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Fachin arquiva inquérito que relaciona Temer e nega recurso que poderia libertar Lula


Temer aparece em novo inquérito policial, mas Fachin arquiva processo, em favorecimento ao presidente.
(Foto: CC 2.0 Romerio Cunha).


No mesmo dia em que negou recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cancelou julgamento que poderia libertá-lo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, arquivou uma investigação da Polícia Federal (PF) que recaía contra o presidente golpista Michel Temer. A apuração era sobre um manuscrito apreendido no gabinete do senador pelo Piauí Ciro Nogueira (PP), mencionando "Fundo 1.000 Imp 200 RT 200 2 Temer 300 300".

A operação mirava Nogueira, acusado de compra de silêncio de testemunha e obstrução à Justiça. No dia 24 de abril deste ano, a PF havia deflagrado uma série de buscas e apreensões no Congresso Nacional, apreendendo documentos no gabinete de Ciro e do deputado federal também do PP Eduardo da Fonte (PE).

Ciro Nogueira e Fonte estariam atuando em associação criminosa junto com outros parlamentares do PP, Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer. A investigação é parte de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), de setembro do último ano.

Os políticos do PP integrariam uma organização criminosa para cometer crimes dentro da Câmara dos Deputados, para arrecadar "propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta", diz a denúncia. Durante as investigações aventou-se a suspeita de que os parlamentares estariam tentando destruir provas ou atrapalhar as apurações.

Porém, entre tantos documentos apreendidos, um poderia recair diretamente contra o atual presidente Michel Temer. Ele é relacionado ao lado de números em um arquivo. Aparecem os caracteres "fundo 1.000, Imp 200, RT 200 2", ao lado de "Temer 300 300".

A PF não identificou o que significam tais números e tampouco quis prolongar a apuração. Por isso, o pedido de arquivamento foi feito pela Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge. Em resposta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, acatou ao pedido.

"À exceção das hipóteses em que a Procuradora-Geral da República formula pedido de arquivamento de inquérito sob o fundamento da atipicidade da conduta ou da extinção da punibilidade, é pacífico o entendimento jurisprudencial desta Corte considerando obrigatório o deferimento do pedido, independentemente da análise das razões invocadas", afirmou o ministro em seu despacho.

Fachin afirmou ainda que a investigação poderá ser retomada, caso surjam novas provas contra Temer. "Ressalto, todavia, que o arquivamento deferido com fulcro na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências". (Com informações da RBA)


Estudantes indígenas e quilombolas estão com a garantia fundamental à educação ameaçada


Temer corta bolsa de estudos para indígenas e quilombolas. (Foto: Divulgação).

Estudantes indígenas e quilombolas de universidades federais estão com a garantia fundamental à educação ameaçada pelo corte do Programa de Bolsa Permanência (PBP) desde o início de 2018. A bolsa, no valor de R$ 900, é destinada a cutear moradia, transporte e material escolar dos alunos e é paga pelo Ministério da Educação por meio de um cartão. São 2,5 mil estudantes de universidades federais prejudicados e o número pode chegar a 5 mil até o final deste ano

O programa foi criado no Governo Dilma Rousseff, em 2013, e já garantiu o acesso à educação a mais de 18 mil estudantes de aldeias e quilombos em todo o país. O cadastro é feito no sistema do PBP do MEC, mas desde o início deste último ano do governo de Michel Temer o acesso está bloqueado.

Os estudantes sofrem com o corte do programa. Há relatos em todo o país de jovens vivendo em situações degradantes, dividindo um pequeno apartamento com cinco, seis pessoas por não conseguir custear a moradia. A situação se agrava ainda mais porque um outro auxílio aos estudantes, a assistência estudantil, também teve o custeio zerado em 2018. A bolsa garantia um valor médio de R$ 450 a estudantes em situação de vulnerabilidade econômica

A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura disse que a instituição tem usado recursos da arrecadação própria para pagar a esses estudantes. “Hoje está se tornando gravíssima a assistência estudantil. Estamos conseguindo atender apenas àqueles que têm menos de R$ 250 de renda per capita. Os que ganham mais não conseguimos atender. O que vai acontecer com esse estudante? Ele vai evadir-se da universidade”, afirmou

A expansão das universidades, principalmente desde 2007, durante o Governo Lula, com o Programa do Governo Federal de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e a Lei de Cotas, ampliou o ingresso nas instituições públicas e diversificou o perfil dos estudantes. A Lei de cotas estabelece que 50% das vagas das universidades federais e das instituições federais de ensino técnico de nível médio sejam reservadas a estudantes de escolas públicas. Dentro da lei, há reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas, de acordo com a porcentagem dessas populações nas unidades federativas.

