo Boff


A situação do Brasil, um ano após o final do processo de impeachment que tirou Dilma Rousseff do governo, mostra que “o golpe foi um tiro no pé” dos que o  promoveram. “Depois que Dilma foi tirada, tudo piorou. Todos os itens estão piorando de mês a mês. Diziam que a solução era tirar a Dilma e afastar o PT que o Brasil ia melhorar, mas ocorreu exatamente o contrário”, diz o frei Leonardo Boff.

Eles não têm lideranças, e grande parte é de corruptos. Grande parte foi comprada para votar pelo impeachment. Vivemos num estado de exceção. Eles violam e passam por cima da Constituição. Levaram o Brasil a um impasse.”


Da RBA -  Boff está em Chapecó (SC), onde, por coincidência, também se encontra na noite desta sexta-feira (1) a própria Dilma Rousseff. “Ela está em Chapecó fazendo concorrência comigo, pois dá uma palestra às 7 horas da noite, e eu dou às 7 e meia”, brinca o frei e escritor. A ex-presidenta ministra na cidade catarinense uma aula pública sobre os partidos políticos e a esquerda brasileira, no Complexo de Eventos Tabajara, na cidade hoje mais conhecida pelo time de futebol que disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro.


Para Leonardo Boff, diante da destruição de direitos do povo e da Constituição, decorrente das políticas devastadoras promovidas pelo governo Michel Temer, “a esperança vem no momento em que houver mobilização popular: ela chegará possivelmente quando sentirem na pele as consequências funestas dessas medidas duras, desses reajustes que o presidente ilegítimo está impondo”.

Quando será essa hora? “Quando as pessoas perceberem que as crianças estão passando fome, que já não podem ser atendidas na saúde, que as escolas já não funcionam. Esse é o momento de saírem à rua, porque os adultos aguentam a fome, mas o que eles não suportam é ver os filhos que não conseguem dormir porque gritam que fome”, diz. “Aí é o momento de uma convulsão social, que, no meu modo de ver, virá mais adiante, com o protesto contra esse tipo de governo que é antivida, antipovo, e discute tudo sem consultar a sociedade, passando por cima da Constituição”.

Para Boff, o governo extremamente autoritário se baseia em uma “maioria de ministros, e grande parlamento, Senado ou Câmara, corruptos ou acusados de corrupção”.

A dramática situação do país é resultado de um golpe feito pela classe dominante “que usou o parlamento, uma parte do judiciário, aliada com uma mídia conservadora, a mídia empresarial, que deram um golpe, porque se deram conta que as políticas sociais que começaram com o Lula estavam se consolidando, e tornando já uma coisa de continuidade”.

Em sua opinião, os historiadores mostram que isso sempre ocorre quando políticas populares ameaçam se consolidar no Brasil. Boff cita números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), segundo os quais os “multimilionários” brasileiros com renda mensal maior do que 160 salários mínimos, no topo da pirâmide social, são 71.440 pessoas.

Esses cidadãos são cerca de 0,5% dos que declaram Imposto de Renda, com rendimentos de R$ 298 bilhões e patrimônio de R$ 1,2 trilhão. “São os que estão atrás do golpe, pressionando para mudar a Constituição, para medidas severas que vão significar a transferência de muita riqueza para eles, ao preço de o povo perder direitos, empobrecer, cair de novo no mapa do fome como já caiu.”

Escritor e Frei, Leonardo Boff.. Foto: Alan Marques/ FolhaPress.

Historiador Fernando Horta demonstra por que a única saída decente para o Brasil é anular o golpe



O site 247 publicou e o Blog Negro Nicolau reproduz a análise do Historiador Fernando Horta acerca do cenário triste em que passa o Brasil, principalmente depois de abril de 2016 quando um golpe parlamentar-midiático-jurídico retirou Dilma Roussef da presidência da república.

Em seu perfil no facebook, o historiador encadeia diversos fatos para demonstrar que a saída civilizada para o Brasil seria anular o golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff; ele menciona a ausência de crime de responsabilidade nas chamadas pedaladas, o fato de empresas terem pago deputados contra Dilma, sua absolvição no TSE e a denúncia que Eduardo Cunha fará contra quem foi pago para votar pelo golpe; "Falta mais o quê para o STF mandar prender todos os deputados que receberam e anular este golpe?", questiona.

