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Vereadora altaneirense diz não está preocupada com julgamento popular



Uma declaração da vereadora Zuleide Ferreira, com assento na Câmara de Altaneira pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na última sessão ordinária realizada na manhã desta quarta-feira, 02, não causou mal-estar na população, tão pouco foi rebatida pelos companheiros e companheiras que com ela compõem aquela casa legislativa.

Vereadora Zuleide Ferreira por ocasião da última
sessão. (Foto: Júnior Carvalho).
Ao afirmar que estar sendo alvo de críticas, Zuleide declarou que lamenta ser julgada por alguns e “que não está preocupada com esses julgamentos”.

Diante dessa assertiva cabe indagar a parlamentar – quem é responsável por eleger vereadores, vereadoras e prefeito ou prefeita? A resposta salta aos olhos. Mas parece que a vereadora esqueceu ou não quer lembrar para passar despercebida a fraca atuação no legislativo.

É bem verdade que a população, de forma especial a altaneirense leve muito a sério a noção frágil de “democracia representativa” e não quer nem saber da "democracia participativa”. Acreditam mesmo que seu poder acaba junto ao resultado das eleições e a partir desse momento não acompanham mais o trabalho daqueles e daquelas que elegeram. Mas isso não lhe dar a prerrogativa de dizer tal estultice e se configura até uma atitude que desconsidera a vontade expressa nas urnas daqueles/as que ajudaram ela a se eleger.

É preciso lembrá-la que uma das funções de quem tem mandato eletivo é justamente justificar seus atos à população. A vereadora deve uma explicação ao povo. Seria até uma atitude louvável de sua parte um pedido de desculpa. A menos que ela não deseje mais renovar seu mandato.

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A Redação do Blog Negro Nicolau (BNN) comunica que está à disposição caso a vereadora deseje se manifestar.



Câmara de Altaneira aprova projeto que institui dia municipal de luta contra o câncer de mama


O plenário da Câmara de Vereadores (as) de Altaneira aprovou, na noite desta quarta-feira, 11, o Projeto de Lei Nº 08/2017, da Vereadora Zuleide Oliveira (PSDB), para instituir no calendário oficial da municipalidade o 20 de outubro como o dia municipal de luta contra o câncer de mana.

A matéria recebeu parecer de admissibilidade da Comissão Permanente da Casa e foi aprovada sem nenhum posicionamento contrário e deve ser encaminhada para sanção do prefeito Dariomar Soares (PT).

Vereadora Zuleide Oliveira (PSDB).
(Foto: Júnior Carvalho).
A redação do Blog Negro Nicolau dialogou com a autora do texto. Ao ser indagada acerca do que a teria motivado levar a ideia para discussão e submissão das (os) parlamentares, além dos já conhecidos fatos, Zuleide foi categórica ao afirmar que já teve casos na família. “Minha mãe faleceu de câncer de mana”, disse. Perguntada se conhecia outros casos, ela afirmou que há sim vários. “Falecidas e outras que obtiveram curas”, realçou.

Segundo Zuleide, a ideia é fazer com que nas campanhas a ser desenvolvidas as mulheres possam se inteirar mais, participar mais e procurar a cura. “Temos poucos mamógrafos no pais. É uma doença que mata muito porque as mulheres não fazem a prevenção. E o segundo que mais mata, mas também o que mais cura se o diagnóstico for cedo”, disse ela ao Blog.

A parlamentar já antecipou que pretende apresentar um projeto da mesma natureza no que pese ao Novembro Azul, visando alertar homens para o câncer de próstata.


Fui chamado de Moleque



Vereador Genival Ponciano (PTB).
O Poder Legislativo de Altaneira realizou na tarde desta terça-feira, 29, a última sessão do mês de outubro. Dois requerimentos foram aprovados. O que não representa novidade, pois já virou rotina se discutir, votar e aprovar apenas requerimentos. Isso quando tem.

Todo via, o que mais chamou a atenção foi à irritação do Vereador Genival Ponciano (PTB) para com este signatário. O parlamentar se utilizou do tempo livre para falar das minhas postagens neste portal de comunicação, muitas deles direcionada a levantar questionamentos e procurar mobilizar os leitores quanto a se posicionarem sobre os trabalhos precários que os mesmos vem realizando frente à Câmara. O problema é que Genival assim não entendeu e preferiu, de forma arrogante, afirmar que sou moleque. O mesmo sentimento foi compartilhado pelos seus companheiros de bancadas, o “professor” Adeilton (PP) e a “professora” Zuleide (PSDB) que ainda me acusou ser inocente por criticar seus péssimos trabalhos.

Na manhã desta terça este moleque protocolou ofício junto à assessoria administrativa da casa objetivando solicitar espaço na tribuna daquela augusta casa na próxima sessão, terça-feira, 05 de novembro. Na oportunidade estarei discorrendo sobre os 25 anos da nossa Carta Magna, os avanços e desafios. Ante ao ocorrido, afirmo que nesta quarta-feira, 30, estarei uma vez mais protocolando ofício com o propósito de esclarecer as críticas, todas fundamentadas, por mim redigida e publicada neste portal.