Estamos em situação de aumento da situação de vulnerabilidade socioeconômica dos nossos estudantes”, ressaltou Márcia Abrahão. A reitora enfatizou que eles precisam cada vez mais de assitência para continuar estudando. Segundo a reitora, no ano passado, após quatro anos sem abrir edital, a UnB fez vestibular para estudantes indígenas. Eles ingressam na instituição a partir deste ano. (Com informações da Revista Fórum e Agência Brasil).


Em pronunciamento na TV, Temer confunde “Tiradentes” com “Joaquim Silvério”




À caminho do cadafalso da 3ª denúncia de corrupção, Michel Temer se comparou esta noite em pronunciamento de TV a Tiradentes. O diabo é que ele, possivelmente, queria dizer "Joaquim Silvério dos Reis" — o traidor historicamente mais conhecido no país.

"Que nesse 21 de abril, lembremos que Tiradentes foi acusado e condenado por lutar e defender um Brasil livre, forte e independente. Ao final, a história lhe deu a vitória maior. Seu exemplo de luta é exemplo para todos nós que trabalhamos para trazer mais conquistas ao Brasil", disse um trecho do pronunciamento do Vampirão Neoliberalista.

"É fácil bater no Michel Temer! É fácil bater no governo, é fácil só criticar. Quero ver fazer, quero ver conquistar! Quero ver construir e realizar o que nós conseguimos avançar em tão pouco tempo", prosseguiu. (Por Esmael Morais, no Brasil 247).

Dez dias que vão abalar o Brasil


(Foto: Reprodução/ Brasil 247).


Entre 6 e 16 de maio, durante viagem de Temer a Tailândia, Singapura e Vietnã, quando a presidente da STF, Cármen Lúcia assumir a presidência da República vamos assistir a dois eventos importantes.

O primeiro é o evento das autoridades que fogem explicitamente do seu dever constitucional. Temer deveria ser substituído, diz a constituição, pelo primeiro na linha sucessória, que é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mas ele arrumou algum pretexto para passar essa temporada fora do Brasil, às custas dos brasileiros, é claro.

Vai fazer isso porque, se assumir, não poderá concorrer a nada em outubro. Como a lei permite que ele não assuma se estiver em viagem ao exterior, Maia arranjou uma viagem para servir de pretexto e esconder o real motivo: não vai assumir para poder concorrer em outubro a presidente da República, ao menos é o que ele imagina hoje.

O segundo na linha de sucessão, o presidente do Senado, Eunício Oliveira vai usar o mesmo expediente para justificar seu impedimento. The show must go on. E os brasileiros vão pagar mais essa farra parlamentar.

A bomba estourou na mão da Cármen Lúcia, presidente do STF. Não dá para acumular os cargos. No STF, em seu lugar assume o vice, Dias Toffoli, o que pode dar curto circuito, porque eles não seguem a mesma cartilha.

Não é difícil adivinhar que nesse período Tofolli vai sofrer enormes pressões, de um lado e de outro, para colocar em votação ou não a ADC que poderá restabelecer a vigência do artigo 5º, sustada pelo STF desde 2016, em consequência de um apertado placar de 6 a 5.

Ele vai viver o dilema de Hamlet: ou coloca a questão em votação, o que será uma punhalada nas costas de Cármen Lúcia, mas fará bem ao Brasil ou se faz de vice decorativo e engaveta a ADC, o que fará bem a Cármen Lúcia, mas será mais uma punhalada na democracia brasileira. (Por Alex Solnik, no Brasil 247).

Prestes a ser denunciado, Temer cede a pressão de ruralistas e exonera presidente da Funai


(Foto: Reprodução/ Brasil 247).

Após voltar a ser pressionado pela bancada ruralista, Michel Temer exonerou o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Franklimberg Ribeiro de Freitas, que deverá deixar o cargo até a próxima segunda-feira. Demissão veio após um grupo de 40 senadores e deputados ligados ao setor apresentar uma carta ao emedebista alegando que o presidente da Funai estaria desconsiderando projetos de interesse da bancada ruralista.

A bancada ruralista vem sendo um dos principais pontos de apoio de Temer no Poder. O custo deste apoio já teria custado cerca de R$ 30 bilhões aos cofres públicos, seja por meio de perdão de dívidas ou na liberação de emendas parlamentares. A bancada também pressionou Temer para obter vantagens na compensação de crimes ambientais e aprovou a chamada "portaria do trabalho escravo", que mudou as regras previdenciárias para os agricultores e que foi alvo de críticas em nível mundial.