Confira integra da análise de Fernando Horta:

Então já sabemos que não houve crime de responsabilidade, nem nas pedaladas (http://g1.globo.com/…/pericia-conclui-que-dilma-nao-partici…), nem no plano Safra (https://oglobo.globo.com/…/pedalada-de-dilma-no-plano-safra…).

Sabemos que o Nardes do TCU é corrupto até o talo (http://www1.folha.uol.com.br/…/1854127-ex-diretor-de-estata…)

Sabemos que o Temer confessou que o impeachment foi por não aceitar a tal "Ponte para o futuro" (https://theintercept.com/…/michel-temer-diz-que-impeachmen…/)

Sabemos que o Jucá confessou que era para "estancar a sangria" (http://www1.folha.uol.com.br/…/1774018-em-dialogos-gravados…)

Sabemos que o Odebrecht pagou deputados para o impeachment (https://oglobo.globo.com/…/marcelo-odebrecht-diz-que-acerto…)

Sabemos que o Joesley também pagou deputados para votarem pelo impeachment (http://politica.estadao.com.br/…/geral,publicitario-liga-jo…)

Sabemos que o Cunha se elegeu comprando deputados (http://g1.globo.com/…/joesley-diz-que-deu-r-30-milhoes-para…)

E que Cunha travou o governo Dilma para fazê-la cair (http://www.bbc.com/…/noticias/2016/05/151008_cunha_camara_ab)

E que agora Cunha está delatando todos os deputados que receberam dinheiro para votar pelo impeachment (http://www.ocafezinho.com/…/cunha-delata-o-golpe-votos-pel…/)

E que Dilma foi inocentada pelo TSE (http://www.correiobraziliense.com.br/…/como-votou-cada-mini…)

Falta mais o quê para o STF mandar prender todos os deputados que receberam e anular este golpe?

Falta alguém perder a calma e a civilidade? é isto que o tribunal está esperando ... que se faça algo fora da normalidade?


Dilma Rousseff vai ao STF pedir a restituição de seu mandato


A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (24), uma petição para que a Corte julgue a ação sobre a legalidade do impeachment da presidenta eleita em 2014. A ação data de setembro do ano passado e segue sem ser julgada. A petição apresentada hoje será analisada pelo ministro Alexandre de Morais, que herdou os processos que estavam sob relatoria de Teori Zavascki, falecido em um acidente aéreo em janeiro.

Do Portal Fórum - A petição para que o STF julgue a legalidade do impeachment vem em meio a uma série de denúncias que abalam o governo Temer e a uma crescente revolta popular. Para o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, há fatos novos que justificam o novo pedido.

A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”, disse.

Para Cardozo, a volta de Dilma ao poder é o caminho para que se “retome as rédeas do país” em meio a crise política instaurada no atual governo.

Urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade institucional”, aponta Cardozo. “Somente o Poder Judiciário pode reverter esta situação lesiva à democracia e ao Estado de Direito”.

Na petição, o advogado chama atenção ainda para o fato de que o próprio Michel Temer apontou, em entrevista à TV Bandeirantes no mês passado, o desvio de poder de Eduardo Cunha ao aceitar a abertura do processo de impeachmen de Dilma. Disse Temer naquela ocasião: “Veja que coisa curiosa! Se o PT tivesse votado naquele comitê de ética (votado favoravelmente a não abertura do processo de cassação do então deputado Eduardo Cunha), é muito provável que a Senhora Presidente continuasse”.



Em rede nacional, Temer admite que Cunha só começou o impeachment de Dilma por vingança pessoal



Em cadeia nacional, Michel Temer admitiu que o impeachment de Dilma Rousseff começou por retaliação de Eduardo Cunha ao PT, quando o então deputado descobriu, através da imprensa, que não teria votos suficientes do partido para frear sua cassação na Comissão de Ética da Câmara.

Jornal GGN- Em entrevista à Band, Temer contou que Cunha, um dia, o procurou para dizer que enterraria os pedidos de impeachment contra Dilma e, depois, mudou de ideia quando descobriu a reação do PT sobre a condição: ter votos em seu favor na Comissão de Ética.

Temer ainda disse que conta essa história de como nasceu o impeachment para mostrar que, primeiro, Cunha fez por questão pessoal, e não a pedido do hoje presidente da República; e,em segundo lugar, que ele não "militou" contra "a senhora presidente".