Vereadora Zuleide rasga a Constituição ao falar de Estado Laico




Vereadora e professora Zuleide rasga a CF/88 ao falar de
Estado Laico. Foto de Arquivo
Depois de fazermos referência aqui mesmo nesse portal sobre a relação conflituosa entre política-partidária e religiosidade sob o pilar do catolicismo do poder legislativo do município de Altaneira que fere brutalmente o já tão desrespeitado e fragilizado estado laico, a vereadora Zuleide de Oliveira, com assento na Câmara pelo PSDB, seguiu o caminho que já havia iniciado na sessão do dia 17 de setembro e na reunião desta terça-feira ,24, reforçou uma opinião descabida, desmedida e que foge aos princípios constitucionais.

Zuleide cogitou na sessão plenária dia 17/09 a construção de uma estátua de Santa Tereza D´Ávila na avenida que leva o seu nome. Na oportunidade nos posicionamos contra por entender que matéria dessa natureza surra o estado laico. Toda via, a parlamentar continuou no intento e colocou requerimento solicitando do executivo municipal verba para o seu propósito.  Na defesa da matéria a edil mencionou artigo veiculado no INFORMAÇÕES EM FOCO e arguiu que pessoas que tem esse tipo de posicionamento tem dificuldades de respeitar as religiões.

Como assim vereadora? Defender o cumprimento do que (religiosamente falando) reza a Constituição Federal, no seu Art. 19 é lutar pela não hierarquia do catolicismo frente às demais crenças. É lutar pelo não favorecimento de um grupo religioso em detrimento de outros. É buscar formas de garantir que as pessoas que não possuem crenças em um “ser superior” sejam respeitados na sua plenitude. E isso é tolerância.

Zuleide parece que está confundindo Estado Laico com Estado Ateu. Ou melhor, parece que ela possuiu uma visão errônea do que seja laicidade, pois chegou a ter um discurso falsário. Para ela, o fato dos espaços públicos possuírem símbolos religiosos não fere a laicidade. Assim como não fere, o fato da administração abraçar sua causa.

Talvez a vereadora não saiba, mas a Laicidade do Estado não é, portanto uma convicção entre outras, mas a condição primeira da coexistência entre todas as convicções no espaço público. Todavia, nenhuma liberdade sendo absoluta e todo o direito supondo deveres, os cidadãos permanecem submetidos às leis que se deram a si próprios.  Assim, manter imagens nos espaços de poder com caráter público fere brutalmente o princípio supracitado e contido na Carta Magna, ao sobrepor uma religião sobre as outras.

A vereadora desconhece a história do Brasil ao afirmar que somos um país cristão, de forte tendência ao catolicismo ao se utilizar desse norte para defender o indefensável. Ela desconhece a forma como foi implantado o catolicismo no Brasil. Adotou-se a aculturação ao impor uma crença aos índios e na mesma proporção aos negros que além de serem forçados a vir trabalhar como escravos tiveram que esquecer suas próprias crenças e adotar os traços do catolicismo português. Tivemos uma imposição de valores que, no contraponto, alimentou a aculturação.

Não se pode continuar alimentando essa vergonha onde a maioria quer decidir sobre a minoria. Não se pode apoiar em um discurso onde a maioria vence. Não se pode rasgar a Constituição Federal simplesmente para favorecer a um grupo, ou sob a pesperctiva de querer fomentar o turismo religioso. Nesse quesito não funciona assim. Afina de contas, a tolerância pressupõe sempre que alguém tolera e que alguém é tolerado: em geral, uma maioria tolera as minorias. A Laicidade faz melhor: as leis que o povo se confere democraticamente são válidas para todos os cidadãos. Sendo a cidadania cega às diferenças, uma minoria não pode ser tratada diferentemente da maioria.

A vereadora está esquecendo que para garantir simultâneamente a liberdade de todos e a liberdade de cada um, a laicidade diferencia e separa o domínio público, onde se exerce a cidadania, e o domínio privado, onde se exercem as liberdades individuais (de pensamento, de consciência, de convicção) e onde coexistem as diferenças (biológicas, sociais, culturais). Desta feita, ao pertencer a todos, o espaço público é indivisível. E pensar assim é saber que nenhum cidadão ou grupo de cidadãos deve impor as suas convicções aos outros. Simétricamente, o Estado laico proíbe-se de intervir nas formas de organização colectivas (partidos, igrejas, associações etc.) às quais qualquer cidadão pode aderir e que relevam do direito privado.

Intolerantes não são os que buscam liberdade de crença ou os que buscam reparar um erro histórico, a saber, a falta do cumprimento constitucional. Demonstram racionalização e não racionalidade a os vereadores que votaram favorável ao requerimento da social-democrata, como o progressista e líder da oposição, o professor Adeilton, o social-liberal Gilson Cruz e trabalhista Genival Ponciano. O fato lamentável é que a atitude desrespeitosa foi iniciada por uma professora e comungada por mais dois professores.

O Blog de Altaneira divulgou em primeira mão que o requerimento foi rejeitado. Votaram favorável a matéria os edis Gilson Cruz (PSL), Genival Ponciano (PTB), professor Adeilton (PP), além da autora. Se posicionaram contrário Antonio Leite e Edezzyo Jalled, ambos do PRB, Alice Gonçalves (PSB), Flávio Correia (PCdoB) e a presidente da casa, também do PCdoB corroborou para a rejeição da matéria. 

Por via das dúvidas, segue abaixo o Art. 19 da Constituição Federal:

“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.