Por meio de nota, a Frente Parlamentar Agropecuária diz que o pedido de "exoneração imediata" aconteceu devido a "demanda trazida por populações indígenas insatisfeitas com o desempenho" de Franklimberg. Ainda segundo a nota, 170 lideranças indígenas teriam assinado a carta que foi entregue a Temer.

O Ministério da Justiça ainda tentou segurar Franklimberg no cargos em sucesso. "É uma semana difícil, pelas celebrações do Dia do Índio. E, na semana que vem, são esperados 5 mil índios", disse o ministro da Justiça Torquato Jardim, em referência ao Acampamento Terra Livre, principal evento de encontro indígena do Brasil que acontece em Brasília entre os dias 23 e 27 deste mês.

Franklimberg, que é general de brigada, assumiu a presidência da Funai em janeiro do não passado sob críticas em função da chegada de militares à instituição no governo Michel Temer. (Com informações do Brasil 247).

Temer planeja acabar O Bolsa Família, anuncia ministro do desenvolvimento social e agrário



O governo Temer planeja acabar com o programa social que beneficia 13,8 milhões de famílias e alterar seus princípios. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, o novo nome será “Bolsa Dignidade” e as famílias deverão receber R$ 20 a mais, desde que realizem trabalho voluntário.

Uma reunião na próxima terça-feira (13) deverá decidir sobre as mudanças. Como o ministro deixará o cargo até abril para buscar sua reeleição à Câmara dos Deputados, tudo deverá ser concluído neste mês. As informações são do jornal O Globo.

Além do trabalho voluntário, o governo planeja que os beneficiários só recebam a bolsa se cumprirem condicionantes. Uma delas é que os filhos dos beneficiários façam estágio em empresas privadas no segundo turno escolar.

Assessores do Planalto estariam animados com desfiguração do Bolsa Família, que deixaria de ser “assistencialista”. O novo programa terá como objetivo “comprar o ócio do beneficiário, em vez de pagar o ócio”, nas palavras deles.

O governo Temer parece desconhecer estudos como o da socióloga Walquiria Leão Rego e do filósofo italiano Alessandro Pinzani, que entrevistaram 150 mulheres beneficiárias do programa. O resultado está no livro Vozes do Bolsa Família (editora Unesp). Segundo os pesquisadores, o programa enfraqueceu o coronelismo e rompeu a cultura da resignação. Outro aspecto positivo foi transformar a vida de milhares de mulheres, que são quem recebe o cartão.

O Bolsa Família é uma das principais marcas do governo Lula, criado em 2003. Outro reflexo positivo foi ter levado o Brasil a sair do Mapa da Fome das Nações Unidas. O Brasil reduziu em 82,1%, entre 2002 e 2014, o número de pessoas subalimentadas. O programa já foi elogiado pela ONU, o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. (Com informações da Revista Fórum).

Vanderleia Oliveira durante reunião com no CRAS do distrito São Romão, em Altaneira, com beneficiarias do Programa
Bolsa Família. (Foto: Ítalo Duarte).

 

Sob risco de ser largado por políticos e empresários, Temer afaga militares.



Michel Temer continua indo aonde ninguém jamais esteve. Foi o primeiro presidente da República a ser denunciado por crimes, em pleno exercício do mandato, pela Procuradoria Geral da República. Insatisfeito com a façanha, foi o primeiro a ser denunciado duas vezes.

Em ambas as ocasiões perdoou dívidas públicas do agronegócio e de grandes empresas, liberou emendas bilionárias, distribuiu cargos, apoiou a aprovação de projetos que beneficiavam poucos em detrimento de muitos.

Até tentou mudar o conceito de trabalho escravo contemporâneo – o que dificultaria libertações de pessoas e deixaria determinados ruralistas e empresas da construção civil muito felizes.

Agora, é o primeiro presidente da República em exercício que tem seu sigilo bancário quebrado. E dependendo das investigações, que tentam comprovar as suspeitas de que ele recebeu propina para beneficiar empresas do setor portuário, ele pode ser denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Para que ele se torne réu no Supremo Tribunal Federal, 342 deputados federais devem aceitar a denúncia. Daí, o STF analisaria a acusação e poderia afastá-lo por 180 dias da Presidência, período em que seria julgado. Perde o cargo se for condenado.

Dificilmente, Temer conseguiria disponibilizar mais recursos públicos para comprar os votos dos deputados. E, além disso, a partir de agora, fica difícil até aprovar determinadas pautas custosas sem que os eleitores percebam – e se lembrem.

Pelo contrário, ostentando popularidade menor do que injeção de benzetacil nas nádegas, desconfio que qualquer deputado federal que votasse hoje pelo afastamento de Temer ganharia votos com seu eleitorado. Qualquer eleitorado. Poderia até limpar a barra daqueles que duas vezes votaram para salvar seu pescoço da guilhotina da Lava Jato em troca de um mimo.