"Se o PT tivesse votado com ele [Cunha] naquela comissão de ética, talvez a presidente continuasse", disse.





Kiko Nogueira: 2016 não seria completo sem a auto desmoralização do impeachment por seus autores



Quando você achava que a falta de noção de Janaína Paschoal já era suficiente para a auto desmoralização do impeachment, eis que surge o jurista tucano Miguel Reale Junior.

No DCM

Em entrevista ao Valor, Reale tenta, inutilmente, dar um lustro obra — quando falo em obra, me refiro ao governo que emergiu do golpe, uma constelação de velhos barra suja de dar gosto.

Por cima, são seis ministros a menos em seis meses, além de um “assessor especial”, amigo e conselheiro de Temer, que saiu correndo e uma economia que não dá sinais de recuperação.

Reale faz como aquelas mães que se recusam a admitir que o filho é feio: para elas, o menino é diferente. Ele nem sequer usa mais o argumento técnico para a destituição de Dilma. Esqueça as pedaladas fiscais.

Não tivesse sido ela impichada, “não haveria os quatro processos contra Lula [são cinco, na verdade]. Se Dilma tivesse permanecido, Lula seria ministro e estaria fazendo manobras, aliado a Renan Calheiros. Renan continuaria com sua audácia.”

O destino de Lula, para ele, “é frequentar escritório de advocacia criminal e banco dos réus. É um destino muito lamentável, triste para um ex-presidente.”

Ora, mas então foi tudo para tirar Lula do páreo? O doutor Reale já julgou e condenou Lula? Quanto ao Calheiros, onde foi que a audácia dele foi interrompida, que ninguém está vendo?

Reale tem certeza de que “não está havendo corrupção.” Isso ficou “no passado”. O caso Geddel é apenas “prevaricação”. Agora “está havendo um controle”.

Temer não praticou tráfico de influência ao interceder junto ao ex-ministro Calero para dar uma mão na liberação do edifício de luxo de Geddel.

A renúncia é impensável. “Precisamos de um presidente, passar esse momento. Seria loucura colocar o país numa insegurança absoluta nesse instante”, afirma.

A segurança jurídica já acabou faz tempo e Reale Junior colaborou decisivamente com uma visão utilitarista, demagógica, de curto prazo, politicamente enviesada e antidemocrática do processo de impedimento. A farsa fez com que, de quebra, nos tornássemos piada no exterior.

Temer é uma mula manca que deve muito a Reale. Falta agora ele se juntar a sua pupila Janaína e denunciar uma invasão de Putin.

É a perversão da formulação de Churchill: nunca tantos deveram tanto a tão poucos.


Janaina, Bicudo e Reale Junior.
 

Decisão de derrubar Dilma foi de “acuados” pela Lava Jato, diz ex-presidente do STF Joaquim Barbosa


Ex-herói do moralismo pátrio, o ministro aposentado Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, dá uma entrevista bombástica hoje, a Monica Bergamo, na Folha.
Publicado no Tijolaço

Sobre o impeachment:

O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo num determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação. Os argumentos da defesa não eram levados em consideração, nada era pesado e examinado sob uma ótica dialética.”(…)

Era um grupo de líderes em manobras parlamentares que têm um modo de agir sorrateiro. Agem às sobras. E num determinado momento decidiram [derrubar Dilma].

Acuados por acusações graves, eles tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida.

Golpe ou não?

Não digo que foi um golpe. Eu digo que as formalidades externas foram observadas –mas eram só formalidades.

O pato golpista

A partir de um determinado momento, sob o pretexto de se trazer estabilidade, a elite econômica passou a apoiar, aderiu. Mas a motivação inicial é muito clara.

É tão artificial essa situação criada pelo impeachment que eu acho, sinceramente, que esse governo não resistiria a uma série de grandes manifestações.(…)Ele [Temer] acha que vai se legitimar. Mas não vai. Não vai. Esse malaise [mal estar] institucional vai perdurar durante os próximos dois anos.

As “medidas” e o Congresso:

A lógica é a seguinte: se eu posso derrubar um chefe de Estado, por que não posso intimidar e encurralar juízes? Poucos intuíram –ou fingiram não intuir– que o que ocorreu no Brasil de abril a agosto de 2016 resultaria no deslocamento do centro de gravidade da política nacional, isto é, na emasculação da presidência da República e do Poder Judiciário e no artificial robustecimento dos membros do Legislativo.