Além disso, partidos ameaçam o desembarque, ensaiam a ida para a oposição  ou tomam distância de Temer, que segue radioativo em popularidade. Pelo menos, enquanto aguarda o marketing da intervenção federal fazer efeito no Rio e no país.

Ao mesmo tempo, a outra perna de sustentação do atual governo, o mercado e o poder econômico, sabe que foi perdida a janela de oportunidade para aprovar a Reforma da Previdência devido à somatória da impopularidade do tema ao ano eleitoral.

E como a pauta ''alternativa'' apresentada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles é uma caldeirada de projetos que já circulavam no Congresso Nacional, temperada com privatizações, mercado e corporações também sabem que qualquer semovente, Rodrigo Maia, inclusive, poderia tocar a pauta no pouco tempo que sobra antes da Copa do Mundo, do São João e das eleições gerais.

Diante de tudo isso, não é à toa que Temer trouxe as Forças Armadas para perto de si.

Antes de entregar o comando da intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro a um general, ele já havia colocado militares em outros postos-chave, como lembrou reportagem de Gustavo Uribe, na Folha de S.Paulo.

Temos, agora, um general no Ministério da Defesa; um general comandando a Funai; outro, a Secretaria Nacional de Segurança Pública; mais um na chefia de gabinete da Casa Civil. Sem contar que ele já havia entregue o Gabinete de Segurança Institucional a um general, devolvendo ao órgão o controle sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). E que sancionou a lei que transfere o julgamento de crimes cometidos por militares durante operações urbanas para a Justiça Militar.

Ninguém questiona a importância das Forças Armadas e o papel que elas cumprem em uma democracia. Mas os governos civis pós-1988 distanciaram os militares da gestão do país não apenas por traumas do passado, mas também por uma visão de democracia próxima do voto e distante dos quartéis.

Ao buscar neles fiadores, Temer corre o risco de jogar esse esforço no lixo. E ir junto com ele.

O general Hamilton Mourão, ao entrar na reserva, afirmou que é necessário que o Poder Judiciário ''expurgue da vida pública'' Michel Temer. Certamente, ele vocaliza muitos aposentados e da ativa.

Alguns, como Temer, podem pensar que, cercando-se de fardas, garantem proteção contra aqueles que querem vê-lo fora do governo.

O problema é que gente armada até os dentes pode significar uma fortaleza. Mas também uma masmorra. (Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog).

Temer participa das comemorações do Dia do Exército, em 2013. (Foto: Jorge William/ O Globo).


Temer quer ser presidente em 2019. Mas ficaria feliz com ministério e foro


Representantes e emissários de Michel Temer, aproveitando a nova campanha publicitária do governo federal ''Intervenção federal no Rio: Guerra e você, tudo a ver'', começaram a circular a informação de que o ocupante do Palácio do Planalto passou a ser um nome viável para as eleições presidenciais de outubro.

Logo ele, que continua menos popular que aquela broca mais fininha do dentista.

Diante disso, colegas com boa fé passaram a calcular suas chances, abusando do uso do tempo condicional. Ou seja, se as Forças Armadas entregarem o esperado efeito placebo na capital carioca, se houver geração em massa de empregos formais, se o Brasil não levar outro chocolate alemão na Copa.

Ou se Mercúrio retrógrado fizer com que os brasileiros esqueçam a forma como enxergam Temer. Em outras palavras, um denunciado por corrupção que comprou votos com dinheiro público para escapar; um vice que, ao invés de esperar o desenrolar do processo de impeachment, conspirou contra sua colega de chapa; um homem que no Dia Internacional da Mulher disse que a maior participação do gênero feminino na economia era através da administração do orçamento doméstico; um presidente que mentiu, afirmando que fiscais do trabalho haviam caracterizado escravidão em uma construtora devido à falta de uma mera saboneteira em um chuveiro de um alojamento, escondendo mais de 40 outras irregularidades.

Temer é um político pragmático. A menos que esteja usando alguma droga forte, sabe bem que é mais fácil o tal camelo passar pelo buraco da tal agulha do que ele conseguir se eleger. Sobre esse feito, deixo claro que há dúvidas se o camelo do trecho bíblico é mesmo o animal ou uma tradução da palavra ''corda'' e se a agulha refere-se, na verdade, a uma passagem em um muro. Mas esse questionamento é uma informação completamente irrelevante para o texto, tanto quanto uma análise eleitoral, hoje, com Temer no páreo.