A falta de oportunidade:

Eu tenho resistência a algumas das propostas, como legitimação de provas obtidas ilegalmente. E o momento [de apresentá-las] foi inoportuno. Deu oportunidade a esse grupo hegemônico de motivação espúria de tentar introduzir [na proposta] medidas que o beneficiassem.

A prisão de Lula:

Sei que há uma mobilização, um desejo, uma fúria para ver o Lula condenado e preso antes de ser sequer julgado. E há uma repercussão clara disso nos meios de comunicação. Há um esforço nesse sentido. Mas isso não me impressiona. Há um olhar muito negativo do mundo sobre o Brasil hoje. Uma prisão sem fundamento de um ex-presidente com o peso e a história do Lula só tornaria esse olhar ainda mais negativo. Teria que ser algo incontestável.

A “bananização” do Brasil:

(…) As instituições democráticas vinham se fortalecendo de maneira consistente nos últimos 30 anos. O Brasil nunca tinha vivido um período tão longo de estabilidade.

E houve uma interrupção brutal desse processo virtuoso. Essa é a grande perda. O Brasil de certa forma entra num processo de “rebananização”. É como se o país estivesse reatando com um passado no qual éramos considerados uma República de Bananas. Isso é muito claro. Basta ver o olhar que o mundo lança sobre o Brasil hoje.

É um olhar de desdém. Os países centrais olham para as instituições brasileiras com suspeição. Os países em desenvolvimento, se não hostilizam, querem certa distância. O Brasil se tornou um anão político na sua região, onde deveria exercer liderança. É esse trunfo que o país está perdendo.

O silêncio em que se mantinha e a falta dos holofotes parece ter feito muito bem ao raciocínio do Dr. Joaquim Barbosa.


A realidade, porém, é o maior ingrediente desta reflexão. O processo de destruição do Brasil é tão grande que até ele o vê, mesmo tendo sido parte de suas origens, como primeiro a levar o Judiciário ao estrelato.


Lewandowski, que presidiu a sessão do impeachment, reconhece que ele foi ‘'tropeço da democracia’


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski afirmou nesta segunda-feira (26) que o impeachment de Dilma Rousseff foi um "tropeço na democracia" do Brasil.

Publicado originalmente na Folha de São Paulo

A declaração foi registrada pela revista "Caros Amigos", que publicou uma gravação de trechos de uma aula que Lewandowski ministrou na Faculdade de Direito da USP, da qual é professor titular.

O ministro, que presidiu o julgamento da ex-presidente no Senado, fazia considerações sobre a participação popular na democracia brasileira quando passou a falar sobre a deposição da petista.

"[Esse impeachment] encerra novamente um ciclo daqueles aos quais eu me referi. A cada 25, 30 anos, no Brasil, nós temos um tropeço na nossa democracia", afirmou.

O ministro disse que o modelo do presidencialismo de coalizão, com a existência de vários partidos políticos –hoje, são 35 registrados no Tribunal Superior Eleitoral– culminou no processo que cassou a petista.

"O presidencialismo de coalizão saiu disso [da falta de participação popular], com grande número de partidos políticos, até por erro do Supremo, que acabou com a cláusula de barreira, e deu no que deu", afirmou.

Ao fim do julgamento da petista, Lewandowski tomou a decisão de permitir o "fatiamento" da votação. Assim, o Senado pôde manter os direitos políticos de Dilma, mesma retirando-a do governo.

A decisão é contestada, no STF, por partidos políticos de oposição ao PT.

MEDIDA PROVISÓRIA

Lewandowski também criticou a reforma curricular do Ensino Médio, que foi feita através de medida provisória editada pelo governo de Michel Temer (PMDB) na última quinta-feira (22).

"Alguns inominados, fechados lá no gabinete, que resolveram: 'vamos tirar educação física, artes, isso e aquilo'. Não se consultou a população", afirmou.

O STF recebeu, na terça-feira (27), um mandado de segurança que pede a suspensão da medida.

No início do trecho gravado, que dura pouco mais de dois minutos, Lewandowski defende que o governo realize maior número de plebiscitos e referendos.

Ele defendeu que todas as leis importantes devem ser submetidas a consultas populares antes de entrarem em vigor, citando o caso do desarmamento –tema de referendo de abrangência nacional em 2005– como exemplo.