Caso se candidate, dirá que é para resgatar um mínimo de respeito público através da defesa do seu, digamos, ''legado''. Mas é provável que esteja tentando vender alto o apoio da máquina do governo a outro candidato, seja no segundo turno (caso ele resolva sair candidato) ou já no primeiro.

O custo para isso pode ser a garantia de um foro privilegiado para ele, que ficará descoberto sem mandato, diante de pendências criminais. O oferecimento de um ministério, como o das Relações Exteriores pode ajudar ao futuro ex-presidente a não cair nas mãos da Lava Jato na primeira instância e, portanto, estaria de bom tamanho.

Claro que esse combinado teria que ser garantido por baixo do pano, afinal poucos candidatos competitivos gostariam de Temer a menos de 100 metros de distância de suas campanhas. Por outro lado, se ele resolver sair, será o para-raios mais que perfeito, atraindo todas críticas ao seu mandato e aliviando para os aliados.

Particularmente, se eu fosse ele, tomaria cuidado com promessas. Tem gente que garante que vai estar junto até o fim. Mas, quando fareja o poder, abandona qualquer um no meio da rua. Imagino que ele conheça pessoas desse tipo. (Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog).

(Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters).

Temer censura vampiro e Tuiuti desiste de usar faixa presidencial no desfile das campeãs


 Bem que a TV Afiada avisou: a censura vai voltar, porque essa foi a intervenção dos desesperados”, escreveu Paulo Henrique Amorim no seu “Conversa Afiada” ao comentar a desistência do vice-presidente da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, vice-campeã do carnaval carioca, de desfilar com a faixa presidencial de vampiro.

Para o jornalista, a censura voltou fazendo com que a Tuiuti se acovardasse. O “AI-5 está em vigor”, realçou. Ele reproduziu integra do matéria do O Globo:


Uma das figuras mais comentadas do carnaval carioca, o vampiro-presidente da Paraíso do Tuiuti, vice-campeã do Grupo Especial, desfilou sem a faixa presidencial neste sábado. Segundo informações do barracão da escola, emissários da presidência da República pediram à Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) que impedisse a entrada do destaque. Questionado, o professor de História Léo Moraes, de 40 anos, disse que não tinha recebido essa informação, e que desfilaria com a faixa. Logo depois ele afirmou que perdeu o adereço no fim da apresentação de domingo. A reportagem do GLOBO, no entanto, viu o momento que o professor entregou a faixa para um funcionário da escola guardar dentro de um carro.

- Ele (o vampiro) representa um sistema. Isso que está acontecendo no Rio de Janeiro hoje, para qualquer um que tenha um conhecimento de história, é preocupante. A gente fica até com medo de se manifestar. Eu espero que isso não seja um grande retrocesso - disse o professor.

O carnavalesco Jack Vasconcelos disse que não teria como negar ou confirmar a informação:

- Para ser muito sincero eu passei o dia isolado. Acabei de chegar aqui. Não posso confirmar ou negar essa informação, pois seria leviano - disse.

Mais cedo, o diretor da escola Thiago Monteiro disse que Léo Moraes havia sofrido um mal-estar, mas que a participação dele no desfile estava garantida.

Muito integrantes da escola lamentaram o fato de o personagem entrar na Avenida sem o adereço:

- Uma pena não terem peito de deixar ele usar a faixa presidencial.

Ao fim da apresentação, o professor de história recebeu a orientação de se descaracterizar rapidamente. Ainda mesmo na dispersão ele retirou a maquiagem e a roupa de vampiro. De acordo com fontes da escola, até duas horas antes do desfile a informação era de que professor não desfilaria, mas depois resolveram que ele entraria na Avenida, mas sem a faixa.

A Tuiuti caiu nas graças da internet e foi destaque até na imprensa internacional ao levar para a Avenida o enredo "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?", com uma crítica social ao racismo e a exclusão social. Na parte final do desfile, a agremiação trouxe uma sátira política e criticou a Reforma Trabalhista e da Previdência. O GLOBO tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência da República, mas não obteve resposta.

"Vampiro não chupou mais o sangue do Presidente", disse Paulo Henrique Amorim. (Foto: Mídia Ninja).



Temer quer seguir Bolsonaro e metralhar a rocinha?, questiona Guilherme Boulos



O coordenador do MTST e possível candidato a presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos, reforça as críticas ao decreto de intervenção militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro, assinado por Michel Temer nessa sexta-feira, 16.

Em vídeo, Boulos diz que a medida é "extremamente grave" e afirmou que não se soluciona a violência aumento o nível de militarização."Essa estratégia da guerra às drogas, adotada nas últimas décadas, fracassou. O crime organizado só cresceu com ela. Isso é insistir em algo que não deu certo", diz Boulos.