"Entre nós, a participação popular é muito limitada", afirmou. "Raramente houve plebiscito ou referendo."

O ministro do STF Ricardo Lewandowski, na votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff.




O impeachment de Dilma Rousseff prova que o país carece de saúde mental, diz Mino Carta


Quem, ainda dotado de um resquício de espírito crítico embora dado à autoflagelação, se dispôs a assistir às sessões de segunda 29 e terça 30, derradeiros quadros do ato da farsa trágica intitulado Impeachment, o segundo, provavelmente, terá de cair em depressão profunda.
Publicado originalmente na Carta Capital


O conjunto da obra imposto ao País, desde a eclosão do escândalo da Petrobras até os dias de hoje ao longo de um enredo tortuoso e apavorante na sua insensatez, levará aquele cidadão, peculiar em relação à maioria, a se render à evidência: o maior problema do Brasil, muito antes do desequilíbrio social e da corrupção, é o quociente de inteligência baixo, baixíssimo. Um país que se permite um golpe desta natureza carece de saúde mental.

E é o caso de rir?
No palco o espetáculo engloba a plateia por inteiro, mesmo que muitos se suponham meros espectadores, e representa um povo primitivo, da cúspide da pirâmide à base. Cordial não é certamente, como sinônimo de alegre, bonachão, malemolente. E a pirâmide, a bem da verdade, é mais um estranhíssimo contubérnio com um cone, ponta de agulha em vez da cúspide e uma base imensa e compacta. Um Frankenstein geométrico e social.

 A resignação na base explica-se ao evocar três séculos e meio de escravidão, que deixaram a marca da chibata no lombo de dezenas de milhões de cidadãos privados da consciência da cidadania e geraram um preconceito feroz, conquanto hipocritamente negado até por quem, a despeito do “pé na cozinha”, agregou-se, ao enricar, a uma aristocracia de fancaria.

A resignação do povão merece pena em lugar de tolas interpretações. Ao cidadão ainda em condições de exercer o espírito crítico há de doer entre o fígado e a alma a forma pela qual a prepotência vinga e o cenário se aquieta, como se a farsa trágica em andamento fosse obra dos fados, gregos, obviamente.

Está claro, de todo modo, que o golpe de 2016 é infinitamente mais grave do que o de 1964. Este provocou reações fortes, criou uma resistência e até uma luta armada, além do anseio de democracia autêntica, como jamais se dera até então, passível de ser atingida tão logo se fossem os ditadores.

A eleição de um ex-metalúrgico à Presidência da República
pareceu a prova da democracia conquistada. Pareceu....
Se falo por mim, a ditadura me levou ao entendimento da real serventia do jornalismo e me reteve no País graças a esse entendimento, destinado a oferecer motivação a um cético convicto ao excitar seu otimismo na ação.
O golpe destes dias devolve o Brasil aos tempos mais remotos e demole inexoravelmente todos os avanços ocorridos depois de 1985. Não foram demolidas a casa-grande e a senzala, mas avanços se deram, e o maior deles está na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

Foi divisor de águas na história brasileira tornar um ex-metalúrgico o primeiro mandatário. Aquele momento aparentou ser a prova provada da habilitação do Brasil à prática da democracia.

Lula teve méritos inegáveis, já apontados largamente por CartaCapital e reconhecidos mundialmente. Hoje o vemos perseguido por razões inconsistentes e até ridículas, com a pronta colaboração de uma polícia que se presta ao serviço outrora entregue pela casa-grande a capatazes e jagunços, e o beneplácito de uma Justiça de mão única.

Imaginar que a farsa trágica se encerra com o impeachment é ilusão ou parvoíce. Não faltam escribas para outro ato, o terceiro, grand finale, e nele Lula é excluído à força da disputa presidencial de 2018.

Cabe uma pergunta a quem ainda trava diálogos com seus botões: se houver eleições presidenciais em 2018, de que feitio serão? O golpe, ao rasgar a Constituição, manda às favas o presidencialismo republicano para substituí-lo pela lei do mais forte. Que surgirá dos escombros? E os eleitores, acreditarão na validade do pleito se a pesquisa de opinião e a prepotência de uma gangue sinistra que age a mando da casa-grande anulam o voto popular? Mais: se o candidato favorito é excluído ao sabor de falsas acusações?