O líder do MTST diz que o Exército é treinado para atuar em territórios inimigos. "Quem são os territórios inimigos? As favelas, as comunidades? A ideia é fazer como propôs Bolsonaro e metralhar a Rocinha?", questiona.

Boulos lembrou também que o Exército ocupou o complexo de favelas da Maré em 2014 e o resultado foi "desastroso". "O preço para dar uma falsa sensação de segurança para alguns setores da sociedade foram vários mortos e muito sangue", diz ele.  (Com informações do Brasil 247).

Confira o vídeo abaixo

            

Tem que ter um candidato que defenda o legado do governo, diz Temer



Em entrevista exibida nesta sexta-feira, 2, pela RedeTV!, o presidente Michel Temer defendeu que haja um candidato a sua sucessão que defenda as medidas aprovadas pelo seu governo, como o teto dos gastos, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio. "Vou estar de olho nisso", avisou.

Além disso, ele ressaltou que todos os políticos que são a favor dessas medidas devem se unir em torno de uma única candidatura, para que a chance de vitória seja maior. "É preciso ter um candidato que represente uma ultrafacção", disse o presidente. "Muitas candidaturas vão diversificar a opinião atenta do eleitor", alertou.

Temer disse ainda que duvida que alguma candidatura de oposição ao seu governo, seja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou outro nome apoiado pelo petista, faça uma campanha contra as suas reformas.

"Quem for de oposição e quiser combater o nosso governo terá de dizer que é contra o teto dos gatos, que vai gastar à vontade, que é contra a reforma do ensino médio, que é contra a modernização trabalhista, contra a queda da inflação e a queda dos juros. Terá de dizer que é contra uma porção de coisas que nós fizemos. Duvido que alguém venha a assumir uma candidatura dizendo isso, porque isso se incorporou ao nosso sistema", disse.

Para o presidente, os nomes que podem defender o seu governo "estão se convencendo" de que é preciso ter uma candidatura única para enfrentar a esquerda. Disse também que será positivo para o Brasil que haja um candidato que defenda o seu governo e outra que seja contra, para simplificar a decisão do eleitor.

Temer reconheceu que Lula é um líder popular e que a última pesquisa de intenção de voto, que o mantém na liderança, mostrou que o petista, se for candidato, terá muitos votos, apesar da condenação em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "São votos que se revelam hoje, mas que podem não se revelar amanhã", disse.

Sem citar o nome do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), outro pré-candidato à Presidência, Temer disse que o eleitor brasileiro "não gosta de radicalismos". "Todo e qualquer radicalismo o brasileiro sempre repudiou e vai continuar repudiando. Ele vai perguntar: qual é o programa? O que vai fazer por mim? Eu confio nele? Tem que ir com a cara do candidato", disse.

Aposentadoria

O presidente disse ainda que a suspensão da sua aposentadoria por dois meses, em razão do fato de não ter feito a chamada prova de vida, lhe agradou por ter sido uma mostra de que foi tratado "como brasileiro", independentemente de ser o presidente da República. "É um tratamento igualitário que engrandece as instituições", disse.

Temer recebe aposentadoria por ter sido procurador do Estado de São Paulo e ficou sem receber o dinheiro nos meses de novembro e dezembro porque não fez a prova de vida, procedimento que obriga o aposentado a comparecer anualmente para provar que está vivo e continuar recebendo o benefício. "No meu caso, pode-se ver diariamente que continuo vivo", brincou o presidente.

O presidente disse que espera que esse tipo de burocracia mude, para que seja mais fácil ao aposentado provar que está vivo. "Quem sabe o meu exemplo possa servir para isso", disse. Em nota, o Palácio do Planalto explicou que Temer não fez a prova de vida por falta de tempo.

Os jornalistas que conduziram a entrevista aproveitaram o tema para perguntar sobre a saúde do presidente, que passou por três cirurgias no ano passado, uma no coração e duas na uretra. Ele garantiu que está muito bem e disse que os procedimentos cirúrgicos melhoraram muito a sua qualidade de vida. "Convivia com mal estar, mas hoje não tenho mais", afirmou.

Segurança Pública

De acordo com o presidente, o governo federal estuda formas de intervir mais diretamente na questão da segurança pública dos Estados, e para isso avalia a criação de um ministério específico para o tema e até mesmo mudanças constitucionais.

Na entrevista, o emedebista lembrou que a segurança é uma atribuição dos Estados e municípios, mas que a União passou a ter que atuar mais diretamente nos últimos anos, enviando até mesmo o Exército em algumas situações, para situações de emergência em lugares como Espírito Santo, Rio de Janeiro, Amazonas e Rio Grande do Norte.