Botões atentos responderão que a prisão de Lula é perfeitamente possível, se não provável, já que a quadrilha manda, a mesma que precipita o impeachment de Dilma Rousseff sem prova de crime de responsabilidade. A presidenta impedida defendeu-se em plenário com os argumentos justos e irretocáveis como se dirigisse a uma Câmara Alta digna da contemporaneidade do mundo e da confiança dos eleitores, e horas e horas a fio os defendeu com empenho e elegância. Aos meus botões pergunto, contudo, se não teria sido melhor dirigir-se ao povo brasileiro para ler, pacatamente, mas sem retoques, a ficha criminal daqueles que se arvoraram a julgá-la.

Sérgio Moro ainda não entendeu a possibilidade de comparar
Brasil e Itália.
Sempre tive admiração pela figura de Sansão, ele disse no lance final da sua aventura bíblica, “morra, Sansão, com todos os filisteus”, e pontualmente executou a ameaça. Dilma não dispõe da musculatura de Sansão, tampouco da mentalidade do “perdido, perdido e meio”, apesar da coragem que soube mostrar em situações diversas. Não lhe faltou energia para aguentar dois dias de uma pantomima celebrada para tornar a decisão tomada faz meses, e prolongada conforme um ritual ibérico, tão inútil quão humilhante.

Dilma teve de suportar situações deploráveis, recheadas pela retórica mais hipócrita, pelas lacunas culturais dos interrogadores, frequentemente pela lida difícil com o vernáculo, e pela aterradora atuação do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, avalista do desastre.

Pergunta Aécio Neves algo assim como “a senhora não se sente responsável pela alta do desemprego?” Dilma responde com uma aula sobre as origens e os desenvolvimentos da crise econômica mundial em vez de desancar o torquemadinha mineiro. Será que querem puni-la por causa do desemprego?

De todos, mais deplorável e revelador, o víscido desempenho do senador Cristovam Buarque. Sim, ele reconhece, Dilma é uma mulher honesta e lhe merece muita simpatia, mas as “pedaladas” são criminosas e ele tem de se render às suas responsabilidades de cidadão e de parlamentar para cumprir a missão de condená-la.

Abjeta tentativa de se mostrar como varão de Plutarco, enquanto participa de um crime, este sim irrefutável. Honra ao mérito, em contrapartida, aos digníssimos senadores Roberto Requião e Lindbergh Farias.

Buarque prefere apostar no QI baixo, ao rés do chão, e nesta confiança não se diferencia dos demais golpistas. Parlamentares, juízes, promotores, policiais, empresários rentistas, barões midiáticos e seus sabujos. Muitos, entre estes, também não primam pelo brilho da mente. Umas dúvidas me assaltam em relação ao juiz Sergio Moro. Será que acredita no que diz ao afirmar a semelhança entre a Lava Jato e a Mani Pulite?

Com inefável candura, continua a afirmar que os vazamentos para a mídia foram uma arma eficaz da operação italiana. Saberá ele que a mídia peninsular está nas antípodas da nativa, no sentido de que se abre em leque em sintonia com ideologias e tendências políticas a representar todos os estratos da nação?

Como sabemos, a mídia nativa é do pensamento único, na linha do vento a soprar das alturas da casa-grande, mesmo porque seus patrões são inquilinos cativos da mansão senhorial. Moro já percebeu isso tudo e sabe que a Suprema Corte da Itália costuma agir como sentinela da lei e da sua aplicação, bem ao contrário do nosso altamente politizado STF?

Mani Pulite não pretendeu alvejar um partido e os seus líderes, e sim um sistema corrupto. Da investida escapou tranquilamente o Partido Comunista de conduta irrepreensível, em um país onde a Constituição permanece a mesma desde 1948.

A respeito do QI baixo de inúmeras personagens da farsa trágica, não tenho dúvida, bem como de uma classe A e B1 (adoto as terminologias correntes) nunca alcançada pelas lições do Iluminismo, estupidamente exibicionista, ignorante até a medula, arrogante e vulgar. Não são melhores os seus aspirantes, os brasileiros sequiosos de chegar lá, e mesmo aqueles que estão longe disso e se antecipam ao comungar com idênticas, parvas pretensões.

o víscido comportamento de alguém que pretende ser varão de Plutarco.
Com este gênero de brasileiros, um diálogo baseado na razão e na lógica é simplesmente impossível. Sabem tudo de antemão, nutridos pela torpe narrativa midiática, ou de ouvidos postos no que sai da boca dos graúdos.