"Primeiro mudamos o nome do Ministério da Justiça e Cidadania para Justiça e Segurança Pública. Agora estamos estudando criar um Ministério de Segurança Pública" para interferir mais na questão, disse Temer. "Não será improvável que tenhamos que modificar a Constituição" para isso, emendou.

Segundo o presidente, uma ideia que também está sendo debatido é a de realizar reuniões semanais com representantes do governo e secretários estaduais de segurança pública para coordenar os esforços na área. Ele acrescentou que um dos focos será os presídios, onde foram registradas várias rebeliões desde o fim de 2016.

Venezuela

O presidente afirmou também que a relação entre o Brasil e a Venezuela é uma relação "entre Estados" e que vai continuar apoiando o povo venezuelano, mas denunciando as ações do governo de Nicolás Maduro.

Na entrevista ao programa RedeTV News, o emedebista descartou ainda qualquer tipo de apoio a uma intervenção no país vizinho. (Com informações da Agência Estado e do O Povo).

Temer concede entrevista ao telejornal  Rede TV News com Boris Casoy e Amanda Klein.
 (Foto: Marcos Corrêa/ PR).

Governo desiste de aprovar a Reforma da Previdência este ano


O governo enviou vários sinais de que não conseguirá aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Temer, além de alguns de seus principais auxiliares, deram várias declarações que vão no mesmo caminho: O governo não tem os votos suficientes para a sua aprovação.

“Eu já fiz a minha parte nas reformas e na Previdência”, disse Temer em entrevista ao Estadão/Broadcast. “Agora é preciso convencer o povo, porque o Congresso sempre ecoa a vontade popular”, completou. Temer lembrou que tem participado de programas populares para tentar diminuir a resistência da população em torno do tema.

O presidente afirmou ainda que avaliará, junto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se o texto será colocado em pauta no dia 19 de fevereiro, mesmo sem a certeza dos 308 votos necessários para aprovação. “Nós vamos insistir muito na reforma da Previdência. Agora, de fato, é preciso ter votos. Nós temos duas, três semanas para fazer a avaliação se temos votos ou não e depois decidimos se vamos votar de qualquer maneira ou não”.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que se a reforma não for votada em fevereiro, o governo não tem a intenção de insistir nessa pauta indefinidamente. “Tem momentos em que a batalha tem de parar, e achamos que é em fevereiro”, disse. “Se passar de fevereiro, não podemos ficar com essa pauta de forma indefinida. Mas estamos com fé de que vamos construir condições para votar a reforma em fevereiro.”

Já nas contas do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), um dos vice-líderes do governo na Câmara, há hoje no máximo 240 votos, e o governo não chegará “em nenhuma hipótese” ao número de votos necessários para aprovar a proposta. Ele afirmou ter feito um apelo ao presidente para adiar a votação e não marcar nova data.

A Previdência está cada vez mais longe de ser aprovada”, afirmou. Rosso, cuja base do eleitorado é de servidores públicos, se colocou na linha de frente para negociar com o governo propostas de interesse das categorias do funcionalismo na reforma. O deputado disse que os servidores querem discutir no texto a regra de transição, pensão por morte e tratamento especial para profissionais que atuam em atividade de risco, como policiais.

Alterações. De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o relator da reforma, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), vai apresentar no dia 6 de fevereiro, o texto da reforma com algumas alterações, como uma última cartada para a aprovação. Em visita ao Rio de Janeiro para buscar apoio, Marun afirmou ainda acreditar que o governo conseguirá os “40 a 50” votos que precisa para atingir os 308 necessários.


O deputado Beto Mansur (PRB-SP), também vice-líder do governo na Câmara, porém, rebateu as declarações de Rosso. Disse que o governo manterá a apreciação da proposta em fevereiro. “Temer não vai recuar de jeito nenhum.” (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e da Revista Fórum).

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebo/ Agência Brasil).

Após pesquisa Datafolha, deputados abandonam Temer e enterram reforma da Previdência


Os resultados da pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta (31) foram usados por parlamentares da base do governo como um atestado de que votar a reforma da Previdência sob a impopular gestão de Michel Temer será um suicídio político. Há, mesmo entre líderes de partidos aliados, forte movimento para tirar o projeto de pauta. Pressionado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta ganhar tempo. Disse que dará um sinal definitivo após o dia 7, quando fará ampla reunião.

O muro que se ergueu sobre a mudança nas aposentadoria tem muitos componentes. Somadas, a rejeição a Temer, a proximidade das eleições e a inexistência de candidatura de direita que empolgue parcela expressiva da população tornaram-se uma combinação difícil de suplantar.