Inúteis esperanças foram as de quem pretendeu trafegar pela realpolitik  e, embora de esquerda e desenvolvimentista, tentou agradar aos senhores e fez genuflexão ao deus mercado. Como se deu com a própria Dilma, ao chamar Joaquim Levy para a Fazenda.

Em sua defesa da presidenta afastada, dia 25 de agosto, o professor Belluzzo não deixou de apontar o erro grave, e nem por isso passível de punição pelo impeachment. Sem contar que Joaquim Levy jamais será tido como inimigo dos golpistas. Aliás, quem imagina ser possível um entendimento com a casa-grande comete um erro fatal: no Brasil, conciliação só das elites.

Diálogo equilibrado deste lado é também inviável, e buscá-lo exibe um QI frágil. No poder o PT enredou-se nas suas próprias carências, entre elas a ausência de crenças arraigadas por parte até de alguns de seus líderes, e portou-se como todas as demais agremiações políticas, melhor, clubes recreativos.

Muitos dos comportamentos de uma esquerda tão distante das consignas iniciais revelam, a seu modo, o QI baixo. Sem excluir os jovens revolucionários de tempos idos, tão desnutridos de leituras e de ideias, radicais extremados em nome da moda passageira.

Não tenho conhecimento suficiente para dissertar a respeito do exato significado de inteligência. Sei apenas que cada qual ao nascer recebe a sua horta de neurônios, cujo tamanho depende de uma série de fatores, a começar pelo DNA. Para dar frutos, a horta precisa ser cultivada, pelo estudo, pela leitura, pela busca do conhecimento. Nem todos têm a chance de cumprir a tarefa.

No Brasil de um Estado desinteressado da saúde mental e física do povo, certamente muito poucos. Não há como apurar quantos gênios são desperdiçados em um país onde o povo é valor descontável, quando é, de verdade, um tesouro inexplorado.

E esta também, e sobretudo, é prova de um quociente de inteligência baixo, baixíssimo.  A gritaria e os fogos ouvidos no encerramento do segundo ato da farsa trágica são próprios da festa da pobreza de espírito.

Golpe 16, o livro. As ideias de quem não se vende aos golpistas


 “Quem não anuncia, se esconde”, moral da história de uma das muitas histórias do Millor Fernandes é regra que continua valendo hoje, 60 anos depois  de ele a ter escrito.

Então sigo o conselho consagrado e coloco à venda aqui o livro Golpe 16, uma coletânea de textos produzidos por blogueiros no fragor da batalha pela manutenção da legalidade democrática.

Publicado originalmente no Tijolaço

Tarefa que reúne, em 224 páginas, impressões de Adriana Delorenzo, Altamiro Borges, Beatriz Barbosa, Conceição Oliveira, Cynara Menezes, Dennis de Oliveira, Eduardo Guimarães,Gilberto Maringoni, Glauco Faria, Ivana Bentes, Lola Aronovich, Luiz Carlos Azenha, Maíra Streit, Marco Aurélio Weissheimer, Miguel do Rosário, Paulo Henrique Amorim, Paulo Nogueira, Paulo Salvador, Renata Mielli, Rodrigo Vianna, Sérgio Amadeu da Silveira , Tarso Cabral Violin e por este autor do Tijolaço , organizados pelo Renato Rovai.

Um livro que gostaríamos de não ter escrito, mas que era e é o dever de quem ama o povo brasileiro e suas liberdades.

O livro estará nas livrarias, nos próximos dias, mas diversos de nós estamos fazendo venda direta nos blogs, porque  isso ajuda a nos manter.

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Como este blog tem uma equipe formada por um só – eu mesmo – passei a manhã aprendendo a  fazer um formulário de dados para o cadastramento e a emissão de boletos para os leitores, pelo que já peço desculpas pela redução das postagens, que pretendo retomar com mais intensidade agora à tarde.

Quem tiver de escolher entre a contribuição que já dá a este blog e a compra do livro, escolha o livro. É uma maneira de me fazer sentir que dou aos meus leitores algo mais que  meus sentimentos, minhas palavras e  meus pensamentos, gentil significado do cumprimento à moda árabe.