Maia, que tem se colocado como presidenciável, foi fortemente aconselhado a abandonar a pauta previdenciária e se afastar do governo, especialmente por aliados do Nordeste. Ele resiste. Ainda vê na aliança pendular com o Planalto uma fonte de poder.

Mesmo marcando 1% no Datafolha, o presidente da Câmara comemorou a pesquisa. A pessoas próximas, disse que a essa altura do campeonato, o que deve ser observado é a rejeição do eleitorado. Nesse quesito, bateu 21%, índice considerado baixo.


Os números obtidos em levantamentos internos mostram que a população simplesmente não reconhece como um feito do governo a recuperação econômica ou, pior, em temas importantes, sequer enxerga melhora. (Com informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo e Brasil 247).

(Foto: Reprodução/ Brasil 247).

Neste Brasil, a Corte inteira está pelada e o mundo todo está vendo


Lembram daquela história da roupa do rei que ficou nu na rua? Pois é, no Brasil de hoje a Corte inteira está num estado de peladez nunca visto na república dos bananas.

Começa pelo suposto presidente, cujo comportamento – de Davos ao programa do Ratinho, passando pelo do Silvio Santos –, é o de um mascate ou no máximo, de um gerente de boate daquelas que a gente chamava no bom tempo de “inferninho”.

Nada contra mascates nem gerentes de boate, mas um presidente, mesmo suposto e ilegítimo, deveria se comportar de outro modo. Há uma coisa chamada “decoro do cargo”. Temer é como Trump: não tem. Daí diz que os brasileiros não vão com a cara dele: bom, finalmente algo sensato.

Mas não é só isto. Daí vem a penca de decoros quebrados:

– A por ora ex-futura ministra do Trabalho aparece num vídeo que ela mesma divulga, num estado que cronistas pátrios definiram como “alterado”, cercada de marmanjos sarados, fazendo a apologia de sua inocência. É muita desfaçatez.

– Um juiz moralista defende o duplo auxílio-moradia de sua família, coisa que além de ilegal, deveria ser crime. Outro juiz, presidente da associação corporativa, sai em sua defesa. Este também desfruta, com sua consorte, do duplo auxílio-moradia. Pode? Pode. Porque um ministro do Supremo abriu a porteira.

– Falando em Supremo, a sua presidenta diz que não vai colocar em pauta a discussão, com seus colegas, da prisão depois de julgamento em segunda instância. Rebaixaria o Supremo, disse ela. Só que ela declarou isto em reunião com executivos da Shell, além de executivos de outras empresas. Pode? Pode.

– Pressionado pela constatação de que de fato o apê do Guarujá não é do ex-presidente, já que foi penhorado em outra ação, em nome da OAS, o juiz de Curitiba manda pô-lo à venda, numa tentativa esdrúxula de salvar a cara de sua sentença. Pode? Pode. Vai ver que o famoso triplex é, então… dele, juiz!

– Um dos procuradores da colenda e egrégia equipe de Curitiba, diz que vai se aposentar para “ganhar dinheiro”. O que será isto?

– Os juízes do TRF4 dão 15 minutos para a defesa do ex-presidente Lula, fingem que ouvem, e leem as sentenças que trouxeram prontas de casa. Pode? Pode. Se a Lava-Jato é um tribunal de exceção, por que o TRF4 também não será? São os modernos Torquemadas, promotores e juízes ao mesmo tempo.

 – Daí um juiz que estava fora dos holofotes entra em cena com estardalhaço e cassa o passaporte do ex-presidente. Conseguiu seus cinco minutos de fama. O outro juiz, que autorizara a posse da ex-futura ministra do Trabalho (pelo menos até o momento), determina que o ex-presidente não precisa de habeas corpus preventivo, um direito que a Constituição lhe assegura. E fica tudo por isto mesmo.

– O presidente da Câmara Federal vai aos Estados Unidos dizer que o Bolsa-Família escraviza as pessoas. Pode? Pode.

E por aí se vai. Aparentemente, toda esta Corte acha que ninguém está vendo o que ela está fazendo, a não ser aqueles que concordam. É por estas e por outras que passo a passo, lenta, segura e gradualmente, cai a ficha no mundo inteiro sobre as atrocidades sociais, culturais, econômicas e jurídicas que estão sendo cometidas no nosso Brasil, enquanto cresce também o descrédito na e da nossa mídia corporativa mainstream. (Por Flávio Aguiar, no Blogue do Velho Mundo).

Michel Temer, o presidente que pensa que sua gestão não é reprovada também fora do Brasil. (Foto: Alan Santos/ PR).