Motivo usado para impeachment agora é sancionado como lei por Michel Temer


O governo Michel Temer, com seu interino e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), sancionou e publicou, no Diário Oficial desta sexta-feira (2), a lei 13.332/2016, que altera regras para remanejar o Orçamento. O projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional em 23 de agosto. Leia aqui o inteiro teor da publicação.
Publicado originalmente no sítio do Psol

A principal mudança com a nova lei é permitir que o Governo Federal, por decreto e sem a necessidade de autorização do Congresso, abra créditos suplementares para reforçar despesas previstas pela lei orçamentária.

A lei autoriza, agora, o reforço de até 20% de uma despesa, mediante o cancelamento da mesma taxa de outra. Antes, só se podia remanejar 10%.

A abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional foi um dos principais motivos alegados pelos parlamentares para aprovar o impeachment de Dilma Rousseff.

É isso mesmo: o golpe foi aprovado por um algo que, dois dias depois, tornou-se legal.


Crédito da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Não fique dando milho aos pombos




Pessoal, desculpe-me a insistência. O Brasil passa por um dos momentos mais difíceis dos últimos tempos. Penso que é mais que oportuno expor algumas ideias que não é o meu desejo atingir ninguém na sua moral, mas tão somente convidá-los/as a refletir.

A história é fascinante porque é ela que nos permite perceber algo que muitas outras disciplinas não nos outorga, até porque é dela - história e, portanto, dos profissionais que a ela se dedicam - fazer esse tipo de trabalho, qual seja, pensar, analisar, refletir e agir sobre as ações do homem no tempo.

É dever nosso, portanto, se perguntar o porquê de tantas ausências de quem tem mais a contribuir nesse desastroso cenário que foi minado e que foi concluído com desrespeito a vontade da maioria da população no processo eleitoral, com a afronta à constituição federal de 1988, colocando em risco a nossa nova e frágil democracia. Falo de engenheiros (as), advogados (as), juízes (as), arquitetos (as), médicos (as), professores e professoras, até mesmo aqueles que por força maior não estão em sala, mas pela formação é professor, é professora.
 
Muito pouco se viu desses profissionais em relação a se manifestarem acerca do processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT). Seja a favor ou contra. Martin Luther King disse certa vez “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons”. Levemos ao pé da letra esse chamamento do Luther King e logo perceberemos que não é se omitindo dos debates que o Brasil irá melhorar. Não. Muda-se com atitude, com ação e isso só ocorre com formação de opinião. É preferível que você fale, emita sua opinião, pois nenhuma nação se faz no silêncio. Paulo Freire afirmou “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.

Foi por nos manter no silêncio que o Brasil ficou durante muito tempo refém de Portugal. Foi por nos mantermos no silêncio que nosso país passou por vários processos de sucateamento da máquina pública e, por tanto, por momentos de torturas físicas e mentais – a legalização da escravidão, o estado novo e o regime civil-militar dão uma dimensão do que ora falo.

Foi por grande parte de profissionais se ausentarem do debate, não se mobilizarem na organização popular que estamos passando mais uma vez por um período em que a democracia conquistada a duras penas está correndo sérios riscos de ser destruída. Mas ainda é tempo. Não basta ter certificados e mais certificados se o conhecimento não é compartilhado. Anos e anos de estudo se tornarão apenas papeis sem serventia a sociedade e tão somente o reforço de ego profissional. Um ignorante sem acesso à educação é fácil entender e isso pode ser resolvido com acesso à escola, mas o ignorante alfabetizado é triste. Costumo sempre dizer tu podes ter mestrado, doutorado ou phd, mas se não utilizas o conhecimento adquirido para desenvolver a capacidade crítica nas pessoas e não se posicionar ante aos fatos continuará sendo um IGNORANTE.

Não podemos ficar inerte vendo tudo acontecer e ficar alheio. Me entristece muito perceber que estamos à beira de um caos e muitos ausentes, como se estivesse em outro pais. Muitos ainda não acordaram para a vida e talvez quando acordarem pode ser tarde demais. Muitos ainda estão na condição do que fala a música do Zé Geraldo que abaixo reproduzo alguns trechos:

Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí
Queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas
Mortalhas...

A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos

Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça

Dando milho aos pombos....”

Imagem puramente ilustrativa/Divulgação.